The Bright Side escrita por Anna C


Capítulo 15
How You Do That Trick


Notas iniciais do capítulo

Ihuuuul! Anna postando às altas horas da madrugada, isso que as férias fazem com o ser humano. Mas também, eu não podia deixar de postar ao ver que meu apelo do último capítulo foi atendido e eu conheci novos leitores. Olá, amores! *acena freneticamente* Além disso, preciso fazer uma dedicação especial do capítulo à Lívia Lovegood, que fez uma recomendação linda há alguns dias (depois do Nyah! ter tentado atrapalhar, é claro. Mas você conseguiu! Isso aí, Lívia!) heheh ^^ Muito obrigada de novo.
Bom, vamos ao que interessa! Como eu falei antes, esse daqui terá quadribol. Eu não sou lá uma especialista nesse tipo de cena, mas ainda assim me divirto com elas. É uma relação complexa, entendem?
Então, é isso. Bom chá com biscoitos!



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Ela estava tão quieta. Mas ainda parecia feliz. Mesmo sempre reclamando, Scorpius tinha de admitir que quando Rose ficava silenciosa, o corredor ficava bem mais incômodo. Não. Aquele maldito sorriso no rosto dela era o que realmente incomodava. Será que ela planejava ficar para sempre com aquele semblante idiota?

— Malfoy... — Rose iniciou.

— O que é? — indagou um tanto seco. Ela sequer notou.

— Você conhece bem Eric Hewitt?

Scorpius a encarou. Ela não podia estar falando sério.

— Por que quer saber?

— Por nada... Enfim, o que sabe sobre ele?

Scorpius rapidamente encaixou as peças. Aquele cumprimento no corredor outro dia, suspiros e sorrisos sem motivo desde então... Ela vinha agindo tão estranhamente.

— Deve estar de brincadeira comigo.

— Quê? — Rose pareceu mais desperta, olhando-o de volta.

— Está interessada nele?

— C-Como é? Eu não disse isso! — Rose enrubescia.

— Mas também não negou.

— Ora, esqueça, Malfoy — ela disse, cruzando os braços. Além disso, ser colega de dormitório de Eric não tornava Scorpius e ele automaticamente íntimos. O loiro devia ter poucas informações a seu respeito.

"Esquecer. É o que pretendo fazer", pensou Scorpius. Rose e Eric não tinham nada a ver um com o outro. Não havia por que Rose se envolver naquela história.

— Mas vamos falar sobre o que interessa... E aí? Ansioso para seu jogo de estreia? — Rose quis saber.

— Ah, o jogo... — Scorpius fingia só agora se lembrar. A verdade era que aquela partida contra a Grifinória não lhe saía da cabeça. Porém, não deixaria que ninguém soubesse. – Nada de mais. Vamos ver no que dá.

— Soe mais otimista! Achei que estaria mais confiante... Sei que é contra a minha casa e que será adversário do meu primo em campo, mas estou secretamente torcendo pela Sonserina – Rose piscou um olho. – Dê o seu melhor, tudo bem?

Scorpius sentiu o rosto esquentar levemente. Para disfarçar, riu com escárnio.

— Com certeza. Quem sabe, eu até não marco um gol por você...

Ela esbarrou seu ombro contra o braço dele propositalmente.

— Não precisa caçoar de mim também. Mas, falando sério, se esforce. Quero que todos nessa escola vejam do que Scorpius Malfoy é capaz. Com certeza, será um jogo memorável!

x-x-x-x

As escadas para as arquibancadas estavam bastante tumultuadas. Rose já havia topado com várias pessoas, sempre murmurando um pedido de desculpas. Quando finalmente chegou ao topo, viu-se com um problema ainda maior: será que ainda havia lugar para ficar? Devia ter vindo com um grupo. Os atrasados sempre pegavam os piores lugares.

— Rosie! Vem cá! — Rose procurou a origem daquela voz, torcendo para que estivessem falando com ela.

Notou Lily balançando o braço no ar, ao lado de Judy, Hugo e alguns de seus amigos do quinto ano. Com algum esforço e tropeços, Rose conseguiu alcançar a prima e os demais. Estava levemente ofegante.

— Lily! — Abraçou a prima. — Como você está? A gente não se vê há um tempinho, não é?

— Mil perdões por isso, prima — Lily dizia, ligeiramente aflita. — Tenho passado mais tempo do que gostaria com a cara nos livros. Judy é testemunha do meu sofrimento.

— É verdade. — Judy assentiu, solene.

— Odeio esses N.O.M.s! Foram feitos para destruir o espírito dos alunos, só pode... — Lily resmungava. — Os N.I.E.M.s também devem estar te preocupando, certo?

— Bom, serão só daqui uns meses... Estou tentando não sofrer em antecipação.

— É mesmo? Sempre vejo os setimanistas chorando pelos cantos por causa das provas. Ah, mas você já decidiu o que pretende fazer quando sair da escola?

Lily havia atingido um ponto que Rose evitava a todo custo. Se dissesse a verdade, será que a julgariam? Será que a reprovariam? Se tivesse que ser totalmente honesta, diria que estava pensando em apenas continuar a trabalhar na Floreios & Borrões, desta vez em tempo integral. Nunca tivera planos grandiosos para o futuro, apesar de possuir tantos parentes talentosos e bem sucedidos. Rose sentia-se um elo fraco, pois ficaria feliz com um emprego simples. Uma vez, pensou se não seria somente por acomodação, por já ter aquela oportunidade guardada. Mas percebeu que não era isso. Ela de fato se tornara apaixonada pelo que fazia, até nos mais insignificantes detalhes.

Contudo, sabia que havia expectativas maiores sobre si. Podia até não querer discutir sobre os N.I.E.M.s, mas estava certa de que quando a hora estivesse próxima, ela daria o seu melhor para deixar os pais orgulhosos. Era inteligente, podia fazer mais.

"Mas e se eu já estivesse satisfeita? Por que preciso ser tão grande?"

— Rose... Você está aí dentro? — Lily agitava uma mão em frente ao seu rosto.

— E-Er, sim, só me distraí... Espere, gente, cadê o Louis? — Rose percebeu que o primo não estava entre eles. — Imaginei que estivesse com vocês, sempre andam juntos.

— Procure com mais atenção — disse Hugo, apontando para o pódio de onde a partida era narrada.

— Ah meu Deus... — sussurrou Rose, vendo ali Louis, acompanhado da sempre fiel Coline Chavalier.

Com o feitiço "Sonorus", a varinha de Louis tornou-se tão potente quanto o melhor dos microfones. Começou a discorrer, sorrindo para todos os lados do campo.

— Boa tarde a todos, como estão hoje? — Recebeu respostas e gritos de todo canto. Coline enrijeceu ao seu lado. — Bom, sou Louis Weasley e serei seu locutor nesta partida. Apesar de que a maioria deve saber disso, já que aparentemente o único motivo de eu estar aqui em cima é uma petição de trezentas assinaturas que solicitava tal coisa. Bom, a todos os que contribuíram, seus sonhos se tornaram realidade. Claro que não os deixarei na mão, por isso, decorei o nome de todos os jogadores que estarão presentes neste jogo.

— Isso não era o mínimo? — questionou Hugo.

— Deixa o garoto, Hugo — ralhou Lily.

Os jogadores entraram. Albus era bastante popular, pensou Rose, pois foi aquele que mais recebeu palmas das arquibancadas. Bom, não dos sonserinos, mas uma boa porção de corvinais e lufanos pareciam torcer por ele.

A ruiva não demorou a localizar Scorpius em seu uniforme verde e prata. Sem sequer pensar, começou a aplaudir.

— Vai, Malfoy!

Lily, Hugo e o resto do grupo a olharam como se ela tivesse crescido um par extra de braços naquele instante.

— O que foi? Ele é estreante, merece um incentivo — declarou Rose, corando.

— Acho que eles são mesmo amigos — Lily cochichou para o primo.

— Sim, como eu temia...

A partida começou calma. Rose percebeu que Malfoy estava se contendo, diferente do dia dos testes. Em compensação, devia ter incorporado um pouco de espírito de equipe, uma vez que estava sabendo dividir a goles com os demais jogadores, participando de algumas jogadas que exigiam esforço coletivo. "Ele finalmente parece fazer parte do time. Mas há algo de estranho... O estilo dele não pode ser suprimido dessa forma..."

— Parece que não era verdade — comentou Hugo de repente.

— O que não era verdade? — perguntou Rose.

— Ouvi dizer que a Sonserina tinha uma arma secreta. Imaginei até que tivesse a ver com o Malfoy, do jeito que foi elogiado... Mas a habilidade dele parece ter sido superestimada. Me parece bastante medíocre.

— "Arma secreta"... — Rose refletia sobre aquelas palavras. Poderia ser que...?

— Moore acaba de fazer mais um gol para a Grifinória, seu segundo no jogo — narrava Louis. — Devo dizer que os sonserinos não parecem estar dando tudo de si hoje. Quer dizer, não sei como costumam jogar, talvez seja o padrão mesmo...

A torcida verde-prata vaiou, a maioria parecendo preocupada com a falta de ação do time.

— Pelo jeito, tem gente que não aceita bem críticas por aqui... Só estou dizendo, noventa a trinta não é lá um placar animador para vocês.

Rose partilhava da inquietação dos sonserinos, ainda que ficasse contente por sua casa e por Albus. Desejava tanto que Scorpius tivesse oportunidade de expor seu potencial, ela vira com os próprios olhos aquele talento latente e desprezado. Era tão injusto que fosse daquela forma.

— Capitã Benner. — Michael Graham aproximou-se de Francesca em sua vassoura em pleno voo. — Acho que já os fizemos sofrer o bastante.

— Tem razão, Graham. Hora de jogar para valer. Avise que estou dando sinal verde.

Ele assentiu e disparou pelo campo.

— Malfoy! — gritou Michael para o rapaz que pairava a alguns metros dele. Lançou um olhar significativo, que Scorpius recebeu com um sorriso de lado.

"É agora."

— Parece que Longbottom rebateu um balaço ali, passou de raspão pelo braço do Farrell, talvez até fique roxo depois, ele pareceu cambalear e... Benner toma posse da goles, Moore estava prestes a marcar, mas a capitã parece estar determinada em trazer a partida para o outro lado do campo. Desviou daquele balaço, passou para Graham que recebeu com agilidade... Meu Deus, será que a Sonserina acordou? Ah, espera, acho que acabou de rolar um... gol...

Os sonserinos finalmente tiveram sua alegria. Ao menos, um gosto dela.

— Assim, sem mais nem menos? — Lily encarava a partida atônita. — E... Calma, o que eles...? Mas o que foi isso, como que...? Hugo! Hugo! Você viu o que Malfoy fez agora?

Hugo não conseguia parar de olhar as jogadas que se sucediam sem intervalo, balançando a cabeça em negativa.

— E-Eu sei lá, Lily! Não sei o que eles estão fazendo!

— Como ele arremessou dali, Hugo?! Naquela posição ainda, isso não faz o menor sentido!

— Que coisa, Lily, eu estou entendendo tanto quanto você!

Rose levou as mãos à boca, surpresa e ficando cada vez mais esperançosa. "Era isso que eu queria. Por favor, Malfoy, continue assim!"

— Dez pontos para a Sonserina — anunciou Louis.

— É isso aí!

— Não, não! O que está havendo?

— Mais dez. — Louis franzia a testa, tentando acompanhar tudo que acontecia.

— Vão, vão, Sonserina!

— Grifinória , vê se reage!

— E-Eu perdi a conta, vocês estão anotando? — Louis olhou para Coline em busca de reforço.

— Cadê esses apanhadores?

— Que tal dividirem essa goles?!

— Professor, vocês fizeram exame antidoping nesses caras antes do negócio começar, né? — questionou Louis, divido entre assombro e irritação.

Hugo estava inconformado.

— Não posso crer, que reviravolta é essa? Quebrei a cara... Vou ter que cumprimentar o time deles quando isso acabar.

— O time está indo bem, mas é o Malfoy que rouba a cena. Ele é brilhante! — disse um de seus amigos.

Hugo concordou, pouco animado.

Após marcar pela quinta vez seguida, Scorpius parou um instante. Limpou o suor da testa e jogou os cabelos platinados para trás.

Rose quase caiu com o susto que teve quando Lily e Judy deram gritos extremamente agudos.

— Por Merlin, Rose, você precisa me apresentar ao Malfoy depois. — Lily abanava o rosto com uma mão.

— O quê? — O pedido da prima foi um tanto inesperado.

— Ele é tão... Nossa! — Judy mal encontrava palavras para se expressar.

— Você não queria sair com o Harvey? — Hugo se intrometeu, indicando o amigo logo ao lado.

Lily revirou os olhos, exasperada.

— Meu Deus, Hugo! Como você é devagar, não estou mais afim dele há décadas... A fila anda, ok? Além disso, o West não é um deus do Quadribol, ou é?

— Acho que você tem um problema sério de inconstância... — O primo desistia de compreendê-la.

Rose sentiu o rosto queimar ao pensar naquela possibilidade. Lily era uma ótima garota, sempre energética e alegre. Talvez pudesse animar Malfoy. Mas seriam compatíveis? Será que funcionariam como casal? Primeiro, precisava ver a reação do loiro e, então...

— Eu estou só brincando, Rosie — Lily avisou, divertida, ao ver a expressão de confusão da outra. — Só fiquei meio deslumbrada com o que vimos. Não precisa se preocupar.

— Preocupada? Imagine, eu estava apenas pensando. — Rose riu, descontraída.

— O.k. — Lily ergueu os ombros, se convencendo. "Rose não parece gostar de Malfoy dessa forma. Mas agora começo a achar que até que eles fariam um belo par..."

x-x-x-x

Assim que conseguiu deixar as arquibancadas, Rose foi esperar por Albus na saída do campo. Os sonserinos todos tinham ido comemorar em sua sala comunal, a rapidez com que haviam se retirado impressionara a ruiva. "Suponho que seja normal. Devem estar muito animados." Não havia sinal de Scorpius por ali, provavelmente acompanhara seus colegas. "Finalmente, o notaram." Ela tinha uma sensação de alívio. Talvez, a partir de agora, começassem a enxergar Malfoy de uma perspectiva mais positiva.

Enfim, Albus veio se aproximando, já vestido com roupas comuns de fim de semana.

— Al. — Ela se adiantou, dando-lhe um rápido abraço. — Eu sinto muito. Você jogou muito bem também.

Era verdade. Albus conseguira agarrar o pomo, mas isso não trouxe uma vitória automática ao time. Mesmo com o pomo, a Grifinória não pôde suprir a diferença de pontos, apenas finalizou a partida. Placar: trezentos e dez a duzentos e oitenta.

— Obrigado, Rose. Mas não estou tão chateado. O time ficou arrasado, mas o jeito é melhorarmos na estratégia e nos esforçarmos mais na próxima. Eu avisei que seria um jogo duro, só que aquele início tranquilo foi o que nos desarmou.

— Foi bem astuto deles, não dá para negar...

— É. Pelo menos, essa vitória deve deixar o Malfoy menos ranzinza, não acha? Talvez fique mais fácil falar com ele nas próximas semanas.

— Albus! — Tracy pareceu surgiu literalmente de lugar nenhum, agarrando o namorado num abraço. — Você deve estar tão deprimido... Vamos fazer algo para nos animar, o que acha? Quem sabe, chamar o pessoal?

— É uma boa ideia. — Albus sorriu para ela, apreciando seus esforços para consolá-lo.

— Sim, faça isso, Al — disse Rose. — Devia se distrair mesmo.

— E você, Rose?

— Acho que vou cumprimentar o Malfoy.

Albus assentiu, enquanto Tracy pareceu abismada pela falta de consideração de Rose em fazer um comentário de tanto mau gosto num momento como aquele. Mas a ruiva não poderia preterir seu outro amigo.

Ela se despediu do casal, o coração ainda um pouco pesado. Albus de fato não parecia tão frustrado com a derrota. Estaria apenas escondendo sua decepção? Porém, ele era tão ruim em mentir que teria notado algo. Além do mais, Tracy aparentava realmente preocupada com ele, talvez suas impressões sobre ela e os outros amigos estivessem mesmo equivocadas.

"Fique forte, Al." Foi seu último desejo antes de retornar ao castelo.

x-x-x-x

Já havia estado nas masmorras, mas nunca havia se dirigido à sala comunal da Sonserina. Quanto mais se aproximava da entrada, mais nervosa ficava. Será que alguém poderia chamar Scorpius lá dentro para ela? Ou será que seria impossível em meio à comemoração? Pensando com mais calma agora, a ideia lhe parecia terrível. Como pôde realmente pensar que Scorpius deixaria a pequena "festa" apenas para que ela pudesse lhe dizer algumas palavras de parabéns? "Eu sou tão boba! E egoísta também. Eu, de uma casa rival, querendo tirá-lo dos festejos por tão pouco..."

Era isso, Rose daria meia volta.

— Rosie, é você? — uma voz fina e infantil a chamou, vinda do fundo daquele corredor.

De lá, Lucy apareceu timidamente.

— Rosie! — A pequena se alegrou ao constatar que fizera um palpite certeiro. Veio em pulinhos até a prima. — O que faz aqui, prima?

— B-Bem, eu... — Rose não esperava ser vista. Mas Lucy era de confiança, certo? — Eu ia apenas congratular um dos artilheiros, que é meu amigo... Eu posso voltar depois. Está todo mundo festejando, não?

— Ah, é sim, até saí de lá. Como fazem barulho... — queixou-se Lucy. — Mas posso te colocar para dentro – ela disse, marota.

— O quê? Não, Lucy, isso é proibido — disse Rose, apreensiva.

— Só é proibido se te pegarem, não é?

Antes que houvesse mais protestos por parte de Rose, Lucy jogou sobre ela seu cachecol verde e prata, ajeitando-o em volta do pescoço, cobrindo-lhe um pouco do rosto.

— Prontinho! Virou uma sonserina!

— L-Lucy...

— Vamos logo, todos estão tão afobados que sequer vão notar. — Agarrou a manga da mais velha e a puxou em direção à passagem da sala.

"Meu Deus, o que estou fazendo?" Rose se desesperava, vendo Lucy dizer uma senha, fazendo com que a parede de pedra revelasse a sala comunal.

Rose estava tão aflita que mal conseguiu se emocionar por estar adentrando o lar dos sonserinos. Captou poucos detalhes do local em si, viu tapeçarias suntuosas, lustres de prata pendendo do teto... Mas estava mais preocupada em encontrar Scorpius.

Havia uma concentração maior de pessoas em um dos extremos do salão e foi ali que o viu. Todos querendo falar com ele, todos o elogiando. Lucy tinha razão, o lugar estava realmente um caos. Mas principalmente, a expressão de Scorpius. Ele não parecia tão satisfeito com aquela agitação como imaginara. Na verdade, estava bastante incomodado, porém, ninguém parecia perceber. "É mesmo, como pude ignorar... Malfoy odeia isso. Ele não está habituado a esse assédio."

Ela precisava chegar até ele de qualquer forma agora.

— Rose Weasley? — alguém disse seu nome. Ela ficou petrificada.

Era Eric Hewitt e ele parecia desconfiado.

— O que faz aqui? Como conseguiu entrar?

Ela estava para balbuciar uma explicação improvisada, olhares começavam a recair sobre si, quando:

— Rose! — não era a voz de Lucy ou a de Eric. Era uma voz que nunca a chamara daquela forma.

Abrindo caminho entre a multidão, ali estava Scorpius Malfoy. Agora, todos estavam conscientes da presença da intrusa da Grifinória, entretanto, a própria não teve tempo de entrar em pânico. A estadia de Rose na sala foi muito breve. Scorpius apanhou sua mão e a puxou para a saída.

Rose quase tropeçou, estavam indo em uma velocidade alta demais para suas nem tão longas pernas. Fora tudo tão repentino, uma onda de adrenalina a invadiu, sobrepondo o torpor inicial da situação.

Sendo puxada e correndo sem saber para que destino, Rose o mirou com os olhos ligeiramente arregalados, o espanto nítido no rosto. Scorpius estava sério, não virava a face para ela por nada, mas continuava segurando-lhe firmemente. O que estava acontecendo? Para onde ele a levava?

"E... Ele me chamou pelo primeiro nome."


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Notas finais do capítulo

*gritinho histérico* Ai, desculpa, gente. É que amo "cliffhangers", essa tensão que fica, entendem? Juro que não é por maldade. Aliás, sei que muitos estavam querendo ver um pouco mais de Scorose, então voilà! No próximo teremos o desfecho dessa ceninha do fim.

Vai aí uma pequena prévia:

"Scorpius não podia simplesmente fingir que ela não lhe significava nada. Que tudo que lhe dissera até então havia sido somente um grande e estúpido erro.
— Seja honesto uma vez na vida, Malfoy. Diga que se arrepende de ter me conhecido — Rose desafiou com firmeza. Firmeza que poderia sumir no instante em que ele respondesse."

Tudo bem, já basta, né? É, será intenso.

Bom, não tenho muito mais a acrescentar... Dispensados, soldados! *bate continência* (haha, um dia, ainda vou perceber que não sou engraçada. Esse dia não é hoje.)

Beijoooooos!