Imagine Leonetta Casados escrita por mariana


Capítulo 73
Septuagésimo terceiro capítulo


Notas iniciais do capítulo

Olá amorzinhos da minha vida ^^
Desculpem a demora, mas nesse capítulo, teve uma parte em que eu travei e não conseguia escrever mais nada '-' Desculpem por isso.
Pra que já fique claro e não haja confusões na hora da leitura do capítulo, a parte que está em itálico é um sonho da Violetta, ok?
Boa leitura ^^



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– Onde eu estou? - Violetta olhou em volta, tentando entender o que estava acontecendo

Ela levantou-se do chão, onde estava sentada a alguns minutos atrás. Enormes muros enfeitados com plantas se erguiam a seus lados. Floreiras com cravos e rosas indicavam um caminho, que nem ela mesma sabia onde iria dar.

– Leon? - ela chamou - Letícia? Clarice? Tem alguém aí?

Nada. Apenas o eco de sua voz.

– Certo - ela andou um pouco, até uma das incontáveis floreiras - Vamos ver... O que é isso?

Ela abaixou-se e pegou uma mensagem, que estava amarrada com uma fita vermelha em uma das flores.

"Não está sozinha".

Violetta olhou em volta. Ela estava sozinha! Não havia mais ninguém além dela ali!

Voltou a andar. Não demorou nada para ouvir uma melodia conhecida.

Por tu amor yo renací, eres todo para mi

Hace frío y no te tengo, y el cielo se a vuelto gris

Puedo pasar mil años, soñando que vienes a mi

Por que esta vida no es vida sin ti

Te esperare por que a vivir tu me enseñaste

Te seguire por que mi mundo quiero darte

Hasta que vuelvas, te esperare

Y haré lo que sea, por volverte a ver...

– Leon - ela sussurrou involuntariamente e um sorriso surgiu em seu rosto

Começou a correr, e vasculhar todos os cantos. Ela precisava acha-lo! Era o que mais desejava no momento. Sem mais, nem menos.

Violetta virou uma curva. Seguiu por um corredor extenso. Outra curva. Mais outra. E enfim um... Beco sem saída?!

– Não! - ela praguejou - Não pode ser isso! Eu preciso encontrá-lo!

"Continue" ela conseguiu ouvir uma espécie de voz sussurrar em seu ouvido. "Lembra-se da promessa que os dois fizeram, um para o outro, quando ainda eram jovens? Nada nem ninguém pode separa-los".

Violetta subiu em cima de uma floreira e espiou por cima de um dos enormes muros enfeitados com plantas.

Ela estava em um labirinto. Um enorme labirinto.

– Isso só pode ser brincadeira - ela desceu e cruzou os braços

A melodia continuou.

Quiero andar en tu silencio y el tiempo detener

Navegar entre tus besos y junto a ti crescer...

Ela fechou os olhos. Milhares de pensamentos vieram a sua mente. É mais do que claro que todos eles envolviam Leon. Ele estava mais presente do que ela podia imaginar.

Lembrou-se de quando eram jovens. De quando encontravam-se no parque na frente do Studio. Quando tinham a certeza de que foram feitos para ficarem juntos para sempre.

Ela abriu os olhos, espantada e com medo. Não. Não, não e não! Aquilo não podia estar acontecendo. De maneira alguma!

Ela suspirou. Por mais que doesse, precisou admitir para si mesma:

Aquela certeza, certeza de que nada poderia separa-los, havia sumido com o tempo.

– Não... - lágrimas brotaram em seus olhos. Tudo a seu redor os separava. Até mesmo os muros do labirinto. Nada nem ninguém os queria juntos.

Era praticamente impossível conviver com isso!

Ela abaixou a cabeça. A melodia continuava tocando, mas ela não se importava mais.

Ela apenas queria chutar o balde. Largar tudo.

– O que acha de cantarmos? - ela ouviu uma voz feminina dizer, o que a fez estremecer e olhar ao redor

– Acho que não - dessa vez, uma voz masculina respondeu

– Quem está aí? - Violetta perguntou, assim que percebeu que a melodia havia parado

Nenhuma resposta.

– Ah, por favor! - a voz feminina implorou - Por que não? Você adora cantar!

– Mas nós estamos no meio de uma praça! - o homem reclamou

Certo, aquilo era estranho, muito estranho. Vozes não surgem do além e começam a conversar normalmente. Principalmente quando se está no meio de um labirinto.

Violetta andou mais um pouco, procurando o lugar de onde estava vindo aquela conversa.

Isso era muito estranho.

– Quem está aí? - ela chamou, mais uma vez

Nada. Como sempre, apenas o eco de sua voz.

– Tudo bem, então nós não cantamos - a mulher bufou - Mas é muita frescura vinda da sua parte.

O homem riu.

– Adoro quando você fica brava. Fica ainda mais bonitinha do que o normal. Sabe disso, não sabe?

Aquela frase atingiu Violetta como um raio. Agora, tudo estava fazendo sentido!

Ela conhecia aquela conversa. Já havia tido aquela conversa com o Leon! Não sabia como, mas de algum modo, o labirinto, a conversa e a melodia se interligavam.

Só precisava descobrir como.

Andou mais um pouco. Aquelas vozes estavam vindo de algum lugar, e ela precisava acha-las.

– Você quer parar de falar isso? - a mulher riu - Vamos logo, vamos achar alguma coisa para fazermos.

Violetta parou de andar. A sua frente estava Leon, e por mais estranho que isso seja, ela mesma. Claro que não em carne e osso. Era como se fossem uma espécie de projeção...

Estranho.

– Podem me ouvir? - Violetta perguntou

Que pergunta mais besta. Eles eram como fantasmas! Nunca ouviriam nada que ela pudesse dizer.

– Quer ir para minha casa? - Leon perguntou

– Fazer o que lá? - Violetta, a Violetta projeção, tentou disfarçar um sorriso

– Não começa - Leon cruzou os braços

Os dois riram.

– Eu te amo - ela abraçou-o forte

– Eu também - ele retribuiu o abraço e acariciou seu cabelo

Os dois ficaram ali, por um bom tempo.

– Essa não - Violetta separou-se rapidamente do momento - Lara.

– Diego - Leon fechou os olhos e recuou alguns passos

Lá estavam os tão indesejados, como sempre. Lara, atrás de Violetta, e Diego, que pairava atrás de Leon.

Agora era oficial: desde tempos imemoráveis o mundo formava um complô para poder separar os dois.

*

– NÃO!

Violetta (dessa vez a real, não a holográfica) levantou-se em um pulo. Estava arfando e sua testa pingava suor. Suas mãos estavam tremulas e seus joelhos bambos.

Olhou para seu relógio: eram 3hr47min da madrugada. Tentou se lembrar onde estava. Depois de ter viajado meio mundo, isso não era tarefa fácil.

Madrid. Sim, sim, ela estava em Madrid. Olhou para o outro lado da cama. Estava pronta para ver Leon ali e abraça-lo com força.

Mas não havia ninguém. Ah, claro. Leon havia ficado em Buenos Aires. Eles não podiam se ver. Estavam separados. Como sempre.

Levantou-se, ainda tremula, de sua cama e pegou seu celular em sua bancada. Discou o número de sua antiga casa e colocou o aparelho em seu ouvido.

– Alô? - Leon respondeu, sonolento, do outro lado da linha

– Leon - ela sorriu, aliviada, como se um peso enorme tivesse saído de seus ombros - Estou com saudades.

– Vilu - ele sorriu - Está conseguindo dormir?

– Não - ela suspirou - Hoje a noite, eu...

– Sonhei com você - ele completou - Também aconteceu comigo.

– Como em Podemos - ela sorriu - Eu não acredito que isso está acontecendo.

– Nem eu - ele bufou - Nós precisamos voltar, eu não estou aguentando mais, tudo...

– Tudo parece dar errado - dessa vez, foi ela quem o completou - Não aguento mais que tudo nos separe!

– Até em nosso sonho estávamos separados - parecia que Leon lia sua mente - Pra mim já deu. Preciso de você aqui.

– Pra mim também.

Um longo silêncio se estendeu entre os dois.

– Quer saber? - Violetta acabou com aquele momento incômodo - Eu não vou mais ligar pro que os outros falam. Eu vou voltar para Buenos Aires e ponto. Não quero nem saber.

– Mas e a Ludmila? - ele perguntou - Esqueceu das ameaças que ela nos fez?

– É claro que não esqueci - ela tentou manter-se calma - Mas duvido que ela realmente faça alguma coisa. Amanhã irei pegar o primeiro voo para casa e é isso. Não aguento mais ficar longe de você.

– Eu também não - ele suspirou e forçou um sorriso - Tudo bem, então. Estarei de esperando.

Ela sorriu.

– Eu te amo - ela pronunciou uma frase que a séculos não ouvia, e muito menos dizia

– Também te amo - Leon respondeu, contente - Muito, muito mesmo. Boa noite.

– Boa noite.

Ela desligou sorridente e colocou o celular sobre sua bancada. Logo após deitar-se novamente, ouviu um "bip" vindo do aparelho.

Uma mensagem de texto.

Levantou-se cambaleando e começou a lê-la:

"Cara Violetta,

Eu avisei. Avisei que você e sua família sofreriam as consequências se voltasse a ver o Leon. Já que você vai fazer o que eu mandei não fazer, vou cumprir minha promessa. Justo, não?

Se fosse comigo, voltaria atrás e cancelaria tudo. Acha que eu não sou capaz de fazer nada? Está redondamente enganada. Eu sei de todos os seus segredos. Sei de coisas que podem arruinar sua vida.

Já parou para pensar no que acontece quando não está olhando? Eu vejo tudo. Sempre estou presente.

Não vai ser fácil assim, vadia.

Com amor, Ludmila."


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Notas finais do capítulo

Quem aí assiste Pretty Little Liars? Quero respostas!
Quem não assiste não precisa se preocupar com o seriado, porque não vai prejudicar o entendimento da história. Mas pra quem assiste, Ludmila vai ser tipo uma -A da vida o/
Nhaaac ;3