Apenas por Hoje escrita por caroline_03


Capítulo 46
3.12-bebê.




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Meu irmão simplesmente saiu pela porta da frente deixando todos nós olhando para a porta com a maior cara de “QUE MANÉ!”. Rose começou a chorar desesperadamente ao meu lado e eu me dei conta que era a primeira vez que a via chorar dessa forma. Era coisa de grávida ser tão sensível? Bem, Rose abraçou Jasper que ficou imóvel sem saber o que fazer.

-o que eu vou fazer agora? –ela chorava.

-calma Rose, Emmett não é assim. Deve ter uma explicação para isso. Ele não esperava, é uma grande mudança na vida dele. –ela assentiu, começando a soluçar.

-mas ele não quer esse filho Bella. –ela falou entre soluços.

-ele quer sim, só está confuso. –eu sorri, tentando passar confiança.

Rose se levantou e foi direto para a cozinha. Ela demorou alguns minutos e depois de muitos barulhos estrondosos, ela sai de lá com duas caixas de bom-bons nas mãos e ainda soluçando. Todos nos encararam, e eu ainda estava me sentindo muito bem por que logo teria um sobrinho. Eu não conseguia entender a atitude de meu irmão, ele nunca agiu dessa forma antes e eu só esperava que ele não fizesse nada de errado, afinal ele seria pai. Do MEU sobrinho!

[Emmett]

Eu dirigi sem rumo por um longo tempo. Eu não conseguia acreditar que era verdade. Eu não conseguia imaginar que eu seria pai em pouco mais de alguns meses. Eu nunca me imaginei casado, quanto mais com uma criança nos braços e me chamando de papai. Eu tinha apenas vinte e um anos de idade, não era para ser tão rápido assim.

Eu parei no estacionamento e sentei em um banco na praia, tentando pensar em como seria minha vida a partir de agora. Eu não podia reclamar da minha vida de casado, era da mesma forma de antes, a não ser a aliança no dedo que eu tinha que usar. Eu amava Rose com toda a certeza, mas eu tinha medo de como eu seria como pai. Eu tinha medo de fazer alguma coisa errada, eu tinha medo de não ser bom o suficiente.

Eu ainda pesava todas essas coisas em minha cabeça, quando senti alguma coisa em meus pés. Eu olhei e era uma bola de futebol. Eu a peguei e sorri a olhando. Senti alguém parar na minha frente e ergui minha cabeça para olhar para a pessoa. Era um menininho e devia ter no Maximo três anos. Eu sorri e entreguei a bola a ele.

-obrigada moço. –ele falou pegando a bola e voltando correndo para o que eu achei ser seu irmão mais velho.

Eu fiquei olhando os dois jogando por mais algum tempo, imaginando se meu filho pudesse ser que nem ele e um dia eu jogaria futebol dessa forma com ele. Peguei-me sorrindo para a imagem que se formava em minha mente. Um lindo menininho de cabelos claros e olhos azuis correndo e destruindo a casa de dona Renée. E se fosse uma menina? Seria linda, assim como Rose. Cabelos loiros, olhos azuis como o céu e um sorriso de tirar o fôlego.

-podemos nos sentar aqui um pouco? –pediu um menino que deveria ter a minha idade.

-claro. –eu falei sorrindo, só então notando o menininho em seu colo. –seu irmão?

-meu filho. –ele falou rindo. Eu arregalei os olhos e olhei novamente para o menino.

-quantos anos você tem? –ele sorriu, passando a mão nos cabelos escuros do menino.

-vinte. –ele sorriu para mim outra vez.

-e ele? –eu apontei para a criança.

-quantos anos você tem filho? –a criança fez que três com os dedos.

-você tinha dezessete anos? –ele assentiu, e começou a arrumar a camiseta.

-eu era muito novo eu sei, mas não ligo para isso. –eu sorri fraco.

-não se importa de ser muito novo? –ele deu um beijo na bochecha do menino.

-vai brincar Felipe, papai vai ficar aqui te olhando. –e a criança saiu, pulando e rindo. –no começo me importei sim, tenho até culpa de lembrar. Quando minha namorada falou que estava grávida eu achei que ia surtar, que minha vida estava acabada. Até quis obrigá-la a abortar. –eu tremi só de pensar na idéia.

-mas mudou de idéia. –ele me olhou sorrindo.

-quem não mudaria? Olha para ele, brincando e sorrindo. Eu não me lembro da minha vida antes dele, e não sei como eu pude pensar em continuar existindo sem o conhecer. –eu sorri.

-ele é lindo. –ele assentiu.

-qual o seu nome? –ele se virou um pouco.

-Emmett e o seu? – eu sorri, voltando a olhar para a criança.

-Eric. –eu fitei o mar.

-pode parecer difícil no começo, mas depois é impossível ficar longe sem sentir uma falta imensa. –eu virei para olhá-lo novamente.

-minha esposa está grávida. –ele arregalou os olhos e sorriu abertamente.

-HEY, parabéns. –eu ri e o cumprimentei com a mão.

-obrigada.

-quantos anos você tem? –ele parecia curioso, e feliz por mim.

-vinte e um, quer dizer vinte ainda. –ele sorriu.

-nós somos novos, e você ainda deve estar meio zonzo com a idéia não é? –eu assenti e ele riu. –isso vai durar alguns meses.

-na verdade, eu estou gostando da idéia de ser pai, mas estou com medo. –ele franziu a testa.

-medo? –eu assenti.

-de não ser um bom pai, de fazer tudo errado. –ele sacudiu a cabeça.

-sabe, eu fiquei com medo também. Eu não queria ser pai, eu tinha outros planos para mim. E às coisas aconteceram tão rápidas que eu nem acredito que ele já está com três anos. –ele sacudiu a cabeça um pouco. –mas você pega o jeito.

-eu tenho medo do quanto minha vida vai mudar. –ele assentiu.

-pode ter certeza que não é pouco. Eles têm horários e tem suas necessidades e prioridades, mas você não vai se importar muito com isso. –ele sorriu outra vez, olhando para o lado. – FELIPE A MAMÃE CHEGOU.

Eu olhei para onde ele tinha olhado antes e uma moça de cabelos pretos, alta e magra saia de um carro. Ela se aproximou de nós e Eric já sorria abertamente. Felipe correu para a mulher dando um pulo e a abraçando. A mulher sorriu e o girou no ar, fazendo com que ele risse. Eu sorri para a cena, imaginando aquela cena com Rose e comigo.

-Tchau Emmett, boa sorte com o filho. –eu sorri para eles. A mulher, que na verdade era apenas uma menina, sorria também.

-tchau, e parabéns, seu filho é lindo. –a mulher sorriu mais, dando um beijo na bochecha da criança.

-agradeça meu amor. –ela falou sorrindo.

-obrigada. –a criança falou sorrindo, deixando a amostra as covinhas.

Era impossível não sorrir com a cena. Eric saiu com a mão na cintura da menina e brincando com o menino. Novamente a imagem da criança veio a minha cabeça. Como seria perfeito meu filho com ela. Eu não podia ter certeza de que seria um bom pai, mas sabia que faria de tudo para que ele gostasse de mim. Eu corri para o carro e o liguei, começando a correr para o shopping.

Eu não sabia o que comprar para uma criança. Eu não sabia se era menino ou menina eu só sabia que era MEU filho e que seria lindo. Corri para uma loja de crianças e a vendedora me olhou assustado. Eu comecei a olhar para as prateleiras e nada era muito conhecido para mim. Eu sorri para a vendedora, que ainda me olhava como se eu fosse um mutante.

-do que um bebê recém-nascido precisa? –ela sorriu para mim e começou a andar para as prateleiras.

[Bella]

Emmett estava começando a me dar nos nervos. Fazia horas que ele tinha saído e ainda não tinha dado noticias. Rose não parava de chorar e já tinha acabado nosso estoque de bom-bons e sorvete. Eu suspirei vendo Alice descendo as escadas com uma cara frustrada.

-ela está bem? –ele repuxou um canto do lábio.

-está abraçada com o vaso. –eu arregalei os olhos.

[Rosalie]

-de licor não, de brigadeiro pode, limão não, morango sim. –e assim eu ia separando os bom-bons que eu podia ou não comer.

Eu estava morrendo de ansiedade por que Emmett ainda não tinha chego em casa. Nem os enjôos me fizeram para de comer, e olha que nada estava parando em meu estomago. Será que é coisa de grávida comer tudo o que vê pela frente? Deve ser. Bem, de qualquer forma eu estava começando a ter um ataque e nada do meu marido, ou ex na atual circunstancia, aparecer.

Alice já tinha ido ao meu quarto, mil vezes e até Bella tinha me chamado para começar a fazer os planos para seu casamento com meu irmão. Ele até tinha comprado as passagens para a lua de mel, não é uma gracinha? Bem, ao que parece eu voltei a ser solteira. Na verdade eu voltei a ser solteira e virei mãe de uma hora para a outra.

MÃE! A palavra parecia tão doce para mim. Eu comecei a imaginar a criança com o rosto do Emmett, com os olhos escuros e os cachinhos caídos nos ombros. Eu fico aqui pensando, será que Emmett não vai mesmo gostar do nosso filho? Eu já o amava de uma forma absurda e será que ele poderia não gostar da criança?

Um barulho estranho vinha do andar de baixo, mas eu não dei muita atenção, estava tentando imaginar onde ele poderia estar naquele momento. Teria ele se jogado no mar? Pulado do alto de um prédio? Por que essas opções não pareciam tão absurdas para mim? Eu suspirei e rolei na cama, pegando mais um bom-bom.

[Emmett]

Eu entrei em casa segurando mil sacolas. Eu não sabia que um bebê precisava de tantas coisas. Bella me fuzilava com os olhos e Edward encarava as sacolas em minhas mãos. O mais importante estava no bolso de minha calça. Eu andei desajeitado até o meio da sala e sorri para meu cunhado.

-cadê a Rose? –ele ergueu uma sobrancelha.

-Emmett, ela não está bem... –eu revirei os olhos para minha irmã.

-onde ela está? –eu perguntei novamente.

-acho que no banheiro. –falou Alice e então eu comecei a correr pelas escadas, tentando não deixar cair nada.

Eu deixei algumas sacolas no chão e abri a porta. Rose estava jogada na cama, com lagrimas nos olhos e cercada de papeis coloridos. Eu peguei novamente as sacolas e entre no quarto. Ela levantou assustada e olhou para mim como se eu fosse louco.

-EI, cuidado. Você está grávida lembra? –eu falei sorrindo abertamente e colocando as coisas em cima da cama perto dela.

-eu... Eu... –eu sorri novamente.

-está grávida, e eu comprei algumas coisas. Vê se você gosta. –ela ergueu uma sobrancelha para mim.

Ela começou a abrir os pacotes com cuidado, pegando a primeira caixinha que era azul clara. Ela foi abrindo pacote por pacote e poucos minutos depois todos estavam conosco no quarto olhando para as coisas que eu tinha comprado. Os olhos azuis de Rosalie brilhavam a cada nova roupinha ou brinquedo, até que ela parou na ultima sacola e tirou o negocio branco.

-o que é isso? –perguntou Bella com uma sobrancelha levantada.

-não sei, mas a vendedora falou que seria muito útil. –eu falei tentando analisar o negócio novamente.

-isso é um travesseiro de avião? –Jasper falou e até eu revirei os olhos.

-por que um bebê usaria isso? –ele deu de ombros.

-gente isso é para segurar a porta. –falou Jessica rindo.

-ah, ta. –todos nós falamos juntos.

Rosalie sorria feliz para mim e eu não conseguia controlar meu sorriso a olhando dessa forma. Ela parecia feliz de mais, e eu sempre soube que o sonho dela era ser mãe. Mas eu nunca imaginei que o meu também se tornaria ser pai, e que eu ansiaria pelo meu filho da forma como eu estava ansiando. Ela olhou para as coisas novamente e sorriu.

-tem mais uma coisa. –eu peguei a caixinha branca no bolso a caixa e dei a ela.

-o que é? –ela falou abrindo e arregalando os olhos. –Emmett...

-nosso casamento foi meio estranho, e eu não esperava ter um filho agora. Mas isso não muda o que eu sinto por você, pelo contrario apenas acrescenta. –seus olhos estavam cheios de lágrimas e eu escutei o suspiro de Alice.

Ela estendeu o braço para mim, e eu peguei o fecho da pulseira para prender em seu braço. A pulseira era vários corações interligados e tinha apenas um pingente que era um chocalho de criança. Era perfeito, eu a amava e agora teríamos um filho.

-é linda. –ela falou analisando seu braço.

-não como vocês. –eu abaixei o olhar para sua barriga e ela riu, colocando a mão sobre ela.

-ah meu deus, o Emmett virou um babão. –eu nem liguei para a fala, estava ocupado demais beijando minha esposa.

-CALA A BOCA MIKE! –todos falaram juntos, fazendo com que eu e Rose ríssemos.


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Notas finais do capítulo

comeeeeeentem povooo!!!!! e mais uma vez, obrigada para a fadinha!!!! :D
BEEEEEEEEIJOS AMORES!