Ainda A Única escrita por woozifer


Capítulo 19
Estrela de Megan


Notas iniciais do capítulo

Olá gente! Então, como andam vocês?

Capitulo para a Pandora linda, que achou uma foto da Chamelia KKKKKKKK

Desculpe se houver erros.



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Acordei na outra manhã com a ajuda do despertador, me levantei às dez e meia e fui procurar algo para vestir, peguei um vestido, sapatilha, roupa debaixo e fui para o banheiro, depois do banho e de já estar trocada voltei ao meu quarto e me olhei no espelho pensando no que poderia fazer nos cabelos, depois de pensar bastante fiz uma trança simples, passei maquiagem e estava pronta.

Desci e tomei café da manhã, escovei os dentes e esperei Chace.

Ele chegou as onze em ponto e tocou a campainha.

Abri a porta e o encontrei lá, com a aparência mais casual que eu já o vira.

De bermuda, chinelo e camiseta.

Pensei imediatamente que talvez eu estivesse produzida demais, mas como já estava do horário certo eu só o cumprimentei e saí de casa.

- Onde estão seus pais? – perguntou ele.

Era sábado.

- Saíram, só voltam a noite – falei e ao ouvi aquilo ele sorriu e entrelaçou nossos dedos pelo curto caminho que era a entrada da casa até o meio-fio.

- Você tem o dia todo para mim então?- falou sorrindo, dei de ombros.

- É o que parece.

Ele riu e abriu a porta para mim, depois de entrar e afivelar o cinto, nós partimos.

O caminho foi longo e conversamos sobre tudo, desde as flores e o urso até o preço do dólar nos países menos desenvolvidos.

Então o carro parou em frente a um enorme portão de ferro preto, o portão de abriu e eu o olhei assustada quando fomos entrando na propriedade, havia uma enorme mansão branca ali, com uma fonte a frente e jardins muito bem cuidados.

- Você é rico?- deixei escapar e vi Chace se encolher um pouco no banco.

- Eu não, meus pais são.

- Você é o herdeiro, você é rico – falei logicamente e ele bufou.

- Isso importa?

Abri a boca para responder mas não o fiz, a verdade era que sim, importava.

“Amélia, sua burra, o cara tem uma Land Rover e você esperava que ele morasse onde? Embaixo da ponte?”

Ele parou o carro em frente a grande mansão e veio abrir a porta para mim, assim que desci do carro Chace jogou a chave por cima do capô para um homem de cabelos grisalhos que levou o carro para algum lugar.

Chace pegou minha mão e nós subimos os três degraus que levavam a porta da casa, ele empurrou a grande porta com uma das mãos e nós entramos no hall, só o hall da casa dele devia ter o tamanho todo da minha casa.

As paredes eram claras e altas, uma enorme escada dupla estava a frente, e tinha arcos enormes nas paredes ao lado.

- Mãe? Pai? – gritou Chace e a casa fez eco, não pude me controlar e me encolhi um pouco, ele me olhou sorriu confiante e me abraçou rapidamente – Vai dar tudo certo Amélia, relaxe.

Assenti e ele me soltou, então um casal desceu as escadas duplas.

Eu os conhecia, ele eram conhecidos.

A  mulher era loira, tinha quarenta e poucos anos de vida, vinte e poucos de carreira – sim, eu sabia disso-, olhos azuis, esbelta e linda.

O homem tinha quarenta e cinco anos, trinta de carreira, tinha um porte musculoso, cabelos castanhos com uns poucos frios grisalhos que o deixavam muito charmoso, olhos azuis e sorriso reconfortante.

Ambos eram atores muito renomados no cinema.

“Como fui burra assim? Como não associei o sobrenome do Chace a isso? É claro que ele era o filho de Suzane e Rick Burns”.

- Olá meu querido – disse Suzane sorrindo para Chace e para mim quando chegou ao pé da escada.

- Olá campeão! – disse Rick e os dois se aproximaram de nós.

Suzane beijou o rosto de Chace primeiro, depois se voltou sorrindo para mim.

- Prazer, meu nome é Suzane Burns.

“Eu sei”.

- Prazer senhora, sou Amélia. – falei hesitante e a mulher riu baixo, então beijou minahs bochechas como havia feito com seu filho.

Rick tinha cumprimentado Chace com um tapa nas costas, e depois beijou meu rosto também.

- Sou Rick Burns – disse o homem.

- Prazer senhor, sou Amélia – falei sorrindo um pouquinho.

- Amélia do quê? – perguntou o homem sorridente.

- Amélia Crawford – respondi.

- Crawford, bom sobrenome. – comentou Suzane e eu sorri de canto sem saber o que responder- Bem, o almoço está servido no lá fora, vamos lá.

Chace soltou minha mão quando sua mãe tomou meu braço no seu e foi me guiando para fora da casa pelos grandes cômodos enquanto falava:

- Chace fala bastante de você Amélia, estávamos curiosos para conhecer a namorada do nosso filho.

Abri a boca para desmentir o tal namoro mas me lembrei do que Chace havia me dito na noite passada.

- Eu estava ansiosa para conhecê-la também, senhora Burns – respondi.

- Ah, me chame de Suzane! – disse ela empolgada e soltou uma risadinha – Então Amélia, você e Chace estudam no mesmo colégio não é?

- Sim, estamos na mesma turma de Química.

- Foi lá que se conheceram? Ele não me falou como vocês se conheceram, e Logan também não me disse – ela revirou os olhos e eu sorri.

- Hm, não, nos conhecemos sem querer, esbarramos um no outro no corredor.

- Parece até um filme adolescente, como aquele “A Ultima Música”, me chamaram pra fazer a mãe da Miley Cyrus naquele, mas eu estava querendo ficar mais com o Chace na época e recusei.

Assenti ainda sorrindo e saímos da casa para um jardim gigante com piscina e quadra de vôlei, descemos a escadinha que levava até a área da piscina.

.-.

Durante o almoço, eles falavam de tudo o que Chace aprontava quando era criança e eu ria cada vez mais ao ouvir tudo o que ele fazia nos estúdios de gravação, quantas câmeras ele quebrou e a vez que destruiu um holofote, ele revirava os olhos e se escondia a cada nova história, o que só em fazia rir ainda mais.

Depois da sobremesa continuamos conversando por um tempo, nós quatro, então Chace se levantou e me puxou levemente pela mão para que eu me levantasse também.

- Vou apresentar o resto da casa para a Amélia, com licença. – disse Chace e me puxou em direção a casa rapidamente não deixando eu nem dizer nada, quando já estávamos dentro da casa novamente ele disse – Não agüentaria mais uma história de quando eu era criança.

Eu ri.

- Eu gosto de ouvi-las, é legal saber da sua infância, deve ter sido bastante animada, vivendo sempre num cenário diferente.

Ele suspirou e entrelaçou nossos dedos.

- Não foi assim tão legal, eu mal podia sair de casa, vivia nos estúdios, meus pais não paravam de trabalhar, eu fazia o que fazia para ter atenção, mas as vezes nem isso funcionava.

- Ah, eu não imaginava – falei baixo e ele soltou minha mão e me abraçou pela cintura enquanto andávamos.

- Tanto faz agora. Meus pais começaram a ficar mais em casa conforme eu crescia e ficava calado na minha, então voltei a me soltar mais quando entrei pro time de futebol... Apesar de querer mesmo era ter entrado para o clube de teatro.

- Imagino que sua veia artística falasse mais alto.

- É, mas se eu entrasse no teatro a pressão em cima de mim seria maior por meus pais serem Suzane e Rick Burns – ele revirou os olhos e eu sorria cada vez mais por ele parecer tão solto, diferente do que era quando estávamos em lugares públicos, onde ele se limitava a me abraçar e a sorrir – então entrei no futebol, que a pressão era menor, e que tinha aquelas jaquetas estilosas.

Eu gargalhei e ele riu.

- Com certeza as jaquetas fazem toda uma diferença...

- Não é? O que seria o time de futebol sem aquelas jaquetas?

Nós ríamos enquanto ele me mostrava a cozinha, sala de jantar, sala de televisão, o hall novamente e então notei um piano de cauda no hall.

- Alguém aqui toca? – perguntei.

- Eu toco – respondeu baixo, eu o olhei sorridente.

- Jura?

- Sim.

- Que legal, toca pra mim um dia?

Ele sorriu e me deu um selinho.

- É claro.

Sorri de canto e então fomos para o segundo andar.

Vimos uma sala, três quatros de hóspedes, o quarto dos pais dele, e até o banheiro, então fomos para o quarto de Chace.

O quarto dele era branco com detalhes em azul, tinha fotos de bandas, instrumentos, e desenhos colados na parede, o closet dele era enorme e cheio de roupas diferentes, havia uma tevê enorme no quarto dele a primeira gaveta do criado-mudo tinham um monte de chaves de carro que ele me explicou serem dos carros dele.

- Você tem mais de um? – falei erguendo as sobrancelhas.

- Tenho. – respondeu sorrindo – Eu gosto deles.

Sorri e me sentei em sua enorme cama king size. Assim que me sentei meu corpo afundou um pouco, eu ri e me deitei deixando meu corpo meio que afundar na cama, Chacem e olhava de pé do lado da cama, sorrindo para mim enquanto eu ria por quase afundar na cama, ele ria também me olhando e quando me sentei seus braços me deitaram de novo na cama e ele deitou em cima de mim e apoiou seus cotovelos ao lado do meu corpo para sustentar seu próprio peso, então me beijou.

Era esquisito beijar deitado, mas era bom também, retribuí seu beijo e então ele parou de me beijar com selinhos e se deitou ao meu lado, coloquei minha cabeça em seu peito e ele me abraçou.

Tirei alto no teto e franzi a testa.

Havia uma daquelas estrelas que brilham no escuro, colada o teto.

- Você tem uma estrela – comentei.

- Tenho – ele disse e começou a  mexer na minha trança- O nome dela é Megan.

- Megan? – indaguei e sem poder me conter uma pontada de ciúme transpareceu na minha voz.

- Era o nome da minha vó, ela morreu a dez anos atrás, éramos muito apegados, meus pais me disseram que ela tinha virado uma estrelinha, e uma noite quando eu estava chorando querendo que ela voltasse meus pais colaram essa estrelinha aí para que eu sentisse minha vó mais perto de mim, então o nome dela é Megan.

- Ah.

- Viu, não precisa sentir ciúme por isso.

- Eu não estava com ciúme.

- É claro que não – ele revirou os olhos e eu abracei o pescoço dele.

- Como ela era?

- Quem?

- Sua avó.

- Ah, ela era gentil, doce, adorava conversar comigo e até brincávamos de vez em quando, ela fazia os melhores cookies do mundo, e a limonada que ela preparava era a melhor, ela adorava me ouvir falar da escola, e me dizia para ter paciência com meus pais porque eles eram crianças que eu precisava ter paciência até que virassem adultos. Hoje eu olho para essa estrelinha toda vez que quero pensar na minha avó, quando estou muito confuso, ou quando quero desabafar com alguém eu penso nela, quando estou bastante feliz também faço isso... Quando demos nosso primeiro beijo, quando eu cheguei em casa eu corri pra cá e fiquei duas horas pensando em todos os detalhes para que minha avó soubesse de tudo...

Sorri.

- Eu a amava muito – ele finalizou a frase com a voz embargada.

Me levantei um pouco e pressionei meus lábios contra os de Chace, era a primeira vez que eu o beijava ao invés do contrário, quando me afastei e olhei em seus olhos ele me olhava grato.

- Sua avó ficaria feliz se te visse hoje, e soubesse que você é um cara assim, legal, gentil, amoroso, um cara que se importa muito com os outros, mesmo que não os conheça... Ela se orgulharia de você hoje Chace.

Ele sorriu e puxou meu rosto para o seu de novo.

- Ela ficaria feliz se soubesse que te encontrei – suspirou e me beijou.


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Notas finais do capítulo

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