Stay With Me escrita por soulsbee, Bella Guerriero


Capítulo 18
Don't Go Away


Notas iniciais do capítulo

"Aproveite cada momento, porque este pode ser o último. viva intensamente com quem você ama, pois a vida não espera e o que a gente tem para fazer é muito."

Então, primeiramente queria pedir desculpas pela demora, mas esses capítulos andam sendo feitos literalmente em co-autoria . Eu e a Bella escrevemos juntas, pois, como podem ver, está tendo uma boa mistura de personagens - tanto é que negritei os ponto de vista pra facilitar - e isso da trabalho porque nem sempre estamos disponíveis na mesma hora - vida agitada tuts tuts kkk -

Segundo, devido ao primeiro sobre ser em co-autoria, alguns vão demorar mais que os outros a sair então não se desesperem se chegar proximo a um mes sem atualização.

Terceiro: O Christopher talvez comece a aparecer menos pois ele estara em um cross over com outra história, tanto é que podem encontrar a continuação dele aqui: http://fanfiction.com.br/historia/248650/Malditas_Mudancas/capitulo/17/

Enfim, no quarto estara nas notas finais u.u

Ah, trailer da história https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=wa2jEJCAqbc eeeee resolvi parar de vagabundear e fazer uma coisinha de presente pra vocês :P

E acabou a espera o/ bora chorar com o enterro da Alice D':



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PDV – Ashley

Dentro do meu coração, talvez bem lá no fundo onde nem eu mesma possuía conhecimento de sua existência, sentia-me culpada pela maneira que tratei Christopher e das coisas que disse antes de dar as costas a ele. Mas devo admitir sentir ódio dessa parte, pois a ação dele foi imperdo... Não, a ação dele não foi imperdoável, foi algo bobo e sem significado – claro que magoou – mas não a ponto de trata-lo daquela maneira... Como você foi uma total idiota em não parar nem para ouvi-lo! Xinguei-me de tudo em pensamentos incontrolavelmente. “Ashley, me de uma chance!” Sua frase ecoava pela minha mente fazendo mais lágrimas escorrerem pelo meu rosto.

Tentei deixar de lado aqueles pensamentos e me focar na desaparecida da Alice. Pensei em milhares de broncas e chiliques por sua atitude imprudente e infantil de sair dali em péssimas condições e sem me avisar. Ela estava estranha nas ultimas semanas, assim como Isabella – só para variar um pouquinho – que passava a maior parte trancafiada em seu quarto quando não saia para festas nas proximidades.

Estava próxima ao sitio, imersa em meus mais profundos pensamentos e magoas, quando ouvi o rugir de um carro romper o silencio daquela noite nublada e sombria – pelo menos, aquela estrada sinuosa até a casa era assustadora cheia de arvores de centenas de anos -. Observei o veículo passar na maior velocidade, a centímetros de bater em mim, forçando-me a fazer um violento desvio, seguindo para a interestadual completamente instável nas curvas.

– Alice...? – Perguntei a mim mesma encarando o retrovisor. – ALICE! – Gritei utilizando todo o folego dos meus pulmões, como se ela fosse me ouvir a milhares de metros de distancia. – Eu mato a Alice! – Continuei gritando furiosa sem acreditar na capacidade dela de desrespeitar um “pedido” meu na festa e quase destruir meu Impala colidindo contra ele. – Ela deveria ter me esperado, e porque toda aquela pressa? – Estacionei de qualquer jeito batendo a força ao sair com toda minha força. – Queria que um caminhão a esmagasse por ter me desrespeitado! – Estava terrivelmente histérica e descontrola e, só pra piorar, havia começado a chover significando ainda mais perigo a ela. Sthefan estava a alguns passos dali, marchei até ele querendo ter uma explicação para o ocorrido. – você sabe para onde ela foi? – Ele ficou imóvel e parecia não ter prestado muita atenção na minha pergunta. Aposto que você fez isso com ela! Pensei e iria jogar isso em sua cara, entretanto, ele foi mais rápido entrando em meu carro e o ligando. Ele fez uma brusca curva fazendo os pneus escorregarem na lama e entalarem por alguns segundos. Meu carro! Senti um desespero total tomar conta do meu interior. Tinha um ciúmes desgraçado por aquele pedaço de lata.

.– Eu vou atrás dela! – Ele gritou alto o suficiente para ouvi-lo fora do planeta, entretanto, não foi tão alto quanto o som das marchas sendo engatadas uma por uma na maior velocidade possível e seguir pelo mesmo caminho do qual acabei de chegar.

– Você vai destruir meu carro e eu vou te quebrar em milhões de micro pedaços impossíveis de serem reconstituídos Sthefan! – Ameacei-o com um grito histérico. Se eu não parasse com aquilo, ficaria sem voz em menos de uma hora.

Entrei em casa procurando Felipe – imaginando ele ainda estar fazendo o trabalho escolar – entretanto, não o achei em lugar nenhum do cômodo de baixo, alias, ele estava sendo rodeado por um silencio devastador.

Subi as escadas sentindo a madeira sob meus pés ranger denunciando sua idade um pouco avançada, assim como todo o resto da casa que sofreu apenas algumas reformas desde sua construção há muito tempo atrás. Esgueirei-me pelo corredor do quarto do jovem notando a porta entreaberta e uma iluminação fraca vinda de lá.

Abri a porta violentamente fazendo um barulho estridente ecoar por todo o ambiente e derrubando-o da cama junto de alguns lençóis enrolados em seu corpo protegendo sua intimidade de ser exposta. Ao seu lado encontrava-se Isabella coberta apenas por sua lingerie preta e extravagante de rendas com um sorriso malicioso no canto do rosto. Puxei seus pés com todas as forças deixando-a cair e bater a cabeça com tudo no assoalho frio.

– Sua vadia! – Gritei em total fúria. Fechei minhas mãos em fortes punhos tentando controlar a raiva crescente dentro de mim. Minhas unhas estavam prestes a cortar minha pele e eu não sabia quanto tempo iria manter a razão em seu ápice para não surtar e fazer algo indevido.

– A única vadia aqui é sua amiguinha que tentou tirar de mim o que sempre me pertenceu – Sua voz soava sarcástica e vingativa sendo a única brecha precisa para eu voar para cima dela jogando-a no chão com minhas mãos ao redor de seu pescoço sentindo sua pele sendo esmagada pelos meus polegares.

Suas bochechas estavam roxeadas, seus olhos vidrados nos meus tremendo um pouco e prestes a virar. Ela se debatia sob meu corpo tentando desesperadamente soltar minhas mãos de si sem o menor sucesso e perdendo o resto do folego que lhe restava. Estava quase executando a morena abaixo de mim sem recuar em nenhum segundo. Meu sangue estava fervendo e em total êxtase pela ação, era como se eu estivesse em um filme ou em um jogo, como se já fosse experiente naquela ação, entretanto, algo dentro de mim, talvez o resquício de humanidade ou compaixão me fez afrouxar um pouco o aperto dando brecha o suficiente para ela puxar ar e me acertar repetidas vezes com o sapato de Felipe em minha cabeça fazendo-me cambalear e ser jogada para o lado.

Isabella subiu em mim puxando meus cabelos – e arrancando milhares de fios Vadia desgraçada - enquanto batia minha cabeça algumas vezes no chão, ela estava ofegante demais e não possuía tanta força para causar graves ferimentos, porem estava ficando zonza.

Soquei suas costelas, de ambos os lados de sua cintura, retirando-a de cima de mim e fazendo-a cambalear para trás abraçando seu próprio corpo para reprimir a dor. Coloquei-me de pé rapidamente empurrando-a contra a parede colocando meu braço em seu pescoço e pressionando-a contra a parede. Puxei-a para frente e empurrei-a para trás com toda minha força fazendo-a bater agressivamente contra a parede.

Suas unhas voaram para o meu pescoço cortando uma profunda linha que descia até a clavícula. Senti um liquido quente escorrer por toda a região instantaneamente ardendo em chamas e aumentando ainda mais a minha ira. A morena sorriu ironicamente com meu olhar tendo como vingança um forte soco no estomago arrancando-lhe um gemido abafado.

– ASHLEY! – Felipe gritou correndo para cima de mim e passando seus braços ao redor do meu corpo puxando-me para longe da garota.

Debati-me em seu corpo tentando me libertar, entretanto ele era mais forte que eu, mesmo estando com a adrenalina no ápice e sendo capaz de qualquer coisa.

– Me solta! – Gritei tentando acertar uma falha cotovelada em sua barriga. Ele soltou minha cintura segurando-me pelos braços. – Pare de proteger sua amante!

– O que? – Perguntou com um tom de confuso afrouxando suas mãos.

– Não se faça de desentendido!

– Eu não estou entendendo nada! – Felipe gritou em defesa.

– Você achou mesmo que ele iria admitir tão fácil, Ashley? – Isabella cuspiu meu nome. A víbora passou a mão em seus lábios, secando o sangue que escorria por ali. – Alice é só um passatempo – Disse indiferente – Você deveria ter visto como ela ficou ao nos ver na cama – Sorriu maliciosamente se sentindo vitoriosa.

– Cala a sua boca! – Carreguei minha destra com todas as emoções momentâneas e acertei em cheio o rosto de Isabella sentindo sua bochecha preencher todos os sulcos da minha palma e ficar com a marca de todos os dedos em relevo.

– Ashley! –Felipe me repreendeu. Ignorei-o pegando o celular em meu bolso e discando o numero de Sthefan tremula, pois senti todas as minhas forças desaparecendo e dando lugar a fraqueza. A adrenalina estava abaixando muito rápido como se eu estivesse voltando à sã consciência

– Sthefan, você precisa encontrar Alice antes que algo de ruim aconteça! – Disse apressadamente, não havia tempo para explicações, ela estava correndo perigo, pois sabia como ela perdia a noção de espaço e tempo após algo devastador. – Sthefan, você está me ouvindo? – Perguntei ao ouvir o silencio mortal no telefone – VOCÊ PRECISA ACHA-LA! – Gritei tentando obter alguma resposta dele.

– Ashley... – O ouvi sussurrar meu nome sem folego algum. -Acabou Ashley... É o fim de nós dois...- Disse essa frase prestes a entrar em prantos. Demorou a entender o que ele quis dizer, não caiu à ficha tão rápido, não conseguia acreditar no que acabara de ouvir.

– O que aconteceu...? – Perguntei pausadamente sentindo os segundos em que ele ficara mudo se tornando horas intermináveis.

– Um caminhão... – Deixei meu celular escorregar da minha mão e bater contra o chão antes dele terminar a frase. Encarei Felipe em choque sem conseguir proferir uma palavra sequer.

– Vocês dois... – Forcei meus lábios a se abrirem e minha voz a sair de dentro de minha garganta. Meu coração estava partido em milhões de pedaços, era como se eu também pudesse sentir a dor de Sthefan e como se estivesse no lugar de Alice quando foi atingida. – São culpados pela morte de Alice

PDV – Christopher

Passei a viagem toda de avião refletindo sobre o que aconteceu impaciente e incomodado, como se precisassem da minha ajuda. Entretanto, não poderia ser levado por essas emoções e abandonar Kristen mais uma vez e tão próximo assim do Natal, uma data que ela diz não se importar, mas, no fundo, comemora como se ainda tivesse seis anos – o ultimo aniversario que passou com sua família completa -. Já havia ligado para ela antes de embarcar para avisar minha ida até lá, queria passar na casa de Allyson, entretanto, ela disse que passaria muito tempo na empresa de seu pai e não sabia quando estaria livre.

Estava me aproximando ainda mais do meu país natal e era impossível conter a animação crescente em meu peito. Apesar das péssimas lembranças dos últimos momentos que vivi lá, ainda existiam aquelas inesquecíveis do nosso quarteto, mas a dor de ter perdido John – membro do grupo e irmão de Kristen – acabou nos separando de vez. Depois me juntei a outro grupo, o destruidor da minha vida naquela cidade e depois regressei ao primeiro de todos; o de Sthefan e Felipe. Porém, era mais fácil quando não nos apaixonávamos pelos integrantes dele e tudo não passava de uma pura e sincera amizade longe de venenos e vinganças.

Algumas horas seguintes e o avião tocou o solo americano, mais especificamente em New York onde eu faria uma escala e pegaria um voo para Massachusetts. A aeromoça nos dava as boas vindas exibindo um largo sorriso no rosto – provavelmente dando graças por ter suportado mais de nove horas de voo sobre o Atlântico sem morrer de tédio – enquanto distribuía algumas barrinhas de cereal para cada passageiro. Recusei a minha seguindo reto para a saída segurando apenas minha mochila de braço contendo roupas o suficiente para poucos dias.

– Christopher! – Ouvi uma voz familiar de longe gritando o meu nome. Olhei a minha volta procurando pela dona da voz encontrando-a depois de algum tempo. Era Kate, minha ex-namorada. Demorei a reconhecê-la, pois seus cabelos estavam mais dourados desde a ultima vez que nos vemos. – Senti tanto a sua falta – Ela correu até mim de braços abertos puxando-me para um forte abraço. Admito estar sentindo um pouco de dificuldades para me adaptar novamente ao idioma e as diferenças de sotaque. Deveria ter conversado em inglês com Ashley... Murmurei arrependido.

– Oi, quanto tempo! – Respondi retribuindo seu abraço, mas um pouco apreensivo. - O que faz tão longe de casa? - Estava muito curioso, afinal, ela morava em New Jersey e o que fazia em um aeroporto de New York?

– Soube que viria para cá e resolvi te ver - Disse prontamente - As noticias correm - Completou ao ver minha expressão de confuso, pois não lhe disse nada sobre isso. Você vai ficar aqui, não é? – Perguntou fitando-me nos olhos. Suas orbitas ocre eram terrivelmente penetrantes e era impossível não ficar encantado pelos brilhos dela.

– Não, na verdade... – Coloquei a mão no pescoço desviando o olhar para o chão. – Vou encontrar Kristen em Massachusetts...

– Fica vai... Pelo menos hoje... – Ela dedilhou sobre meu peito por cima da camisa que vestia tentando me seduzir como todas as outras vezes em que me rendi, mas dessa vez seria diferente.

– Kate, muita coisa mudou... – Disse afastando sua mão de meu corpo. – Eu estou namorando – Fui sincero com ela arrancando completamente o sorriso de seu rosto dando lugar a um olhar sério.

– Você poderia aproveitar enquanto está longe – Sussurrou no meu ouvido mordiscando a ponta da minha orelha. – Assim como fez com Brenda... – Ouvir o nome da garota causou um arrepio cervical violento.

– Você sabe que não sou assim. – Fui firme em minha resposta me afastando dela. – Agora tenho que pegar outro avião. Até outra hora – Disse objetivamente dando as costas a ela e ouvindo-a murmurar qualquer coisa antes de me dar um tchau de péssimo humor.

Segui para o outro portão de embarque fazendo o mesmo ritual do voo anterior, entretanto, ao sentar na poltrona senti todo o peso de meu corpo me afundando contra a mesma e minha mente emergir em outros problemas. Kate não precisava ter me lembrado de alguns erros do meu passado, indiretamente.

– Lar doce lar...

PDV Isabella

Tudo havia dado certo com o meu plano, não, foi melhor do que eu imaginava. Eu só queria ver Alice sofrendo pelos cantos, chorando, se debulhando em lágrimas por ver que ela não é o bastante para ninguém, no final, deu um fim na vida medíocre dela, apesar que, vendo por este angulo, tinha feito um favor, mas não importava ela nunca mais entraria na minha frente em meus planos. Estava no banheiro limpando os ferimentos de meu rosto. - Meu lindo rosto ficou cheio de marcas... Aquela desgraçada da Ashley... Logo eu acabo com ela também... - Quando escutei Felipe gritando com ela no gramado da frente atraindo minha atenção. Fui à janela e consegui pegar o final da conversa...

–Mas Ash, eu não me lembro de nada! Eu não sei como eu fui parar na cama com ela! - Ele apontou para a janela em que eu me encontrava camuflada.

–Felipe, você acha mesmo que vou acreditar nessa sua historiazinha?!Os homens enganam as mulheres... Só porque a Lice estava mal e não estava te dando PRAZER você partiu pra outra! – Apontou para ele empurrando seu corpo - Você não tem moral Felipe... - Ashley abriu a porta do taxi que estava estacionado em frente a casa.

– Aonde você vai?

–Vou atrás de Sthefan. Ele está tão acabado quanto eu... -Ele se sentou no banco de trás e fechou a porta. - Você nunca a amou não é? - Ela olhava fixamente para Felipe esperando sua resposta que não apareceu. -Eu sabia...Você perdeu todo o meu respeito...- Ashley deu um sinal e o carro partiu .Felipe ficou ali congelado.

Desci às escadas as presas e quando cheguei ao local ele estava quebrando tudo que ele via pela frente quase acertando um vaso na minha cabeça.

–Lipe... - Eu disse me aproximando dele. Andei devagar sentindo a blusa social de algodão de Felipe raspar em minha pele.

–Sai daqui, Isabella. - Ele se virou para o horizonte não querendo me olhar. Permaneceu alguns momentos calado e logo se agachou no chão e comecei a escutar seus soluços abafados.

–Calma Lipe... -Corri ao seu encontro alisando seu braço esquerdo ao me agachar também. - Tudo vai dar certo... Você não precisa daquela vaga...

–NÃO OUSE CHAMAR ALICE DE VAGABUNDA! - Ele gritou a plenos pulmões e se levantando as pressas. - Não dou o direito nem de você falar seu nome... Eu amava a Ally, você sabe o que isso significa?! - Ele encarou meus olhos. - É claro que não entende, você é desprovida de qualquer sentimento humano. ,

–Felipe... - Agarrei seu braço quando ele ia em direção a casa.

– Não me toque! - Ele me jogou contra o chão cheio de lama. - Eu não sei o que você fez comigo... - Ele apontava um dedo em minha face - Nem o que aconteceu hoje, mas se a Ally realmente tiver ido...Não conte com sua vida ao amanhecer...- Ele entrou na casa e em poucos minutos estava entrando em seu carro.

–Aonde você vai?

–Vou tentar salvar a única coisa que me importa nesse mundo... -Ele cantou pneus e saiu em disparada pela rodoviária jogando lama em mim. Fiquei olhando ele desaparecer na noite escura.

–Você não tem ideia do que lhe aguarda... -Sorri maliciosamente vendo que logo tudo estaria acabado.

PDV Felipe

Eu dirigia como um louco pelas estradas de Veneza e logo estaria no hospital assim como... Não podia pronunciar seu nome, minha boca não tinha o direito disso depois do que aconteceu.

–IDIOTA! - Comecei a bater no volante. - OLHA O QUE VOCÊ FEZ! MATOU A ALLY! ACABOU COM TUDO, PORQUE RESOLVEU FICAR EM CASA FAZENDO UM TRABALHO DE MERDA! - Comecei sentir perder o controle do carro e acabei parando bruscamente no meio da autoestrada. - O que eu fiz? -Encostei a testa no volante e comecei a me lembrar de quando Ally foi embora do sítio, dela dizendo que me amava no celeiro da forma que quase perdi ela pela hipotermia. De quando ela voltou para casa mesmo um pouco abatida, mas se fez minha. De repente, as lembranças começaram a ir mais afundo e me lembrei do dia da reunião.

–O QUE?! –Sthefan levantou-se exaltado. -Vocês estão... juntos? - Ele andava desesperado de um lado para o outro. -Você... me deixou Ally? Traiu-me?

–Não Sthef... -Ela chorava desesperadamente vendo as palavras que ela não aceitava - Eu eu...Eu o amava ...Sempre amei...- Sthefan se virou para ver o por do sol pela parede de vidro enquanto arruma seu cabelo nervoso.

– Não, você me usou Ally?! Não tinha ele então ficou com qualquer um?! - Ele estava a centímetros dela e a olhava de forma assustadora. Alice não conseguia olhar em seus olhos e via uma lágrima escorrer por sua face a cada momento.

–Sthef... Vamos conversar a sós...Por favor...- Alice sustentou finalmente seu olhar e seus olhos azuis estavam vermelhos de tanto chorar. Finalmente Sthefan se acalmou um pouco e parou de repreendê-la com os olhos.

–Venha. - Ele abriu a porta para ela passar para irem ao jardim, mas não dirigiu seu olhar a ela de forma alguma. Assisti-os andando e discutindo a distancia. Ela falava que desde crianças ela gostava de mim e quando decidiu contar eu ia me casar - aquela lembrança me doeu um pouco - e quando fui abandonado, ela me ajudou e nunca pode demonstrar porque sempre teve uma barreira. Sthefan agarrou seus braços fazendo-a ficar a centímetros de seu rosto.

–Mas eu te amo, eu posso te fazer esquece-lo.

–Eu não quero esquece-lo.

–Posso te fazer feliz... É só você deixar.

–Sthefan, você tinha razão. - Ela virou o rosto para não vê-lo.

– Eu te usei, eu nunca te amei. - Vi os olhos de Sthefan se encherem de fúria apertando Alice cada vez mais.

–Sthef, esta me machucando. – Ele a soltou e começou a andar em círculos tentando conter a raiva. -Me perdoe... Olhe para mim...- Ela se aproximou e puxou a face dele para seu olhar. Ele empurrou se braço e não conteve a raiva, levantou a mão esquerda pronto para agredi-la. Sai do mato correndo e furioso por ele pensar em machuca-la e soquei sua face derrubando-o no chão.

–Nunca mais ouse encostar um dedo em Alice. - Comecei a chuta-lo, bate-lo, sufoca-lo e ele revidava enquanto escutava ela e os demais gritando.

–Pare Sthefan! Felipe! Vocês são amigos não deviam brigar! -Alice soluçava. - Deviam brigar comigo! Eu que só lhes causo dor. Eu não presto... não mereço vocês...-Levantei-me para acalma-la ,mas ela saiu em disparada e eu fui atrás dela. Subiu as escadas e se trancou no quarto. Girei a maçaneta que estava trancada e comecei a bater na porta.

– Abra a porta... -Apoiei a testa na mesma -Por favor...Me deixe entrar e falar com você.

–Vá embora!

–Me deixe tentar. -Senti a mão fria de Ash em meu ombro. Virei-me para ela encarando seus olhos profundos, concordei com a cabeça.

–Lice... -De repente a porta se abriu e ela entrou. Tentei ir atrás, mas ela me barrou dizendo que queria falar com ela a sós.

Depois de muito tempo ela saiu e disse que ela precisava de um tempo sozinha. Sentia que tinha perdido ela, ela não me perdoaria. Passou-se alguns dias depois disso quando ela ainda chorava pelos cantos e nunca me deixava beija-la.

Voltei à realidade e me deparei com a chuva sombria em frente ao para-brisa, dei a partida no carro e voei para o hospital que ouvi Ashley dizer a Sthefan que iria.

Ao chegar ao prédio enorme e branco com alguns símbolos e uns letreiros indicando ser o hospital, fui recepção onde fui guiado até a sala de espera encontrando Sthefan sentado em uma cadeira preta com o rosto nas mãos chorando e Ashley estava a seu lado consolando-o.

–Onde está Alice? - Sthefan se assustou com meu tom autoritário, mas se colocou de pé e me encarando a milímetros.

–Não te interessa. - Ele disse friamente.

–Claro que me interessa! Ela é minha namorada!

–Mas ela não estaria aqui se não fosse por você... -Suas palavras secas me doíam mais ainda, era difícil ouvir a verdade.

–Mas eu me importo com ela, eu a amo.

–Interessante o seu amor que mata... Que trai...Já sei que você tem um caso com a Isabella. Que é? A vagabunda não serve mais igual fez com a Ally?!

–Você não sabe de nada Sthefan!

–Gente... -Ashley se colocou entre nós para deter a briga. - Sthef, pense nela... -Ele concordou com a cabeça e se virou para ir embora.

–Você está assim porque ela me escolheu né?!

–Você não é homem pra ela!- Ele se voltou a mim quase espremendo Ash que ainda o detia. - Eu falei que você não prestava, mas ela não me ouviu e olha! Vê se você se importa! Você não sabe a dor! Você não a merece.

–Sou mais homem que você! - Foi à gota d'água dele. Ele afastou Ashley e me deu uma de direita me derrubando no chão. Tentei me esquivar, mas foi em vão, de repente eu não hesitava, mas ansiava pelo peso de sua mão em meu rosto, eu merecia aquele castigo.

–Isso é por você me desafiar! –Socou-me no estomago com toda a força. -Isso pela Alice. - Chutou o mesmo local com toda sua força -E isso...É por eu permitir você se aproximar dela...- Chutou-me novamente.

Em seguida os paramédicos chegaram e o deteram enquanto Ashley o acalmava e eu me recompunha.

–Sthefan... -Um senhor de cabelos brancos e olhos castanhos se colocou em sua frente.

–Sim doutor... Como ela está?

–Ela está... Viva. - Senti um suspiro prezo a muito tempo de Sthefan se esvair.

– Mas, ela teve três paradas cardíacas a caminho do hospital e infelizmente entrou em coma. – Tentou expressar alguma reação de pena, mas ele era um medico e eles estavam acostumados a serem frios.

– Ah meu Deus. - Ashley começou a chorar se abraçou Sthefan que estava em choque enquanto eu buscava apoio.

–É um coma profundo onde não temos previsão dela acordar tão cedo. -Sthefan estava branco como giz. - E o bebê...

–Como disse doutor? - Perguntei perplexo.

–Vocês não sabiam? Ela estava grávida de cinco semanas... Você é o pai eu presumo.- Senti o fuzilamento do Sthefan em mim

–Sim, sou eu, como eles está...?-Ele abaixou a cabeça. -Sinto muito... Ela perdeu a criança.- Gelei tanto quanto Sthefan, mesmo sem saber era pai ,e havia perdido meu filho. Escorreguei pela parede e me sentei no chão sem nada ver só escuridão.

–Meu Deus, ela estava grávida... Era o sonho dela ser mãe...Isso acabará com ela...-Ouvi Ash dizer e voltar a chorar.

–Eu posso ir vê-la doutor?-Sthefan perguntou calmo em relação a mim, entretanto apreensivo em relação a ela.

–Sim, mas só um de cada vez. - Ashley incentivou Sthefan a ir

–Não eu vou. - Contestei.

–Acho que você já fez demais por hoje. -Não falei nada, não tinha forças para tal só o acompanhei até o quarto e vi uma menina que a pouco transmitia tanta alegria, força e beleza estava em um leito de hospital sem previsão para voltar. Seu corpo estava todo dilacerado e logo não aguentei mais olha-lo então voltei para a recepção e deixei Sthefan cuidar de algo que eu nunca podia ter ou cuidar.


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Notas finais do capítulo

Trollei vocês, haha, a Alice não morreu u.u aposto que se apavoraram com o que eu disse né? Gente, como eu não presto kk

Continuando: Quarto e sempre o mais importante de todos, gostamos de saber a opinião do leitor em relação a história e o que está achando dos acontecimentos e talz e não nos importamos com mensagens particulares do tamanho de um testamento, então bora deixar a preguiça de lado e nos fazer feliz :P

Até a próxima com mais surpresas ♥



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