O Coração da Areia escrita por LadySchiffer
Notas iniciais do capítulo
Eu aconselharia a lerem desde o inicio da fanfic antes de prosseguirem o capítulo. Eu estive durante estes dias finais de julho reescrevendo a fic.
Fui até o portão de Suna para receber o nosso mais novo visitante de Konoha, Nara Shikamaru, que chegou cerca de 15 minutos depois do previsto. O moreno estava o mesmo de sempre, o que inclui bonito, e continuava com aquela expressão de tédio eterno no seu rosto.
– Está atrasado. - eu disse.
– Tch, que recepção excelente. - ele resmungou.
– Vamos preguiçoso, eu selecionei apenas algumas horas medíocres do meu tempo para você. - o olhei indiferente.
– Problemática como sempre.
Estávamos caminhando em um silêncio acolhedor até que notei uma garota da vila olhando sem pudor o homem ao meu lado. Ele pareceu notar e a encarou preguiçosamente por alguns segundos antes que eu o interrompesse.
– Achou bonita? Deveria convida-la para sair. - eu disse impaciente.
– Hum... Até convidaria, mas não vou. - ele respondeu com a voz tipicamente arrastada.
– Por que não? - a curiosidade tinha dominado por hora a minha irritação.
– Porque sou um preguiçoso. - ele me encarou.
O silêncio se prolongou até que chegamos a minha casa e apesar de Shikamaru ter passado praticamente o inicio da noite na mansão Sabaku, eu não consegui conversar de verdade com ele, a atenção dele foi roubada por Naruto e Sakura que ansiavam por informações de todos da vila, e da captura do Uchiha. E eu só pude me contentar em ficar por perto, esperando para participar com uma frase ou sorriso que fosse do assunto.
Fiquei aliviada quando Gaara e Kankuro chegaram para jantar. Mas mesmo assim o Naruto continuou alugando o Nara apenas para ele, e vez ou outra envolvendo Kankuro na conversa. Sakura se manteve calada o jantar inteiro.
Assim que o jantar terminou eu fui lavar a louça na cozinha e aproveitei para mandar que Shikamaru me acompanhasse, recebendo resmungos como resposta.
– Iremos jogar shogi e dessa vez ganharei. - eu disse a ele.
– Tch. - emitiu o som.
E eu o fitei quase o matando com os olhos.
– Ei problemática. - ele começou sem me encarar - O que está havendo entre a Sakura e o Kazekage?
O observei continuar sua tarefa preguiçosamente, pensando em como ele havia descoberto algo no pouco tempo que estava aqui.
– Para um preguiçoso você é bem rápido quando se trata de fofocas. - sorri sarcástica - Eles se amam.
Ele emitiu mais um som desses quase inaudíveis.
– Você está adorando isso, não é Temari?
Ele tinha razão, eu estava muito feliz por imaginar a felicidade do meu irmão com a rosada. Meus pensamentos foram interrompidos pelas mãos do moreno segurando as minhas.
– Ela ainda gosta do Sasuke. - foi tudo que ele disse antes de voltar suas mãos aos pratos.
Parei o que eu estava fazendo antes, coloquei minhas mãos na cintura e o olhei furiosa.
– Do que exatamente você pensa que está falando? Sakura está com o meu irmão agora, e eles tem estado felizes juntos. Por que ela ainda precisaria do Uchiha? - fui cuspindo as frases uma atrás da outra.
– Tch, problemática. Quando apareci, ela lembrou do garoto a quem declarou seu amor e acabou se sentindo culpada por ter beijado o kazekage.
Eu não queria ouvir o que aquele preguiçoso falava, eu estava irritada demais.
– Temari. - ele puxou as minhas mãos para as suas novamente - Não estou dizendo que eles não podem ficar juntos. Só que ainda é recente para chamar de amor.
Terminamos o que fazíamos, e encontramos com Sakura e Naruto na sala de estar. Kankuro e Gaara estavam no escritório de casa.
Ficamos conversando até bem tarde e os outros dois ainda estavam trabalhando. Sakura foi a cozinha e voltou com lanches para levar até o escritório.
– Vê isso, preguiçoso? Perdemos nossa Sakura-chan para o povo de Suna. - Naruto dizia rindo.
– Está vendo, preguiçoso? O poder do amor. - eu disse presunçosamente encarando o moreno.
– O poder do amor! - Naruto repetiu gargalhando.
Não demorou muito e uma Sakura envergonhada surgiu na sala de estar novamente.
– Ei rosinha, afinal quando pretendia contar que você tem paquerado ruivos? - a voz do Shikamaru se fez presente.
– Shika! Não seja mais um a me constranger. Kankuro já foi suficiente. - ela suspirou.
– Tch... O que devo dizer aos seus inúmeros admiradores de Konoha? - ele se espreguiçou no sofá.
– Diga apenas que fui conquistada pelo deserto. - ela disse rindo.
Naruto e eu rimos com ela, e Shikamaru sorriu me olhando.
Quando fomos dormir, os meus irmãos ainda se encontravam trabalhando.
___
Abri meus olhos na manhã seguinte e Sakura já tinha saído para trabalhar. Arrumei-me e desci para tomar meu desjejum encontrando um Shikamaru sozinho na mesa.
– Tch, e o preguiçoso sou eu. Quando disse que sairíamos cedo para conhecer a vila, achei que seria mesmo cedo. - ele falou com tédio.
– Pensando na sua preguiça, decidi que ficaríamos em casa jogando shogi.
Depois de tanto tempo Shikamaru e eu continuávamos com o mesmo joguinho de servir de guia um para o outro. Eu já conhecia devidamente Konoha, mas ele sempre se oferecia para me mostrar a vila, e o mesmo acontecia com Suna. Nunca passávamos deste estágio, só que agora eu estava empenhada a ultrapassa-lo.
– E não pensou em me contar antes de me obrigar a acordar cedo? - o moreno murmurou.
– Não tive vontade. Acho que fui contaminada pela "doença shikamaru". - o observei com desdém.
– Por que nada com você é fácil? - falou despreocupadamente.
Ignorei-o bebendo o liquido que se encontrava na minha xícara.
___
Eu já havia perdido duas vezes no shogi e estava irritada, mas queria tentar uma terceira vez.
– Que tal outro dia? - ele disse.
– Que tal agora?
– Deixe de ser teimosa, mulher.
– Não é teimosia, é foco.
– Tch...
Consegui a minha terceira partida, e a perdi. Contentei-me e almoçamos juntos, pelo visto Naruto continuava por aí com Kankuro ou Gaara.
– Por mais quanto tempo vocês ficarão por aqui? - quebrei o nosso silêncio.
– Está nos expulsando da vila, problemática? - irônico.
– Você me entendeu.
– Por quanto tempo a Hokage considerar melhor. - ele observava as nuvens através da janela.
– Acha realmente que a Sakura não ama o Gaara? - perguntei temerosa.
– Observando-a, eu acho que talvez ela não saiba que o ama. - ele me deu um de seus sorrisos preguiçosos.
– Então é verdade. Vocês perderão uma ninja de Konoha - eu ri.
– O justo seria uma troca entre as vilas.
E o silêncio voltou a se instaurar.
Ficamos no telhado da casa observando as nuvens, e devo admitir que apesar de chato no inicio, se tornou bem agradável depois. Durante um tempo ele adormeceu e eu pude contempla-lo sem parecer ridícula, e num vislumbre de loucura ainda beijei sua bochecha.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!