– Acredite, Harry. Eu já passei por isso cinco vezes e...

O som de algo quebrando na sala fez tanto Ronald quanto Harry se encolherem. O dono da casa se perguntou o que poderia ter sido destruído daquela vez. Draco andava um desastre ambulante e seu mau humor só aumentava com a progressão da gravidez.

– Já tentou usar uma poção...? – Ron sussurrou.

– Não. – Harry suspirou – Tenho medo dos efeitos colaterais.

– Bom, Mione tomava um chá especial Muggle. Algo chamado Ca...ca...camomila. E tinha um mais forte chamado Erva de Doce. Ou Erva Doce... juro, era tiro e queda, tipo um estuporante. Acho que essa planta Muggle tem um pé na magia.

– POTTER! Você viu o que você fez?!! – Draco gritou irritadíssimo da sala.

O Gryffindor olhou para seu amigo com uma expressão de pura suplica:

– Ron pelo amor que você tem na Hermione, me traga qualquer erva que seja calmante. Mesmo que seja Muggle! Mas faça rápido, antes que não sobre nada de mim pra ver meu primeiro filho nascer.

O ruivo sorriu e desaparatou imediatamente. Foi rápido por dois motivos: primeiro pela urgência do pedido. Segundo, Draco Malfoy tinha entrado na cozinha. O rosto ruborizado pela cólera e as mãos na cintura diziam claramente: a casa ia cair.

E Ron duvidava que um simples chazinho, Muggle ou não, fosse forte o bastante para aplacar aquele estresse de fim de gestação...