Westover Hall escrita por Fe Valdez


Capítulo 20
Plano da cozinha


Notas iniciais do capítulo

ALERTA DE CAPÍTULO MELOSO!
Talvez vcs não gostem, mas já fazia um tempo que eu não postava lol



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- E então? - Jason perguntou olhando pra mim e entrelaçando os dedos de nossas mãos enquanto saíamos do dormitório caminhando pelo campus - Vamos bara o Flip-Flip agora? É o brimeiro da lista.
- Na verdade, acho melhor deixar o Flip-Flip por último.
- Tudo bem, deixe eu checar a lista então...
Jason apalpou os bolsos, confuso por um momento. O vento frio batia em nossos rostos e eu me encolhi um pouco com frio. Observando Jason desembrulhar o papel recém-achado vi que seu nariz estava vermelhinho e ri.
- O que foi? - ele olhou para mim.
- Nada - disse sorrindo - você fica bonitinho com esse nariz vermelho.
- Você também está com nariz vermelho, mas fica bonitinha de qualquer jeito - ele deu de ombros.
(N/A: momento enjoada de tanta fofura, mas eu quis hunf)
- Se estou de nariz vermelho é culpa sua que fica me beijando assim, vou acabar ficando gripada também.
Jason sorriu e voltou a atenção pra lista.
- Então nem vou cumprir o item 2 da lista, que é "muitos beijos".
- Pra falar a verdade eu não ligo muito de ficar gripada - comentei indiferente.
Acho vou morrer sem conseguir um beijo normal com Jason. Pois no meio do ato, senti fios enrolando rapidamente minha cabeça, tentei me afastar de Jason, mas percebi que só consegui me afastar por uns 3 centímetros, pois nossa cabeças estavam enroladas com fita ADESIVA, então nossos rostos ficaram grudados! Não foi difícil perceber a surpresa e confusão nos olhos de Jason, ja que eu estava cara a cara com ele, em torno de nossos braços foi enrolado um pouco só. Então alguém passou os braços pelo meu ombro e eu olhei de canto pra ver quem era.
Connor Stoll, é claro.
- Ahhh Travis, como o amor é lindo, não? - ele disse com uma voz suave olhando o horizonte.
Eu e Jason bufamos na mesma hora.
- Claro - Connor disse cortando a fita com o dente e apoiando um cotuvelo em Jason, enquanto
girava o rolo de fita no dedo - Dá vontade de ficar juntinho com a pessoa amada para sempre! - ele completou fazendo um biquinho para nós e apertando minha bochecha.
Depois eles começaram a rir.
Eu e Jason soltávamos nossos braços da fita.
- Vocês... gasp - pausa para cuspir um pouco de fita que entrou na minha boca - não tem mais nada... pff - pausa novamente - para fazer não, garotos?
- Claro que temos - Connor sorriu.
- Enrolar mais casais! - Travis completou - hoje é dia internacional do amor - ele disse fazendo um coração com a mão na frente do olho para visualizar eu e Jason enrolados.
- Segundo quem? - Jason riu, o que fez nós batermos a testa com o movimento dele.
- Nós! - eles responderam juntos, depois saíram correndo com o rolo de fita na mão.
Ouvimos um pouco de risadas ao nosso redor, mas é a vida. Sorte que a fita era grossa, demorou um pouco, mas conseguimos desgrudar tudo de nós mesmo, rimos um pouco e lembramos que um item de nossa lista era se vingar dos Stolls.
Eu estava tirando o último pedaço de fita de meu cabelo quando Percy e Annabeth aparecem andando até nós.
Percy tinha um pedacinho de fita pregado no ombro, então eu e Jason começamos a rir.
- Vítima dos Stoll? - Jason falou.
Eles consentiram sorrindo.
- Vocês também? - Annabeth disse.
- Agorinha - respondi e nós quatro rimos.
- Estávamos pensando em pregar uma peça neles - Jason falou.
- Eu to dentro - Percy disse.
Annabeth ficou calada olhando para cima e de repente anunciou:
- Tenho um plano!
- Noooooossa! Em 2 segundos você criou um? - falei surpresa.
- Mas preciso da senha da direção - Annabeth franziu a testa.
- vinho-gostoso-como-eu12reidopinochle
- Meu Deus, senha do Sr.D? - Annabeth riu.
- Aham - eu ri.
- Como você sabe?
- Eu descobri algumas coisas enquanto arrumava documentos na sala dele - dei uma leve olhada para Jason que me olhava também quieto.
- Me encontrem no 1º horário de aula amanhã, na sala de Química do bloco IV, creio que estará vazia.
- Ok - concordamos.
***
Como não tinha como fazer os próximos tópicos da lista, pulamos para o 6- fazer aquela receita que achamamos na tv.
Ja estava mais pra noite que para o dia, e a cantina estava vazia. Jason me pediu um grampo, mas eu não tinha, então andamos um pouco para achar alguma menina com grampo.
- Ei! Sabe onde tem grampos? Na enfermaria. As tiazinhas usam lá pra poder usar a toca.
- Ok ok, vamos para lá.
Entramos silenciosamente no bloco que ficava a enfermaria, passamos o lugar em que Jason e eu nos beijamos pela segunda vez e começamos a namorar, então espionamos a janela da porta da enfermaria: A balconista estava dormindo.
- Moleza - Jason sorriu abrindo devagar a porta.
Entramos nas pontas dos pés e eu fui até a segunda porta e a abri levemente para verificar se não tinha ninguém vindo na segunda sala que ficava as macas e o resto das coisa.
Jason tirou o grampo do cabelo da mulher e ela roncou de uma maneira estranha, imitando um porco melhor do que o próprio porco teria feito.
Eu e Jason nos desatamos a rir, mas a mulher não acordou. Continuamos a rir da risada um do outro e ficava mais engraçado, já que tinhamos que fazer silencio, então eu sentei no chão rindo e me esqueci da porta.
Ela se abriu e Erick apareceu mancando, com olho roxo um braço enfaixado e vários band-aids espalhados por ele.
- O que aconteceu?
Rimos ainda mais de Erick, ele era de nosso ano, então o conhecíamos um pouco.
Jason tirou a lista do bolso e a olhou, então riu um pouco e concluiu:
- Etapa 15 está feita também.
- Ei Erick, você já ouviu o ronco dessa mulher?
Ele começou sorriu.
- Não, por que?
- Parece a junção de uma orca com um porc...-eu ia dizendo, então olhei para Jason e parei, pois ele fazia aquele gesto de abanar a mão perto do pescoço, como se estivesse o cortando.
Olhei para cima fazendo careta e a tiazinha olhava para mim.
- Olha.. obrigado por seu grampo coroa... digo, moça - Jason fez um aceno para ela e me puxou rápido para fora da enfermaria.
Corremos pelo corredor e saímos do bloco rindo.
Pouco tempo depois, estavamos dando a volta pela cantina, era um ambiente aberto cheio de cadeiras, mas estava vazio. Ao fundo ficava o balcão que onde pediamos a comida e depois, a cozinha, paramos na parte de trás dela, tinha uma porta de aço, trancada e sem fechadura.
- Agora a pergunta: como você vai arrombar essa porta com um grampo, Jason?! - me virei para ele.
- Pessoas só pensam que grampo serve para porta - ele balançou a cabeça em discordância e foi até uma janela que eu não havia notado do outro lado da porta.
Um minuto após ele ter mexido no fecho da janela, ele a abre e aponta para dentro.
- Senhorita? - ele me convida a entrar do mesmo jeito que fez no Flip-Flip, mas dessa vez nenhum gato miou.
Pulei a janela e ele veio atrás, a cozinha não era muito grande, parecia a de um restaurante normal, tinha um buraco no teto que dava para ver as estrelas, lembramos da receita que faríamos: Ratatouille (em uma bela tarde estávamos assistindo aquele desenho Ratatouille, por coincidencia do destino trocamos de canal e caiu em um de culianária que ensinava como fazer ratatouille, decidimos que faríamos).
Jason havia digitado em seu celular enquanto ouvia a mulher falando, cheguei até ele e perguntei o que precisávamos.
- Ingredientes?
- Hãm... primeiramente, uma fatia de rabo de canguru, depois maionese, ai vem 3 gramas de nacho - ele levantou o olho para mim - acho melhor colocarmos queijo - e voltou a leitura - 5 quilos de grama...
- Jason para - comecei a rir - de onde você tirou esses ingredientes? - falei puxando a folha da mão dele, era a mesma daquele dia que ele anotou.
- Ah Piper, aquela mulher falava francês, as vezes eu tinha que adivinhar! - ele ergueu as mãos em defesa.
- Eu sabia que eu que devia ter anotado - pensei - já que falo francês - cocei o queixo.
- Espera! Por que diabos não pensamos nisso na hora?
- Eu não sei ué, eu entendia tudo que ela dizia, pra mim parecia inglês,ai eu deixei você anotar pensando que você tava entendendo - dei de ombros.
- Eu até tentei entender, mas achei meio estranho quando ela disse para misturar tudo em uma costas bem grande.
Olhei para o papel e era isso mesmo que estava escrito, então eu ri.
Acabamos fazendo brigadeiro, ele pegava as coisas e me dava para eu colocar na panela. Então sentei em uma mesa do lado do fogão e mandei o Jason misturar. Ele misturou um pouco e eu impliquei com ele, falando que ele não misturava bem e estragaria nosso brigadeiro.
Ele parou na minha frente, apoiou as mãos na mesa, de cada lado do meu corpo e me olhou sério.
- Repita que estragarei o brigadeiro se tiver coragem - ele me desafio cara-a-cara.
- Você estragará o brigadeiro, Jason - eu disse me aproximando mais dele e semicerrando os olhos.
Acho que ele poderia retrucar e me fazer dizer que ele não estregaria o brigadeiro, mas a tentação foi demais para ele. Ele se inclinou e me beijou e eu retribui com intensidade, passando meus braços por seu ombro e prendendo minhas pernas por volta de sua cintura. Esse foi um beijo literalmente de perder o fôlego, e quando isso aconteceu ele desceu o lábio por meu pescoço.
É aí que vocês perguntam: finalmente um beijo sem interrupção? Éeeee... não.
A panela do brigadeiro começou a fazer um barulho estranho de coisa fervendo, mais alto do que qualquer coisa já fervida.
- O brigadeiro! - exclamei.
Jason parou e apoiou a testa no meu ombro.
- Poxa vida - ele sussurrou.
Então veio um som de Plof! e estalos.
- Ai meu Deus! Vai explodir! - Jason correu até o fogão novamente para o desligar.
Tinha um pouco de brigadeiro escorrendo pela panela e uns respingos pela parede, ele estava cheio de bolhas e duro.
- Eu disse que você o estragaria - ri.
- Culpa sua - ele falou pegando duas colheres e depois a panela.
Eu fiquei o observando enquanto ele subia na mesa, engatinhava por ela e deitava-se atrás de mim com a panela do lado, me joguei para trás e e apoiei minha cabeça em sua barriga.
Peguei uma colher de brigadeiro queimado e ele também. Ficamos sem falar nada por um tempo, só olhando para o buraco no teto, o céu com as estrelas, enquanto ele acariciava meu cabelo jogado em seu peito. Então ele pegou um pouco de brigadeiro de sua colher e passou no meu nariz.
- Ei!
- Seu nariz não está mais vermelho agora - ele disse.
Girei meu corpo e me debrucei por cima dele, passando meu dedão com chocolate por cima de sua boca.
- Quer que eu limpe?
- Você ainda pergunta?
Me inclinei e dei um selinho demorado, depois girei de novo o corpo deitando do lado dele que estava com um dos braços abertos, apoiei a cabeça em seu braço.
- Agora sou um travesseiro?
- Claro.
- Tudo bem.
Já devia ser tarde, então acabamos adormecendo, ali mesmo.


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Notas finais do capítulo

Quantidade de reviews está diminuindo :c o q aconteceu? vcs não me amam mais? hasuhuashu
fantasminhas, nunca é tarde :3