Eternally Forbidden escrita por Ivie Constermani


Capítulo 15
14. Um beijo de verdade


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo eu tenho certeza de que vocês vão amar! O momento que todos esperavam! Rsrsrs' tá, parei, boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/357511/chapter/15

Evan e Enid não foram para um lugar específico. Eles ficaram andando pelas ruas desertas da cidade, próximos um do outro, ouvindo os sonhos noturnos dos animais.
Ambos estavam em silêncio. Enid estava com o casaco de Evan nos ombros, aquecendo-se e sentindo o cheiro dele - chiclete de menta, desodorante masculino, perfume 212. Assim ela se sentia segura.
- Quer comer alguma coisa? - A voz grossa de Evan quebrou o silêncio, fazendo Enid tremer de susto.
- Ah, não. Eu comi na festa. Obrigada.
E o silêncio voltou. Enid ainda tinha perguntas, e agora mais que nunca. Então dessa vez ela quebrou o silêncio.
- O que vai acontecer agora? - Enid falou baixo, como se tivesse medo da resposta. Ela não queria receber um não. - Quero dizer, entre nós?
Evan ficou quieto por um momento. Enid tinha medo do que ele ia responder. Se não desse para eles ficarem juntos, toda aquela cena que ela causou e esse momento que ela estava vivendo com ele não teriam sentido.
- Eu não sei você, mas eu não posso mais negar o que sinto - disse ele, finalmente.
Enid sorriu.
- Nem eu.
Evan segurou a mão dela e levou aos lábios, depositando um beijo lá.
- Mas tem esse negócio das ameaças, então nós podemos ficar juntos só escondido.
Enid olhou para ele. Ela tinha esquecido de contar a verdade, e estava com vergonha de falar agora. Ia estragar o clima romântico dos dois.
- Hã, Evan? As ameaças... eram mentira. Gabe e eu que escrevemos elas e mandamos para você. Foi só uma brincadeira.
Evan primeiro ficou confuso. Depois atônito, e depois com raiva. E por último sorriu.
- Essa ideia não foi sua - ele concluiu.
- Não, não foi.
- Imaginei. Gabriela tem uma mente cruel.
Enid riu. Evan a observou enquanto ria, e ela ficou sem graça.
- Você fica linda rindo - ele disse, parecendo refletir por um minuto. - Mas eles me descobriram, de qualquer forma. - Evan deu de ombros.
Enid ficou confusa.
- Do quê você está falando? Quem te descobriu?
Evan pareceu pensativo. Depois deu de ombros outra vez.
- Se eu não te contasse você ia atrás de qualquer forma, não ia? - E depois respirou antes de explicar. - Há uma seita chamada Lullaby, que é ante tudo o que vem de anjos caídos que ficam na Terra. E eles nos caçam e matam, até não sobrar nem um. E eles me acharam.
Enid ficou pálida. A mão de Evan apertou a sua, num gesto reconfortante.
- Onde eles estão? - Enid perguntou ignorando o fato das suas pernas estarem bambas.
- Em todos os lugares onde eu vou. Tinham dois lá no baile. Mas Vine estava lá, caso eles quisessem, bem, fazer alguma coisa - ele disse e sorriu. - Não estamos seguros em lugar nenhum.
Enid já estava tremendo de medo, mas precisava saber mais.
- Eu encontrei com Vine numa lanchonete... - ela começou mas a voz falhou.
- Eu sei. A Máquina do Tempo. Ele me disse.
- Tinha um homem...
- Misterioso lá? Eu sei disso também. - Evan olhou para Enid. - Ele era um demônio. Ou melhor, um homem possuído.
Enid parou. Suas articulações não funcionavam mais. Seus olhos estavam fora das órbitas, e ela tremia violentamente de medo. Evan a abraçou, beijando sua testa.
- Ei, tudo bem. Vine deu um jeito nele - disse ele e Enid entendeu o que ele quis dizer com "deu um jeito".
Mas ela ainda temia. Ela esteve tão perto de um demônio... E ele a olhou com tanta curiosidade, surpresa, que parecia que ele a reconhecia.
- Ele me olhou, Evan - disse ela. A voz estava soando meio histérica. - Ele me olhou antes de sair de lá e eu senti que ele sabia quem eu era.
- E sabia. Eles já sabem quem é você.
Enid se agarrou a ele, buscando proteção. O álcool ainda estava em seu organismo e ela estava agindo como uma bêbada psicótica.
- Eles vão me matar também? - Enid perguntou. Evan acariciou suas costas.
- Não. Você não é nefilin. Não há nada que eles queiram em você. Além de mim, é claro.
Enid não pôde evitar o riso. Evan a observou de novo com um ar brincalhão nos olhos.
- Então você é algo que me pertence? - Ela perguntou.
Evan beijou o canto da boca dela delicadamente, e depois fez um linha de beijos entre a orelha e os ombros.
- Se você me quiser, mesmo depois de tudo o que eu te contei, eu sou seu. - Evan disse, sem parar os beijos.
Enid estava com medo. Não apenas por si própria, mas por sua família, por seus amigos e, claro, por Evan. Mas ela não sabia mais o que seria sem ele por perto. Evan agora virara uma necessidade para ela e sem ele Enid estava vazia.
Evan a puxou para um beijo. Um beijo de verdade, não por causa de uma aposta, e não para provar que ele beija bem - porque Enid já tinha a prova. Um beijo delicado, onde as línguas dançavam em sincronia, os lábios se emolduravam, acariciando um ao outro. Um beijo com desejo, carinho, sentimentos reais. Um beijo entre dois apaixonados se declarando. Um beijo que ambos jamais esqueceriam.
- Eu te quero. - Enid respondeu enfim com toda a convicção.
- Então sou seu.
Eles se beijaram novamente por minutos, parados em uma rua que Enid não sabia qual era, no frio e iluminados pela lua crescente. Mas Enid não conseguia imaginar clima melhor para isso.

Evan levou Enid para casa. Eles caminharam juntos de mãos dadas até lá, parando apenas para beijos rápidos.
Quando Evan a deixou no jardim da entrada Enid se lembrou imediatamente do primeiro encontro farsante deles.
- Estou lembrando daquele dia, o da aposta. - Ela admitiu, rindo de leve da situação.
Evan se aproximou dela e deu um beijo parecido com o daquele dia, o primeiro beijo deles. Mas a diferença era que agora haviam sentimentos reais de ambos. E depois beijou sua testa, exatamente como naquele dia.
- Tenha bons sonhos - ele ronronou no mesmo tom.
Enid riu e o beijou de volta. Evan saiu, deixando-a sozinha e suspirando. Antes de andar para longe ele parou e olhou para ela.
- Só para você saber, você não foi apenas uma aposta - ele disse em um tom um pouco alto demais.
Enid riu alto por uns instantes e depois gritou de volta.
- Que bom, porque você não é só o meu dever de casa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentários? Ah, esse capítulo é dedicado à IreneSCP por ser uma fofa e fazer aquela recomendação lindíssima para a fic! Como eu disse para ACQ, se eu pudesse te dava um abraço, sua linda! Beijos
Obs.: o próximo capítulo está pronto, mas só posto ainda hoje se eu ganhar uma recomendação. Eu sei, parece que eu sou uma chantagista mas é que só quem escreve entende. É muito bom receber recomendações lindas como as duas que eu recebi. Então, se quiserem me deixar muito feliz, faça uma lá! Não custa nada!
Ah, feliz dia dos namorados! ;)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Eternally Forbidden" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.