P.S:SE VOCÊ NÃO LEU AS NOTAS INICIAIS LEIA!E LEIA AS FINAIS TAMBÉM!!!!

POV Ju

Andei pelas ruas de NY,indo até o hospital.Estava frio,por isso eu usava 2 blusas,1 casaco e um cachecol.O vento soprou,fazendo meus cabelos voarem para trás.Olhei para o parque do outro lado da rua e desejei ser criança novamente.Uma criança sem problemas.Queria reformular toda a minha infância.Eu ainda não acreditava que estava indo visitar ela.A mulher que me fez perceber cedo de mais que a vida não é um conto de fadas.

Ainda era cedo.6 da manhã,por isso quando vi uma mulher correndo atrás de sua filha que brincava alegremente no parque,lembrei daquele dia...o dia que eu passei a odiar a minha vida. E lembrei do sonho que eu tive naquela mesma noite.

–Argh Juliana!Por que você é tão feia?Olha esse cabelo!Essas roupas,esses olhos horrorosos.E por que você é tão gorda?Parece um montros-Disse uma mulher enquanto encarava uma menininha linda aos seus pés.-Tenho vergonha de ser sua mãe.

–Mas...eu...-Começou a pequena,segurando num colar de raio pendurado no seu pescoço.

–MAS NADA!VÁ JÁ PARA O SEU

QUARTO.2 DIAS SEM COMER.-Berrou apontando para uma porta de madeira no final do corredor.

–Por que?

–Você nunca deveria ter nascido!Você é um monstro,um acidente!Briguei com meu marido de novo.E A CULPA É TODA SUA!

–Então por que eu nasci?-Sussurrou.

A mulher ficou vermelho,indignada com a ação da filha.Então num ato rápido,deu um tapa forte no rosto da menina.Sua face ficou vermelha e ela caiu pra trás.Olhou para o própria mãe morrendo de medo e começou a chorar.A mulher irritada,pegou os cabelos dela(ignorando os gemidos de dor que insistiam em sair da boca da pequena)e a jogou dentro do quarto sem dó nem piedade.

–Isso foi pra você aprender.-Sussurrou enquanto trancava a porta.

Então tudo ficou branco e eu vi outra cena:

–Como ela está doutor?-Perguntou uma mulher.Obviamente não era a do outro sonho.Agora estávamos um um hospital.Um médico olhava tristemente para a mulher que o encarava e...pera...aquela mulher era...minha tia Sônia?

–Infelizmente,a beira da morte.

Ficou um silêncio mortal.Até que a paciente,com muito esforço se pronunciou:

–Eu...quero ve-la.Minha filha.

–A Juliana está desaparecida-Disse minha tia Sônia.

–Só quero ve-la.Por favor.

Foi isso.Ponto.Fim de papo.Fim do mundo.Fim do universo.Adeus pro Titanic...ok,eu to ficando meio doida. Eu só não entendia por que eu estava indo visitar minha mãe.Eu odeio ela e eu nunca fui coração mole.Nunca mesmo.Perguntem pro Josh...

–Bom dia,o que a senhorita deseja?-Perguntou-me a mulher da recepção do hospital.Ela tinha cabelos castanhos e rosto cheio de verrugas.Deveria ter uns 60 anos.

–Eu quero visitar minha mãe.-Respondi,nervosa.

–Quarto?-Perguntou,mexendo no computador.

–Ah...eu não sei.

–Hummm,nome?-Perguntou novamente.

–Silvana Katelery-Respondi.E sim,Katelery é sobrenome.

–Ok.Quarto 220-Disse.

Ela me deu um crachá para visitantes e eu segui para o 2° andar. Minhas mãos tremiam e minha testa estava suada.E se ela fosse aquela mesma cretina de sempre?E se ela realmente estivesse a beira da morte?E se aquele sonho fosse apenas uma armação de algum deus?Eram tantos e ‘ses’ que deixavam minha cabeça doendo.

Parei na frente da porta 220 e comecei a analisa-la,enrolando.Era branca,de madeira.Pronto,não tinha mais o que dizer e eu não podia mais enrolar. Bati na porta. Fez um silêncio e eu já estava pensando no pior quando ouvi uma voz muito fraca,provavelmente fazendo força para falar.

–Entre. Respirei fundo e contei até 10,no 15 abri a porta.

Era um quarto pequeno.Uma televisão antiga estava pendurada na parede.Um sofá para visitas e uma cômoda no lado esquero.No lado direito uma porta(provavelmente um banheiro) e uma mesinha,com alguns livros e revistas.Em ambos os lados estavam cheios de medicamentos.

Uma mulher estava deitada numa cama.Ela estava com os cabelos cinzas,sem vida.Os olhos azuis estavam cansados e com olheiras.

–Quem é você?-perguntou num sussurro.Meu coração foi a mil.

–Meu nome é Juliana.

–Juliana?-Perguntou,ainda sussurrando.

–Sim,sua filha.-Respondi baixinho.

Ela sorriu,olhou pro teto,depois me encarou de novo falando:

–Sabia que você viria.Temos assuntos a tratar.

POV Lidiane.

–Qual é o nome mesmo daquela música da Avril Lavigne?-Perguntou-me Patricía.Eu estava sentada com ela e conversávamos sobre muitas coisas estranhas.

–Você sabe que a Avril Lavigne deve ter umas 100 músicas?-Respondi com outra pergunta fechando a revista que eu lia.

–Bem,sei...é aquela que ela fala umas loucuras que ela fez quando tinha 17 anos-respondeu.

–Você está falando de Seventeen?-Perguntei levantando uma sombrancelha.

–Sim,essa mesma.

–O título não era meio obvio?-Perguntei.

–Sim,mas minha memória não é das melhores quando eu estou nervosa.-Respondeu,prendendo os cabelos num rabo de cavalo.

–Por que você estaria nervosa? -Ela me olhou com um olhar profundo.Olhar de filha de Ares,aqueles que dão medo. Que pouco sabem das filhas de Ares é que se elas confiam em alguém,falam tudo o que sentem sem vergonha.Mas elas confiam muito raramente.No olhar dela percebi:Em mim ela confiava.

–Eu acho que estou apaixonada.-Disse num sussurro e bem vermelha.

–Por quem?-Perguntei.

–Pelo Josh.-Respondeu. Engoli um seco.

Me arrepiei por inteiro.Não sei por que,mas meu mundo de repente caiu.Como ela poderia gostar do Josh?Do me...Do meu nada!Que é isso?Ele só implica comigo.Argh que raiva.

–Licença,meninas-Pediu alguém atrás de nós. Virei e encarei ele.Meu coração,sem permissão minha começou a bater a mil.Meu corpo se arrepiou por inteiro mais eu não ia demonstrar isso.

–O que você quer,cabeção?-Perguntei.

–Nossa Lidiane!Queria só conversar.-Falou me olhando indignado.

–Conversar,com nós duas?-Perguntou Patricía arqueando uma sombrancelha.

–Na verdade Patricía,só com a Lidiane-Respondeu envergonhado.

Eu corei fortemente e Patricía apenas gaguejou:

–Ah,cla-claro.-Então se foi.

Josh sentou do meu lado e ficou me encarando por alguns segundos.

–Então,o que você quer,bobão?-Perguntei,me vira

–Só não quero brigar.

–Então não me provoca-Simples e rápida.

–Te provocar?Eu nunca te provoco,você que é uma chata e vive sendo grossa comigo-Respondeu.

–Eu que sou chata?Então vai conversar com a Patricía...

–Patricía?-Perguntou.

–NÃO ME INTERROMPA.Eu sou assim com todo mundo!Se você não gosta que se dane,não fale mais comigo então.

–Não você não é assim com todo mundo.-Disse me olhando nos olhos-Você é assim por que tem medo.

–Medo?Medo de que?

–Medo de alguém te magora!Medo de se apaixonar por alguém e sair magoada da história.E você briga comigo,você me bate e tudo mais por que é uma auto defesa.Por que você me ama.-Disse rápido.

–Eu não...eu não te amo-Menti.Bem,eu acho que menti.

–Não?Então por que você disse isso naquela festa?

–Eu estava bêbada!-Respondi.

–Então por que me beijou naquele verdade ou desafio,sem nem reclamar?

–Eu estava bêbada!

–Para de usar essa desculpa em todas as minhas justificativas como se fosse uma alcoólatra!-Respondeu. Ficamos em silêncio.

–E se isso for verdade?-Perguntei num sussurro.

–Então eu faria isso.-Respondeu num outro sussurro.

Ele pegou delicadamente meu rosto com as duas mãos e me beijou. ELE ME BEIJOU! ME BEIJOU! E.T.S SINTO MUITO MAIS EU TENHO QUE VOLTAR PRA REALIDADE. Quando ele terminou o olhei estupefada e apenas murmurei:

–Isso nunca aconteceu. Ele confirmou com a cabeça e foi embora.

E eu sorri como uma boba apaixonada. O QUE ESTAVA ACONTECENDO