Depois do jantar nós conversamos mais um pouco sobre os casamentos e sobre a gravidez de Rosalie. Minha mãe e Esme perguntavam sobre os enjôos e Carlisle já falara para marcar todos os exames necessários. Rose subiu com minha mãe e minha futura sogra para mostrar as coisas que Emmett tinha comprado para o bebê.

Eu fiquei na sala com Carlisle, Charlie, Jasper, Alice, Ana e Edward, que continuava abraçado comigo e sorrindo radiante diante da atitude do meu pai. Tudo bem que eu sabia que meu pai deveria estar... Hm... Um pouco surpreso, talvez, com a história do casamento. Mas ele entenderia mais cedo ou mais tarde. Emmett estava terminando de arrumar as coisas para acomodar Rosalie no quarto e Mike arrumava as coisas de Jessica no meu quarto, já que minha mãe acha que não seria muito bem visto se eles ficassem no mesmo quarto... Pelo menos ela não foi viajar com agente, já é um bom começo.

As meninas começaram a voltar para a sala, e meu pai suspirava assistindo a um programa de pesca na TV. Jessica discutia com Mike para que ele a deixasse levar pelo menos a mala de mão para meu quarto, e o palerma teimoso não deixava. Carlisle, Esme e Jasper se levantaram para ir embora. Alice e Ana seguiram seus passos e Edward, fazendo um bico enorme, me deu um beijo e foi para o seu carro, dizendo um simples “até depois”. Eu não entendi bem o que ele quis dizer, mas por mim tudo bem.

-Bella, amanha vou começar a arrumar a lista de convidados, você me ajuda? –pediu Alice fazendo bico.

-claro que sim. –eu falei sorrindo e minha mãe veio para o nosso lado.

-precisamos começar a ver as coisas para seu casamento também Bellinha. –eu sorri para ela e Edward abraçou minha cintura.

-já marcaram a data? –meu pai perguntou, tentando disfarçar a surpresa.

-logo após o casamento de Rosalie e Emmett. –Edward falou sorrindo.

-Hein? –Mike falou, aparecendo no pé da escada.

-tudo bem, a festa de casamento deles. –eu corrigi rindo.

-ah, é mesmo. –Mike sorriu e foi para a cozinha.

-isso já tem data, Emm? –meu pai, novamente tentando disfarçar o apavoramento.

-sim, daqui a um mês mais ou menos. –Charlie arregalou os olhos.

-nossa, por que tanta pressa? –ele soltou um risinho nervoso.

-CHARLIE! –minha mãe o repreendeu, o fuzilando com os olhos.

-está bem, está bem. –ele cruzou os braços sobre o peito.

Edward me deu um ultimo beijo, e correu para seu carro. Eu fiquei na porta, tentando me lembrar qual foi a ultima vez que eu o vi saindo da minha casa de carro e com previsão para o ver apenas no outro dia... Algum tempo. Eu entrei e Rose estava sentada no sofá, com Emmett que continuava alisando sua barriga. Meu pai aparentava tranqüilidade, mas o pé mexendo rapidamente o entregava.

Fingi não perceber e subi para o meu quarto, onde Jessica estava começando a organizar suas coisas. Minha mãe achou Jessica a coisa mais meiga e linda que ela já tinha visto. Bem, comparada a Lauren ela era mesmo. Entrei em meu quarto e... Poxa... Não me lembrava dele ser tão organizado assim.

Jessica sorria para mim e dobrava algumas peças de roupas. Eu entrei e notei que o sofá cama já estava arrumado e que Jessica já vestia um pijama de... Advinha... Sapinho. Sim, ela e Mike combinavam mesmo. Eu vesti meu pijama de vaca e estávamos parecendo um zoológico. Rose se juntou a nós com um pijama de estampas de urso... Se Alice estivesse aqui estaria com o de coelhinho, mas...

-não é estranho estar em casa? –pediu Rose, deitada ao meu lado na cama fitando o teto.

-tem razão. –ela riu um pouco e uma almofada voou em nossa cara.

-EI! –eu gritei olhando para Jessica.

-vocês estão em cima das minhas coisas. –Jessica falou rindo.

-EPA. –nós falamos juntas nos levantando.

-acham que meu pai vai surtar? –eu perguntei me lembrando de Charlie.

-ele vai se acostumar com a idéia Bella. –falou Jessica sorrindo.

-ela tem razão, e alem do mais Você é a única menina da família, é normal ele sentir ciúmes. –eu franzi a testa.

-não sei... –Rose me deu um tapa no braço.

-Bella, fala sério, ele não surtou nem por eu estar grávida e isso é mais grave. –eu ri.

-talvez eu esteja exagerando. –Emmett entrou em meu quarto.

-hora de a grávida tomar um leite e dormir. –Ele falou sorrindo.

-fomos excluídas Bella. –Jessica riu.

-ah, isso é trabalho para o namorado de vocês, eu to cuidando do que é meu. –ele falou pegando a mão de Rosalie.

-ah, ta. –eu falei fazendo careta.

Emmett mostrou a língua pra mim e Rosalie gargalhou descendo as escadas. Jessica revirou os olhos e riu também, voltando a arrumar suas coisas. Mike apareceu na porta e nos olhou com cuidado. Tudo bem, já vi que vou dormir sozinha de novo, não que eu me importe muito com isso.

-Jess, você me ajuda com uma coisa aqui? –ele falou sorrindo e eu revirei os olhos.

-pode ir Jess, eu despisto meus pais. –eu pisquei e ela sorriu, correndo para o quarto de Mike.

Eu desliguei a luz e deitei na cama, escutando quando todos foram dormir. Eu tentei dormir, mas alguma coisa estava me incomodando, como se estivesse faltando alguma coisa... Tudo bem, e estava mesmo. Estava faltando um braço pesado em volta de mim e uma respiração pesada fazendo cócegas em meu pescoço. Era isso que estava faltando.

Eu fiquei me mexendo na cama e não conseguia pegar no sono. Eu podia ouvir a risada estrondosa de Emmett e Rosalie conversando sobre o bebê e os sussurros de Mike e Jessica. Depois de algum tempo, mais nenhum barulho era possível se ouvir. Nada, nem mesmo os roncos do meu pai. Eu estava quase desistindo de dormir, quando escuto alguma coisa bater em minha janela.

Eu sentei na cama e fiquei prestando atenção para ver se ouvia de novo. A última vez que alguém tinha jogado uma pedrinha em minha janela tinha sido... Não, mas era impossível. Eu nem sabia por onde ele andava e para falar a verdade era a primeira vez que pensava nele em todo esse tempo. Outra pedrinha foi jogada em minha pedra. Levantei e comecei a ir até a janela.

-Edward? –eu falei arregalando os olhos.

-abre a janela. –ele falou, começando a escalar a parede de minha casa.

Como ele fez isso eu não tenho idéia, mas depois de alguns minutos, gemidos de dor e risadas por quase cair milhões de vezes, Edward estava parado, sentado em minha janela e rindo. Eu o olhei e sacudi a cabeça. Ele apenas riu e abriu os braços para que eu me jogasse neles.

-não conseguiria dormir sozinho. –ele falou rindo um pouco. –te acordei?

-não, mas matou de susto se quer saber. Enlouqueceu? Podia ter se machucado. –ele revirou os olhos e eu podia ver seu rosto mesmo com a pouca luz que entrava pela janela.

-é fácil escalar essa parede, o único problema é que está liso por causa da chuva. –ele falou baixo, rindo um pouco e começando e me levar para a cama.

-podia ter mandado uma mensagem, eu teria aberto a porta para você. –ele riu.

-e perder a diversão? Não, está tudo bem assim. –ele riu e eu revirei os olhos, já deitada na cama.

Edward me envolveu em seus braços e nos cobriu. A chuva tinha feito com que o tempo esfriasse e então era necessário um edredom para dormir. Edward dormiu ali comigo e ficou até amanhecer o dia. Acho que ele não percebeu que eu estava acordada quando ele levantou, me deu um beijo e sussurrou “bom dia senhora Cullen”. Eu sorri mesmo tentando fingir que estava dormindo. Assim que ele abriu minha janela e estava quase pulando, eu falei um simples “bom dia Senhor Cullen.” Sem abrir os olhos. Ele riu um pouco e então saiu do meu quarto.

Alice chegou cedo com uma lista de pessoas para nós revisarmos. A lista era um pouco assustadora, mas com Rosalie e Jessica para ajudar, até ficaria divertido. Emmett e Mike tinham saído com meu pai, e Renée estava no telefone com Esme, decidindo tudo sobre meu casamento. É claro que Alice ficou incomodada com isso, afinal ela estava louca para preparar tudo, mas ela tinha que se concentrar em sua lista de convidados.

Eu estava relendo minha parte pela milésima vez e tinha a impressão que conhecia apenas cinco por cento das pessoas. Eu comecei a tentar forçar minha memória, mas estava começando a me dar dor de cabeça.

-Alice, quem é Senhor João? –eu pedi, desistindo de pensa.

-o Seu João da padaria. –eu ergui uma sobrancelha.

-você vai convidar o seu João da padaria? –ela arregalou os olhos.

-claro que sim. Eu vou todos os dias compra pão. Você não vai convidá-lo? –ela colocou uma mão no peito.

-Alice, eu acabei de descobri que tem um seu João na padaria. –Rose e Jessica riam ao meu lado, enquanto Alice sacudia a cabeça.

[Emmett]

Fraudas... Ok, Roupinhas... Ok, Exames... Não OK. Oh céus, ser pai dá trabalho. Falando em pai, o meu tinha dado uma desculpa bem estranha para me tirar de casa. Mike também tinha percebido, pois estava inquieto no banco de trás do carro.

-Pai qual o problema? –eu pedi e ele nem ao menos me olhou.

-nenhum. –ele falou engolindo seco. Ê Charlie, quem não te conhece que te compre.

-aha, está certo. –ele fez careta.

Eu sabia muito bem o motivo para ele estar assim. Ele estava morrendo de ciúmes por que Bella ia se casar. Ela sempre foi a garotinha da casa e agora se casaria em pouco mais de um mês. Meu pai estava inquieto, era até engraçado a forma como ele começava a resmungar coisas sem sentido como “minha garotinha, é apenas uma criança...” ele só tinha se esquecido que a criança já tinha dezenove anos, ou quase isso pelo menos.

Até eu que era... Bem EU, tinha me acostumando com a idéia e meu pai que sempre fez tudo o que ela queria não? Tinha alguma coisa errada nessa história. E pode ter certeza que é mais estranho que o fato do porco não transmitir a gripe suína. Fala sério, coitadinho do animal... Ele nem pode pegar gripe... Pode?

 -pai, onde estamos indo? –pediu o palerma máster.

-eu preciso ver algumas coisas na cidade. –Mike lançou um olhar para mim e eu dei de ombros.

-onde eu acho roupinha de times de futebol para bebês? –eu perguntei.

-na internet? –eita palerma chato.

-já pensou na possibilidade de ser uma menina? –Meu pai falou me olhando rapidamente.

-ué, daí ela vira torcedora também. Qual é? É um charme menina de roupa de futebol. –eu falei triunfante, já imaginando minha filha com o uniforme do time da faculdade e com o numero da minha camisa nas costas. É O ORGULHO DO PAPAI!

-e você acha mesmo que Rose vai deixar você vestir a criança assim? –eu fiz careta, o palerma chato tinha razão.

-bem, quando ela estiver no banho eu posso trocar a roupa dela ou dele. –eu falei sorrindo para a minha lógica.

-claro, e daí você perde os dentes quando ela sair de lá. –eu fiz careta outra vez. PUTA MOLEQUE CHATO MEU!

-Mike, por que você não vai pra...

-ei meninos, eu preciso ir ali. –meu pai apontou para uma loja de roupa social.

-que diabos vamos fazer ali? –Mike perguntou.

-tem o casamento de Alice também, quero deixar isso pronto. –eu ergui uma sobrancelha para o palerma que estava com os olhos arregalados.

[Mike]

Se o Emmett está pensando que vai colocar aquela roupa de time de futebol na pobre criança ele está muito enganado. O bebê precisa de uma roupa legal, como por exemplo: o uniforme da liga de basquete. Ou quem sabe de uma banda. Será que existem roupas para criança de banda? Bem, se existir eu terei que providenciar uma para meu amado sobrinho.

FALA SÉRIO, QUE COISA MAIS FOFA.

[Bella]

Estávamos mortas de tanto ver a lista de convidados. Mas pelo menos isso tínhamos resolvido e estava tudo encaminhado para a gráfica. Agora tínhamos que correr atrás do vestido de Alice, que com certeza faria reformas onde não são necessárias até o dia do casamento. E conhecendo minha prima, ela vai atormenta muito a vida das vendedoras.

Emmett, Mike e meu pai chegaram a casa. Todos com caras estranhas. Emmett parecia imerso em pensamentos, como se tentasse resolver um difícil problema de matemática.  É claro que eu sabia que não era isso, afinal ele ainda era o Emmett. Mike parecia preocupado com alguma coisa, e meu pai... Bem, ele ainda estava estranho com relação a coisa de casamento.

Edward e Jasper chegaram e se juntaram a nós nos preparativos. Edward começou a ler minha parte da lista de convidados e Jasper se assustava com os números que Alice tinha anotado. Tudo bem que eu não conhecia nem metade das pessoas, mas para Jasper se assustar estava pior do que eu imaginei.

-sabe do que estamos precisando? –Alice falou sorrindo.

-de férias? –pediu um Mike com vontade de morrer.

-NÃO! –Jessica berrou.

-precisamos sair. –todos nós fizemos careta.

-Alice...

-não vou parar em um hospital gente, e também nada de ruim pode acontecer. Qual é? Estamos em nossa cidade. –ela sorriu e eu comecei a me lembrar das vezes em que saímos aqui. Ela tinha razão.

-tudo bem, pode ser divertido. –eu falei sorrindo.

-então vamos! –todos concordaram, e agora precisaríamos nos arrumar para sair.