A primeira visão que tiveram ao chegar a cabana era um Grisom molhado dos pés a cabeça com um cão igualmente molhado.

–Finalmente... Hank volta já aqui, não pule nela- dizia Grissom - Tarde demais ...

–É amigo parece que mais alguém aqui se apaixonou pela sua garota- sorri Brass.

–Hank senta! Isso... bom menino- diz Sara brincando com o cão- Viu Griss ele só precisa de pulso firme.

Ok, eu to sobrando vejo vocês em três dias no maximo- Diz Brass.

–Tudo bem, e Jim obrigada por tudo, nem mesmo meu pai faria tudo isso por mim.

–Também fico muito grato Brass, sabe que se acontecer algo a ela eu não sei o que seria de mim.

–Tudo bem pombinhos parem com essa melação toda em cima de mim se cuidem e juizo.

Após a saida de Brass, Grissom surpreende Sara mais uma vez com um abraço inesperado.

–Faz dez minutos que você chegou e meu cachorro foi mais mimado que eu, acha que não mereço atenção também?

–Você tá com ciumes do Hank? ah que fofo- diz Sara beijando-o.

–Agora sim, bem vinda ao seu refugio, entre vai gostar do lugar.

Ao entrar Sara notou que era um lugar bem aconchegante mesmo, no andar de baixo sala, biblioteca, cozinha, já no de cima um unico e enorme quarto suite com...

–Uma cama?- questina Sara.

–Tudo bem eu fico no sofá lá em baixo- responde Grissom.

–Nem pensar a cama é de casal... Tô começando a gostar disso tudo... você não?

–Depende!

–Do que?

–Se dessa vez vamos passar a noite juntos apenas como acompanhantes.

–Quer me matar de vergonha mesmo né?

–Hum! não, prefiro você viva, anda vem conhecer a paisagem.

Foi uma caminhada curta ja que logo anoiteceria.

Durante o preparo do jantar a conversa foi longa, mesmo trabalhando juntos a tanto tempo ambos não sabiam muito um do outro.

–Aprendeu a cozinhar com quem?- pergunta Sara.

–Com a minha mãe, meu pai morreu quando eu tinha 9 anos e eu passava muito tempo com a minha mãe na cozinha, ela cozinhando e eu com um livro qualquer nas mãos.

–Hum! Sou um desastre na cozinha, na minha geladeira geralmente tem comida vegetariana de algum restaurante vegetariano.

–Ponto pra mim, e porque esse interesse por fisica?

–Eu passava muito tempo na biblioteca, eu só tinha que voltar pra casa antes do anoitecer, com 8 anos comecei a ler sobre Newton e me apaixonei.

–Por Newton? não tinha ninguem melhor não?

–Certamente que sim, mas eu não tinha seu endereço querido, vou ver o Hank- diz Sara saindo da cozinha e deixando Grissom com cara de bobo.

Por alguns minutos parecia que era um sonho ouvir no lado de fora da casa a mulher amada brincando com seu cão, e depois de alguns minutos distraido Grissom percebeu que estava tudo quieto demais.

–Sara?!? Hank?!? Sara? onde eles foram?- Grissom começou a se preocupar.

Voltando a casa ja procurando o celular ele ouviu o chuveiro ligado e Sara chorando.

–Sara tá tudo bem?-pergunta Grissom.

–Tá tudo ok... eu... ai!

–Sara abre a porta.

Ao ouvir a chave destrancar a porta Grissom entra e vê Sara com o pé embaixo do chuveiro.

–O que houve? Porque você ta chorando?

–Pisei numa abelha, achei que a bolinha tinha caido na agua quando desci o degrau la fora pisei nela, nem me lembrei que estava descalça.

–Deixa eu ver.

–Não, tá doendo muito acho que o ferrão ainda ta ai...tá ficando inchado, nem pensar você não vai tocar no meu pé...

–Levanta dai e deixa eu ver, anda, deixa de ser teimosa.

–Grissom temos um problema, não consigo, ta doendo e inchado ...

–Isso é facil de resolver- diz Grissom pegando Sara no colo- Viu!

–Griss não precisava me carregar...

–Não reclama amor, fica aqui vou buscar gelo e procurar uma pinça no banheiro.

–Pinça pra que? Grissom... só o gelo.

Foram longos minutos de discussão até que Grissom a convenceu de deixar ele dar uma olhada.

–Ta ai ainda?

–Infelizmente querida, mas é bem superficial nem vai doer eu prometo, e para de reclamar, não sei porque tanto medo você vê coisa muito pior todo santo dia e nem se quer se arrepia.

–Você que pensa, nem vem com essa pinça.

–Sara ela só se defendeu, provavelmente nem sabia o que estava acontecendo e...

–Você ta defendendo a abelha? olha...

–Sara... eu não to defendendo a abelha- com a pinça na mão ele olhou pra ela divertido- tirei o ferrão e você nem sentiu nada.

–Jura, deixa eu ver.

–Não tire o gelo do pé e fique onde está, pelo visto você não é alergica logo seu pé volta ao tamanho normal, vou buscar seu jantar.

Ao voltar com uma bandeja com o jantar dos dois e o celular encaixado entre o oouvido e o ombro Grissom vinha no meio de uma discussão... com Catherine.

–Ok, certo... fale com Brass, ele te passa tudo certinho, preciso de analgésico, antitérmicos e um bom antialérgico... isso mesmo Cath tudo pra hoje no maximo amanhã pela manhã... eu sei que tá tarde pra pegar a estrada ok... Cath o pé dela ta inchado e roxo, e não eu não volto amanhã pro laboratório... Cath para de gritar e fala com Brass...Catherine?? Cath?... ela desligou na minha cara da pra acreditar? como está o pé?

–Doendo, Cath vai vir aqui?

–Creio que não, Brass não quer ninguém aqui além dele.

–Entendi, oque temos pro jantar?

–Torta de palmito e suco de laranja.

Foi um jantar tranquilo já que Sara estava de castigo no quarto, conversaram por mais um tempo até que pegaram no sono, Grissom dormia com um sorriso bobo só de saber que Sara Sidle dormia agarrada a ele.