Two Kinds Of Hope escrita por lsuzi, loliveira


Capítulo 35
Capítulo 35


Notas iniciais do capítulo

OIEEEEE
PASSSEI AQUI HOJE NESSE DIA LINDO
E OLHA CAPITULO NOVO



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Eu não estou usando o anel, bem, não onde ele normalmente deveria ficar, acabei percebendo que se eu usasse aquilo em meu dedo ia sair gente da minha pia questionando o que era aquilo, então acabei me livrando do pingente que eu ganhei a uns anos atrás da minha mãe (foi um jeito dela tentar fazer as pazes, eu nem sabia porque eu ainda usava aquele treco) e usei a corrente para colocar o anel escondido em meu pescoço, ele pesava um pouco, mas eu acabei me acostumando.

- Scott, isso é um sutiã não um chapéu - Dianna interrompeu meus pensamentos fazendo com que eu olhasse para Scott que tinha um sutiã meu na cabeça pulando no meu colchão como uma criança feliz e perfeitamente fora do normal.

- Tira o meu sutiã da sua cabeça agora - disse parando de arrumar uma das primeiras malas que eu tinha que arrumar até o final de semana, sim, meu pai havia conseguido me expulsar de casa e eu tive que aceitar um apartamento perto do trabalho e em meio ao caminho para a universidade, que não era tão ruim contando que pelo menos não havia uma vista para outro apartamento e sim para uma rua mal iluminada que me dava calafrios.

- Por que? - ele questiona coçando a cabeça com o incomodo que o sutiã era para ele, mas sempre, tudo valia a pena quando era para irritar a irmã mais velha.

- Por que se não você vai virar gay e você vai gostar de pipi - falei sem pensar.

- QUE - ele gritou tirando o sutiã da cabeça como se fosse um bicho

- Axl - Dianna me repreendeu tentando segurar o riso - não - ela tosse tentando ficar seria - diga essas coisas pro seu irmão.

- EU NÃO QUERO GOSTAR DE PIPI, MAMÃE - Ele gritou e saiu pela porta do quarto correndo como um maluco.

- VOCÊ É MACHO, FILHO - ela gritou para ele tentando ficar seria, e depois tirou os olhos da porta e me encarou sem expressão, eu irritei ela. Droga.

Eu ainda tenho que arrumar tudo dentro desse quarto em malas e Dianna era um gênio da arrumação, eu não podia deixar ela brava.

- Se meu filho virar gay por causa disso, vamos ter uma conversinha - ela passou dois dedos nos olhos brilhantes e azuis dela e depois pros meus pegando uma caixa do monte que tinha em meio a bagunça daquilo tudo.

Eu rio fraco e ela me olha mortalmente, eu tento segurar minhas emoções de vida acabada e volto a arrumar o monte de vestidos que eu havia encontrado em um fundo de armário, a maioria deles eram novos e eu havia até esquecido da existência deles, mas um me faz me sentir mal, aquele vermelho de mangas razoavelmente longas do dia em que meu pai me matou de vergonha com a conversa dele com Adam, quando Adam entrou no meu quarto sendo razoavelmente não-o-cara-que-ele-aparenta-ser-mas-não-é-mas-em-boa-parte-ele-é.

Eu sinto falta de quando eu odiava ele e não sabia das merdas que ele havia se metido por causa, em boa parte, de seu pai brutamontes e seu mini-cérebro de marmota.

Fecho a mala/bolsa com uma quantidade de roupas inacreditavelmente grande e me sento na cama olhando para o teto do meu quarto, posso ver ainda a cola das antigas estrelas que haviam coladas ali quando eu tinha mais ou menos 13 anos, era uma superstição boba minha que eu tinha que as constelações contavam de fato uma história e eu meio que havia feito meu pai comprar mais ou menos duas mil estrelas para colar em todo o teto do meu quarto para poder formar minhas próprias constelações, minhas próprias histórias, a alguns anos eu olhei para elas e pensei que eram a maior idiotice que eu já havia feito naquele quarto e ai eu tirei todas, uma a uma, irritada e mal comigo mesma, eu queria tão desesperadamente ser adulta e agora eu nem quero sair dessa casa porque é onde eu tenho minhas memórias e meus pais, meus irmãos e até o vizinho chato e rancoroso do lado que grita com a esposa a cada cinco minutos como se ninguém ouvisse nada.

Eu ia sentir falta da minha antiga vida.

Eu ia sentir tanta falta da minha infância.

E é ai que eu começo a chorar como um idiota e Dianna me olha sentindo remorso de fazer com que eu me mude, meu pai não estava em casa como em metade do tempo nessas últimas semanas, o pouco tempo que eu o via era quando ele chegava em casa e bagunçava minha franja e deixava um pequeno beijo no topo da minha cabeça.

Ouço o barulho do meu celular tocando e limpo as lágrimas dos meus olhos e atendo. 

- Não é engraçado ligar para alguém e não falar nada - digo quase bufando para a pessoa do outro lado da linha e é ai que eu ouço um barulho como se alguém levasse um soco ou fosse jogado contra uma parede.

- Você acha engraçado foder com tudo, Paisley? - Puta que pariu.

- Você está me vendo rir? - e pela primeira vez em muito tempo eu ouço a voz de Adam, quase tão acabada quanto ele quando eu o vi naquele dia.

- Eu quero o dinheiro - fecho os olhos e ouço mais um barulho de pancada - A polícia esta atrás de mim e eu preciso da merda desse seu dinheiro.

- Eu vou te dar o dinheiro - ele disse e posso sentir a dor invadir ele de novo, ele geme e eu olho para os lados do meu quarto. Dianna não estava mais lá.

- Uma semana - Dash fala por último - Você me dá esse dinheiro em uma semana ou você pode ter certeza que você ou até aquela sua vadiazinha vão acabar machucados.

O barulho de passos e uma porta se fechando são os únicos barulhos perceptíveis depois da respiração agitada de Adam, eu desligo o celular rápido colocando meus pensamentos no lugar. 

Eu tinha uma semana para encontrar Adam e acabar com tudo de uma vez.


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Notas finais do capítulo

ta pequeno mas agora ué, é meio o final, alta tão pouco pra acabar ai que dor
love you all
fou responder os reviews do capitulo agora por preguiça mesmo
sorry
again
love you