Ele E Ela escrita por Maitê


Capítulo 5
Embriaguez


Notas iniciais do capítulo

Primeiro quero dizer que estou muuuuuito feliz com os cometários que tenho recebido, sério gente ,vocês não sabem como meu coração fica feliz em saber que vocês estão gostando e acompanhando. Espero que gostem do novo capítulo tanto quanto eu...



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— FESTAAAAAAAA! - Um cara totalmente estranho grita ao abrir a porta para Maria. Segura um copo na mão direita e está visivelmente bêbado.

Maria solta uma risada contida e entra na casa luxuosa de Rachel. A casa está entupida de adolescentes, bêbados em sua grande maioria. São 23:00 da noite e a música soa alto pela casa.

Ela anda graciosamente em cima de seus saltos altos cumprimentando todos com sorrisos simpáticos e leves acenos de mão. Procura por Rachel, mas encontra outras amigas pelo caminho e em menos de dez minutos já tem seu próprio copo com tequila na mão.

Toma um gole tomando cuidado com o batom vermelho que cora seus lábios. Sua beleza atrai olhares. Veste um curto shorts com estampa de onça e blusa decotada e soltinha preta. Os cabelos cumpridos ,agora lisos, chamam atenção pro seu rosto muito bem maquiado. Conversa com suas amigas animadamente quando vê Brooke Davis passar vestida de preto dos pés a cabeça. Ao seu modo ,está bonita.

O que ela faz aqui ? Se pergunta.

Brooke não é conhecida por marcar presença em festas escolares e então um nome passa pela cabeça de Maria.

Miguel .

É claro ,Brooke deve ter vindo acompanhando ele. Miguel tem de estar em algum lugar por aqui. Afinal essa festa é em homenagem a ele também.

Maria solta um suspiro com o pensamento ,a quem está querendo enganar? Essa festa não é pra ninguém ,é só um pretexto para encher a cara e quem sabe ir pra cama com alguém.

— MARIA! - Rachel aparece gritando no meio da multidão com os braços abertos.

Maria vai até ela e a segura antes que se estabaque no chão.

— A quanto tempo você está bebendo Rachel? - ela pergunta contendo o riso ,sempre achou engraçado ver Rachel bêbada. É quando ela faz as maiores loucuras.

A ajuda a se sentar numa poltrona cor bege que agora está com uma grande mancha rosada, provavelmente vinho .Os pais de Rachel iriam ter um ataque quando voltassem, isso era certo.

— A você sabe .. É uma festa e eu quero comemoraaar! - fala arrastado quase derramando o conteúdo do copo em seu próprio rosto.

— Tá bom ,mas vai com calma tá? Ou vai acabar caindo e se machucando. - Maria se senta no braço da poltrona e afasta os cabelos .

— Eu estou te procurando a tanto tempo ,que horas você chegou? - Rachel fala manhosa jogando suas pernas por cima da amiga.

— A uns 15 minutos . - dá de ombros e puxa o curto vestido da amiga para baixo.

— Eu tenho uma novidade pra você. - Rachel fala travessa.

— O que ? - Maria responde no mesmo tom entrando na brincadeira.

Rachel olha para um lado e depois para o outro , junta as mãos no queixo e se aproxima da amiga. Maria abaixa a cabeça até ouvir Rachel sussurrando em seu ouvido:

— Dyllan disse que quer você hoje . - se afasta com uma gargalhada .

Maria sente seu rosto esquentar .

— Como assim "me quer" ? - pergunta com um nó de nervosismo na garganta .

— Maria não se faça de boba, você sabe muito bem do que estou falando... Está muito mais que na hora de você ter sua primeira vez.

— Cala a boca!

Rachel dá risada. Ninguém podia saber daquilo .Maria Flor ainda era uma garota virgem ,e isso era o oposto do que muitos imaginavam.

Rachel se levanta mostrando que seu equilíbrio melhorou.

— Ele está por ai ,quem sabe né ? - ri e pega a mão da amiga . - Não fica pensando nisso não, vamos dançar!

As duas vão até a sala ,a mesa de centro está coberta por garrafas de todos os tipos. Algumas vazias outras pela metade e nenhuma cheia. Todos bebem como se aquilo fosse água. E em poucos minutos Maria se empolga com tanta bebida.

Experimenta todas as bebidas que estão disponíveis e logo se sente alegre ,muito alegre. Dá risada por tudo e quase perde o equilíbrio em alguns momentos.

Todos falam alto e dão risada. É uma falsa felicidade ,mas para eles aquilo é o paraíso. Esvaziam garrafas e dançam como se não houvesse amanhã.

Logo Maria e Rachel estão em cima da mesa ,derrubando garrafas no chão em quanto dançam descalças. Estão de mãos dadas e totalmente embriagadas, dão risada e gostam dos olhares que recebem dos rapazes ao redor. Rachel desce da mesa deixando uma Maria bêbada e de olhos fechados dançando ,se sentindo liberta.

Ao som de Summer Love de Justin Timberlake ,ela remexe os quadris e leva os braços acima da cabeça. Sente como se estivesse voando e sorri ao ouvir seu nome sendo falado pela boca de todos ao redor.

Até que sente seu corpo caindo ,mas antes que possa atingir o chão ,braços musculosos a seguram .Quando abre os olhos dá de cara com Dyllan ,que tem um sorriso zombeteiro nos lábios.

— Bela dança, carinho. - ele sorri e a poe de pé a sua frente.

— Que bom que gostou. - ela segura em seus ombros e dá passos até que seus corpos estejam colados.

Ele leva uma de suas mãos a cintura dela e a aperta de encontro a ele. Maria está embriagada demais para pensar se é certo ou não ,só quer se livrar do peso da sua virgindade e ele a quer ...

Se olham intensamente e logo estão se beijando num ritmo intenso.

— Manda ver! - alguém grita ali perto.

Se afastam em busca de ar .

— Vamos sair daqui. - Maria diz mordendo o lábio.

Dyllan exibe um sorriso vitorioso nos lábios e a puxa por entre todas aquelas pessoas. Sobem correndo pro segundo andar ,onde começam a se beijar de novo. Ele a conduz pelo corredor de quartos enquanto chupa seus lábios.

Abrem duas portas e dão de cara com casais meio ... ocupados. Até que na terceira tentativa encontram um quarto vazio.

Logo estão deitados na cama de casal ,ele por cima dela. Chupando seu pescoço e levantando sua blusa que em poucos minutos está no chão.

Ela desce suas mãos pela barriga dele até alcançar o cós de sua calça e abrir o botão.

Quando Dyllan pousa uma de suas mãos em seu seio direito uma onda de pânico a invade.

Ela abre um olhos e percebe o que está fazendo.

Não quer que seja assim ... Não agora, não com ele..

— Dyllan ,para. -ele continua os movimentos como se não a tivesse ouvido.

— Dyllan. - ela fala mais alto tentando empurrá-lo pelos ombros.

Quando ele começa a puxar seu shorts para baixo ela tem certeza de que não é aquilo que realmente quer.

— Dyllan ! - ela grita afastando suas mãos de seu corpo.

— O que é?! - ele a olha com os lábios inchados e cabelos desgrenhados.

— Sai de cima de mim, por favor?

— O QUE?! - ele grita nervoso. - Você me faz vir até aqui pra isso?! - se levanta furioso e fecha o botão da calça jeans.

Maria se senta na cama e se abraça tentando cobrir sua pele exposta. Está morrendo de vergonha ,não dele ,mas de si mesma.

— Desculpa ,mas ... não é isso que eu quero. - sussurra.

— O que você acha? Que um príncipe encantado vai aparecer num cavalo branco só pra resolver esse problema pra você ?

Problema? Então ele sabia ...

— Não ,eu só ...

— Quer saber ? Que se dane você e sua covardia. Tô fora . - e com isso ele sai do quarto batendo a porta com força.

Ela se assusta e se encolhe na cama. Abraça seus joelhos e chora ,chora por ser tão covarde e patética. Amanhã todos já estarão sabendo ,Dyllan é vingativo e não vai deixar isso barato. Tem certeza.

Sente um vento frio contra sua pele ,olha para o lado e vê que aquele quarto é enorme e provavelmente deve ser o quarto dos pais de Rachel .Uma sacada ,é isso que ela vê. As cortinas balançam com o vento frio da noite.

Ela se levanta e dá passos lentos até a sacada. Saí e encara a noite escura. Poucas estrelas estão iluminando o céu e sente seu coração apertar.

Pousa suas mãos na madeira branca e gelada que envolve a sacada e olha para baixo.

Não é tão alto ,mas quem sabe ...

Vai se debruçando lentamente ,sente medo .Mas também sente que aquilo é o melhor.

Fecha os olhos e tira um dos pés do chão ,sente o vento frio levar seus cabelos para trás e de repente tem certeza que é aquilo. Torce para a pancada ser forte o bastante ,torce para não abrir os olhos nunca mais. Tira o outro pé do chão e agora só a pouca força de seus braços a sustentam ,mas alguns segundos ...

— NÃO! - o grito do anjo a traz para a realidade.

Abre os olhos e logo se sente envolvida num aperto sem igual. Cambaleia e logo está no chão ,mas não sente o frio do chão em sua pele.

Olha para trás e vê os olhos de Miguel a encarando. Estão deitados no chão, o corpo dele debaixo do dela. Seus braços ainda a envolvendo.

Ele a salvou. Mas ela queria ser salva ?

— Te peguei . - ele fala arfante.

Ela perde a fala ,nunca esteve tão perto dele. E só agora percebe o que iria fazer.

Para de encara-lo e sente as lágrimas escaparem por seus olhos. É tanta angustia que ela não consegue mais prender. Encosta a cabeça no ombro dele e se permite chorar ,mesmo sabendo que ele está ali. Mas talvez seja esse o motivo.

Sente os braços dele mais fortes a sua volta.

— Você acha mesmo que eu ia te deixar cair ? - ele pergunta baixinho próximo ao ouvido dela.

Ela não sabe porque ,mas isso a faz chorar mais ainda. Ele se senta com ela entre suas pernas.

— Esta tudo bem agora ,eu tô aqui .Não vou te deixar cair ,prometo.

Antes que possa pensar direito ela o aperta. Se sente segura ali ,não quer sair,mas sabe que precisa.... Mas não agora.

Ficam uns dez minutos naquela posição. Ele pensa no porque daquilo ,mas não queria soltá-la, tinha medo de que algo ruim acontecesse a ela se o fizesse.

Depois de um tempo o choro para ,e eles se olham .

— Obrigada por ter me segurado . - ela sussurra sem olhá-lo.

— Sem problemas. - ele sorri preocupado. - Vem ,vou te levar pra casa.

Ele a ajuda a levantar e nota que ela está sem blusa, mil perguntas vem a sua cabeça,mas as reprime. Desvia o olhar rapidamente e volta ao quarto seguido por ela. Pega sua blusa no chão e a entrega.

Maria se veste e se sente muito envergonhada .Não sabe o que dizer ,só quer ir pra casa com ele.

— Vamos ? - ele estende a mão para ela.

Ela faz que sim com a cabeça e segura a mão dele.

— A propósito ,meu nome é Maria Flor. Me chame como preferir. - ela fala baixinho antes de saírem do quarto.

Ele sorri ,está dando cambalhotas por dentro ,mas se mantem em silêncio.

Saem da casa debaixo de muitos olhares ,mas ninguém cria problema. Maria mantêm a cabeça abaixada se permitindo ser guiada por ele.

— Meu carro é aquele ali. - ela fala apontando pro porshe quando já estão fora da casa.

— Eu sei, Maria Flor.

Ela enrubesce ao ouvir seu nome saindo da boca dele.

Param ao lado do carro e ela enfia a mão no bolso traseiro torcendo para que as chaves ainda estejam ali. Suspira aliviada ao sentir o metal em seus dedos.

Entrega a chave a ele, que destrava as portas .

Eles entram ,mas antes que possam por os cintos de segurança ele se vira para ela.

— Tem certeza de que está bem?

— Eu tô bem, Miguel . - ela o olha e sente seu ar faltar diante daquele olhos. - Só me leva pra casa por favor ,e não faz perguntas.

Não estava pronta para responde-las.

Ele assenti e põe o sinto. Dirige com cuidado e por muitas vezes parece maravilhado com o painel do carro. Maria sorri ,gosta daquela sensação.

Mas não esquece do que tentara fazer esta noite. Não esqueceu que chorou na frente dele e ele pode não fazer perguntas agora ,mas e depois ?

É arrancada de seus devaneios quando percebe que estão em frente a sua casa.

— Como você vai pra casa ? - ela pergunta.

— Brooke está quase chegando ,mandei sms pra ela antes de sairmos. Acho que você não percebeu. - ele parece encabulado ,que fofo.

Mas se Brooke está vindo é melhor ela entrar logo.

Solta o cinto e se vira para ele .

— Obrigada por ter me segurado.

— Sempre vou te segurar . - ele não sabia bem o porque de dizer aquilo, mas se sentiu bem depois das palavras terem saído.

Ela sorri sem graça e saem do carro. Lança um último sorriso para ele antes de se encaminhar a porta de casa.

— Boa noite Maria Flor . - ouve antes de fechar a porta e sorri internamente ,porque ele sempre vai segurá-la.


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Notas finais do capítulo

Se chegaram até aqui deixem seu comentário.Que Deus abençoe a todos hoje e sempre!Beijuuu :33