Imagine Leonetta Casados escrita por mariana


Capítulo 72
Septuagésimo segundo capítulo


Notas iniciais do capítulo

Olá amores da minha vida
Primeira coisa: desculpem a demora, mas meu Nyah! estava com sérios problemas e postar estava sendo impossível. Para compensar, fiz o capítulo bem grandinho.
Segunda coisa: gostaria de avisar que a fic já está na reta final. Não sei mais quantos capítulos irei postar até que ela acabe, porém acho que no máximo mais uns três ou quatro, mas não tenho certeza.
Terceira coisa: minhas aulas voltaram :c Ou seja, menos tempo para a fic
Boa leitura, espero que gostem ^^



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– Meu Deus – ela praguejou assim que entrou no taxi que havia chamado a pouco – Eu sou a pior mãe do mundo. A pior pessoa do mundo!

Violetta havia chegado a essa conclusão no momento em que havia percebido que perdera seus filhos em um aeroporto imenso, que decepcionara um amigo que realmente queria o bem dela (apesar de já ter causado inúmeros problemas para sua família) e, o pior, quando havia mentido para a pessoa que tinha sido atropelada para salva-la.

– Aqui – ela tirou um pouco de dinheiro da bolsa e jogou no colo do motorista – Me leve para o aeroporto da cidade. O mais rápido que puder. Agora.

Ele não discutiu, apenas pisou fundo no acelerador e começou a correr pelas ruas de Madrid.

Violetta batia os dedos em sua poltrona, tentando controlar sua preocupação, até que seu celular tocou.

– Alô? – ela tirou o aparelho do bolso – Quem é?

– Vilu! – Ludmila riu do outro lado da linha – Como você está?

– Agora eu estou um pouco ocupada, Ludmila, será que posso te ignorar depois?

– Nem pense nisso – Ludmila ajeitou o cabelo – Não se atreva a desligar esse telefone. Sei que está ocupada agora, mas acho que você vai gostar de encontrar a Letícia e o Chris são e salvos no aeroporto, não?

– O que? – o medo estava evidente em seu rosto – C-como você sabe que eles estão aí?

Ludmila gargalhou.

– Você já parou para pensar no que acontece quando não está olhando, Violetta? – ela sorriu – Eu sempre sei o que está acontecendo, e sei tantas coisas sobre você que não acreditaria.

– Então você é uma psicopata que me persegue? – Violetta tentou entender – É isso?

– Mais ou menos – Ludmila sorriu – Mas isso não vem ao caso agora. Para encurtar, eu estou fazendo um favor para você no momento, e vai ter que me retribuir com outro.

– Eu vou chamar a polícia! – Violetta gritou – Se afaste dos meus filhos agora!

– Vamos pensar... Não. – Ludmila tentou conter o riso – Eu já disse que estou fazendo um favor para você, então se quiser ver os dois novamente, vai me retribuir.

Violetta rangeu os dentes.

– E que diabos de favor seria esse?

– Encontrei duas criancinhas andando pelo aeroporto, sozinhas, porque alguma irresponsável os largou aqui – Ludmila deu ênfase a palavra “irresponsável” – Quando vi que eram seus filhos, percebi que eu precisava tirar proveito disso!

– Vai logo para os finalmentes – Violetta revirou os olhos

– Chamei a menininha para vir comigo e ela aceitou. Peguei na mão dela e do menininho que estava a seu lado e fomos para uma lanchonete. Estamos aqui até agora. – Ludmila sorriu

– Não é minha culpa se pela primeira vez na vida você resolveu fazer uma boa ação.

– Pobre Violetta, já se esqueceu de que eu sou capaz de muita coisa – Ludmila ameaçou – Você vai fazer o que eu mandar, certo? Certo.

– Você não vai me convencer tão facilmente assim – Violetta balançou a cabeça

– Você é quem sabe – Ludmila deu de ombros – Estou na lanchonete, se você quiser ver seus filhos de novo, você venha falar comigo.

Ludmila desligou e Violetta teve que segurar-se para não atirar o celular pela janela do taxi.

– Chegamos – o motorista anunciou enquanto parava o carro

Ela desceu do veículo, agradeceu ao senhor e entrou correndo no aeroporto.

......................................................................

– Leon? - Camila parou na porta do quarto em que estava - Posso entrar?

– Camila? - Leon exclamou surpreso

– Sim - ela sorriu - Posso entrar?

– É claro que pode! - ele sorriu de volta

Ela agradeceu com um gesto de cabeça e sentou-se em um banquinho ao lado da cama na qual ele estava deitado.

– O que você está fazendo aqui? - ele guardou uma revista que estava lendo

– Queria ver como você estava - ela deu de ombros - Você está bem?

– Sim - ele apalpou seu gesso - Tirando a perna.

Ela forçou uma risada.

– Pensei que você estivesse passando férias em Portugal com o Broduey - ele a encarou - Por que veio para Madrid?

– Para te ver, claro! - ela sorriu

– Você está perdendo suas férias e seu dinheiro para me ver? - ele apontou para si mesmo e sorriu

– Acredite se quiser, mas sim - ela riu - Eu precisava me desculpar com você, e isso não é uma coisa que eu consiga fazer por telefone.

– Então todos que entram no meu quarto vem aqui para se desculpar?

– Como assim? - ela perguntou, confusa

– A Violetta também veio aqui faz algumas horas - ele sorriu - Para se desculpar.

Camila abraçou-o.

– Ainda bem que vocês fizeram as pazes - ela sorriu - Eu liguei para a Violetta algumas horas atrás para saber como estava aquele negócio de "vá para Madrid e nunca mais veja sua família" e ela me disse que vocês tinham brigado por minha causa. Por causa daquele beijo.

Leon suspirou.

– É, ainda não fizemos as pazes muito bem. Ela só veio se desculpar por eu ter sido atropelado. Digamos que ela era quem ia ser atropelada, mas eu a "salvei". Ela está com o Diego agora.

– Me desculpe - ela abaixou a cabeça - Eu não queria ter te beijado, mas eu sou teimosa, você sabe, e quis dar uma lição no Broduey e, e...

– Está tudo bem - ele sorriu - Não precisa se desculpar.

– É claro que preciso! – ela disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo

– Não, não precisa.

– É sério - ela levantou as mãos - Eu preciso me desculpar.

– Já está desculpada.

– Obrigada, mesmo – ela abraçou-o e sorriu – Eu juro que nunca quis que isso acontecesse.

– Às vezes era para acontecer mesmo – ele forçou um sorriso – Não foi sua culpa. Nós estávamos brigando muito ultimamente.

O sorriso de Camila murchou.

– Por acaso você recebeu o convite para o baile de aniversário do Frederico? - ela perguntou tentando desviar o assunto

– A Violetta comentou alguma coisa comigo - ele deu de ombros

– Então vocês dois vão juntos? - ela deu pulinhos de alegria

– Sim - ele sorriu - Mas não é nada para valer. A Violetta está com o Diego no momento. Só vamos juntos porque ela não quer que a Francesca saiba de tudo agora. Você sabe como é, a Francesca sempre deu o maior apoio para ficarmos juntos...

– Ah – ela desviou o olhar - Me desculpe, mesmo.

Os dois ficaram em silêncio por um tempo, até que Violetta entrou no quarto correndo com Chris no colo.

– Vilu! – Leon pulou da cama e Camila quase caiu da cadeira – Que susto! O que houve?

Ela deu Chris para Camila segurar, sentou-se ao lado de Leon e escondeu a cabeça em seu peito.

– O que aconteceu? – Camila sussurrou para ele, que sussurrou um “Não sei” de volta – Violetta, está tudo bem? Você está chorando?

Letícia entrou correndo no quarto, arfando, e abraçou a perna de Camila.

– O que foi, Vilu? – Leon levantou sua cabeça de seu peito – Por que está chorando assim?

Ela pegou a bolsa e tirou alguma coisa de dentro.

– É por causa disso – ela levantou o objeto e soluçou – Pode parecer besteira, mas eu perdi tudo o que havia escrito durante anos. Eu tinha escrito praticamente minha vida inteira aqui, e agora acabou.

Leon e Camila se entreolharam assustados.

Nas mãos de Violetta, havia um diário completamente destruído.

......................................................................

Uma semana depois...

– Tem certeza que está bom o suficiente para ir nesse baile? – Violetta o barrou quando ia passar pela porta de entrada do salão – Se você quiser podemos voltar para casa e descansar. Não quero que se machuque mais ainda.

– É claro que eu estou bom o suficiente – Leon sorriu – E não, eu não vou voltar para Madrid depois de nove horas de voo até aqui.

– Você está de muletas e com a perna quebrada – ela apontou para baixo – Você foi atropelado a menos de uma semana, se lembra? Não é uma boa ideia ir a um baile nessas condições.

– Será que podemos entrar logo? – ele riu – Já disse que não vou embora daqui.

Ela suspirou e os dois deram as mãos para entrarem no salão.

– Vilu, Leon! – Francesca e Frederico apareceram assim que os dois entraram – Que bom ver vocês!

Os dois olharam em volta: praticamente todos que já haviam feito aulas no Studio estavam ali, sem contar os familiares e amigos de Fran e Frederico. O lugar estava realmente cheio. Todos vestiam trajes formais, e se alguém entrasse ali sem saber do que se tratava a festa, pensaria que era um baile de formatura, e não um aniversário.

– É verdade que vocês dois vieram de Madrid para Buenos Aires só para virem a essa festa de aniversário? – Francesca perguntou surpresa

Violetta assentiu com a cabeça.

– O que aconteceu? – Frederico apontou para Leon – Por que está de muletas, cara?

– Não foi nada – ele deu de ombros – Caí de bicicleta.

Violetta se mexeu desconfortável a seu lado.

– Por que não nos sentamos? – ela sugeriu

– Fiquem a vontade – Francesca sorriu – Eu e o Fede precisamos receber os outros convidados.

Leon e Violetta se dirigiram a uma mesa em um canto onde não havia muitas pessoas.

– Por que mentiu para eles? – ela perguntou enquanto sentava-se – Por que não disse que havia me salvado de ser atropelada?

– Porque eu sei que você não se sentiria bem com a situação – ele sorriu – E eu sei que isso não tem haver com o que estamos conversando e que agora você está feliz com o Diego, mas eu sinto sua falta.

– Leon, eu... – ela sorriu de volta

– Quer dançar? – ele a cortou e olhou em volta, observando alguns casais que bailavam contentes

– Dançar?! – ela riu – Sério?

– Qual o problema?

– Faz anos que eu não danço – ela rolou os olhos, mas não pode conter uma risada – E não podemos nos esquecer de que você está com a perna quebrada.

– Por você eu faço o esforço – ele estendeu a mão e levantou-se

Violetta revirou os olhos e viu-se obrigada a levantar-se também e ir dançar.

Ela entrelaçou as mãos sobre seu pescoço e ele sobre sua cintura. Quer dizer, ele tentou segurar em sua cintura, mas se desequilibrou e quase caiu.

– Acho melhor você manter as mãos em suas muletas – ela arqueou uma sobrancelha

– Certo. Você tem razão.

Os dois riram.

– O que você queria me falar? – ele perguntou depois de um tempo em silêncio

– O que? – ela franziu a testa – Eu queria te dizer alguma coisa?

– Sim! – ele riu – Pelo menos eu acho que sim. Você ia dizer algo quando eu te convidei para dançar, não?

Ela suspirou.

– Eu estou com vergonha de te falar isso – ela fechou os olhos

– Você sabe que não precisa ter vergonha de mim – ele sorriu e segurou em seu queixo – Pode me dizer o que quiser, que eu estarei aqui para te escutar.

Ela corou.

– Certo – Violetta forçou um sorriso – Mas você precisa prometer que não vai ficar bravo comigo.

– Eu prometo.

– Tudo começou naquele dia no hospital, se lembra? – ela disse – Naquele dia, eu ia te falar que havia terminado com o Diego, mas...

– Espera – ele arqueou uma sobrancelha – Você terminou com o Diego?

– Sim – ela suspirou – Eu percebi que por mais que nós estivéssemos brigados, você era a pessoa com quem eu queria ficar. Eu percebi que eu havia voltado com o Diego só para te esquecer, então nós dois terminamos.

– E por que você não me disse isso? – ele perguntou

– Porque eu fui muito orgulhosa – ela abaixou a cabeça – Eu ia te contar, mas você disse que estava feliz por mim e o Diego estarmos juntos e estarmos felizes, então deixei meu orgulho passar na frente de tudo e não te disse nada. Me desculpe.

Ele sorriu.

– Você sabe que não precisa pedir desculpas.

Leon soltou a mão de uma das muletas, segurou na cintura de Violetta e trouxe-a para mais perto. Os dois estavam a pouquíssimos centímetros de distância e podiam ouvir a respiração um do outro. Para completar o momento, ele beijou-a.

– Não! – Violetta afastou-se depois de alguns segundos de beijo – Eu não posso fazer isso! Nós não podemos fazer isso!

– Por quê? – ele avançou em sua direção – Achei que nós estávamos de volta.

– Se lembra daquele dia em que eu cheguei chorando no seu quarto do hospital, por causa que meu diário havia sido destruído?

Ele assentiu com a cabeça.

– Vou te contar a verdade, por mais que eu não me orgulhe dela – ela suspirou e uma lágrima desceu por seu rosto – Naquele dia, eu havia esquecido a Letícia e o Chris no aeroporto. Fui para lá o mais rápido que pude, mas Ludmila os achou primeiro.

– Espere – ele coçou a cabeça – Foi ela quem destruiu seu diário, certo?

– Sim – ela assentiu com a cabeça – Não sei como, mas ela o achou em algum lugar e o destruiu para me ver sofrer. Sei que parece bobo sofrer por um diário, mas eu havia passado minha vida escrevendo nele.

– Não precisa ter vergonha disso – ele forçou um sorriso – Mas o que a psicopata fez com a Letícia e o Chris?

– Felizmente, nada – ela enxugou uma lágrima – Mas ela só aceitou me devolver os dois quando eu jurei fazer o que ela me mandasse. Eu peguei os dois e tentei fugir, é claro, mas ela ameaçou fazer coisas terríveis com nós quatro, principalmente com você, se eu não cumprisse a promessa.

– E que promessa é essa?

Ela soluçou e escondeu o rosto sobre as mãos.

– O que foi, Vilu? – ele ficou preocupado – Qual é essa tal promessa?

Ela enxugou algumas lágrimas e suspirou.

– Leon, eu não posso mais te ver.


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Notas finais do capítulo

Yaay! Todos querem me matar agora!
Para quem ficou tipo “Por que diabos a Fran estava com o Frederico?”, eu posso explicar. Eu não consigo shippar Maresca, e para mim esse é um dos piores casais da novela. Por isso shippo Franderico ^^ Eu particularmente acho Maresca uma droga.
Sei que o capítulo ficou ruim, muito ruim mesmo, mas tentei. Sorry.
Nhaaac ;3