Eternally Forbidden escrita por Ivie Constermani


Capítulo 23
22. Sem saída


Notas iniciais do capítulo

Eu sei o que vocês devem estar pensando. "A fic acabou, ela nunca mais postou!!!"
Mas eu disse que ia demorar para postar... Demorei demais, eu sei que vocês devem estar com raiva de mim, mas eu escrevi uns 7 capítulos. Vou postar todos hoje. Preparem-se para grandes surpresas! =)



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"Falkvill, o novo casal".
Enid engasgou ao ler a manchete na coluna de fofoca do jornal da escola. Em baixo do título estava a foto de Evan e Lauren posando como casal no baile.
A raiva a consumiu, junto com o ciúme. Que diabos era aquilo? Ela largou o jornal na biblioteca caminhou pela escola indo até o vestiário masculino, onde estava Evan. Ele saiu sorridente do vestiário, ainda abotoando a camisa. Enid parou na frente dele com uma sobrancelha levantada, notavelmente irritada.
- Ei, Enid! - Ele sorriu ainda mais. - Que foi?
Enid sorriu por um breve segundo e depois o empurrou, fazendo-o bater com as costas na parede. Ela se aproximou dele com o dedo na cara dele.
- Mas que droga você acha que está fazendo? - ele perguntou, confuso.
- Que droga VOCÊ acha que está fazendo?! - Enid o empurrou mais uma vez. - Você. Está. Saindo. Com. A. Lauren. Falk! - ela quase gritou.
Evan desviou dela, achando que ela estava maluca, ou algo do tipo. Enid o prendeu novamente.
- Por que você está saindo com aquela vadia, hein??? - ela esbravejou, batendo no peito dela. - Eu achei que a gente tinha voltado!
- Achou errado!
Enid pensou por alguns segundos, tentando manter a calma. Ela estava agindo como uma louca.
- Então você está mesmo saindo com a Tripa Seca? - ela perguntou em voz baixa.
Evan apenas assentiu. Ela tentou manter o controle inspirando fundo e respirando ritmicamente. Evan esperou ela se controlar calmamente, apoiado na parede.
- Eu pensei que a gente ia voltar... - Enid começou mas sua voz falhou. Agora ela estava triste.
- É muito arriscado. Caliel ainda não está nas mãos deles. Estou em dívida.
- Você me beijou ontem! - ela exclamou, atônita.
Evan deu de ombros, como se não se importasse.
- Eu estava carente, você estava carente...
Enid se segurou para não dar um tapa na cara dele.
- Vá se ferrar - ela cuspiu entre os dentes e se virou para sair, mas parou subitamente lembrando-se de algo que precisava falar. - Até o relacionamento de sua mãe com Caliel durou mais que o nosso!
Evan assumiu uma postura defensiva. Ele olhou para o chão, fechando as mãos em punhos.
- Uma coisa não tem nada a ver com a outra.
- Tem sim! E quer saber mais? - Enid esperou ele olhar para ela para continuar a falar. - Eu sinceramente acho que ele a amava.
Evan se irritou. Ele se aproximou de Enid como se fosse bater nela, mas simplesmente a pegou pelos ombros e a sacudiu.
- Ele abusou dela! - falou, ríspido.
- Ela quis! Ela o amava, Evan. Amava de verdade...
Ele a soltou, respirando fundo, mantendo a calma.
- Enid? - Gabe chamou aparecendo no corredor. - Vamos logo, vamos nos atrasar para o acampamento.
Enid assentiu, olhando para a amiga e voltou a olhar para Evan.
- Já vou.
Gabe saiu. Evan pigarreou, chamando a atenção de Enid.
- Você não vai ao acampamento - ele disse, simplesmente.
Enid parou por um segundo, o encarando.
- O quê?
Ele revirou os olhos.
- Eu disse: você não vai ao acampamento - repetiu.
Enid riu alto, irônica.
- Por que eu não iria? - Ela perguntou.
- Porque eu não vou.
Aquilo era demais para Enid. Ela não sabia se ria ou se batia na cara dele para ele tomar juízo.
- Não estamos mais juntos. Você não manda em mim. E eu vou sim porque eu quero - ela disse.
Evan a fitou por alguns instantes.
- É perigoso. Eles podem tentar fazer alguma coisa.
Enid deu de ombros.
- Dane-se. - Ela começou a se retirar mas antes de sair virou-se para ele novamente. - Como você mesmo disse eu quero encher a cara, ficar nua e pular na piscina. Ah, e consequentemente pegar pneumonia.

Três equipes foram formadas. Uma ia na pick-up de Mandy Piterson, outra ia na vã de um dos alunos do 3° ano e a outra ia no jipe gigantesco de Fred Prescott, ex de Gabe.
Já eram 18h quando eles chegaram na casa do lago de Mandy. Ela desceu da sua pick-up Toyota cheia de orgulho acompanhada de suas fiéis escudeiras e posicionou-se diante da casa, pedindo a atenção de todos.
- Bem, galera linda, chegamos! Essa é minha casa do lago! - ela exclamou em voz alta.
Enid observou a casa atrás dela. Não era tão luxuosa quanto ela pensava, era uma casa grande de dois andares e sacada com um deque do lado esquerdo, onde estava o lago e um jardim do outro lado. A casa era feita de madeira grossa e pintada de amarelo, as portas e janelas de vidro e várias colunas de gesso espalhadas em volta da casa.
- Ei, pessoal, ainda não acabei! - Mandy gritou, acenando com as mãos para que todos se calassem. Quando fizeram silêncio ela continuou. - Temos regras a seguir. Não vamos beber, nem ouvir música alta, nem fazer nada ilegal, ok?
Enid levantou uma sobrancelha, surpresa. Todos ficaram em silêncio, confusos. Enid até pensou que Mandy estava falando sério, até ela rir histericamente batendo palmas.
- Brincadeirinha! - Ela riu ainda mais. - Só não usem o quarto dos meus país para fazer sexo, ok? Agora vamos nos divertir!
Todos foram fazer algo divertido, só Enid que se ocupou montando a barraca.
Horas depois da chegada já tinham algumas pessoas bêbadas brincando de "Jogo da Garrafa". Enid tinha perdido Gabe, mas quando ela finalmente apareceu estava com o cabelo um pouco bagunçado e ajeitando a saia. Josh vinha junto com ela. Enid nem quis imaginar o que tinha acontecido.
- Oooooiiii Eniiiiiiiiid! - Gabe exclamou, cambaleando ao sentar-se ao lado dela. - Já bebeu quantas?
- Nenhuma. - Enid respondeu e estalou a boca em reprovação. - Mas você, pelo que vejo, já está embriagada.
Gabe fez biquinho e riu alto, contorcendo-se no chão.
- Não, não muito. Só esse pouquinho aqui - ela juntou dois dedos, gesticulando. - E você precisa beber! Para esquecer o Evan...
Enid revirou os olhos.
- Não fale nesse indivíduo! - pediu.
Gabe assentiu e levantou-se quase caindo novamente.
- Ah, vou buscar um ponche batizado pra você. Me espera! - Gabe disse e saiu correndo pela sala de estar.
Enid não estava nem um pouco a fim de beber e nem de aturar Gabe bêbada. Então ela de esquivou dos garotos bêbados da sala que tentaram agarrá-la e saiu para o deque, que milagrosamente estava vazio.
O deque era o lugar mais confortável da casa. O lago estava límpido e reluzindo a lua nova prateada que brilhava no céu. Enid sentou na cadeira de balanço feita de troncos de árvore que ficava ao lado de uma lareira pequena e se balançou.
Aquilo era relaxante. A fez esquecer a música alta que vinha de dentro da casa. Seus pensamentos flutuavam e ela começou a ficar com sono.
E então ela pensou em Evan. Em como seria essa estadia na casa de campo se ele estivesse lá, no quanto sentia falta dele.
E depois sacudiu a cabeça, tentando esquecê-lo. Não podia ficar pensando nele. Ele estava ocupado demais com a Miss Magreleza Extrema.
Enid ficou com raiva. Ela pegou uma pedra no chão e jogou no lago, observando as ondulações na água.
De repente ela sentiu um arrepio na espinha, que a fez se encolher e se agarrar ao casaco. Algo estava errado ali, ela podia prever.
E naquela hora ela queria que Evan estivesse ali.

Na manhã seguinte, quando Enid acordou os campistas haviam marcado de fazer trilha. Não era exatamente o que ela queria fazer naquela hora mas era melhor que ficar em casa com as pessoas de ressaca.
- Você vai fazer trilha? - Gabe perguntou a Enid quando a viu se preparando.
- Vou sim. Você não?
Gabe balançou a cabeça, negando, e se arrependeu depois curvando-se de dor de cabeça.
- Ai, que droga, bebi demais ontem - ela murmurou. - Vou ficar e tomar uma aspirina.
Enid estalou a boca em reprovação e fechou a mochila.
Ela se encontrou com o grupo da trilha no deque do lago e ficou surpresa ao ver os integrantes. A maioria eram meninos atletas e o grupo feminino era composto por líderes de torcida de shortinhos. Mandy e seu namorado, Gary Alguma-Coisa, estavam a frente ditando as regras da trilha.
Enid não prestou muita atenção. Logo eles estavam andando em fila indiana pela floresta cheia de armadilhas.
Minutos se passaram. Enid já estava ficando cansada e entediada. Mandy dava uma aula de biologia explicando o nome científico e espécime de cada árvore por onde eles passavam. O namorado dela, Gary, se juntou ao grupo de atletas que passavam o tempo admirando o traseiro das líderes de torcida.
Uma hora já havia passado e Enid já tinha ficado para trás. O grupo continuava a toda energia na frente, quase correndo. Ela precisou parar para descansar, sentando-se na raiz de uma árvore.
Ela jogou a mochila no chão e tirou uma garrafinha de água de lá, jogando o conteúdo no rosto. Ficou de olhos fechados se abanando por alguns minutos até se recuperar. Quando abriu os olhos tremeu de susto.
Robb estava parado a alguns metros dela, encostado em uma árvore com um sorriso torto no rosto.
Enid hesitou e se levantou o encarando. O que ele fazia ali? Como havia chegado? E pior, o que ele queria com Enid?
- Olá, Enid - ele disse docemente. - Ainda se lembra de mim?
Enid assentiu, mantendo a calma.
- Sim. Como me esqueceria de você? Você sequestrou minha amiga, Robb.
Ele riu de leve e deu dois passos na direção dela.
Ele parecia um felino se aproximando de sua caça.
- Meu nome verdadeiro é Robin, como Robin Wood, o conto infantil. Você conhece?
Enid riu sem humor.
- Quem não conhece? O ladrão honesto que roubava dos ricos para dar aos pobres.
Robb riu alto dessa vez refletindo em seus próprios pensamentos.
- Essa é a ironia. Se eu fosse Robin Wood eu teria que roubar de mim mesmo para dar aos pobres.
Enid levantou uma sobrancelha, confusa.
- Ué, você não disse que estudava na Hamilton, uma escola pública?
Robb se aproximou mais três passos e Enid deu um passo vacilante para trás.
- Era mentira. Eu nem estudo em uma escola. Meu pai paga um professor particular para mim - dito isso ele sorriu diabolicamente. - Sou filho do chefe!
Ele disse aquilo com tanto orgulho... Enid refletiu sobre aquilo e chegou a uma resposta que a fez temer ainda mais.
- Seu pai é o chefe do Lullaby - ela concluiu.
Robb aplaudiu lentamente e se aproximou mais dela. Menos quatro passos...
- Por isso que eu gostei tanto de você - ele disse e parou. Agora ele estava a um metro de Enid. - Além de ser gostosa é uma menina inteligente.
- Meninas inteligentes não gostam de ser chamadas de "gostosa". - Enid retrucou, dando três passos para trás.
Robb avançou mais alguns passos. Ele não parecia mais tão feliz, estava ficando com raiva.
- Meninas inteligentes sabem fazer boas escolhas como par - ele disse como se repreendesse Enid.
- Então uma menina inteligente nunca o escolheria como par.
Robb parou abruptamente, levando as mãos ao coração como se tivesse sido atingido e fez biquinho.
- Está me dizendo que não gosta nem um pouquinho de mim? - Ele perguntou fazendo drama.
Enid assentiu e se afastou mais alguns passos.
- Exatamente. Tchau.
Enid se virou e tentou fugir, mas uma figura encapuzado a uns dois metros de distância a fez parar. Claro, Robb veio acompanhado.
- Meninas inteligentes sabem quando estão correndo perigo. - Robb disse um pouco alto demais para Enid ouvir.
Ela sentiu as pernas vacilarem e ela tremeu, mas não quis demonstrar medo. Se ao menos Evan estivesse ali.
Quando ela se virou Robb já estava a centímetros dela. Ele parou a observando com malícia e mordendo os lábios. Aquele fora o dia errado para usar short. Parte da coxa de Enid estava a mostra e ele a olhou como se fosse um pedaço de carne suculenta.
- Gostosa. Definitivamente gostosa - ele disse e se aproximou mais.
Enid deu passos para trás e Robb dava a mesma quantidade de passos na direção dela. Enid queria correr para longe dali, para longe dele e ir para onde ela se sentia segura - os braços de Evan.
Ela deu mais dois passos para trás e sentiu algo sólido atrás dela, impedindo o caminho. Ela pensou em dar a volta mas Robb fora mais rápido e encostou as mãos na árvore, cercando Enid com os braços. Ela estava sem saída.
- O que você quer de mim? - ela perguntou. A voz falhou.
Robb aproximou o rosto dela encostando os lábios frios e úmidos no pescoço dela.
- Esse é exatamente o ponto - ele murmurou sobre a pele dela. - Eu quero você.
Enid fechou os olhos e tentou afastá-lo. Em vão. Ele era mais forte do que parecia e colou o corpo ao dela e segurou o queixo dela levantando a cabeça dela.
Enid desistiu e abriu os olhos, fitando os olhos verdes dele e todo o desejo que ele carregava, fazendo-o brilhar. Ele sorriu abertamente e aproximou os lábios dos de Enid. Quando falou a voz era doce e parecia um atleta que ganhou a olimpíada.
- Você é minha.


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Notas finais do capítulo

Voltei com tudo, né? Comenta aí pessoal! Queria que vocês comentassem em cada capítulo. Quero saber a opinião de vocês.
Tava com saudades =)



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