Antes de tudo um mapa praqueles que estão meio perdidos, este é masomenos o trajeto deles:

***

Mal saímos do posto e Annabeth já fazia seus cálculos:

– Se vamos dormir 5 horas, então dá pra dirigir até meia-noite e acordar às 5 da manhã pra continuar, ou seja, vamos dormir em uma cidadezinha no Arizona. Perto de Phoenix, por aí.

Eu e Jason ainda estávamos de pé na porta da Kombi, apoiando os braços nas “paredes” para manter o equilíbrio enquanto Percy dirigia, já que fomos os últimos a pular pra dentro.

– Quem era aquele? – Jason sussurrou para mim.

– Talvez seja Chandler... – Annabeth continuou pensando alto – Ou paremos na própria Phoenix.

– Hã... – entreabri a boca para responder Jason.

– Se tivermos sorte e formos rápidos, podemos dormir em Tucson... – Annabeth foi falando enquanto passava por entre nós dois para sentar em um banco-bar.

– Ah, depois eu te falo – fiz uma careta e empurrei Annabeth um pouco para sentar ao seu lado.

Jason ficou olhando um pouco para mim antes de empurrar eu e Annabeth de novo para sentar ao meu lado.

– Chandler? Não é o nome daquele cara do seriado friends? – Leo perguntou sentado do outro lado da mesa, onde estavam Thalia e Luke também.

– E também uma cidade perto de Phoenix – Thalia respondeu antes de Annebeth.

Eu olhei para Thalia, o que eu queria perguntar para ela que acabei esquecendo? Fui tirada dos meus desvaneios quando Leo falou:

– Alguém pode ligar a rádio?

– ALGUEM LIGA A RÁDIO PRA ESSE MENINO LOGO! – Jaon disse abrindo os braços.

Então quando Percy ligou, o rádio estava sem sintonia e não funcionava.

– AAAAAH QUE VIDA INJUSTA! – Leo se atirou pra frente debruçando sobre a mesa, depois levantou a cabeça – Ei o que vamos fazer até meia-noite? Ainda temos umas 7 horas e meia.

– Olha só o que comprei – eu falei passando com certa dificulade por Jason e pegando uma sacolinha de compra.

Tirei o abacaxi e deixei em cima da mesa.

– Uaaaau Piper! Vamos fazer o que? O ritual Cherokee do abacaxi? – Leo disse com falso entusiasmo.

– Cala a boca, deixe eu terminar.

– O ritual?

O ignorei e peguei uma faca que Leo tinha comprado, cortei a coroa dele e também o miolo, virei a faca do outro lado e bati dentro do do abaxi pra ter um pouco de suco, depois peguei uma garrafinha de água, abri e joguei o pózinho de suco de framboesa, chocoalhei e deixei em cima da mesa também. Todos me assistiam quietos, mas foi quando eu tirei a garrafa de vodka que todos fizeram um “Aaaaah” e se arrumarm no banco animados.

Peguei as duas garrafinhas em cada mão e as virei em sincronia no abacaxi até ter um tanto bom.

– Eis o que vamos fazer nessas horas.

– AEEEEEEE – eles comemoraram.

– Quem será o primeiro? – perguntei.

– Eu – Luke respondeu.

– Espera, de que marca que é esse troço? – Thalia perguntou olhando a vodka.

– Num sei não, marca mandada por Deus e escolhida por uni duni tê – respondi.

Luke tomou quase em um só gole.

– Pota que pariu, onde você aprendeu a fazer isso Piper? – ele olhava para o abacaxi como se fosse seu novo amor.

Thalia quase sentiu ciúmes.

– Em um canal de culinária – eu disse rindo.

– Em francês! – Jason complementou.

Eu ainda estava de pé perto da mesa, Jason passou um braço pela minha cintura, e me puxou para sentar mais perto dele.

– O que vocês estão fazendo aí atrás? – Percy perguntou.

– Algo que motorista não pode saber! – Jason respondeu estendendo a mão pro abacaxi.

Enquanto todos olhavam Jason, percebi Annabeth virando o corpo e passando os braços pelo pescoço de Percy, já que ela estava no banco atrás dele, e sussurrando em seu ouvido “só mantenha acima de 80 ok?” ela terminou com uma mordidinha e depois voltou sentando direito ao seu lugar, Percy deu uma arrepiada antes de acelerar.

Hm safadinha.

Todos agora olhavam Thalia bebendo no abacaxi. Isso! Lembrei o que eu queria perguntar a Thalia.

– Ei Thalia – apontei pra ela acusadoramente – o que você e Luke estavam fazendo quando entramos na Kombi?

– Hm... nada? – Thalia respondeu na defesa, o que era mais estranho.

– Ai meu Deus! – Percy exclamou lá da frente olhando pelo retrovisor travasso – Vocês estavam...?

– Naqueles sete minutos? – Jason colocou a mão na boca chocado – LUKE!

– Ai meu Deus vocês fizeram naquela cama? – falei enojada.

Luke começou a rir.

É possível uma bebida desconhecida te deixar alterado em uma só abacaxizada? Sim, é possível.

– Relaaaxa galera, a gente colocou uma coberta por cima – Luke disse.

Todos fizeram um “Urrrgh” de nojo em sincronia.

Enquanto isso Leo tomava o abacaxi e Thalia nem envergonhada estava.

– E depois jogamos fora – ela completou.

– Ah então ta tudo bem – Jason sorria.

Leo colocou o abacaxi vazio em cima da mesa e disse:

– Aproveitou direitinho Luke? Por que pelo que eu me lembre os beijos de Thalia não são lá grande coisa.

– AH seu filho da puta! – Thalia disse pegando o abacaxi na mão e fuzilando Leo.

– Ai meu Deus! – Leo pulou de seu banco e correu se jogando por cima do banco lá da frente.

– O que é isso?! – Percy gritou com um Leo protejendo a cabeça ao seu lado.

Thalia tentou jogar o abacaxi em Leo, que acabou acertando Jason no meio do caminho. O suco de framboesa manchou toda sua roupa, ficou um bagaço de abacaxi por toda ela também, com cheiro de vodka.

– De novo nãaaaao – Jason olhou para suas próprias roupas.

Todos começaram a rir.

– Sorte que eu comprei roupas extras! – ele ergueu triunfante um sacolinha – Podemos parar para eu me trocar?

– Não vamos parar – Annabeth disse finalizando a conversa.

– Poxa – ele olhou pro cantinho traseiro da Kombi – alguém podia segurar um lençol para eu me trocar ali então.

– Eu seguro – sorri para ele, sem segundas intenções, claro.

– Ótimo – ele respondeu sorrindo.

Nos levantamos enquanto Annabeth pegava o abacaxi e Leo voltava para o banco. Peguei um cobertor da cama, um pouco enojada, mas ok. Fui até ele e abri os braços acima da minha cabeça, estendo o cobertor atrás de mim

– Você não tinha que ficar do lado de fora? – Jason apontou para mim.

– E que graça teria?

– E minha privacidade? – ele perguntou já tirando a blusa de manga comprida

– Isto não está nos termos de contrato de namoro – eu disse o analisando enquanto ele pegava suas roupas da sacolinha.

– O que você quer então? Um streap-tease? – ele rodou sua blusa e a atirou para mim, eu ri.

– Quero um beijo.

Mal terminei de falar e meu desejo foi realizado, senti suas mãos passando atrás de minha cintura e as minhas decendo para seus ombros, o que nos fez ficar ali com um cobertor por cima de nós, eu conseguia ouvir os outros dicutindo, então prestando atenção em nós não estavam. Nesse escurinho do cobertor acho que acabaríamos além de um longo beijo, mas Jason parou.

– Preciso terminar de me trocar.

– Ah, certo.

– E você precisa me dizer quem era aquele.

– Ah... certo.

Procurei as pontas do cobertor e o ergui de novo. Jason me deu um selinho e se afastou para tirar a calça.

– O nome dele é Dylan, e ele foi tipo um... – espera o que eu estava falando mesmo?

PORQUE NÉ MEU DEUS! Pra quem já viu Justin Timberlake de cueca boxer tem uma ideia de como Jason pode ser parecido ou talvez melhor, CHESSUS...

– Piper? Ele o que?

– Hã? Ah, hm... ele foi tipo um amor de verão, em uma férias quando fiquei um mês em uma casa de praia na Florida com meu pai – fiz uma careta – porém descobri que ele não era o que pensei, ele... me usou, não importa, foi um imenso cafageste, imbecil no qual não merece ser lembrado – eu disse fitando o chão, nem me importando com Jason semi-nu mais.

– Ei, esqueça-o então, tudo bem? – Jason ergueu meu queixo com o polegar – Você está comigo agora e nunca serei assim, me importo com você e te prometo: Nunca mais a verei com esse olhar triste novamente.

Ele me beijou logo em seguida, lebrei de domingo, mas não argumentei, apenas me senti feliz naquele momento, foi tão bom o beijo e leve até abaixei os braços sem querer.

– AH PIPER! O cobertor! – Jason percebeu o que fiz e puxou minhas mãos para cima de volta.

– Ops – eu ri.

Então Jason colocou sua terceira roupa e voltamos para os bancos-bar.

– Foi uma paixonite de criança, tinhamos uns 8 anos – Leo contava.

– Eu o beijei por que ele já não me deixava em paz – Thalia falou emburrada encostada em Luke – Ele não largava do meu pé.

Annabeth olhou para mim sorrindo.

– Ei Piper, guardamos abacaxi pra você! Já que você fez! – ele me jogou o abacaxi cheio do tipo “pensa rápido”.

Eu o peguei como um ninja e tomei, o treco era bom mesmo, acho que depois da escola vou me canditar pra “mastercheff”.

Annabeth pulou para o banco da frente para fazer compania para Percy e ficamos ali conversando até chegar na cidadezinha Chandler faltando 10 minutos pra meia-noite.

Percy parou em um estacionamento de uma loja de esquina abandonada, e todos se acomodaram para dormir onde estavam mesmo. Thalia e Luke foram os eleitos a dormir na cama já que já tinham feito coisa feia nela mesmo. Percy e Annabeth dormiram no banco da frente e Leo no banco-bar de frente pro nosso.

Eu e Jason diviadiamos o outro banco bar, ele deitado no banco e eu deitada metade nele e metade no banco, passei uma perna por cima de seu quadril, desbruçando sobre seu peito

– Confortável aí Grace? – sussurrei perto de sua boca me acomodando mais.

– Não me provoque, Pipes – ele sorriu me abraçando.

O único que conseguiria ouvir seria Leo, mas ele parecia estar dormindo, só parecia mesmo.

– Cheque se estou confortável também Piper – ele sussurrou de olhos fechados.

Jason esticou o braço o máximo que podia para lhe dar um tapa na cabeça. Depois eu dormi.