Two Kinds Of Hope escrita por lsuzi, loliveira


Capítulo 39
Capítulo 39


Notas iniciais do capítulo

OIE GALERA TO NO CHÃO POR CAUSA DO CAPITULO E, WELL POR CAUSA DA APRESENTAÇÃO DA MILEY CYRUS ONTEM A NOITE, ME DEU PESADELOS E EU QUERO A HANNAH MONTANA DE VOLTA (DESCULPA SE ALGUÉM AI É SMILER, MAS ELA ME ASSUSTOU DMS ONTEM)
BOA LEITURA
LOVE Y'ALL



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Primeira coisa que eu faço é tirar minha escuta. 

Oh, Deus. 

Adam olha pra mim. Por mais que ele esteja todo machucado e acabado, alguma coisa nos olhos dele mostra que ele ainda está vivo no meio de tudo isso. Não sei o que fazer. Não sei nem o que falar. De repente, o ar parece pesado demais para se respirar e eu prendo a respiração, analisando Adam. Por baixo das roupas de sempre, sei que tem mais hematomas do que parece, manchas de sangue seguem pelo seu rosto, com um olho inchado, a barba tem que ser feita e respira com dificuldade. Ele ainda está olhando pra mim quando termino de encarar os machucados e encontro seus olhos. 

-Missão Resgate O Namorado Da Melhor Amiga Que É Um Idiota Mas Ela Disse Que O Ama? -Adam é o primeiro a falar, fraco e tentando não fechar os olhos, de cansaço. Me mexo no lugar, desconfortável. 

-Não é o nome oficial, mas, uh, serve. -Digo, pensando se ele prestou atenção na parte que se diz que eu o amo. 

-Concordo com a parte do idiota. -Ele comenta, os olhos fixos em mim enquanto eu tento controlar as batidas do meu coração. 

-Eu também. -Ele tenta rir, mas deve doer, então para. Ficamos em silêncio por um tempinho.

-Você me ama? -A essa hora, algumas lágrimas já surgiram nos meus olhos. Não dá pra acreditar que isso esteja mesmo acontecendo. Não sei se rio ou se choro. 

-Sim. -Respondo, com a minha voz falhando. 

-Vem aqui. -Vou até ele, parando a um metro de onde ele está caído no chão. -Mais perto. -Ando mais. Com dificuldade, ele se apoia na parede desgastada e se levanta, gemendo de dor. Meu coração aperta. Droga. Nada me preparou realmente pra ver isso. Ele se levanta na minha frente, se elevando alguns centímetros acima de mim. Abre a boca pra falar, mas ao invés disso respira fundo, com esforço, então fecha a boca e os olhos, tentando superar a dor. Instintivamente, boto minha mão em seu rosto, depois hesitantemente nos seus ombros e braços, tentando decidir qual a melhor forte de ajudá-lo. Mas ele puxa minha mão para o seu rosto de novo, então imagino que não é uma boa ideia tocar no corpo dele. 

-Desculpa. -Digo, e mordo a língua pra não falar besteira. 

-Não tem o que se desculpar, você não fez nada errado.

-Primeira vez na vida. -Tento fazer piada, mas ele não ri. Bem, ele sorri, então é um bom começo. Adam fecha os olhos também e toca sua testa na minha. Dash parece a quilômetros de distância agora. Não ouso tocar nos coágulos de sangue, mas descanso minha mão no rosto dele, e a pele dele parece pegar fogo. -O que fizeram com você, Adam? -É mais uma pergunta retórica do que qualquer outra coisa. Tenho que usar tudo que tenho em mim como força pra não chorar. 

-Não importa. 

-Você está...

-Você me salvou. É isso que importa. -O.K. Lá se vai minha força. Começo a chorar, sentindo as lágrimas caírem. Não sei nem porque estou chorando, já que Adam está bem. E vivo. E aqui, na minha frente. Mas serve pra alguma coisa, porque mesmo doendo, Adam passa os braços ao me redor e me puxa para um abraço. Ele é idiota o bastante pra me apertar contra ele e eu sou idiota o suficiente pra não sair dos seus braços. Eu me encolho, segurando sua camiseta enquanto ele afaga meu cabelo. -Tá tudo bem. Respira. Calma. 

-Eu... eu... -Eu o quê? 

-Axl, calma. 

-Foram as piores semanas da minha vida. -Fungo. 

-Eu sei. Pra mim também. -Por fim, tomo coragem pra falar de algo mais sério.

-Eu... recebi sua carta. -Digo, olhando pro peito dele, tímida demais pra encará-lo. 

-Verdade? -Ele diz, sem se mexer. 

-Verdade. Achei que você ia... morrer. 

-Eu também. -Adam murmura, quietamente. 

-Você não vai morrer. -Mas a confiança me falha. Ele me aperta mais forte, gemendo de dor e eu tento sair do abraço, mas ele me empurra contra ele, e então olha nos meus olhos.

-Porra. -Ele diz, por causa da dor, então seus olhos tomam foco. -Eu não vou morrer agora. Não mais. Não depois de você ter se submetido a tudo isso -Ele aponta para o meu vestido -por minha causa. Eu achei... merda, eu achei que seria mais fácil se eu simplesmente te afastasse. Uma hora você ia superar e não ia procurar por mim, então nunca ia descobrir que tinham me matado ou sei lá. Mas você... você veio até aqui. Teve que fazer isso tudo e, cacete Axl,  eu te amo. Eu. Te. Amo. E isso é razão o suficiente pra eu não deixar esse filhos da puta fazerem mais nada comigo. Eu te amo por não desistir de mim, e por ser forte e por me amar mesmo quando EU SOU um filho da puta. E eu não vou morrer porque eu tenho um futuro que eu gostaria de passar com você e tenho uma família e tenho muita coisa a perder pra realmente perder. -Quando tento me desvencilhar do abraço, outra vez, pra conseguir vê-lo, ele me empurra contra a parede e se abaixa, então nossos olhos estão no mesmo nível. 

-Você me ama? -Quase não dá pra acreditar que ele falou mesmo. 

  -E sim, eu te amo. Mesmo você sendo barulhenta e bagunceira e irritada e melhor no basquete. -Quase rio, se não estivesse tão emocionada. Sou apaixonado por todas essas coisas também. Você consegue entender? -A voz dele é rápida e ele parece irritado, mas sei que só está desesperado pra tirar isso do peito de uma vez, porque também sou assim. Balanço a cabeça. Recebeu a outra coisa também. -Agora ele parece ansioso. 

-Eu recebi.

-Eu quero casar com você, também. Eu quero você lá na minha casa e eu quero que você fique lá pra sempre. Não agora. Quer dizer, não casar agora, mas eu quero que aconteça. -Não consigo respirar. Falta ar, falta oxigênio, falta chão, parece que vou cair e que meu coração vai explodir. Então eu respondo:

-Sim. -Mesmo que não tenha sido exatamente uma pergunta, nem um pedido, mas ele entende a mensagem. Ele olha pra minha boca, e um segundo depois, a dele está sobre a minha e a gente se beija. Tenho que lembrar que ele está machucado, então eu não posso simplesmente me jogar pra cima dele, mas ele se joga pra cima de mim, então não faz muita diferença. Ele geme, segura meu rosto e pressiona o corpo contra o meu então...

Clique.

Ele para. Eu paro. Lentamente, ele se vira. Dash está ali. Não exatamente em pé, mas ele tem força o suficiente pra mirar em um de nós. 

Eu fui burra. Muito, muito burra. Esqueci completamente de Dash nessa conversa com Adam e esqueci de levar a arma dele pra longe. E eu tirei minha escuta, então não dá pra chamar ninguém. Merda. O sangue foge do meu rosto. 

-Estou de saco cheio de vocês dois. Agora, quem vai ser o primeiro a ver o amorzinho da sua vida morrer? -Dash pergunta, lentamente. Ficamos em silêncio. Se alguém lá fora escutar o tiro, vai vir ajudar, mas Dash precisa atirar em alguém primeiro. Que se dane. 

-Atire em mim. -Por favor, que eles ouçam isso. Resolto tentar outra coisa. -ATIRE EM MIM. -Grito. Luke? Policiais? 

-Você ficou maluca? -Adam se vira para mim. Então, Dash atira. Mas tudo que eu sinto é ardência no braço. 

ELE. ERROU. 

ELE ERROU O TIRO.

Mas isso não quer dizer nada. A bala pode ter raspado minha pele, mas ele tem muitas outras. 

-Merda. -Ele xinga mais, segurando o braço. Um. Dois. Três. 

Luke abre a porta, e os policiais atrás dele, todos com armas apontadas pra Dash. Surpreendentemente, Dash começa a rir. Aquela risada doentia, que combina com ele. Sinto vontade de vomitar, e aproveito para botar a escuta de Sasha de volta no ouvido.

-Sasha. 

-Estou aqui. -Ela diz. 

-Que amor. Vocês continuam achando que tudo vai ficar bem. Que bonitinho. Tenho que confessar, daria um bom filme. Mas vocês parecem negligenciar minha inteligência. Não sou tão idiota. Não sou tão idiota a ponto de não investigar sobre suas intenções, garota. -Ele diz pra mim. -É uma pena, você é mesmo gostosa, mas infelizmente, traidora. Não gosto de traidores. Isso é pra você também, Paisley. Então, vou contar meu plano pra vocês: ao invés de matar um, por que eu não mato todos?

Pânico. É a única coisa que eu sinto enquanto processo as palavras dele. 

-C-como assim? -Os policiais começam a conversar entre si. 

-Tem uma bomba, querida. Nada se faz sem bombas hoje em dia. A policia devia saber disso. Mas eu já sabia que eram incompetentes quando pegaram meus clientes ao invés de pegarem meus sócios, no cassino. -Ele dá uma risada. 

-Você ouviu isso? -Pergunto a Sasha. 

-Estamos levando um helicóptero pra rastrear o calor da bomba agora mesmo. 

-Mas tem mais! -Dash diz, com dor. -Quando digo que vou acabar com vocês, quero dizer: todos vocês mesmo. Até os policiais lá fora! Que espetáculo. -Minhas pernas tremem. 

-Sasha. -Digo,desesperada.

-Já mandei um sinal para eles se retirarem. -Uma coisa a menos. -Pergunta a ele quanto tempo.

-Quanto tempo até a bomba explodir? -Ele tenta dar de ombros. 

-Eu diria... uns dez a quinze minutos. -Por isso tudo isso estava fácil demais. Eles já sabiam o que ia acontecer do mesmo jeito. 

-Sasha! -Grito, quase chorando. 

-Axl, mantenha a calma. Pergunte aonde. 

-Onde? 

-Bem, em qualquer lugar. Vai acabar com tudo mesmo. -Ele ri de novo. Um policial dá um tiro na perna de Dash e ele grita de dor. Então corre até ele e tira sua arma, depois o segura nos braços.

-O que está fazendo? 

-É contra nossos princípios deixar qualquer pessoa pra trás.

-Como vamos sair daqui?

-Luke... -Digo, quando vejo o rosto branco do meu melhor amigo. Seu pai pode correr perigo também. 

-Sasha, os policiais já saíram? Os lá de fora? 

-Acabaram de evacuar. Estão protegendo a área agora. Subam até o telhado. -Ela manda. 

-O quê? 

-O helicóptero. Nós achamos a bomba, mas não há tempo pra desarmá-la, já que não sabemos como ela funciona. Subam, e o helicóptero vai pegar vocês. -Olho para o resto do time e seguro a mão de Adam. 

-Vocês escutaram? 

-Sim. 

-Corram. -A gente começa a correr. Adam se apoia em mim e quase grita de dor, enquanto Dash, inconsciente, é carregado por um oficial. 

-Subam pela terceira escada. -Sasha diz, e todo mundo com a escuta faz o que ele pede, e eu só puxo Adam comigo. 

-Vai ficar tudo bem, vai ficar tudo bem. Vai ficar. Tudo. Bem. -Digo, para mim mesma, sem fôlego. Vai ficar tudo bem. 

-Segunda porta. Tem uma portinhola no teto. Vai levar vocês pro terraço. -Abrimos a segunda porta do corredor, mas a essa hora, Adam não aguenta mais. 

-Ajuda! -Grito. Luke olha para um policial, que concorda, e depois olha para Adam. 

-O.K. Isso é por ser um cretino. -E então, soca ele. 

Dou um berro e olho alarmada enquanto Adam cai no chão. -O que foi isso?!

-Relaxa, vai ajudar a chegarmos mais rápido. -Outro policial segura Adam, inconsciente e eu tenho que dizer mil vezes ao meu coração que ele está vivo. Está respirando. Só está... dormindo. Consigo subir com muito esforço até o terraço, e puxo Dash (com nojo) e Adam (O.K. Com muito amor) para cima, enquanto os outros sobem, e os policias pegam os dois inconscientes e os seguram de novo. 

-Pronta? -O helicóptero vai descendo, até pousar meio desastrado no terraço. O barulho é enorme, e o vento faz meu cabelo voar. Mas sou a primeira a entrar pela portinha, onde uma mulher com uniforme da polícia me puxa para dentro. Assim que todos os outros estão dentro também, respirando fundo. Escutamos a primeira explosão, a de onde os carros de policia estavam mais cedo. Aonde eu estava, antes de entrar no lugar. Então, assim que o helicóptero se estabiliza no ar, ouvimos a segunda explosão, e estamos a apenas alguns metros de distância do caos. 


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Notas finais do capítulo

BYEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE
ESPERO QUE ESTEJAM TODOS BEM PQ A FIC TA NO FINALZINHO AI QUE SAUDADE EU VOU SENTIR DE VCS IPJDAGUS EU AMO VCS I CANT I CANT I CANT