Eternally Forbidden escrita por Ivie Constermani


Capítulo 22
21. Vivian


Notas iniciais do capítulo

Eu não recebi nenhuma recomendação =(
Mas não resisti, acabei um capítulo e postei logo outro. Mas que tal ir ali do lado e recomendar? Custa nada não...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/357511/chapter/22

- O que faremos? Gabe não pode passar mais de um dia lá. O que diremos a mãe dela?!
Enid já andava de um lado para o outro pela sala de economia enquanto Vine e Evan estavam calados tentando pensar.
- Ok, então vamos ter que entregá-lo o mais rápido possível - disse Evan fazendo Enid parar de andar. - Hoje. Não sabemos o que eles podem fazer a Gabe.
- Ai meu Deus, Evan, por favor não me apavore! - Enid pediu jogando-se numa cadeira. - Eles querem que eu vá buscá-la. Então eu me entrego para ela ficar livre, aí vocês ficam com mais tempo para entregar o... o que eles querem.
- Não! - Evan quase gritou e se aproximou de Enid de um jeito ameaçador. - Você! Não pense em se entregar! Não quero nem imaginar o que eles fariam a você. Então fique aí, quietinha com o Vine - ele disse e pegou o celular, indo até a porta da sala. - Vou fazer uma ligação.
Enid ficou balançando os pés na cadeira. Os nervos estavam a flor da pele. A cada segundo que passava Gabe corria mais perigo ainda.
Desde o início ela desconfiara naqueles meninos, os tais Robb e Joseph. Eles não eram normais, isso ela podia notar. Principalmente Joseph, aqueles olhos pretos...
- Vamos para New Orleans. - Evan entrou na sala num rompante, fazendo Enid pular de susto. - Vamos Vine.
Ela levantou, ajeitando o cabelo.
- "Vamos Vine"? Vamos todos! - ela caminhou na frente, até Evan segurar seu braço e empurrá-la contra a parede.
Aquela proximidade abaixou a guarda de Enid e fez Evan ficar mais calmo. Enid podia jurar que ele ia beijá-la quando se aproximou mais um pouco, mas ele encostou os lábios na orelha dela.
- Você ouviu o que eu disse? - Sussurrou, causando arrepios em Enid. - New Orleans. Fica muito longe daqui. Você fica. Amanhã eu trago Gabe sã e salva.
Ela inverteu os lugares ficando de frente para Evan, que ficou encostado na parede e também encostou os lábios na orelha dele.
- É Gabe. Minha amiga Gabe. Então eu vou, quer você queira ou não.
Vine passou por eles no telefone e desligou parando um pouco na frente para esperá-los.
- Todos prontos, o jatinho nos espera no telhado da sua casa - disse olhando para Evan e depois para Enid. - Você vá buscar alguma roupa em casa. Vamos esperá-la até as 14h, não mais que isso. Se não aparecer, vamos sem você.
Enid entendeu o aviso e correu para o seu carro no estacionamento. Cada segundo significava a vida de Gabe.

O jatinho pousou três horas depois num quintal de uma mansão toda pintada de verde e cheia de colunas, com um jardim cheio de copos-de-leite brancos e uma estátua de um anjo de asas enormes e abertas e que parecia estar vigiando a casa o tempo todo.
- Aqui que mora a minha avó. - Evan disse sobre o som das hélices que ainda rodavam fazendo uma ventania. Ele parecia orgulhoso.
Um senhor careca e de paletó se aproximou deles dando uma olhada em todos e parando especialmente em Evan.
- Pequeno Evan, quanto tempo que não nos vemos... - ele disse sorrindo.
- Ei, Alfred, nada de formalidade. - Evan o abraçou por alguns segundos. - Você ainda está bonitão!
- Oh, que isso....
Vine se apresentou apertando a mão de Alfred.
- Então este é Vine Cipriano. Vivian fala muito sobre você.
Evan pigarreou e se aproximou de Enid, pondo um braço envolta dela.
- E esta é Enid Arrow - ele disse como se estivesse apresentando uma princesa.
Alfred olhou Enid dos pés a cabeça e depois segurou a mão dela e beijou, curvando-se diante dela. Ela corou.
- É um prazer finalmente conhecê-la - disse Alfred.
Evan afastou a mão dele.
- Não toca muito.
Enid o encarou confusa e perplexa.
- Ah, sim, essa é a sua garota. - Alfred deixou escapar um risinho.
Enid encarou ele, depois Evan, e depois Alfred e Evan, ficou oscilando entre eles.
- Eu não sou a garota dele. Terminamos, esqueceu Evan? - ela disse levantando uma sobrancelha.
- Não é hora para discutir isso. Agora vamos entrar. Vovó quer te conhecer.
A casa por dentro era mil vezes mais rica em decoração. Flores, esculturas, livros e pinturas estavam espalhados pelas paredes douradas. Evan se jogou no sofá de camurça marrom da sala enquanto Vine foi fazer ligações na cozinha. Enid ficou andando pela sala vendo todas os antiquados que devoravam o lugar e imaginado sua mãe ali. Ia adorar aquilo.
- Então aqui que sua avó mora? - Enid perguntou, admirada.
- Essa é uma das casas que temos pelo país. No momento vovó está em New Orleans.
Enid tentou imaginar a riqueza que Evan tinha. Ele tinha muito, muito dinheiro. E Enid pensava que o que ele tinha de mais precioso era o carro Jaguar.
- Presumo que esta seja Enid Arrow - disse a voz de uma senhora vinda da escada.
Enid e Evan a olharam ao mesmo tempo.
- Sim, vó. Essa é Enid. - Evan disse e olhou para ela. - Esta é Vivian.
Enid quase deixou o queixo cair. Ela era linda. Vivian desceu os últimos degraus e se aproximou de Enid, que a observava. Ela tinha o cabelo grisalho castanho que estava penteado num coque alto, olhos azuis como a pedra de safira atrás de óculos de grau modelo aviador, as feições finas e parecidas com as das atrizes de Hollywood, usava um batom rosa claro e jóias, muitas jóias. Estava vestida com um blazer de cashmere branco com uma rosa vermelha pregada no peito, blusa azul-turquesa simples, calça social branca e sapatos de meio salto. O corpo era magro e saudável, corpo de uma senhora que faz exercícios. Ela sorriu e as rugas mostraram sua idade.
- Você é mais linda do que em meus pensamentos - ela disse segurando a mão de Enid e fazendo ela girar. - Muito bonita.
Enid corou.
- A senhora também é muito bonita, sra. Wondervill.
Ela agitou as mãos com repulsa.
- Por favor, sem formalidades. Me chame de Vivian. - E virou-se para o neto. - E você, olhe como está um rapaz!
Eles se abraçaram por alguns segundos, e depois Vivian o avaliou da mesma forma que avaliou Enid.
- Tem razão de Enid ser sua namorada. - Ela riu de leve. - Virou um jovem muito lindo, Evan.
Evan olhou para Enid sutilmente, sorrindo.
- Mas ela também é linda, vó, e inteligente, educada, gentil. Ela é perfeita.
Enid se moveu pela sala, desconfortável com os elogios.
- Precisamos tratar de negócios. Sua amiga foi capturada, Enid, precisamos pegá-la. - Vivian disse assumindo uma postura séria. - Vamos para o meu escritório.

O dia inteiro passou. Quando a noite chegou as negociações ainda estavam a todo vapor.
Enid se sentia excluída. Vivian dava as ofertas de dinheiro enquanto Evan ligava para os sequestradores e Vine tentava encontrar o pai de Evan.
Os Lullaby finalmente cederam a oferta de dois milhões de dólares pela garota e por Evan, mas eles deram o prazo de um mês para capturar o anjo caído.
Após todas as negociações Vine foi buscar Gabe e Vivian, Evan e Enid jantaram. Após o jantar Vivian deu um show ao piano tocando de Mozart.
Enid não se cansava de ver todos aqueles quadros, e o que mais gostou foi o de uma mulher muito linda que lembrava muito Evan. Quando Vivian viu Enid encantada com o quadro, se aproximou sorrindo e também olhando para ele.
- Esta é minha filha, Elizabeth - ela disse e lágrimas brotaram em seus olhos.
Enid não escondeu a surpresa. Ela tocou o quadro vendo cada detalhe. A mulher tinha o cabelo muito longo e ondulado cor de avelã, pele clara, olhos azuis muito claros também e feições de boneca. Os lábios eram carnudos e estavam pintados de vermelho e ela usava um colar de pérolas grossas e um vestido verde-esmeralda que lembrou muito o que Enid usou no baile. Evan era muito parecido com ela, principalmente o sorriso aberto e convidativo.
- Ela era linda... - Enid sussurrou, encantada.
- Era de se esperar que Caliel se apaixonasse por ela. Era a mais bela da cidade. - Vivian parou como se estivesse recordando. - Ainda me lembro da felicidade que ela sentiu quando ele a beijou pela primeira vez.
Vivian gesticulou para que Enid sentasse no sofá só escritório, e sentou-se ao seu lado. Pela abriu uma gaveta da cômoda que ficava ao lado do sofá e pegou um álbum de fotos e folheou. As fotos eram bem antigas, mas coloridas. Todas elas mostravam Elizabeth.
- Ela tinha 20 anos. Estava começando a faculdade de arquitetura. Era uma aluna dedicada. - Vivian falou enquanto Enid via as fotos. - Em uma das festas que os alunos fizeram ela o conheceu. Caliel era um jovem muito bonito que conhecia os amigos dela. Ele era um rebelde da época, usava jaqueta de couro e topete - ela riu de leve -, assim como Evan.
"Os dias se passavam e eles sempre se viam. Elizabeth se apaixonou. Caliel e enganou, dizendo que também a amava. E numa dessas demonstrações de amor, bem, Evan nasceu.
"Quando Elizabeth disse que estava grávida Caliel a abandonou. Minha filha entrou em depressão. Ela não queria ter Evan se não fosse com Caliel. Ela realmente o amava. Foram nove meses difíceis. A esperança dela era de que ele voltaria quando Evan nascesse, mas ele não voltou.
"O nome do Evan ia ser Eva se fosse menina. Se fosse menino ela ia colocar Caliel, mas eu a convenci de colocar Evan. Ninguém sabe mas o segundo nome de Evan é Caliel.
Enid sorriu. Era bom saber a história de Evan.
- Quando Evan fez 12 anos Elizabeth tinha descoberto onde Caliel estava e foi atrás dele. Mas era uma armadilha do Lullaby. Eles tentaram fazê-la dizer onde Evan estava, ela resistiu e eles a mataram. - Vivian continuou com a voz falha. - Eu tentei esconder a localização do Evan, mas eles conseguiram descobrir. Pago qualquer coisa para o meu neto ficar seguro.
Nesse momento Evan abriu a porta e enfiou a cabeça dentro da sala.
- Seu quarto está pronto, Enid - ele disse.
- Boa noite, Vivian. - Enid se despediu e seguiu Evan até o segundo andar.
O quarto era pintado de verde-oliva tinha apenas uma cama e um criado-mudo. Enid se sentou e respirou fundo. Ela estava cansada.
- Eu vou tomar um banho e daqui a pouco eu volto para ver se você está bem. - Evan avisou e saiu.
Enid também foi tomar banho. Ligou o chuveiro e deixou a água quente escorrer por seu corpo, relaxando ou tentando relaxar.
Saiu enrolada no roupão e vestiu-se com um vestido de lã que pegou no guarda-roupa na ida rápida em casa e deixou o cabelo solto e molhado.
Enquanto o penteava Evan entrou no quarto.
- Gostou do quarto? - ele perguntou sentando na cama ao lado de Enid.
- É confortável.
Ele assentiu e ficou a observando enquanto ela penteada o cabelo. Os olhos seguiam o comprimento dos fios, parando na cintura e voltando a cabeça. Enid ficou corada.
- Por que está me olhando tanto? - ela perguntou.
Evan balançou a cabeça em negação e sorriu.
- Estou... pensando.
Enid o olhou por alguns segundos. Aquele era o Evan, o Evan que ela amava, o Evan que ela tinha vontade de beijar naquele momento.
- Pensando em quê? - ela se aproximou lentamente, provocando-o.
Evan mordeu o lábio inferior. Ele parecia reprimir a vontade de beijá-la.
- Em nós dois...
Enid jogou o cabelo para o lado, fazendo charme e olhou para o chão. Os cílios ruivos reduziram sob a luz.
- Ainda há nós? - ela perguntou.
Evan suspirou alto.
- Não sei. Talvez, se eu conseguir entregar Caliel... Mas antes é perigoso.
Evan, hesitante, tocou o rosto de Enid e se aproximou mais. Os corpos estavam a centímetros de distância. Evan depositou um beijo na testa de Enid, que não conseguiu resistir ao espaço entre eles e o abraçou, grudando seu corpo ao dele.
Evan também não resistiu e a puxou para um beijo. O beijo foi calmo, lento, como se Evan tivesse medo de que pudesse quebrá-la. Enid se deixou levar, e o beijo durou alguns segundos. Quando Evan a soltou, relutante, beijou novamente a testa dela e se afastou, indo até a porta.
- Boa noite. Tenha bons sonhos - ele desejou e saiu.
Enid tocou o próprio lábio suspirando. Ela queria que momentos como aquele acontecessem sempre.

Robb entrou na sala do chefe sem bater. Era normal, ele podia.
- Então você devolveu a menina? - ele perguntou e depois estalou a boca em reprovação. - Ela era gostosa. A gente podia aproveitar dela.
- Não. Eles ofereceram dois milhões por ela.
Robb suspirou, sentando-se no sofá do escritório.
- E a outra, a amiga dela? Ela não veio, afinal...
- Não foi necessário.
Robb mordeu os lábios pensando na ruiva.
- Ela sim é gostosa. Eu gostei dela.
O chefe o olhou desconfiado, levantado uma das grossas sobrancelhas.
- A ruiva, namorada do nefilin? - perguntou, desconfiado.
- Sim, ela mesma. Eu quero a ruiva.
O chefe cruzou os dedos sob o queixo, analisando-o.
- Hum, pelo tanto que conheço você... - ele começou sorrindo torto.
Robb assentiu, rindo de leve de forma maléfica.
- Isso mesmo - falou, determinado. - Quando eu quero alguma coisa, ela vira minha.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? Comentários e recomendações, por favor! U.U
Beijão e fiquem na paz!
Ps.: agora que a coisa vai esquentar, hein! =D



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Eternally Forbidden" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.