De Repente Mães escrita por Ella


Capítulo 12
Chapter 12 - Shame


Notas iniciais do capítulo

Estou eu aqui mais uma vez. Como fizeram essa autora feliz, chegamos aos 96 reviews e a fic ganhou uma recomendação linda da fofa Ludmila Morais, obrigada, tu não sabes o quanto fiquei feliz. Ri igual uma descontrolada quando vi, minha mãe achou que eu estava ficando louca. E obviamente o desfile da Victoria’s Secret me inspirou a escrever uma fic nova, vou começar a postá-la assim que tiver terminado essa. Obrigada mesmo pelos reviews meninas, me deixaram imensamente feliz! Feliz Ano Nova pra todas! A proposito tentei de todas as formas postar a história no editor antigo, mas não dá. Esse novo é horrível!



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Sirius Black

Marlene estava estranha desde que chegamos do piquenique à tarde. Tinha um olhar perdido quando me olhava e sorria de forma melancólica e nostálgica. Eu simplesmente não sabia o que podia ter acontecido pra que ela ficasse dessa maneira.

Estávamos na sala agora, Lily e Lene liam uma revista de moda, Remo estava conversando com Dorcas e Alice estava com um livro sobre flores.

Às vezes eu não sabia o que se passava na cabeça da Lily e da Lene. Alias, eu nunca sabia, elas eram como uma caixa de supressas pra mim. Porque garotas não podiam ser mais simples e mais fáceis de entender? Por exemplo, todas as vezes que o James chamou Lily para sair ela disse não, mas fica com raiva todas as vezes que vê ele com uma garota. Ela acha que ele é de ferro ou quê? A Marlene é ainda pior, nunca sei o motivo de ela me bater tanto e depois amaldiçoar até a sexta geração dos Black.

A Lene já foi minha amiga, sem segundas intenções ou algo do gênero da minha parte. Já fui capaz de dormir uma noite toda com ela sem tentar nada. Mas isso mudou, acabou há muito tempo e acredito que não possa reverter essa situação.

“-Acho que a Lene sente sua falta.” – James me encarou e olhou pra a morena que olhava para Lily e Alice que riam de uma piada trouxa. Ela não conseguia entender o significado.

“-Porque diz isso?” - Encarei-o.

“-A ouvi falando algumas coisas a respeito da amizade de você dois na época do quarto ano para a Lily.” - James me olhou sem graça e eu me senti um bebê mal por aquilo. Foi a época em que descobri meu efeito sobre as garotas e quando comecei a deixa-la de lado.

“-Ela sente minha falta?” - Indaguei torcendo pra que no fundo a resposta fosse negativa. Eu era um bastardo, nunca seria bom o suficiente para ela.

“-Sirius, não seja burro, é obvio que Marlene sente sua falta.” - James me deu um tapa da cabeça. Rolei os olhos e continuei sem saber o que falar.

–Hei meninos! Vocês sabiam que as flores têm significados especiais? A Marlene, por exemplo, ama as violetas azuis porque combinam com o cabelo dela. Flores azuis são difíceis de encontrar, representam mistério, amor e vontade de alcançar o que se parece impossível. Já a Lily, gosta de lírios. Representam a pureza e inocência. Elas adorariam receber flores, mas nunca ninguém mandou nada para elas. –Alice olhou para nós dois e sorriu.

Alice tinha acabado de me dar uma ideia sensacional, assim que eu voltasse ao normal já sabia o que deveria fazer. Obviamente envolvia Marlene, flores e a cor azul.

“-Ela sabe que entendemos.” - James deu de ombros e ficou sentando ali, ele parecia gostar da coleção de mini vassouras que estavam espalhadas pelo tapete. Fiquei pensando em uma maneira de me redimir com Marlene, afinal não seria tão fácil convencê-la de que eu realmente tinha um bom motivo pra mudar.

Lily Evans

Agora faltavam cinco dias pra que os garotos voltassem ao normal, e eu confesso que sentiria falta do James. Estava tão acostumada em tê-lo o tempo todo a minha volta, a precisar de mim para tudo que ainda não tinha pensado em como seriam as coisas quando ele voltasse ao estado normal. Seria bom que ele se lembrasse de algumas coisas, de outras nem tanto. Estava sendo tão bom passar o tempo que eu quisesse com as mãos entre os fios revoltos e macios do Jay que eu já não sabia como iria fazer para me segurar e não aperta-lo em um abraço quando o visse pela escola. Não conseguia nem chama-lo de Potter mais.

Os fatos pareciam se inverter agora, seria possível eu continuar a mesma Lily com o James? Será que eu ainda seria uma vaca com ele? Mas pensando bem, agora ele era um bebê adorável e fofo, mas quem me garantia que continuaria assim? Estava confusa, quer dizer assumir que consideraria a ideia de ser amiga do James é uma coisa, outra bem diferente seria manter meu coração em segurança perto dele.

–Acha que vão se lembrar de alguma coisa? –Marlene me indagou ao ver os dois sentados no tapete.

–Acho que poderão ter pequenas lembranças. Vou sentir falta do James. –Sorri observado o garoto virar-se pra nós e mostrar um pomo de ouro.

–Sentirei falta da proximidade com o Sirius. Não ficávamos juntos assim há muito tempo. –Lene sorriu e passou as mãos pelos cachos castanhos escuros que se formavam nas pontas dos cabelos. Sirius e ela haviam sido bons amigos antes e até a metade do quarto ano de Hogwarts.

–Sentirei falta do cabelo do James. –Falei sem pensar e Lene me olhou risonha.

–Oras, quando der vontade de passar a mão leva ele pra uma sala vazia do segundo andar. –Ela deu de ombros e sorriu mais uma vez, mostrando-me que talvez aquela não fosse uma má ideia.

Eu e James em uma sala vazia? Seria possível aquilo? Porque até onde sabia, eu não passava de uma ruiva, futura monitora-chefe, certinha e nada atraente. Mas a ideia de ter James em uma sala deserta não era tão repugnante quanto eu imaginei que seria, alias parecia-me a oportunidade perfeita para abusar dele.

–Lily, não pense em raptar o James e mantê-lo em uma sala secreta ok? Sirius seria capaz de seguir vocês dois até os confins do inferno. –Lene gesticulou com as mãos e depois ficou olhando pra cima.

–O que foi? –Indaguei-a.

–Estou achando aqueles dois muito quietos, e pelo que os conheço nunca sai coisa boa quando isso acontece. Fique de olho no James que eu cuido do Sirius. Não vamos despregar os olhos um segundo de ambos enquanto não voltarem ao normal. –Lene estava atenta aos movimentos dos dois.

No dia anterior os dois haviam jogado um pacote de farinha no chão e ficaram correndo pela cozinha espalhando o pó branco por toda parte. Foi chato ter que limpar tudo sozinha, mas valeu a pena ter vista os meninos se divertindo por ali.

–Meninas, não acredito que vamos voltar pra Hogwarts sem ter passados todas as férias fazendo o que tínhamos planejado. Vamos ter que esperar até o recesso de Natal e então viremos pra sua casa Lene!-Dorcas falou avidamente olhando pra nos que encaramos surpresas.

–Tudo bem, podem voltar pra minha casa e acabar com meu estoque de jujubas e sapos de chocolates. Já começaram a fazer isso mesmo, então acho que minha mãe não vai se importar de ter que comprar mais. -A morena deu de ombros e sorriu para nós de maneira confortadora.

–Ótimo, vou poder passar o Natal com você também. Meus pais devem ir jantar com os pais do noivo da Petúnia e eu não quero ter que ficar sozinha em casa. –As meninas sorriram assim quer terminei a frase. Seria bom passarmos algum tempo juntas antes de terminarmos o colégio.

–Ok, mas dessa vez garanta que os garotos não apareçam aqui de surpresa. Nada de bebês. –Dorcas apontou para os meninos e deu de ombros.

–Vou garantir isso, alias nunca mais vou deixar uma garrafa de porção de rejuvenescimento perto deles. –Marlene respondeu olhando para os garotos.

Fiquei apenas prestando atenção na conversa das meninas, e então reparei que talvez quando voltássemos pra terminar nosso ultimo ano algumas coisas pudessem mudar. Provavelmente Lene voltaria para o time de quadribol, Alice e Dorcas ajudariam nos preparativos da festa de formatura e eu seria monitora-chefe. James e Sirius continuariam deixando o castelo de cabeça pra baixo, Remo tentaria concertar e me convencer a não dar mais detenções aos dois e Peter ficaria comendo doces, seguindo-os como um ratinho acuado. Eu, Remo, Dorcas e Alice faríamos nossos deveres pra depois ter que emprestá-los para James, Sirius e Marlene. Possivelmente continuaríamos nos sentando no mesmo lugar na mesa da Grifinória, na mesma ordem e com a mesma empolgação de sempre. As coisas poderiam seguir sendo as mesmas, entretanto nos amadureceríamos no final de tudo. Cada coisa que passamos juntos nos ajudaria a continuar seguindo em frente e a não desistir de nossos sonhos e anseios.

James e Sirius vinham cambaleantes em nossa direção, James se jogou nos meus braços estendidos pra ele e Sirius subiu no sofá, se acomodando no colo da Lene. Os garotos pareciam felizes, Potter se acomodou no sofá enquanto brincava com o meu cabelo, devia achar a cor muito interessante. Ele estava vestindo um pijama com vários desenhos bruxos, e seu cabelo estava mais bagunçado que o de costume.

–Estão com fome? –Alice se aproximou deles e sorriu. Ambos os garotos afirmaram e então fomos pra cozinha. Eu havia deixado uma sopa de legumes pronta pra eles e logo os dois já tinham espalho parte do conteúdo do prato pela mesa em que os colocamos sentados.

Dorcas havia tirado fotos, precisávamos mostrar aquilo pra eles depois e é claro boas lembranças tinha que ser guardadas. Os dois garotos sujos de comida ficavam adoráveis, mas eu já tinha perdido as contas de quantos vidros de xampu tínhamos usado pra lavar os cabelos deles.

Depois de darmos banho nos dois pestinhas, ficamos todos na sala, estávamos jogando cartas enquanto os meninos brincavam com as vassouras e a minicidade bruxa que Dorcas montou em cima de um tapete macio e felpudo. Às vezes ela parecia se divertir mais com os brinquedos bruxos que os dois garotos.

–Espero que James e Sirius tenham lembranças de você duas. Não sei se eu suportaria cuidar desses dois meninos chorões por mais de vinte e quatro horas. –Remo disse entre uma jogada. Lene deu de ombros e olhou para o Sirius.

–Eles podem ser uns pestinhas, mas sabem ser adoráveis quando querem. –Ela sorriu quando o garoto balançou a mãozinha em sua direção.

–Espero que o James tenha aprendido alguma coisa com tudo isso. Quer dizer, que ele não seja um idiota quando voltar ao normal. –Olhei para o Potter e respirei fundo. Sorri ao imaginar a sua cara de tapado quando me jogasse em cima dele e envolvesse minhas mãos nos cabelos desgrenhados e macios. Sim, ele ficaria surpreso. Isso se não ficasse petrificado.


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