O Coração da Areia escrita por LadySchiffer


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Postado rapidinho, neh? (pelo menos em comparação aos outros =p)



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Papeis, papeis, papeis. Minha mesa está cheia de documentos que no momento me parecem inúteis. Simplesmente não consigo me concentrar. Porque a Sakura está demorando tanto?

Recosto-me na cadeira pensando em como foi meu dia. Acordei feliz, me arrumei esboçando um sorriso, demorei mais que de costume para tomar o desjejum e a cada momento minha expectativa crescia ansiando para que a rosada surgisse. Fiquei mal humorado ao sair de casa quando ela ainda não havia descido, passei o dia me torturando mentalmente com o pensamento de que ela estava fugindo de mim.

Não esquecendo de mencionar a Temari que percebeu toda minha inquietação durante o café da manhã. Acho que não devo culpa-la por isso, afinal eu observava a porta da sala de jantar ansiosamente e também suspirei pesadamente quando depositei minha xícara no balcão. Mas posso culpa-la por ficar dando olhares e sorrisinhos para mim, aumentando ainda mais a tensão que eu sentia no momento. Por que pedi conselhos amorosos justamente para minha irmã?

No prédio central tive que aturar os conselheiros, ler papeladas, rever decisões, reler documentos, consertar erros que nem por mim foram feitos e pior de tudo, fazer isso quando eu nem ao menos conseguia me concentrar perfeitamente em assuntos que não envolvessem Sakura. Mas acima de tudo sou profissional e me preocupo com a minha vila, tive que forçar minha concentração ao máximo para que deixasse meus problemas pessoais de lado e priorizasse Suna. No entanto, ao final da tarde decidi aparecer em casa para o jantar e claro, também tirar minhas duvidas sobre Sakura estar fugindo ou não de mim.

Assim que cheguei em casa percebi que todos já estavam jantando, parei na porta e observei Sakura gargalhar sobre alguma coisa que alguém havia dito e então Temari anunciou que eu estava ali, olhei para a minha irmã e depois voltei meus olhos a Sakura, que desviou do olhar mordendo seus lábios. Lábios macios e rosados.

Sakura parecia constrangida, mas tinha feito o jantar e isso deve significar alguma coisa, poderia ser que estivesse feliz ou quem sabe só tentando deixar que as coisas voltassem ao normal.

A cerejeira parecia distante até a voz do Naruto a puxar de volta perguntando sobre o hospital. Admito que foi divertido a ver tão nervosa com a pergunta de Kankuro, como se realmente necessitasse provar que confiava nos shinobis de Suna, saber disso realmente me deixou feliz.

Tudo muito bem até Temari insinuar uma relação entre nós dois. Minha irmã realmente sabe como me envergonhar, se ela continuar falando essas coisas é bem capaz que o Kankuro e o Naruto descubram que eu tive uma conversa com a Temari sobre amor e uma médica de cabelos rosa.

A minha preocupação dela estar fugindo de mim sumiu realmente quando sorri para a Sakura, ela me retribuiu com o mais belo sorriso de todos e dando-me um doce. Meu coração se iluminou com a garota do melhor sorriso.

Sakura me pediu permissão para ajudar no hospital, um pedido que nenhum Kage recusaria já que é pupila da sennin Tsunade-sama. Percebi que durante o pedido ela encarou meus lábios como se ansiasse em beija-los, a sua atitude me deixou animado, pois demonstrava que ela havia gostado.

Então batidas na porta me despertaram de meus devaneios. Era ela, a flor de cerejeira de Konoha. Eu precisava que fosse ela.

Autorizei a sua entrada e a vi surgir timidamente abrindo a porta.

– Estou atrapalhando agora? Se você quiser posso pegar a autorização amanhã de manhã. - ela havia praticamente sussurrado.

Eu não queria que ela fosse embora.

– Aproxime-se. - dei a ordem.

Nesse momento eu pensei em como as coisas foram mudando repentinamente, como aquela garota que no passado não representava nada podia estar me transtornando tanto. Temari estava errada, eu não amava Sakura, eu a desejava. Mas até eu sabia que este sentimento poderia ter alguma chance de evoluir para o amor, e por um momento fiquei com medo de me magoar novamente, pensei em como eu me sentia triste quando aquelas pessoas pareciam não se importar com as coisas ruins que faziam comigo.

– Gaara, você esta bem? - ela perguntou preocupada.

Despertei de meus pensamentos e a encarei com a minha expressão imparcial de sempre.

– Sakura, pode sentar e esperar um instante? Não tive tempo de preparar sua autorização. - ignorei a sua pergunta.

Fiz sinal para que ela sentasse na poltrona a minha frente. Enquanto eu tomava todas as providencias e anotando as instruções que o diretor do hospital deverá tomar em relação a Sakura, percebi que ela me fitava com cuidado. Terminei de assinar o documento e entreguei a ela que ainda tinha um olhar inquieto sobre mim.

– Você vai novamente trabalhar até tarde hoje? - ela indagou assim que pegou o documento.

Ela parecia nervosa enquanto aguardava minha resposta.

– Provavelmente. Tenho muitos documentos para analisar.

Então ela me surpreendeu voltando a se sentar na poltrona.

– Posso ficar aqui? Prometo não atrapalhar.

Eu a encarei e sorri. Ela realmente não precisava ficar e é claro que eu estava feliz pela decisão dela. Ela não precisava, mas ficaria comigo, por mim.

Decidi organizar a minha papelada, assinar, ler e reler, etc.

Olhei para Sakura, ela me fitava e depois voltou seus olhos para os seus pés. A vi ruborizar, se continuasse assim seu rosto se confundiria com os cabelos.

Sakura é uma mulher bonita. Com esses pensamentos eu levantei de minha cadeira e caminhei em sua direção, ela levantou o rosto e me encarou sorrindo. Fiquei bem em frente a poltrona e peguei suas mãos a puxando para cima, nos encaramos e ela ficava dividindo sua atenção entre meus olhos e meus lábios, isso me fez sorrir cinicamente. Apertei seu corpo ao meu e coloquei minha mão em seu rosto, ela fechou os olhos e eu a beijei, senti novamente aqueles lábios que tanto desejava.

Quentes, macios, doces, saborosos, assim é o resumo de como seus lábios são. Enquanto nos beijávamos era como se não existisse mais nada a nossa volta, eu só queria saber dela e de como tudo parecia tão certo. Nossos lábios se encaixaram de forma perfeita, nossas línguas estavam sincronizadas como se nossas bocas fossem velhas amigas, mas ao mesmo tempo estávamos tão ávidos um pelo outro que parecia que essas velhas amigas haviam sido separadas durante uma eternidade.

Desgrudamos nossas bocas e olhamos um ao outro enquanto tentávamos puxar todo o ar que havia nos faltado. De repente ela sorriu, passou suas mãos pelo meu pescoço e me puxou para ela novamente, eu não negaria seu pedido. Nos beijamos de novo e durante esse beijo eu fui guiando nossos corpos para a parede mais próxima, o corpo de Sakura se chocou a parede e ela deu um gemido que foi abafado pelo beijo. Ela puxava meus cabelos na nuca, isso me deixou enlouquecido e comecei a pressionar sua cintura com minhas mãos, ouvindo seus gemidos em aprovação.

A cada segundo que passava eu me sentia intoxicado. Sakura beijava meu pescoço, eu sentia aqueles lábios úmidos me arrepiarem e eu estava desejando que aqueles lábios fossem meus para o resto da vida. Quando ela levantou seu rosto e me encarou com a boca entreaberta e os olhos brilhando, não me segurei e comecei a brincar mordiscando o lóbulo da sua orelha e então a ouvi suspirar, desci para seu pescoço e comecei a dar leves beijos que logo se converteram em chupões, Sakura gemia meu nome e ainda segurava meus cabelos como se estivesse me forçando a não largar seu pescoço, sorri com isso e voltei a beijar seus lábios.

Nos encaramos enquanto buscávamos ar para nossos pulmões, fui me afastando de seu corpo e ela se apoiou na parede. Ficamos apenas nos fitando, ela estava arfando com os cabelos levemente bagunçados, face rubra, lábios vermelhos e inchados, também observei alguns lugares avermelhados no pescoço.

Ela sorriu e se sentou na poltrona buscando uma melhor acomodação.

– Você não deveria estar trabalhando? - ela piscou um dos olhos.

A encarei sorrindo e lembrei que realmente havia que assinar documentos para entregar no dia seguinte. Voltei para minha mesa analisando toda a papelada, ela puxou a cadeira e sentou próximo a minha mesa.

– Não precisa ficar. - respondi sem encará-la.

– Eu quero ficar. – ela sussurrava.

A vi olhar o luar através da janela.

– A lua fica no céu escuro e em uma hora em que quase ninguém está acordado para vê-la. Ela não brilha como o sol e muito menos aquece. - eu disse.

Ela continuou observando a lua e me respondeu de forma calma.

– A lua está cercada de várias estrelas que podem lhe fazer companhia, não importa se muitas ou poucas pessoas a veem porque isso não a tornará menos bonita. E de que importa o sol brilhar tanto se não podemos olhar para ele sem nos cegarmos? – ela virou o rosto me fitando com aquelas esmeraldas. - Ah, Gaara... Ouvi dizer que ela aquece o coração dos apaixonados.

Depois de ouvir o que ela disse eu simplesmente não sabia o que dizer, estava completamente estagnado. Afinal, eu era a lua solitária, a Sakura entendeu a metáfora e me mostrou outras possibilidades de encarar o que estava ao meu redor e a mim mesmo. Ela estava certa sobre o que falou. Será que eu aqueceria o seu coração? Ou talvez nunca passássemos da fase do desejo.

Sakura se calou e eu continuei a trabalhar. Quando terminei tudo, a chamei para irmos dormir, ela não respondeu então eu a fitei e vi que estava dormindo. Comecei a sorrir vendo aquela mulher de cabelos rosados dormindo serenamente na poltrona, fiquei sem coragem de acorda-la então a peguei no colo e fui subindo as escadas até a deixar acomodada na sua cama improvisada no quarto da Temari. Beijei a testa da rosada e já estava saindo do quarto...

– Boa noite Gaara. - olhei de volta para o quarto vendo Temari acenando e sorrindo.

Sorri para ela e fui em direção ao meu quarto.


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