Los Desperados escrita por MetroSurvivor


Capítulo 21
Los Desperados - Parte II


Notas iniciais do capítulo

E aqui acaba a fic! espero que tenham gostado e se envolvido com os personagens
como já sabem, pode ser que eu venha a escrever uma nova temporada, mas isso pode ser bem mais para frente. Preciso de inspiração.
Obrigado por todos que leram até agora, e um especial para a minha primeira leitora que acompanhou até agora, a (com nick novo) Belle Gray Stone!
Bom Season Finale!



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O desmaio não foi muito longo, e assim que acordei pude ver Natalie presa com um pedaço de concreto em cima de sua perna, e um dos soldados daquele mercenário entrando pela porta destruída. A M1911 ainda estava no coldre, e ele não percebera que eu estava acordado, de olhos semicerrados. Ele ia em direção á Natalie, enquanto ela esperneava sem poder se mexer. Olhei para ela e vi a Five-Seven caída bem longe dela, então se eu queria salvá-la, era por minha conta. Devagar, coloquei a mão no coldre, destravei, e fiquei com a arma na mão. Ele se aproximou dela e começou a falar:

- Parece que seu amor não te salva hoje, queri... – e não terminou, pois assim que ia pronunciar a última silaba de tal palavra, virei repentinamente e acertei-lhe na cabeça, fazendo tombar para o lado enquanto espirrava sangue nas roupas dela. Tirei o bloco de cima de sua perna e vi que ela mancava muito.

- Vamos para cima, rápido! – exclamei, enquanto coloquei seu braço sobre meu ombro e empurrei-a escada acima. Trancamo-nos no quarto.

- Fiquei abaixada, há um atirador ali fora. Cuide de Alice enquanto isso. Tentarei segurar nossa posição – o que era impossível. 2 pistolas, com 28 balas no máximo, sem treino, contra uma força treinada de mais de 10 homens com metralhadoras e fuzis? Não, mas eu não desistiria.

Deixei a porta do quarto semiaberta e mandei Natalie se refugiar no banheiro, enquanto eu tentava não nos deixar ser morto. Porque eles queriam nos matar? O que fizemos? Não havia tempo para respostas, devia protege-las.

O primeiro homem subiu pela escada sem nenhum cuidado e, conscientemente, mas sem acreditar, acertei-lhe no meio da nuca, tombando-o instantaneamente e fazendo o de trás cair junto. Isso me deu tempo para correr para o lado da escada e matar outro. O que me fazia fazer aquilo? Seria o instinto humano ou o animal? Lembro-me de ter ouvido a frase que “Tudo depende de seu posto de vista. Tente ter um melhor entendimento antes de fazer seu julgamento”. Então, aquele seria o fim ou o começo do fim? Estaria eu numa cilada sem escapatória, apenas a morte sendo a julgadora dos meus atos? Privei-me de qualquer pensamento e continuei a atacar, agora me refugiando atrás de um armário no corredor.

Outro homem subiu e peguei-o de surpresa quando, num ponto escuro e cego atrás do armário, atirei no seu pé quando tentava entrar no quarto em que elas estavam. Finalizei-o na testa.

Meu bisavô me ajudava naquela hora com tal arma de honra? Ou seria Allen? Minha mãe provavelmente não está gostando de ver aquela cena, mas, se eu não fizesse aquilo, morreria como um covarde certo? Ela sempre me disse para proteger quem eu amasse.

Corri para meu quarto que ficava do lado do de Alice, e ali fiquei na porta semiaberta, esperando. Mas meu quarto, embora do lado do de Alice, ficava de frente para a escada. Comecei a ouvir mais passos na escada, e olhei por uma fresta da porta. Vi-os se aproximando do quarto em que estavam as 2, e num instinto, ataquei-os. Minha surpresa foi o “click” da arma, que estava sem balas. Fechei e tranquei a porta, enquanto recarregava. Corri para o banheiro quando o primeiro tiro passou pela porta de madeira, que era frágil. Recarreguei a arma e pensei que agora era minha hora. Eu iria em paz. Mas não

Ouvi outra porta se abrindo e 2 tiros. Depois, uma batida na minha porta e uma voz suave dizendo:

- Nik, venha para o quarto!

Abri a porta imediatamente e corri para o quarto. Ali, tranquei-o e mandei-as ficarem abaixadas de novo. Fui à janela e pude ver tal franco-atirador ainda mirando em minha janela. As cortinas estavam fechadas, então, no canto da janela, coloquei a arma nos trilhos do vidro e mirei. Fiquei ali um bom tempo, enquanto rezava. Depois de alguns segundos, ouvi o “Boom!” da arma, e o franco-atirador caindo. Mas não vi mais ninguém depois daquilo. Nem sequer um barulho. Os mordedores já estavam longe. Abri a porta do quarto para verificar, e distantemente ouvi um “Nik”, depois vi um revólver Magnum .44 reluzente atirando em minha sutura, quando tudo ficou preto.

Alguns minutos depois...

Acordei meio tonto, caído na rua em frente á minha casa, com uma pessoa agachada falando comigo. Sua voz parecia distante, mas logo tudo se clarificou.

- Sabe, meu garoto, você acha que nós, não te vimos naquela noite fria e escura, naquele restaurante do subúrbio. Você acha que somos cegos. Realmente, acha que não te vimos todas aquelas vezes? – eu não conseguia responder nada, estava imobilizado pela dor, e muito fraco para falar. Apenas olhei para ele, e percebi que Alice estava enrolada num pano, em cima do carro que ele usava. Era um Vectra 2009. – Ou então a sorte anda com você. Aquele mergulhador nos deu trabalho quando te ajudou, mas nem ele foi páreo para nós. Sabe, nós somos a evolução de vocês. Não tememos, não sentimos. Somos máquinas de morte, meu caro. Logo, não haverá ninguém mais nesse estado. Ou você acha que os meus comparsas estão fazendo o que agora, em outras cidades? – então eles seriam os causadores daquele inferno? – mas não, não começamos isso. Pode-se dizer que o demônio invadiu a terra e lançou uma praga sobre os humanos. Seus servos não sofrem nem temem. Mas não se engane, não gosto daquele otário. Bom, chega de papo. A propósito, você é bem forte, não? Se é tão forte, olhe só para ela, caída, sem vida! – Não, não poderia ser. Aquilo eu não suportaria. Ele começou a andar e um sentimento de raiva tomou conta de mim. Ironicamente, a M1911 repousava sobre meu corpo, e não hesitei. Obviamente, ela estava sem balas. Foi quando senti um relevo em meu bolso. Procurei colocar a mão no mesmo e achei um projétil, enrolado num papel. Estava escrito “Coloquei isso no seu bolso na noite em que nos reencontramos. Não sei se funcionar, mas tente! Um dia precisará Faça valer a pena. De seu amor, Nat” Peguei-o e vi que era uma bala de ouro, da coleção de honra de meu avô. Coloquei-a diretamente no tambor e carreguei. – ela era uma jovem muito bonita a propósito, é uma pena desperdiçá-la. Mas logo você se reencontrará com ela, meu jovem, fiquei despreocupado! – e apontei a arma para ele. – não seja patético, aceite seu destino! – e atirei. O som daquele disparo foi ouvido pela cidade toda, com certeza. Uma libertação saia daquela rua. Mas não, não era o fim. Empunhando a arma, levantei-me. Mancava muito. O tiro havia pegado no braço e sangrava muito, o bastante para ele ou tentar coagular o sangramento, ou tentar pegar a arma. Cheguei perto do mesmo e vi-o implorar por misericórdia. Apenas completei:

- Depois de uma bala, você parece uma raça bem inferior. – e chutei sua arma para longe. Cheguei ao corpo sem vida de Natalie e fitei-o nos olhos. Não chorei. Fui para dentro de casa e subi as escadas. Primeiro, peguei a caixa de meu avô e os 2 carregadores com as balas de ouro. Carreguei um e o outro, guardei no coldre junto com a arma, e depois peguei um lençol grande. Fui ao porão e peguei uma pá. Então, fui no quintal de trás e ali, na grama verde e bem cuidada, comecei a cavar. Quando estava com mais ou menos 1 metro e meio de profundidade, parei. Peguei Natalie no colo e enrolei-a. Coloquei-a cuidadosamente na preparada cova e joguei terra por cima. Ao final daquilo, todas as rosas e violetas que decoravam minha casa, estavam em cima daquela terra remexida.

Voltei á rua e ainda vi que o mercenário estava vivo. Olhei para o caminhão; que agora se revelou ser um furgão. Vi uma grade protetora, como as de veículos policiais oficiais, e um cadeado grande. Dentro, mais de 10 mordedores famintos. Não olhei na cara daquele demônio. Peguei Alice e coloquei-a dentro do Vectra, ligando o carro. Distanciei-o da faixa de perigo e dei um tiro no cadeado. Pronunciei:

- Que deus esteja convosco. E dessa forma, fechei a porta do carro enquanto ouvia os gritos de agonia daquele pobre sem espirito. Seria uma vingança terrível e das mais cruéis já existentes? Não, ele arruinou minha vida arruinada. Aquilo era o mínimo. Então, eu havia feito o certo ou o errado? Não existe certo ou errado hoje em dia. É o vivo ou o morto. O que corre sangue nas veias, ou o que tem pedaços de carne entre os dentes. E Natalie, havia falhado em protegê-la? Quem sabe. Aquele mundo não era para mim. Meu dever não se cumprira, nunca a cumpriria. Olhei para minha irmã e pensei melhor sobre o que tinha dito anteriormente. EU TINHA DE CUMPRIR MINHA PROMESSA. Minha namorada tinha sofrido sob minha ignorância. Estava triste por ela? Tudo passou quando vi-a olhando para mim com orgulho, do banco de trás.

E o que farei daqui para frente? Para onde irei? Que rumo hei de tomar?

Apenas farei por merecer. Afinal, eu sou um Desperado.


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