Capítulo 6- Nunca provoque uma mulher grávida

Três meses haviam se passado desde a descoberta do sexo dos bebês. Fleur se encontrava cada vez mais ansiosa para o nascimento de sua filha, assim como Gui, que não se continha de alegria.

Jorge estava se saindo mais protetor do que a Sra. Weasley em relação à Hermione. Durante todos esses meses que a morena enjoava com qualquer coisa que visse pela frente, ele sempre a fazia ficar melhor.

Harry e Gina finalmente começaram a namorar, causando grande alegria em toda a família. Bom, é claro que sempre teriam os ruivos ciumentos da família Weasley. Que perseguiram Harry por todo o jardim enquanto todas as garotas riam e a Sra. Weasley ralhava com ele.

Acabou quando Molly agarrou George pela orelha e Carlinhos pela outra. George reclamando que a mãe o queria deixá-lo sem orelha de vez.

Rony e Harry estavam numa briga constante para decidirem quem seria padrinho de quem. Harry queria a todo o custo ser de Sophie, mas também queria ser de Fred, enquanto o ruivo reclamava que ele é que deveria ser o padrinho de Fred.

E quando George resolveu reclamar dizendo que ele que deveria ser o padrinho, Harry e Rony apenas reviraram os olhos. O moreno respondeu simplesmente:

-Você já é o pai, para quê quer roubar meu afilhado?

Bom, isso foi o suficiente para deixar os dois constrangidos, ao nível de que Hermione fosse confundida com a cor dos cabelos dos Weasley.

Rony e Luna começaram a se encontrar nas últimas semanas, causando sorrisos no ruivo a todo instante. Gina sempre soltava indiretas quando a loira estava ao lado de Rony, mas a menina continuava tão sonhadora quanto no tempo da escola que nunca percebia nenhuma delas.

Harry e Ron começaram o treinamento de auror que tanto desejaram desde o início. Sendo que o treinamento duraria dois anos.

Gina havia voltado para Hogwarts para enfim completar sua formação. Molly disse que não queria mais um filho sem a formação completa em Hogwarts. Causando risos em George e Rony.

Harry havia reformado o Largo Grimmauld com a ajuda de Monstro e Winky, e agora morava lá. O lugar estava realmente irreconhecível. Até mesmo lembrou-se de seu afilhado e reformou um dos quartos especialmente para Teddy, com tudo o que o garotinho tinha direito.

-Hermione! – ouviu-se a voz entusiasmada do moreno ecoar pela casa, seguida de som de passos nas escadas.

-Sabe Harry, pessoais normais pediriam para entrar na casa das pessoas. – comentou a morena quando o amigo entrou em seu quarto.

-Pessoas normais sim, eu não. – respondeu fazendo Hermione revirar os olhos ainda concentrada no livro. – E eu já sou quase da família, então eu tenho meus privilégios.

-Ora, alguém está convivendo demais com o George.

-Quem mora com ele é você.

-Mas quem fica fofocando com George pelos cantos parecendo uma mulherzinha é você. – rebateu. – Enfim, se veio aqui apenas para torrar minha paciência, pode sair por onde entrou.

-Nossa, você está bem mais acida com essa gravidez.

-Ótimo. Caí fora.

-Calma. Eu só vim aqui te chamar para ir jantar comigo está noite.

-Isso é um encontro? Está tentando me seduzir, Sr. Potter? – provocou estalando a língua em sinal de reprovação.

-Me avise quando conseguir. – disse piscando para amiga. – Mas é sério Mione. Você só sai com o George agora, estou sentindo que está me deixando de lado.

-Oh, menino manhoso. – disse bagunçando mais ainda os cabelos do amigo. – Mas para que você deseja desfrutar da minha ilustríssima pessoa?

-Bom, o Rony vai sair com a Luna hoje, a Gina está em Hogwarts. – respondeu dando de ombros.

-E eu sou sua última opção, Potter? – perguntou Hermione com os olhos brilhando de raiva.

-Eu não disse isso...

-Fora.

-Mione...

-Te dou cinco segundos para sumir da minha frente. Senão vou te lançar uma azaração que nem mesmo Merlin vai conseguir reverter.

-Hermione... – começou o moreno se levantando da cama.

-UM!

Em menos de um milésimo de segundo Harry não estava mais a sua frente, poderia jurar que tinha aparatado, mas ainda pode ver sua sombra passar pela porta.

Saiu correndo atrás do amigo em disparada.

-Por favor! Hermione! – gritava Harry descendo as escadas e tentando se livrar das azarações que a amiga lançava ao mesmo tempo.

-Ei! O que está acontecendo aqui? – perguntou George entrando em casa e vendo Harry correndo pela sala.

-Me ajuda George! A Hermione vai me matar! – exclamou o moreno correndo em direção ao ruivo.

-E por que ela quer te matar? – perguntou levantando uma sobrancelha, enquanto o moreno se escondia atrás do ruivo.

-Eu chamei ela para jantar comigo... – começou Harry.

-Você o que, Potter? – perguntou George estreitando os olhos e ficando de frente a Harry.

-Hm.. Er... – o moreno começou a gaguejar.

-Suma daqui enquanto ainda dá tempo. – avisou George entre dentes. Em seguida o moreno arregalou os olhos e correu para a lareira, sumindo entre as chamas verdes, mas não antes de receber um feitiço de Hermione.

-Isso tudo foi por que ele te chamou para sair? – perguntou virando-se para a morena, que já estava mais calma.

-Não. Eu não ligo para o Harry me chamar para sair. – respondeu. – Mas só o azarei por que ele me chamou como última opção.

-Como assim? O grande Potter chamou outra pessoa? – perguntou estreitando os olhos.

-Não. Só me chamou porque o Rony e a Luna vão sai hoje, e a Gina está em Hogwarts. Então eu azarei ele. – explicou naturalmente.

-Essa é Hermione que eu conheço. – disse bagunçando mais ainda os cachos de Hermione. – Mas que feitiço foi aquele que você lançou? – perguntou enquanto caminhava para a cozinha.

-Furnunculus. – respondeu fazendo o ruivo jogar a cabeça para trás rindo.

*~*~*~*~*

-Harry, querido. Não foi para o treinamento hoje? – Hermione ouviu a Sra. Weasley falar da sala.

Olhou para George, e os dois se encontraram com sorrisos estampados no rosto.

-Oh, o que é isso no seu rosto? E nos seus braços? – preocupou-se Molly. – O George te deu algum dos produtos dele, não foi? Ah, mas aquele moleque...

-Não Molly. Não foi o George. – interrompeu Harry. – Foi que eu meio que irritei a Hermione ontem, e ela me azarou.

Da cozinha Hermione e George já se encontravam rindo. Carlinhos olhava para os dois se perguntando do que tanto achavam graça.