Westover Hall escrita por Fe Valdez


Capítulo 24
Só pegando emprestato


Notas iniciais do capítulo

gente que estranho o nome kombi né? kkkk eu pensei que era combe, ai deixa pra lá
OLHA AQUI FANTASMINHAS eu fiz as contas (sim fiz mesmo) e 9,83% dos meus leitores só que mandam reviews e dão sinal de vida D: nooove por cento é muuito pouco, quero ver isso aumentar lalala pra ter prox cap lalala ok chega de drama ->



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– E agora? – Perguntei a Jason.

– Caga na mão e joga fora. – Ele respondeu de imediato.

Fiquei o encarando com uma sobrancelha levantada até ele bufar rindo.

– Desculpe, Leo falou isso pra mim uma vez. – Ele sacudiu a cabeça e voltou a ficar sério. – Mas sem problemas, é só pegarmos o próximo voo para Houston, quem sabe até achamos Calipso no aeroporto e já voltamos para cá. Já volto mi amore do colar perdido.

Jason me deu um selinho e foi de volta para o balcão. Só deu tempo de eu rir da despedida dele, que ele voltou logo em seguida.

– Ok, agora sim temos um problema – ele disse aflito.

Luke que estava ao seu lado conversando ainda com o pessoal ouviu ele dizer e se voltou para Jason:

– Que problema, Jason?

Agora todos já estavam prestando atenção em Jason.

– É que bem... eu dei um presente para Piper...

– Aquele colar bonitinho? Eu sabia! Que lindo isso – Annabeth interrompeu.

– Sim. – sorri corada. – O problema é que está com Calipso agora.

– E o pedido da passagem pelo meu nome chegou até os ouvidos do meu pai e ele trancou todas as maneiras de eu conseguir outro, até por outras companias. Ele deve achar que estou querendo fugir, porque a ordem dele é que eu esteja aqui quando ele vir me... deixa pra lá. Ele sabe que eu comprei uma passagem, mas não sabe que já foi usada, porque os funcionários disseram que ainda estou aqui, então Calipso viajou sem problemas. Mas eu fui bloqueado.

– Então não da pra gente viajar para Houston de avião. – murmurei triste.

– Ué, vamos de carro. – Leu propôs. – Eu quero ir também.

– Carro Leo? São 35 horas de viagem daqui até Houston e nem carros temos, primeiramente. Segundo que ainda estamos em aula naquela prisão, digo... internato. – Eu dei uma olhada rápida em Jason. – Terceiro que devemos estar aqui obrigatoriamente nesse fim de semana. E por último, é só um... só... um colar. – falei desacreditando um pouco nas minha últimas palavras.

Todos ficaram em silêncio por um tempo, mas Jason falou firme:

– Não é só um colar. É importante para mim, Pipes, como um símbolo. Ignore o que disse, vamos atrás do colar. – Ele deu de ombros casualmente. – Se formos agora conseguiremos chegar lá antes que o tio de Calipso viaje e voltamos até domingo.

– Eu concordo com Jason. – Leo disse. – E as vezes precisamos fazer umas loucuras na vida né, eu vou junto. – ele sorriu.

– Quer ver Calipso mais uma vez, Leo? – Thalia sorriu provocando-o.

– Eeeu não, guria chata. Eu vou para... ver como está minha terra natal, né galera.

– Bem, eu vou também. – Thalia disse. – Concordo com Leo: loucuras da vida, adrenalina e tal, mas também tenho que estar aqui no domingo.

– Eu vou. – Percy disse. – E foda-se tudo.

– Como eu tenho que ficar o máximo possível perto dessa aqui enquanto posso. – Luke passou o braço em volta de Thalia. – Eu também vou.

Parecia que Annabeth, Percy e Leo ainda não sabiam que os Grace se mudariam, então pareciam ficar perdidos e desconfiados quando um de nós falava algo de prazo de tempo, mas eles não falaram nada. Depois eu tenho que fazer Jason contar pra eles duma vez.

Todos olharam para Annabeth que não tinha se pronunciado, ela voltou o olhar nervosa.

– Gente eu não sei, hoje é quarta-feira, ainda temos 2 dias de aula e...

– Você nunca fez uma rebeldia na vida né? – Thalia perguntou.

– Deixe de ser certinha Annie, precisamos salvar uma coisa muito preciosa. – Percy fechou o punho teatralmente.

– Gente você tão ligados que vão fazer tudo isso, toda essa viagem... por um simples presente meu, né? – os lembrei, pois era muita maluquice.

– É importante pra você? – Annabeth perguntou.

– Bem... – eu disse sorrindo. – Muito.

Jason também sorriu satisfeito.

– Estaremos aqui até domingo, certo? – Annabeth ponderou. Ela não perguntou o por quê, mas eu tinha uma impressão que ela já desconfiava. – Tudo bem, eu também vou – Annabeth completou sorrindo.

– Mais de 70 horas de viagem ao todo. – acrescentei me sentindo culpada.

– Ninguém desistirá Piper – Leo deu dois tapinhas no meu ombro. – É uma aventura! A menos que você não queira recuperar seu colar.

– Eu sou a que mais quero ir.

– Então vamos achar um carro! – Jason exclamou.

– Que dê pra todo mundo. – Annabeth acrescentou baixinho.

– Por aqui, senhores! – Jason seguiu para a porta do aeroporto ignorando Annabeth.

Saímos do local e andamos alguns metros sorrateiramente pela rua, porque podíamos achar alguém de Westover Hall por aí né.

– Uma pergunta, a gente vai tipo... roubar um carro? – Percy perguntou – Porque é meio que ilegal sabe.

– E se não roubássemos? – A voz de Thalia vinha lá de trás. – E se pegássemos emprestado de quem não liga pra bens materiais?

Todos olharam para trás, Thalia havia parado a alguns metros, estava olhando o outro lado da rua. Seguimos seu olhar e encontramos um parque gramado, como um pequeno espaço de jogar golfe, mas tinham várias kombis da Volkswagen estacionadas, todas coloridas, e algumas pessoas por ali cantando, fumando, lanchando em mesas de piquenique e 'abraçando' árvores felizes com a vida.

– Hippies. – eu disse. – Eles não se importariam se pegássemos uma kombi deles né? Eles são hippies!

– Isso não continua sendo ilegal? – Percy falou.

– Vamos apenas pegar emprestado, querido. – Annabeth o corrigiu.

Todos sorriram, ver Annabeth defendo a ideia que tínhamos que pegar a kombi era engraçada.

– A gente devolve. – sorri. – A menos que quebremos, explodimos, capotamos, ou batemos ela.

Todos concordaram comigo como se fosse algo razoável. Eu sei que o que estamos fazendo é errado, mas não me arrependerei. Todos pareciam animados a pegar “emprestada” a Kombi, acho que por sermos adolescentes tudo que é proibido é melhor né?

Atravessamos a rua, contornamos o perímetro do parque e entramos por trás, onde tinha menos movimento de hippies, menos luz e um acúmulo de kombis estacionadas.

– Quem sabe fazer ligação direta? – Jason perguntou.

Todos ergueram a mão, até eu (me pergunte depois).

– Ave. – Jason riu. – Só eu que não sei fazer nada?

– Você sabe abrir coisas trancadas, não é? – lembrei. – Então abra um desses troços.

– Não será preciso, hippies não trancam seus veículos... espero – Jason correu agachado até a Kombi mais próxima e abriu a porta facilmente – Viu?

Ele fez um gesto para todos entrarem, o que fizemos. Isso me lembrou aquele monte de palhaço que entra num carrinho. A Kombi do azarento hippie escolhido tinha sido modificada. Os bancos dianteiros continuavam com o mesmo estilo, de 3 lugares, mas os bancos de trás eram estofados de 3 lugares virados de frente um pro outro com uma mesinha no centro. O porta malas tinha um armário estilo baú nas laterais e um vão no meio, onde havia uns cem cobertores, colchas e lenços de hippie, formando uma espécie de cama, era tipo assim:

Só que imagina a cama de panos nesse espaço vazio e tudo por dentro colorido, com algumas correntinhas penduradas no teto e cortinas laranjas de bolinha nas janelas, sendo os bancos vermelhos com pano colorido de verde e roxo por cima. Certamente acertamos na escolha da kombi.

Ficou meio apertado quando todos entraram duma vez, mas depois eles começaram a se espalhar, tipo Percy e Luke pulando os últimos bancos, ficando em cima da cama improvisada e fuçando nos baús. Eu sentei em um dos sofás que tinha a mesa na frente e vi que havia um papel e uma caneta.

Peguei a caneta e escrevi:

Caros senhores Hippies,

Creio que vocês perceberam que sua Kombi sumiu já que estão aqui parados com este papel na mão no lugar da Kombi. Desculpe por isso, eu e meus amigos pegamos por que preciso recuperar uma coisa muito especial para mim, um símbolo do que vivi com meu namorado. Se vocês são hippies de verdade, então acreditam no amor (na natureza, na paz, nos passarinhos e essas coisas) então deixarão pegarmos sua Kombi né? Espero que sim, porque já partimos. Não se preocupe, a devolveremos (se conseguirmos).

Paz e amor ♥

Eu ia assinar aqui, mas vocês podem ser hippies iniciantes e nos denunciar. Beijinho.

– Olhem, eu achei um perfume cubano aqui. – Luke anunciou levantando a mão com o perfume. Pela bagunça que estava ao redor dele, ele já tinha achado muita coisa.

– Manda pra cá.

Luke jogou para mim que o peguei no ar e espirrei no papel.

– Acho que assim eles vão gostar mais. – murmurei pensando alto e assentindo com a cabeça.

Abri a porta enquanto Jason assumia o volante, Annabeth que havia feito a ligação direta por incrível que pareça. Agachei, deixei o bilhete ali no gramado e coloquei uma pedra pra ele não voar. Dei um pulo de volta pra Kombi me debrucei sobre o banco atrás do motorista e falei para Jason:

– Para Houston!

Todos comemoraram alto com “uhul”, “wooo!”, assoviando e aplaudindo, então partimos.


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Notas finais do capítulo

Aí esse capítulo cansou vocês? Parece que ficou meio grande :S o que acharam?
Gente eu troco um Leo por uma recomendação o que acham? uahsauhsa recebam o garoto em até 48 horas pelo sedex o/ oferta melhor que da polishop