Imagine Leonetta Casados escrita por mariana


Capítulo 51
Quinquagésimo primeiro capítulo


Notas iniciais do capítulo

Oiooo :3



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Violetta sentiu suas pernas bambas, suas mãos suadas e sua testa fria. Sua respiração ficou completamente descontrolada. Começou a cair para trás, mas por sorte Leon percebeu e a segurou.

– Vilu! – ele disse abanando-a com a mão – Tudo bem?

– N-não – ela disse tentando voltar a controlar a respiração – Nós precisamos sair daqui, precisamos fazer alguma coisa

Ele assentiu com a cabeça e a reposicionou novamente de pé. Estava tentando abrir a porta por meio de chutes, quando os dois conseguiram ouvir Lara dizer:

– Pronto, já vou embora – ela disse gargalhando – Passar bem para os dois!

– Ela está fugindo! – Violetta gritou se juntando a Leon enquanto chutava a porta

Nada adiantou. Eles ouviram a batida de uma porta e um trinco sendo fechado.

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– Hospital Missionário de Santa Casa... Onde fica isso?

Diego tinha vontade de rasgar o mapa, mas não podia. Fazia tempo que ele estava andando, mas não conseguia achar o lugar que procurava.

– Que raiva! – ele berrou atraindo a atenção das outras pessoas da rua, mas logo tapou a boca – Com licença moço, mas onde fica esse hospital?

O homem analisou o mapa com cuidado e em seguida apontou para frente. Diego forçou um sorriso e um pouco mais adiante rasgou o mapa e jogou-o no lixo. Estava tão concentrado nele nos últimos minutos que não percebera que estava bem em frente ao tal hospital.

Adentrou a porta e parou atrás da fila que se formara na frente da secretária. Acabou cansando se esperar e passou na frente de muitas pessoas. Todas gritaram descontentes e algumas até deram tapas de leve em seus braços.

– O que você pensa que está fazendo? – a secretária falou fazendo sinal para ele voltar para o final da fila – Por favor, tem muitas pessoas na sua frente!

– Por favor senhora, é muito importante o que eu tenho que falar – ele insistiu implorando e tentando fazer a mulher, que já estava de pé, voltar a sentar

– Certo, diga logo e vá embora – ela respondeu voltando-se a sentar- se na cadeira

– Eu preciso urgente que você desligue todos os aparelhos do menino que está internado, Chris Castillo Vargas.

– O que? Você quer que desliguem os aparelhos? – a mulher falou inconformada – Do Chris? Chris Castillo Vargas?

– Não! – ele falou sarcasticamente – Eu falei o nome do menino porque eu quero que vocês desliguem os aparelhos de outra pessoa!

A secretária fuzilou-o com o olhar, ainda inconformada com tudo o que ele havia dito.

– Será que agora você pode mandar os médicos desligarem? – ele voltou a falar, depois de um grande período de silêncio

– E você, quem é pra mandar que desliguem tudo?

– Bem, huum, eu sou Leon Vargas.

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– Tem certeza disso Leon? Você pode cair, se machucar, quebrar uma perna um braço... Nós estamos no sexto andar!

– Tenho. Eu vou correndo pro hospital enquanto você acha um jeito de sair daqui e ajudar a Letícia.

Depois de mais de uma hora em que os dois ficaram presos ali, finalmente perceberam que havia uma pequena janela na parte de trás do banheiro. E ali estava Leon: tentando pula-la para correr ao hospital.

– Quando eu chegar lá embaixo, eu venho aqui e abro a porta pra você – Leon disse colocando sua segunda perna para fora

– Não dá, a Lara ficou com a chave do quarto – Violetta respondeu tentando virar a fechadura com a unha

– Que coisa! - ele disse preparando-se para sair de cima da janela – Deixa eu te ajudar, aí você fica com a Letícia e eu vou até o hospital

– Não, deixa que eu me viro – ela disse apertando o trinco feito louca – Só cuidado na hora de descer, tá?

– Pode deixar – e depois de dizer isso, pulou

Leon fechou os olhos e se preparou para se estatelar com um baque surdo no chão. Mas não. Ele caiu alguns metros, mas acabou parando em uma espécie de prateleira na parte de fora de uma janela. “Ótimo” ele pensou “Com isso eu posso descer sem morrer antes”.

Ele segurou em uma cortina que voava para fora da janela. Esticou um dos pés e pisou na janela do apartamento de baixo. De novo. Pulou mais uma janela. E mais uma, e mais uma...

Em alguns minutos estava no chão, preparado para sair correndo em direção ao hospital, para poder parar Diego.

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– Que droga, essa porcaria de fechadura não abre nunca!

Violetta reclamava para si mesma, enquanto fazia de tudo para abrir a porta: socava, chutava, batia no trinco feito louca... Mas, infelizmente, nada adiantava.

Ela olhou para os lados, para cima e para baixo em busca de algum objeto que pudesse servir para alguma coisa. Acabou se decidindo por uma lâmpada.

Ela correu até o chuveiro e pegou um shampoo. Depois, subiu em cima da pia e, com o shampoo, bateu na lâmpada, fazendo cacos voarem por todo lado. Desceu da pia e procurou por um caco bem grande e afiado.

Felizmente, ela conseguiu acha-lo. Com cuidado para não cortar os pés, dirigiu-se ate a porta e enfiou o caco na fechadura. Por mais incrível que pareça, ela abriu.

– Não acredito! Eu consegui, eu consegui!

Violetta começou a berrar de tanta felicidade, mas depois acabou lembrando-se do verdadeiro propósito de estar ali. Voltou para o banheiro e pegou uma toalha, depois correu até o quarto.

– Mamãe - a menininha disse com voz rouca assim que viu Violetta, enquanto chorava baixinho, segurando o pé

– Letícia! - ela disse correndo até a filha e em seguida a abraçou - Como tá o pezinho?

A menina não respondeu nada, só continuou chorando, o que respondeu todas as perguntas de Violetta, sejam elas feitas ou não feitas.

– Vamos lá, a mamãe vai levar você pro hospital - ela disse enrolando a toalha no pé da menininha

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– Vamos, lá! Eu não tenho o dia todo! Desliguem logo esses aparelhos! Estou esperando, rápido!

Essa era a quinquagésima vez que Diego ia reclamar com a secretária sobre o fato da demora para ser atendido. Como sempre, ela falava que havia mais pessoas na frente dele e, como sempre, ele falava que não interessava, que precisava passar na frente.

– Eu sou o pai do menino, eu mando em você, faça isso logo - ele dizia impaciente

– O que? - Diego conseguiu ouvir a voz de uma mulher - Ele não é o Leon! Não confie nele!

A secretária e Diego olharam, para ver quem era. Ele conseguiu sentir o sangue subir a cabeça, seu plano que fora feito junto com Lara podia estar entregue por causa disso.

– Quem é você? - a secretária perguntou

– Eu sou Francesca - ela disse se aproximando - Já estudei com o Leon e com o Diego, e sou a melhor amiga da Violetta, a mãe do menino.

– E quem seria Diego? - a secretária prosseguiu

– Ele, ele é o Diego. Ele estava mentindo, não é o Leon. Ele é o Diego. - Francesca continuou, apontando para ele

– Você não tem prova nenhuma! - Diego falou rindo, ainda tentando convencer a secretária

Francesca não encontrou saída, mas começou a pensar em uma.

– Eu tenho! - Leon entrou berrando, finalmente havia chagado onde queria - Eu que sou o Leon Vargas pode olhar.

E tirando os documentos do bolso, explicou toda a história, desde o beijo de Diego em Violetta no hospital de Buenos Aires até os dois presos no banheiro do hotel por Lara.

A secretária continuou analisando os documentos e ouvindo atentamente a história de Leon. Quando ele finalmente acabou de falar, ela gritou:

– Seguranças! Esse homem é um assassino! Prendam ele! - ela disse apontando para Diego

Ele, sem saída, tentou fugir mas os policiais o barraram na porta. Logo em seguida Violetta passou pela porta, e ao ver Diego sendo preso sorriu.

– Por favor moça, essa menina aqui precisa ser atendida urgente - ela disse parando ao lado de Leon e Francesca - Ela...

–...recebeu um tiro da psicopata da Lara e agora está aqui - a secretária completou por ela - Não se preocupe, Leon me contou tudo. Diego está sendo levado para um julgamento nesse momento e já mandei a policia ir atrás de Lara. Já vínhamos tido muitos casos com esses dois loucos aqui em Fronteira.

Violetta ficou abismada com os conhecimentos da mulher. Leon deu risada, tirou Letícia de seu colo e deu para a moça, que colocou-a em uma maca e examinou um pouco o machucado.

– Não se preocupem, isso aqui não é nada - ela disse acalmando os dois - Não foi nada grave, é só fazer um curativo e vai ficar tudo bem. Esperem aqui enquanto eu providencio isso. E quanto ao menino, ele vai ganhar alta hoje.

A mulher saiu e Leon abraçou Francesca.

– Obrigada Fran - ele disse sorrindo - Se não fosse você, o Diego teria matado o Chris.

– Então foi você? - Violetta disse abraçando-a também - Obrigada.

– Não foi nada. - ela respondeu sorrindo - Bem, agora eu tenho que ir, já acabou a consulta do Frederico. Tchau.

Os dois olharam para a porta: lá estava Frederico acenando. Os dois acenaram também e depois ele saiu com Francesca.

– Não acredito que acabamos tendo esse final louco - Violetta disse sorrindo enquanto sentava-se em uma cadeira

– Não importa, o importante é que agora estamos bem e não tem nenhum psicopata correndo atrás de nós pra nos matar ou coisa do gênero. - ele disse sentando-se também

Os dois riram e depois se beijaram.


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Notas finais do capítulo

Desculpem se não foi o final que vocês queriam, (calma que a fic não acabou, tô falando do final dessa loucura toda) mas foi isso que eu consegui planejar >