James Potter POV.

Eu, Sirius e Remo estávamos prontos para o passeio a Hogsmeade. Somente esperávamos nossas três acompanhantes.

Ainda não acreditava que aquilo estava acontecendo, a minha ruiva havia decido me dizer sim, o que acaba por ser estranho já que não sei se foi por: pura e espontânea vontade ou então, pura e espontânea pressão. Não que isso importe, vou fazer com que ela nunca mais queira dizer não.

Nos últimos dias Lils andou um tanto quanto diferente. Ela e Lene descobriram na noite passada que Lupin é um lobisomem e que e Six somos animagos. E isso, mesmo que em poucas horas, de alguma forma nos uniu mais. Não sei se por estarem assustadas ou algo do tipo.

Me perdi nos meus pensamentos e só percebi um vulto moreno correr por mim e logo atrás pude ver Lils e Dorcas gritando com o vulto – que aposto meu pomo de ouro, que era a McKinnon. Marlene se escondeu atrás do Aluado rindo e tentando recuperar o fôlego. Ele deu um pequeno e talvez – até – imperceptível sorriso maldoso para Dorcas. Olhei para as duas amigas a minha direita e vi Lils segurando Dorcas.

- Não se atreva, sua porca – Esbravejou Dorcas – Juro que se você abrir essa boca para falar qualquer coisa eu acabo com você.

- Ora, Dorquinhas, não fique tão brava. Só vou ter uma conversa com o Remo aqui... Sobre, uhn... Relacionamentos. Que tal, Remo? – Lene passou os braços pelos ombros do meu amigo que a olhou assustado.

- Lene, não piora a situação. Faça o favor – Lils olhou para a morena suspirando – Dorcas lhe dará o vestido se você calar a boca.

- Eu vou dar é nada. Lene, você é a pior. Se quer alguma coisa vá pedir para o seu amado Sirius – Outch, Dorcas. Quando será que vou poder ir para Hogsmeade e ser feliz com a minha ruivinha? – Lils me solta.

- É Lily solta ela – Lene olhava para amiga com um sorriso diabólico no rosto, revirei os olhos e percebi que Lils fazia o mesmo, suspirando.

- Quando vocês deixarem essa briguinha de lado, me procurem em Hogsmeade, por favor – Ela andou até mim – Vamos logo, Potter.

Logo ela saiu pelo quadro da mulher gorda e eu olhei para as meninas e também para meus amigos murmurando um ‘Valeu por deixar ela de mau humor logo cedo’, suspirei seguindo o rumo para o meu encontro.

Lilian Evan POV.

Não era possível o nível de criancice que as minhas amigas se encontravam. Posso lhes dar a nota: maior que a que posso ver nos Marotos. Falando neles... Digamos que as meninas queriam sair com Lupin e Six, porém eles só iriam se Potter pudesse – e quem teve que ir a Hogsmeade com o porco espinho? Isso mesmo: eu. Não era possível o tamanho da minha sorte.

Eu andava com James suspirando em minhas costas, entreguei a autorização para o zelador – seguida do Potter e fomos em direção a todos os outros alunos. Notei o olhar de Sev quando ele percebeu minha presença e a de Potter, ele deu um pequeno sorriso para mim e eu bufei o olhando. Ele que fosse para perto dos amiguinhos sangues puros dele.

--------

Logo que chegamos a Hogsmeade, James me levou ao Três Vassouras. Sentamo-nos e o casal, Frank e Alice se juntaram a nós. Pedimos nossas cervejas amanteigadas e ficamos conversando coisas aleatórias. Logo notamos uma luz verde passando pelas portas do lugar onde estávamos e gritos.

Todos levantaram e foram atrás, queríamos saber o que estava realmente acontecendo. Logo os vi, todos eles. Homens e mulheres encapuzados disparando todas as maldições imperdoáveis em alunos, professores, bruxos que estavam simplesmente passeando e nos comerciantes locais. Reprimi um grito quando vi Severo Snape apontando sua varinha para mim. Frank saiu correndo e levou Alice, e Potter fez o mesmo comigo. Corremos e tentamos achar um local seguro, mas demos de cara com o demônio. E ele tinha um nome: Voldemort.

Ele deu uma gargalhada ao nos avistar, olhou para James Potter com um olhar irônico e aponto a varinha para Frank. O mesmo gritou e Alice começou a chorar. Apontei a varinha para Voldemort, assim como Potter e Alice.

- É incrível o que a gente pode fazer, não é Potter? Ao contrario do que meus seguidores lhe contaram, seus pais foram mortos ontem, acho que após você os tirar do meu troféu – Ele me encarou e deu um sorriso maldoso – Você vai mesmo sujar o sangue puro, dos Potter, com essa ruiva sangue ruim? Não vejo o porquê.

Vi Frank se levantar com a ajuda de Alice e a varinha do bruxo mais temido ser apontada para mim. Vi sua boca abrir para lançar qualquer maldição imperdoável em mim e fechei os olhos. Mas antes que eu pudesse ser atingida escutei a voz de James gritar ‘expelliarmus’. Abri meus olhos. Ele pegou o meu braço e olhou para Frank, logo eu havia aparatado e estava na frente do portão da escola. Entramos e assim que chegamos às mesas demos de cara com uma Dorcas bufando, um Sirius gritando, uma Lene chorando e um Remo revirando os olhos.

Mesmo notando nossa presença, nos ignoraram. Frank se sentou e encostou a testa na mesa. Logo Alice se sentou ao seu lado, afagando seus cabelos. Todos ficaram olhando para James como se ele fosse um estranho, olhei para ele e vi o porque, ele tinha um corte na bochecha e outro na testa.

- Pontas, você tá sangrando, o que aconteceu? – Remo disparou

- Hogsmeade foi atacada – Soltou Alice

- Comensais da Morte – James disparou – E Voldemort... Ele atacou Frank e depois ia atacar Lils. Aparatamos direto no portão do castelo e entramos.

- Você-sabe-quem em Hogsmeade? O que ele estava fazendo lá? – Soltou uma aluna da Corvinal que ouvia nossa conversa.

- Ué e nós iríamos saber? Deviam estar procurando mais recrutas e tudo mais, pouco importa – Alice disse.

-------

Depois do incidente em Hogsmeade, James ficara com os Marotos e eu rumei para a biblioteca. Eu havia pegado um livro qualquer e comecei a ler. Só notei que havia ficado o resto do dia na biblioteca quando a bibliotecária cutucou o meu ombro sinalizando a saída. Por mais que eu fosse à monitora chefe, sabia que não poderia ficar ali o tempo todo. Convenhamos que eu teria que fazer a minha ronda com Potter.

Sai da biblioteca com dois exemplares, um de Poções e o outro para Dorcas de DCAT, ela havia comentado que precisaria para fazer um trabalho qualquer – que eu tinha certeza que eu já tinha feito.

Comecei a andar em direção a Sala Comunal da Grifinória e notei três vultos atrás de mim. Eu não seria idiota de olhar e/ou lutar, certo? Apressei e apertei o meu passo, tentando arrumar um jeito de chamar atenção de alguém.

Raios, ninguém queria quebrar as regras e andar pelo castelo no sábado de noite? Espera, tinha algo acontecendo hoje... Acho que era algum jogo de Quadribol, algo assim. Grifinória versus Corvinal. É isso.

Esse motivo me fez apressar mais o passo e respirar ofegante. Nenhuma das minhas amigas, ou Frank ou um dos marotos me salvaria. Pelo menos não hoje. Parei bruscamente quando o notei na minha frente.

Peter Pettigrew.

-------

Abri meus olhos e notei uma dor de cabeça terrível. Grunhi e percebi uma movimentação ao meu lado.

- Você tá bem, meu Lírio?

- Eu... Eu... – Não estava conseguindo formular uma frase sequer, então fechei o olho com força e o abri novamente, me sentando na cama – Onde eu estou?

- Você tá comigo, no dormitório dos Monitores Chefes. Não te achamos para a festa da vitória e fui atrás de você. Vi pelo mapa em um ponto parado e corri até você. Você estava desmaiada então eu te trouxe – Ele falou tudo, meio rápido e tomou um pouco de ar – Fiquei preocupado. O que aconteceu ruiva?

- Não sei – Suspirei – Tudo o que eu lembro é de andar de volta para a Sala Comunal da Grifinória, lembrar do jogo de Quadribol e então Peter apareceu na minha frente e depois não me lembro de mais nada.

Vi James levantar e passar a mão pelos cabelos. Logo andou até mim e deitou ao meu lado. Respirei para tentar controlar a Lily Evans apaixonada pelo James Potter, mas foi em vão. O porco espinho me puxou para o seu peito e logo acariciava meus cabelos.

Não é que eu não quisesse sair de lá, mas era porque eu sabia que não importava o momento: James não me abandonaria e ainda passaria em cima de todos para me ver bem.

Em somente um dia o meu porco espinho favorito tinha salvado a minha vida duas vezes e uma delas foi do cara que era seu melhor amigo. Suspirei me acomodando em seu peito e caindo no sono.