Falling In Love. escrita por flowerswriter


Capítulo 2
2. Peter, pais e... Furacão Ruivo.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/356868/chapter/2

Acordei no outro dia com o rosto do Potter perto ao meu, senti sua respiração colada na minha e suspirei. Levantei da cama dando o meu olhar ‘Saia daqui Potter’ e ele sequer moveu um dedo. O sorriso que brincava em seus lábios era aquele torto, com somente uma parte dos dentes a mostra e deixando ele com uma cara de idiota mór. Porém na visão da Lilian apaixonada: lindo mór. Revirei os olhos com os meus pensamentos e joguei uma das almofadas que habitavam em cima da minha cama nele.

– O que está fazendo aqui Potter? Achei que tinha deixado claro, na outra semana que: VOCÊ NÃO É BEM VINDO AQUI.

– Ora Lils, você estava um doce comigo ontem e agora vem brigar? Achei que você tinha percebido que todo esse olhar de – ele afinou a voz – ‘Sou superior a você James’ é o cumulo, sabe? Você é toda apaixonada por mim, assim como eu sou por você. Só não admite porque gosta de ficar fazendo doce comigo – Ele voltou ao tom de voz normal.

– Escuta aqui ô ameba quatro olhos, não sei que poção te deram hoje de manhã, mas acho que foi das fortes, sabe? Ontem eu só fiquei toda simpática pra cima de você, porque bem... Sev me apunhalou pelas costas,entende? – O rapaz a minha frente levantou as sobrancelhas – E digamos que eu estava desolada, Sev é meu melhor amigo. E você me defendeu. Você, Sirius e Remo, sou realmente grata por isso, porque sei que se um dia eu estiver sozinha eles me azaram fácil, fácil. Mas não é por isso que você pode sair por ai, gritando pra Deus e o mundo que eu sou apaixonada por você – Puxei um pouco de ar, soltando lentamente enquanto terminada meu discurso – Mentir Potter, é feio. Você deveria saber disso como monitor chefe.

Ele revirou os olhos. É um fato histórico e devo repassar: JAMES POTTER REVIROU OS OLHOS PARA MIM. O porco espinho – quatro olhos, se levantou da minha cama e veio em direção a mim, com um sorriso maroto brincando em seus lábios.

– Sabe, meu Lírio, você tem que parar de ser tão bipolar. Porque você fala dormindo, sabe? – Porque raios ele ainda estava no meu quarto? Santo Merlin – E digamos que você sussurrou, eu ouvi bem ruiva, não sou surdo: James. E sinto muito, a não ser que outro alguém se chame James, digamos que você estava me chamando e – ele ressaltou o ‘e’, colocando as mãos no meu cachecol – Esse cachecol que você está usando, desde que fizemos a ronda, com o delicioso cheiro de menta é o meu. Digamos que você deveria saber, não é?

Eu escancarei a minha boca, mas nenhum som foi emitido dali. Olhei para James, coloquei a mão no cachecol e revirei os olhos para ele.

– Pois fique sabendo Potter, que aquela sua última brincadeira com Severo, antes do Natal, fez eu perder o meu cachecol – Me aproximei dele, santo Merlin, não faça a Lilian fraca voltar agora, estaria ferrada até a minha quinta geração – Logo, Potter, assim como somos monitores chefes e temos que descer para o café da manhã logo, você estava me devendo um cachecol. Só estou pegando o que é meu – Vi o sorriso vacilar em seu rosto e ele me olhar sem crença, dei os ombros e dei uma ajeitada no meu cabelo – Agora porco espinho, vamos logo. Ou você esquecer que a professora Minerva bebeu uma poção muito forte antes de lhe colocar, ao meu lado, como monitor chefe?

Mais uma vez, além do olhar de descrença eu percebi Potter revirar os olhos e quem sabe até, uma ponta de mágoa. Mas ele era o tal de James Potter. O garoto que não sentia mágoa se uma garota o deixasse plantado, porque digamos: tirando eu, nenhuma garota o deixaria plantado. Mesmo o odiando e tudo mais, digamos que sei ver que Potter é o mais bonito do nosso ano, e digamos ao ver da Lilian apaixonada: o mais bonito de Hogwarts e da vida. Blerg.


James Potter POV.


Desci atrás de Lilian matutando como ela podia ser uma pessoa na noite anterior e completamente diferente agora, pela manhã. Suspirei frustrado, pois nunca a entenderia e sabia que ela nunca faria de nada para que eu pudesse entendê-la. Percebi ela me olhar com o canto dos olhos e então travar os olhos num ponto atrás de mim, dando um suspiro no final. Virei todo o meu rosto para observar melhor e Ranhoso estava ali, olhando para Lily como se fosse atacá-la, assim também olhando: Malfoy e Peter. Mas o que Peter estaria fazendo ali, levantei minha sobrancelha para ele e o mesmo deu um sorriso meio sinistro ao me avistar também. Balancei a cabeça em negação e corri atrás da ruiva.

Cheguei a mesa da Grifinória com Remo e Sirius me olhando e me fazendo perguntas como ‘Você viu Peter?’ e ‘Precisamos dele para o plano, Pontas, sabe que dia é hoje?’.

– Que plano é esse que vocês tanto falam? Porque toda lua cheia é a mesma coisa... – Lene começou a falar e a Lils olhou em nossa direção, pela primeira vez, após sentar a mesa. Vi um braço passar sobre seus ombros e congelei ao ver o dono: Régulus Black, o irmão de Sirius, que era Comensal da Morte – ou seja, seguidor de Você-Sabe-Quem.

– É, irmãozinho, diga-nos: porque tanto mistério nas luas cheias? – Régulus perguntou – E você ruiva, o que fez após nossa pequena discussão?

– Eu agradeceria Black, se você mantivesse qualquer parte do seu corpo imundo longe da Lilian. Porque eu não sei se é de sua honrosa e desprezível ideia, mas: você não é bem vindo perto da gente. Então paste, antes que todos sejam obrigados a te estuporar. – Dorcas fora a primeira a se pronunciar e o vi revirar os olhos – Na realidade, eu estou mandando você tirar suas mãos de Comensal da Morte, imundas da minha melhor amiga. Dá pra ser ou tá difícil?

– Tá difícil Dorcas, porque a partir de agora, nós estamos no comando da Evans. Bem, há não ser que ela queira acabar como os pais de um certo ‘Santo’ Potter. – Lucius Malfoy, eu escancarei meus olhos e levantei da mesa. Peguei minha varinha e a coloquei em seu pescoço e o olhei como se quisesse uma explicação – Ué, você não sabe Potter? Seus pais estão mortos. Milorde os matou, lenta e dolorosamente. Severo Snape estava lá, ele viu tudo acontecer, na realidade eu vi tudo acontecer também. Milorde falou que se sua família não se juntasse a nós, nós faríamos você sofrer Potter. E parece que você não nos escutou certo? – Ele deu um sorriso sarcástico e parou o olhar em Lils, que assim como todos olhavam abismados para os quatro Sonserinos que resolveram nos atacar – Perdeu os pais, vai perder a garota amada desde sempre e logo após vai perder cada amigo, cada ser que lhe ajudou, que lhe fez sorrir.

Ele apontou a varinha para Lils e eu vi o brilho nos olhos do loiro, eram seis da manhã – ou seja, além de nós haviam poucas pessoas para tomar café da manhã. Ninguém se importou ao ver a cena, porque já era diária. Mas parecia que ninguém ouvia também. Abaixei a minha varinha, vendo Malfoy abaixar a dele também. Ele me olhou superior.

– Escutem aqui: loira aguada, Ranhoso, louca Lestrange e Black malfeitor. Vocês podem fazer o que quiserem comigo. Mas encostem em um fio de cabelo de qualquer amigo meu ou no de Lilian e eu juro, com todas as minhas forças, que eu acabo com a vida de vocês. Um por um. Ah, e digam para Peter que ele não precisa mais se juntar a nós. Ele pode ficar com vocês: adoradores de Voldemort e sequer olhar na nossa cara.

Eu soltei tão rápido que parecia que ninguém entenderia o que eu havia falado. Olhei para ele e percebi os outros dois Marotos se levantarem, apunhalando suas varinhas. Os quatro saíram em direção a Peter, o olhando como se ele fosse o culpado. Sentei na mesa, não sabia ao certo se sentei novamente, longe de Lils, mas o cheiro de livros velhos estava tão forte que eu pude perceber que estava ao seu lado. Enfim meu rosto entre minhas mãos, e o repousei ali, na mesa.

Comecei a chorar. Não que fosse comum, após uma briga. Mas meus pais estavam mortos, não me restará mais nada. Senti alguém mexer no meu cabelo e virei meu rosto para a mesa. O primeiro que eu encarei foi Aluado, ele colocou sua mão em meu braço suspirando. Assim como Sirius, que tinha lágrimas nos olhos – meus pais eram como seus pais, já que ele havia se convidado a se retirar da própria família, senti gratidão por ainda tê-los. Dorcas e Lene me olharam e deram um pequeno sorriso, como se quisessem me passar força. Logo, a única que sobrava para fazer carinho em minha cabeça era Lils. Já que Frank e Alice haviam sumido, novamente. Virei meu rosto para ela e a vi franzir o nariz, me fazendo dar uma leve risada.

– Sinto muito Potter.

Suspirei a olhando, cruzei meus braços entre a mesa e deitei minha cabeça, virada em direção a ela. Ao contrário dos outros dias, ela não gritou comigo novamente, ela continuou a mexer no meu cabelo e eu a olhava – com toda a certeza como um idiota apaixonado. Eu era louco pela ruiva ao meu lado e pensar que eu poderia perdê-la, assim como perdi meus pais, era praticamente insanidade.

Percebi todos os outros saindo da mesa, alegando ter que fazer algo. Lilian colocou o braço que não fazia carinho em meu cabelo na mesa, deitando a cabeça em cima do mesmo.

– Não vá se acostumando com esse tratamento Ja... Potter. Só não gosto de ver meus amigos chorarem ou sofrerem.

– Então seu sou seu amigo, Evans? – Murmurei dando um pequeno sorriso travesso e ela suspirou, cansada.

– Eu sequer deveria fazer isso, vai contra todas as minhas normas. Mas sim Potter, você é meu amigo.

Eu sorri interna e externamente com isso, tirei um dos meus braços debaixo da minha cabeça e quando ousei tocar nela, ela deu uma de louca.

–Escute aqui Potter, disse que você é meu amigo. Não vai abusando né? – O furacão ruivo levantou, correndo em direção a porta, fui atrás dela é claro, dando uma pequena risada.

Eu sentia o luto pelos meus pais, sentia o meu coração bater mais lentamente no pensamento de perder qualquer um dos meus amigos, mas sabia que era lua cheia, Aluado precisaria de mim, tanto quanto eu preciso deles. E Lils? Digamos que só ao vê-la louca, gritando e jogando para os quatro ventos que éramos amigos, mas eu sequer poderia abraçá-la, fez com que uma chama se acendesse, novamente, em meu coração. E eu sabia que enquanto houvesse eles, os meus melhores amigos, e a garota pela qual sou apaixonado desde o primeiro contato no trem – no primeiro ano, estaria tudo bem.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Yay! Prometi postar dia sim, dia não. Certo? Digamos que eu fui dormir 6 da manhã e acordei as 10. Então, como eu já havia começado o capítulo, decidi começar meu domingo escrevendo. Se acharem um erro, qualquer coisa me deem um aviso ok? HÁ. Não dormir me deixa com mais sono, tipo +100%.
Anyway, bom domingo pra todo mundo! Espero que gostei ♥