Los Desperados escrita por MetroSurvivor


Capítulo 12
Inferno Vivo


Notas iniciais do capítulo

bom, em primeiro plano, queria agradecer a o Victor que recomendou minha fic! obrigado cara!
Segundo, eu vi as datas das provas e começam semana que vem que vem. Então, a próxima semana terá capitulos. Já a proxima sem ser essa, não. Entenderam mais ou menos? eu sei que é meio dificil, mas leiam denovo que vocês entendem!
Terceiro, meu aniversário também está chegando, e queria curtir, e vai cair bem nas provas, então por isso a pausa dos capitulos também tem esse motivo...
Quarto, eu sei que eu tenho colocado muita coisa de militares e tal, mas prometo que nos proximos capitulos só vão ter os bons e velhos zumbis!
Boa leitura!



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Acordei envolto aos cobertores. Eles faziam uma espécie de manto que me acaloraram durante a noite toda. A noite toda sonhara com coisas boas e estranhas. Não foram sonhos lúcidos, foram sonhos daquele tipo “gravados”, em que você só assiste.

No primeiro sonho, eu só podia enxergar um clarão imenso. Mal conseguia estender e ver minhas mãos. Dali surge uma figura. Aquela não me dava medo, me mostrava confiança. Deixei-a se aproximar de mim, e reconheci. Era Allen, com a mesma roupa e a mesma bandana, mas dessa vez com um capacete, uma máscara e óculos. Ele olhava para mim, apertava minha mão vigorosamente e atrás dele surge uma grande parede de pedra rústica, na direita, na esquerda e acima de mim também.. Então, de seu coldre, ele tira um revólver e fala:

– Essa ameaça tem de ser eliminada! Custe o que custar. Eliminada. Entendeu?

Ele se virava para a parede e inconscientemente, eu me virava para o lado que a parede não avançou. Ali, via um único mordedor. Eu fazia a pontaria, e atirava uma única bala. No tiro, eu era transportado para outro sonho.

O segundo era mais estranho. O mesmo clarão de sempre, mas ninguém. O mais silencio absoluto. Então, de algum lugar, uma voz ecoava:

– Você colhe o que planta, Nikolai. A força responde a força, guerra gera guerra, e morte só traz morte. Para quebrar este círculo vicioso é preciso fazer mais do que apenas atuar sem qualquer pensamento ou dúvida.

Pareceu-me mais como apenas um conselho, ou uma citação. Não sabia de quem viera. A voz não me era reconhecível, mas com certeza era de um homem. Não tinha o esplendor de uma voz divina. E também não me parecia estar muito longe. Depois disso, á minha frente surgia uma imagem virtual, uma tela imaginária. Ali, passava a imagem de um parque público, alegre. Cheio de crianças brincando, jovens namorando e adultos passeando. Então a imagem começava a mudar, e um cenário cinzento, com as árvores mortas apareceu. Não havia mais ninguém no parque. A cidade estava deserta. Depois disso, pulei para o último sonho.

Esse, a visão era evidente. Estava dentro de um carro, dirigindo velozmente. Olhei para o velocímetro: estava a mais de 150 km/h. No carona, Alice num assento para crianças, daquele que eu carreguei nas costas a alguns dias. O modelo do carro eu não sabia, mas ele era bem estável. Fazia as curvas normalmente á 120 km/h. Até que numa reta, um tiro ecoou e atravessou meu para-brisa. Olhei para trás e vi um comboio, e lógico que era o comboio dos mercenários. Então, antes de um cruzamento, um deles acertou no meu pneu e o carro capotou. A minha visão começou a ficar turva enquanto o carro capotava. Quando parou, ele estava no meio fio do cruzamento. Dali, a estrada fazia ângulos de 90 graus. Haviam 4 entradas. Então o comboio parava um pouco atrás, e o líder desce. Eles dão meia volta e partem. Agora, tive várias alucinações e minha visão cortou para pontos avançados do sonho, vendo partes cortadas. O líder, entretanto, continuava vindo em minha direção. Minha visão cortou, e quando abri ele estava á poucos passos da porta. Tentei me mexer, mas quando o fiz, pisquei o olho e minha visão cortou novamente. Ele estava com um revólver na mão, e mirava para mim. Pisquei de novo, e ele apareceu na porta do carona, pegando Alice. Tentei me mexer novamente para impedi-lo, mas minha visão cortou novamente. Ele já estava á alguns passos do carro. Cortou novamente, e dali eu via uma mão. Ela estava estendida para mim, e agarrei-a. Então, uma mistura de duas vozes começaram a repetir as duas frases que eu já tinha ouvido nos outros 2 sonhos:

– Você colhe essa ameaça Nikolai para quebrar essa ameaça você custe o que colher gera eliminada... – E as vozes continuavam a falar, embolando uma em cima da outra, sem que eu pudesse distinguir. Mais um corte. Dessa vez, um homem que eu não sabia quem era corria para cima do líder, com minha irmã nos braços. Ele pulava em cima dele, que jogava minha irmã para o lado, porém ela estava protegida pelo assento, ainda presente. Então, tive 2 cortes: no primeiro, o homem tirava um pistola e atirava na cabeça do líder. No momento do tiro, acontecia outro corte, que mostrava o homem dando apenas um soco para desmaia-lo e vindo ao meu encontro com Alice. Quando ele chegou perto do carro, não tive mais cortes na visão. Apenas a mesma mão estendida. Quando agarrei-a, ouvi o choro de Alice e então acordei para a realidade.

Acordando, dirigi-me a lanchonete e ali fiz um breve e curto lanche. Sem coisas leves, comi 1 hambúrguer pequeno com apenas 1 fatia de queijo, especial para café da manhã, tomei café com leite e comi uma fruta. Ali eu não mais poderia ficar, quanto mais tempo passava, Alice poderia estar mais longe. O pior de tudo é que eu não sabia por onde começar. Mas, tentaria pelo menos criar uma saída dali. Fui até a loja, e com a lanterna tentei achar alguma coisa que me servisse. Procurei bastante, e acabei encontrando coisas que poderiam ser-me úteis na minha jornada. Um canivete suíço entrava na lista, assim como uma mochila de acampamento. Procurei mais um pouco, e no depósito achei um alicate de corte, daqueles que usam no exército para cortar cadeados eficientemente e rapidamente. Isso provavelmente seria minha saída.

Fui até a lanchonete e roubei quase todo o estoque de comida, incluindo tudo, mas tudo mesmo. Até sorvetes, que pretendia ser os primeiros á serem consumidos. Refrigerantes, apenas nas latas. Os abertos estragariam.

Sai da lanchonete e fui até o portão da diagonal esquerda. Certifiquei-me que não haviam mordedores no caminho, e com o alicate quase-gigante em mãos, posicionei-o sobre o cadeado. Foi apenas uma leve apertada e o cadeado voou do portão, abrindo-o instantaneamente. Aquilo era muito bom! Antes de sair, coloquei a mochila no chão, abri um dos fechos éclairs. Coloquei a lâmina do alicate para dentro, e suas duas hastes para fora, fazendo com que quando precisa, era só colocar as mãos nas costas e puxar. Quando ele ficou fixo na mochila, coloquei-a nas costas e abri o portão. Enquanto eu subia, ficava pensando no que poderia encontrar lá fora...

Quando estava começando a subir as escadas, notei uma coisa que me intrigou. Havia alguns rastros no chão, rastro de asfalto. Ou melhor, de pneus. Então, antes de ir, segui o rastro, porém no sentido contrário. Eles acabavam no começo do piso do metrô, porém no meio do piso ainda havia alguma evidência. Fui seguindo elas até que achei uma rampa, no extremo esquerdo, perto da linha férrea. Desci a rampa e dei de cara com uma coisa que não havia percebido antes: O carro que o líder estava usando! Aproximei-me dele, mas Alice não estava ali. Nem ele. Porém a caçamba estava aberta e havia uma rampa auxiliadora, como que para descer alguma outra coisa. Mais fina e que passasse por ali... Uma moto, claro! O líder fugiu com Alice numa moto, pela escada. Mas antes de ir, certificou-se de trancar os portões... Dentro do carro não havia nada que me servisse. Resolvi sair dali e voltar para a superfície.

Nos últimos degraus, um raio de luz começou a penetrar o interior da estação. Fui subindo lentamente, com a mão no rosto para me proteger. Olhei para a rua; deserta. Até pássaros estavam absentes. O céu estava um pouco claro, e o sol batia nos arranha-céus de Seattle. Ou o começo de uma manhã, ou o final de uma tarde. Descobriria logo. O orvalho das plantas de um parque próximo dava no ar um tom mais pesado e úmido, fazendo um frio aconchegante.

A primeira coisa que eu faria era me localizar. Com certeza eu estava próximo de um centro urbano. Os prédios denunciavam esta informação, e a quantidade de carros parados na rua confirmavam minha suposição. Do outro lado da rua, havia outra entrada de uma estação de metrô. Não invadiria prédios nem procuraria por sobreviventes, porém andaria com toda cautela pelas ruas. Aliás, onde estava o grupo daqueles cães e todos os zumbis das ruas? Aquela cidade não estava deserta por algum acaso randômico.

Andando pelas ruas, notei algo que me pareceu interessante, e no mínimo curioso. Um grupo de pássaros, de uma raça que eu não sabia qual era pela altitude que estavam, passava em forma de V sobre o céu. Não um grupo, não dois, mas 5 deles, simultaneamente. E cada minuto que se passava, mais 5 grupos percorriam a mesma trajetória. Então, comecei a ouvir um ruído leve ao fundo da cidade. Que se aproximava cada vez mais rapidamente. E então, subitamente, vi um vulto no céu passando muito rápido, fazendo a queda consequente de todos aqueles pássaros. E segundos após a passagem, vidros dos andares mais elevados dos arranha-céus estavam caindo sobre minha cabeça. Era um caça passando sobre a cidade, quem sabe para vistoriar. Mas não podia admirar nenhuma imagem, pois até não havia o que ser admirado. Afinal, pássaros caindo mortos e vidros cortando-me pela cabeça não eram bons. A estação de metrô estava fora do meu alcance; eu já estava longe. O que encontrei para me abrigar foi um ônibus com as portas abertas. Entrei nele e vi os pedacinhos do vidro caindo. Fazendo estragos em carros, cortando folhas de árvores, quebrando vidros. E os pássaros caindo juntos. Passaram-se por volta de 3 minutos neste mesmo cenário, até que tudo parou. Sai do ônibus e continuei a caminhar.

Se havia caças, ainda havia governo, quem sabe? Pois os mercenários não teriam poder de fogo para tudo aquilo. Quem sabe ainda havia algum refugio de um governo provisório que tentava conter as infestações. Enquanto eles tentavam, pessoas morriam pelo mundo todo. E a Eurásia, as outras Américas, a África, o Novíssimo Mundo? Estariam desse mesmo modo? Que deus tenha piedade deles. Alguns de seus governos eram precários, e o governo nunca daria conta de uma onda de pessoas famintas querendo devorar as outras.

Depois de mais ou menos 20 minutos dos últimos ocorridos, eu ainda andava pelas ruas. Os ruídos começaram novamente, e ouvi explosões em boa parte da cidade. Fumaça saia de todo lugar e contaminava o ar de, agora com certeza, uma manhã que se transformara num inferno. Virando uma esquina, me deparei com uma rua cheia deles. Deles que eu digo, são mordedores. A rua estava toda implacável deles, que na minha vista, correram para cima de mim. Mas a festa deles não durou muito. Correndo na direção oposta deles, como um atleta. Comecei a ouvir um ruído muito mais grave e profundo. Então, uma imensa sombra passou por cima de mim. Eu já estava á alguns metros de vantagem deles, e parei para observar aquilo. Passando lentamente sobre minha cabeça, voava um F-117. Alguns segundos depois de passar, comecei a ver sua comporta de baixo abrir. Dali, um projétil. Corri como nunca, e os zumbis quase me alcançaram. Corri, corri e corri. Quando a bomba estava a poucos metros do chão, fui me esconder numa pilastra de um prédio, que estava perto de onde eu estava. Tapei os ouvidos. BOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOM!

A maior explosão que eu já tinha visto na vida aconteceu. O que era dia, agora me parecia um inferno nuclear. Mas não, a bomba não era nuclear, senão eu já estaria morto. Quando a explosão passou, veio a onda de destroços. Demorou mais ou menos 30 segundos para os destroços passarem e eu poder vera destruição. Metade da rua que antes era de zumbis, agora era de cinzas. Mas alguns deles ainda ficaram inteiros. Aproximei-me de um morto e vi suas evidentes cicatrizes: Era uma bomba Napalm gigante. As queimaduras eram idênticas a da foto de Kim Phuc, que uma vez eu vi em um seminário escolar sobre a Guerra Fria. Então, não tive mais dúvidas: Seattle estava sendo atacada.

Corri para tentar encontrar qualquer abrigo forte, e agora os bombardeiros dominavam o espaço aéreo. Numa rua, não havia mais nada. Noutra, 1 ou 2 zumbis caminhavam sem rumo, ante aos corpos dos “amigos” deles. Foi quando virei uma esquina que tive uma surpresa. Ouvi uma hélice, e quando fui olhar de relance, havia um helicóptero. Um AH-64 Apache, dizimando outra horda do tamanho daquela que foi dizimada pela Napalm. O piloto não tinha piedade, então eu não me arriscaria pedindo ajuda. Além de que Alice ainda estava perdida. Sai dali por outra rua, mas cada vez mais o exército dificultava minha vida. Com os ruídos, mordedores de todos os lugares agora eram atraídos. E eu não poderia enfrenta-los.

De esquina em esquina, mais destroços e mais mordedores se enchendo pelas ruas. O ar gélido e aconchegante, agora era um ar abafado com cheio de explosivos e pólvora. Ainda acabei encontrando outros helicópteros, ouvindo outros bombardeiros passando e bombardeando, e muitos tiros.

Acabou que, em uma das esquinas, ouvi outro som. Um motor á propulsão, com certeza. Olhei e reconheci o avião pelo modo de voo que estava. Era um AV-8B Harrier, de fabricação inglesa, porém comprada pelo meu país. O ruído de seu motor encobria o das hordas que ele dizimava. E ele constantemente girava em torno de seu eixo, para ataca-los. E na rua em frente á que ele pairava, havia uma enorme placa. E uma parede de metal separando-o das ruas. Para dizer a verdade, para mim era um novo complexo. E em cima dessa parede, havia uma placa com um desenho de um cobra no meio de 2 fuzis de assalto. Era o quartel dos mercenários, não havia duvida. Mas com aquele caça ali em modo VTOL, não haveria entrada para o interior de lá. Fiquei observando-o enquanto ele explodia as hordas. Até que começou a disparar mísseis. E a cada explosão, o chão tremia.

Quando todos os zumbis se dizimaram, o piloto começou a levantar voo. Até que se abaixou novamente. Escondi-me na esquina para que não me visse, mas sabia que morreria naquele momento quando ouvi o estrondo de mais mísseis sendo disparados. O que me surpreendeu, no entanto, é que aqueles mísseis não eram para mim. Ele simplesmente derrubou a parede de metal daquele complexo. Ai sim, voltei a observá-lo. Ele ganhou altitude, saiu do modo VTOL e planou com uma velocidade incrível. Enquanto eu ia em direção a tal complexo, uma chama de esperança reacendeu no meu coração. Alice poderia estar ali não?

Olhei para o céu e o ruído do avião daquele piloto desapareceu. Ele havia se tornado mais uma pessoa que, inconscientemente, me ajudou em minha missão de resgate.


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Notas finais do capítulo

ainda aceito sugestões!
Ah, quem saber mexer com web design e quiser criar uma capa pra fic, eu agradeceria... ultimamente to sem tempo pra aprender
até segunda!



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