Violetta viu Leon caindo no chão. Ela berrava e tentava se livrar dos braços de Ludmila, mas não dava certo. Leon soltou um suspiro fraco, colocou a mão sobre o peito. Logo depois olhou para Violetta, que por um único momento parou de gritar e se debater. Seu olhar estava fraco, tinha uma expressão de desespero e dor. Os dois continuaram se olhando por um momento, quando Leon tirou as mãos do peito e deitou-se no chão. Lágrimas e mais lágrimas escorriam pelo rosto de Violetta.

Ludmila simplesmente ignorava os berros de Violetta. Ela tinha o prazer de ver a menina gritando e berrando ao ver o amado sendo morto. Tomás era quem mais aproveitava a situação, tinha se vingado das duas pessoas que mais queria: Violetta, por ter rejeitado seu amor, e Leon, por ter ficado com Violetta em seu lugar.

Violetta continuava berrando e se debatendo tentando se livrar de Ludmila. A certo ponto, ela acabou conseguindo bater o cotovelo no rosto de Ludmila, que soltou dela para por as mãos no machucado.

Ela correu em direção à Leon, que estava deitado no chão, fazendo força para não começar a se debater. Ela colocou as mãos sobre seu ferimento, chorando desesperadamente.

– LEON! - ela berrava ao ver ele quase morrendo - Calma Leon, vai ficar tudo bem, vamos para o hospital... - ela dizia entre soluços

Ele não respondia nada, apenas continuava com sua expressão dolorosa. Violetta arrancou o celular de Leon de seu bolso, e ligou para a polícia.

– PARE AGORA VIOLETTA! - Tomás e Ludmila gritaram em uníssono com medo de serem presos. Tomás começou a se aproximar com a faca em mãos

– PRA TRÁS, AGORA! - Violetta berrou, ainda chorando

Os dois se afastaram, praticamente se entregando.

Violetta completou sua ligação, e logo depois voltou a ajoelhar-se no chão onde Leon estava.

Os policiais e as ambulâncias chegaram em menos de dez minutos. Tomás e Ludmila foram levados à um julgamento ou coisa do gênero. Leon e Violetta foram para o hospital.

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Violetta ficou por cerca de cinco horas na sala de espera. Ela estava muito preocupada, seus nervos estavam a flor da pele. Tinha passado todas as outras horas chorando.

– Violetta Castillo? - um médico chamou e conduziu ela a uma sala

Ela ficou cerca de dez minutos olhando para Leon, chorando, sem dizer uma única palavra. O médico decidiu comentar:

– Sinto dizer isso senhora Violetta, mas seu marido está morto

Violetta começou a chorar mais ainda, berrando.

– Ele só está vivo nesse momento por causa dos aparelhos - o médico continuou - Quando quiser, desligamos tudo.

– Me deixem a sós com ele - ela disse entre soluços, gritos e lágrimas

Ela se dirigiu até a cama em que Leon estava deitado. Chorou ali deitada nele por cerca de meia hora, e depois começou a cantar.

No soy ave para volar

Y en un cuadro no se pintar

No soy poeta escultor

Tan solo soy lo que soy

Las estrellas no se leer

Y la luna no bajaré

No soy el cielo, ni el sol

Tan solo soy

Pero hay cosas que si sé

Ven aquí y te mostraré

En tu ojos puedo ver

Lo puedes lograr, prueba imaginar

Podemos pintar, colores al alma

Podemos gritar iee eê

Podemos volar, sin tener alas

Ser la letra en mi canción

Y tallarme en tu voz

No soy el sol que se pone en el mar

No se nada que este por pasar

No soy un príncipe azul

Tan solo soy

Pero hay cosas que si sé

Ven aquí y te mostraré

En tu ojos puedo ver

Lo puedes lograr

Prueba imaginar

Podemos pintar, colores al alma

Podemos gritar iee eê

Podemos volar, sin tener alas

Ser la letra en mi canción

No es el destino

Ni la suerte que vino por mi

Lo imaginamos

Y la magia te trajo hasta aquí

Podemos pintar, colores al alma

Podemos gritar iee eê

Podemos volar, si tener alas

Ser la letra en mi canción

Podemos pintar, colores al alma

Podemos gritar iee eê

Podemos volar, si tener alas

Ser la letra en mi canción

Y tallarme en tu voz

Depois disso disse:

– Eu te amo - e beijou-o

Logo depois abriu a porta, chorando, e um médico entrou.

– As suas ordens desligaremos tudo

– Podem desligar - ela disse fechando a porta e chorando mais forte