Eternally Forbidden escrita por Ivie Constermani


Capítulo 16
15. Demônios


Notas iniciais do capítulo

Aah eu não ganhei uma recomendação :( mas tá aí o novo capítulo! Boa leitura!



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Depois de uma semana de namoro escondido Evan decidiu que as pessoas precisavam saber por causa de vários motivos, mas de um em especial: por causa de Mac, que mentiu dizendo que Enid fez "loucuras" com ele, os meninos estavam loucos por Enid, a chamando para sair, querendo sentar ao lado dela nas aulas e tentando agarrá-la nos corredores. Evan estava enraivecido com isso, então disse para Enid que ia oficializar o namoro. Só não disse como que o modo que ele ia fazer isso ia repercutir na escola inteira!
Evan e Enid tinham voltado a rotina de almoçar juntos na mesa reservada com vista para o jardim. No almoço de uma terça-feira quando todos os alunos estavam almoçando no refeitório Evan levantou-se e subiu em cima da cadeira.
- Por favor, quero a atenção de todos vocês! - Ele gritou. - Ei, por favor olhem para mim!
Enid tapou o rosto com o cabelo e puxou a calça de Evan, tentando fazê-lo descer.
- Evan, pare com isso! Desça daí! - Ela pediu, mas Evan se manteve firme.
As pessoas olharam para ele com curiosidade, e fizeram silêncio absoluto. Enid estava roxa de vergonha por estar ao lado dele.
- Eu só quero fazer um comunicado - disse Evan, olhando em volta e depois apontou para Enid. - Só queria avisar que essa garota é minha. Então, por favor, tirem o olho dela.
Enid arregalou os olhos e abaixou a cabeça tentando se camuflar na cadeira.
- O que isso significa? - Perguntou um dos meninos.
Evan riu.
- Significa que nós estamos namorando. Então, tirem o olho! - Evan disse e olhou para Enid, que o fitava com um olhar mortal. - Só isso. Voltem a fazer o que estavam fazendo. Obrigado.
Evan sentou-se novamente, com um sorriso enorme e satisfeito no rosto.
- Pronto. Agora todo mundo sabe que você é minha. - Ele disse na maior cara-de-pau.
- Seu idiota! - Enid deu um tapa no braço dele. - Muito obrigada por me constranger na frente de toda a escola!
Evan alisou o braço no lugar onde Enid bateu, deu de ombros e simplesmente disse:
- De nada.

O vexame do baile deu lugar ao "incrível pedido de namoro de Evan Wondervill". Em qualquer lugar que Enid ia tinha alguma garota romântica perguntando quando eles começaram a namorar e dizendo o quanto aquilo foi romântico ou garotos infantis que riam e gritavam "aê Enid, hein! Tão gostosa que prendeu o Wondervill".
Mas o pior foi o desprezo que Dany a olhou quando ela o encontrou no fim do dia.
- Não acredito que você está namorando aquele cara! - ele gritou antes de qualquer reação de Enid. - Não posso acreditar.
- Mas pelo o que eu soube não foi apenas eu quem fez a escolha errada - ela retrucou.
Haviam boatos pela escola que depois do baile Dany e Angelin tinham começado uma relação sólida e verdadeira. Enid não tinha comentado nada para não constranger o amigo, mas ele também não tinha o direito de agir assim.
- Isso foi um erro. - Dany disse, abaixando a voz. - Angelin me agarrou e eu não consegui resistir. Eu sou homem, caramba!
Enid teve que rir.
- Tudo bem. Eu entendo. Mas você já sabia que eu sentia alguma coisa por Evan. E ele me disse que também sentia e...
- Não, ele não sente! - Dany disse, se irritando de novo. - Ele não ama você!
- Eu não sei se eu o amo, Dany. - Enid mentiu. - E ele não precisa me amar agora, até porque nós estamos no começo do namoro.
Dany riu sem humor e coçou a cabeça do jeito que ele sempre faz quando está irritado.
- Você é cega - ele disse simplesmente e se afastou dizendo: - Você não consegue enxergar algo que está bem na sua frente.
Enid ficou confusa. O Dany quis dizer com aquilo? Como assim ela era cega?
Evan chegou assim que Dany saiu e a agarrou no meio do corredor, beijando o pescoço dela.
- Ei, ei, ainda estamos na escola! - Enid disse tentando se esquivar.
- E daí?
- Daí que aqui não pode.
Evan riu e deu um selinho nela.
- Desculpe, mas você me deixa louco o suficiente para fazer isso.
Enid riu e deu um tapa leve no ombro dele, e sem resistir, devolveu o selinho.
- Vamos para onde? - ela perguntou.
Depois das aulas Evan a levava para algum lugar onde eles pudessem ficar sozinhos sem correr o risco de serem pegos.
- Hoje não vamos fazer um encontro a dois. Vamos encontrar Vine. - Evan disse enquanto eles andavam de mãos dadas até o estacionamento.
- Por quê? - Enid perguntou, curiosa.
- Ainda há coisas que você precisa saber.

- Ora vejam só se não é o casal do ano! - Vine brincou enquando beijava a mão de Enid, cumprimentando-a.
- Não exagere, Vine. - Enid riu.
- Não não, não é exagero! Você não sabe o quanto Evan falava de você, menina! Me dava nos nervos!
Enid riu e olhou para Evan com uma sobrancelha arqueada.
- Ah é? - Ela disse, encarando-o.
- Uhum - ele assentiu. - Mas não precisava saber.
Eles se encontraram num restaurante italiano na cidade vizinha à Brookhaven. Evan disse que era mais seguro. Eles fizeram o pedido e enquanto esperavam Enid fez a pergunta principal.
- O que eu ainda preciso que saber?
Evan e Vine pareceram enrijecer.
- Eu sei que esse não é um assunto no qual você quer falar, amor, mas você precisa saber. - Evan deu uma introdução ao assunto.
- É sobre demônios. - Vine começou. Enid sentiu um calafrio. - Você sabe que demônios são criaturas das trevas que um dia já foram anjos celestes, mas que caíram.
- Há algo mais que eu precise saber sobre isso? - Enid perguntou.
Evan segurou a mão dela e a olhou nos olhos.
- Quando você escolheu ficar comigo você já sabia que tinha condições e dos riscos que corria. Tudo bem se você quiser me deixar agora, neste momento. Será até melhor para você, pois esse assunto macabro vai te aterrorizar...
- Ei, isso está fora de cogitação - ela disse antes de ele terminar e deu um leve beijo nos lábios de Evan. Depois virou-se para Vine. - Pode prosseguir.
Vine hesitou antes de começar.
- Você não precisa saber exatamente o que são demônios e do que são capazes. Mas posso começar dizendo que há vários tipos, dos príncipes do inferno a apenas guardiões. Cada um deles tem sua função e seu, digamos "cargo" - ele fez uma pausa. - O demônio que você viu na Máquina do Tempo era apenas um soldado de Zamoé, o demônio que eu descobri ter feito o pacto com a seita Lullaby contra anjos caídos que estão na Terra.
- O que são soldados? - Enid perguntou.
- Soldados do inferno são as criaturas de baixa categoria no inferno. Estão lá para servir os demônios de outras categorias. - Dessa vez Evan que falou.
- Se eu não tivesse chegado lá aquele soldado ia influenciar suas amigas e fazê-las cair em tentação, para depois levá-las para o inferno também.
Enid levou as mãos aos lábios, impedindo que um grito apavorado escapasse de sua garganta. Evan acariciou o ombro dela.
- Vine, pega leve! - ele pediu. - Vai fazer ela ter crise de pânico.
- Ela precisa saber de tudo.
- Tudo bem. - Enid disse, recuperando-se. - Eu vi que elas estavam absortas nele.
- Era um tipo de hipnose. E ele te reconheceu. Me disse que você era a garota que andava com o nefilin de sangue puro. Mas não deu tempo de ele contar aos outros sua identidade. Eu o matei.
- E como se mata um demônio? - Enid perguntou.
O garçom veio com a comida e ela teve que esperar ele se retirar para ouvir a resposta. Quando ele estava em uma distância segura, Vine voltou a falar.
- Demônios não são criaturas imortais. Não como Lúcifer e seus favoritos. Soldados são os mais fáceis de aniquilar. Recitamos um ritual de exorcismo em latim e ele é expulso do hospedeiro e volta para o inferno, sem o perdão de seus amos. Então é executado lá mesmo por sua fraqueza.
Enid bebeu o vinho tinto e comeu mais um pouco da macarronada.
- E há outras maneiras? - Ela perguntou.
Vine sorriu, mostrando-se satisfeito com a curiosidade de Enid. Na verdade ela estava orgulhosa de si mesma por não sair correndo e gritando dali.
- Há muitos mitos sobre demônios mas alguns são verdadeiros. Como a água benta. Água benta é um tipo de água abençoada por Deus, então os afeta diretamente. O efeito é doloroso, como se um tição de ferro em chamas entrasse na pele deles. Para não sentir mais dor alguns deles saem do hospedeiro. Mas água benta não mata, apenas orações em latim.
- Ok. Mas, você falou sobre a pele deles, então presumo que eles tenham um corpo.
- Não é exatamente um corpo, como o corpo humano. Demônios têm uma carcaça feita de pele queimada, que gruda dos ossos e fazem formas estranhas e que não dá para dar nomes. Por isso quando ele vem à Terra eles usam corpos de hospedeiros. - Vine respondeu e de repente refletiu. - E imagine que eles já tiveram a aparência mais bela de todas, sendo anjos de Deus.
Enid concordou. Evan continuava calado observando Enid enquanto Vine explicava a ela suas dúvidas. Enid estava perdendo o medo. Pelo menos ali, ao lado de Evan e Vine ela não estava com medo.
Em um certo momento Enid pensou em Vine e mais uma dúvida criou em sua mente.
- Vine você mostrou que sabe de tanta coisa, até mais coisas que Evan. Afinal de contas, o que você é? - ela perguntou.
Evan e Vine trocaram um olhar amigável e sorriram.
- Eu sou um nefilin - disse Vine, calmamente.
Enid não escondeu a surpresa.
- Nossa! Assim, como o Evan? - ela perguntou encarando-o com uma certa admiração.
- Não exatamente. Não sou um nefilin de sangue puro como Evan. Meu avó era um anjo caído. - Vine explicou.
Enid ficou surpresa. Afinal ela era a única humana naquela mesa.

Após o jantar Evan deixou Enid na porta de casa. Antes de sair do carro eles se beijaram carinhosamente.
- Sonhe com os anjos. - Evan desejou.
Aquilo era uma ironia. Depois de saber tanto sobre demônios, se Enid conseguisse sonhar com anjos seriam literalmente um milagre.
- Você também - ela disse e o beijou de novo.
Quando ela abriu a porta do carro, Evan a impediu se sair, segurando seu braço.
- Aí, vai preparando sua mãe e seu padrasto para a notícia do namoro - ele disse.
Enid gelou. Claro que Evan ia ter que falar nisso em algum momento.
- Claro. Vou tentar. - Enid disse tentando soar calma. - Boa noite.
- Boa noite.
Ela saiu do carro e antes de entrar em casa hesitou. Ela sabia que ia ter que contar a novidade mais cedo ou mais tarde. E ela preferiria que fosse mais tarde!


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Notas finais do capítulo

E aí gente? Comentários? Ah, poor favor façam uma recomendação lá para a história? :( como eu disse não é chantagem emocional mas eu gosto tanto de receber recomendações! Beijão e fiquem na paz!



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