Two Kinds Of Hope escrita por lsuzi, loliveira


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

HAYO EU N TENHO MUITO O QUE FALAR SÓ QUE FINALMENTE MINHAS PROVAS ACABARAM E ESSE CAPITULO *SECA OS OLHOS*

ENFIM TENHAM UMA BOA LEITURA LOVE YA



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Começo a pensar que estou perdendo minha cabeça. Eu nem sei porque estou de novo perto do hotel onde minha mãe esté hospedada esperando por algum sinal dela e de sua barriga enorme, e quem sabe um marido. Eu espero sua nova família. E isso me deixa angustiada, lembrando de memórias dela da minha infância. 

Depois da terrível e mais estranha detenção da minha vida eu decidi que iria tentar ver minha mãe mais uma vez (talvez mãe não seja o termo certo depois de todo aquele tempo) e levo em consideração que isso foi obra do meu cérebro enquanto tentava organizar os livros da biblioteca com Adam e Luke. Sim. Luke não me deixa ficar sozinha com Adam nem por menos de um minuto e o pior é que eu preciso de todas as informações que o babaca puder me dar sobre Alison ou também conhecida como a garota misteriosa. A detenção inteira se resumiu a olhares entre mim e Adam e quando ele abria  a boca, Luke enfiava o pano que ele usava para limpar na minha cara, me chamando pra falar de alguma coisa propositalmente para me tirar a atenção. Acabou que eu e Adam não trocamos nem uma palavra e fui embora sabendo a mesma coisa que sabia quando fui pra lá.

 Eu coloco mais uma colher de sorvete na minha boca, isso está se tornando ridículo, é meu terceiro sorvete em menos de uma hora. Eu estou nervosa pra caramba, tipo em dia de decisão de copa do mundo e aquilo me fazia perder a cabeça porque eu odeio futebol e eu odeio sorvete de pistache e estou comendo ele como não houvesse amanhã.

Mais pessoas passam e eu ajeito minha bolsa no ombro cada vez mais apreensiva, eu não tenho mais coragem de entrar naquele hotel ou perguntar sobre ela de novo. Como sempre faço quando tenho notícias dela. Por fim eu desisto e jogo aquele sorvete de pistache no lixo, esse treco tem gosto de meia suja. Eca. Volto para a sorveteria e pego um sorvete de chocolate afim de me afogar nele enquanto ando para casa  (exatamente, eu ando para casa porque Ray esta no concerto... ainda), e então, eu vejo minha mãe entrar no lugar, sorridente com um homem que aparenta um pouco mais velho que ela de calça e camisa social. Ela não olha para mim, porque eu estou em um corredor diferente (também porque me escondi um pouco). Eu fico estática. Sem reação. De repente todo aquele sorvete horrível que eu tomei parece congelar meu cérebro e eu fico cinco minutos encarando um pote de sorvete de mente. Tanto tempo que ele começa a parecer gostoso, mas estou travada demais pra pensar. Então respiro fundo e me obrigo a voltar ao normal. Ela é só uma pessoa, pelo meu amor de Deus, não é?

 Pego meu celular em um dos bolsos dentro da bolsa na intenção de ligar pra Dianna e ver se ela vai querer algum sabor de sorvete que não seja o de chocolate. Eu não faço, porque provavelmente ela vai querer devorar comigo o sorvete enquanto vemos "Sempre ao seu lado" ou um desses filmes tristes que ela tem pela 82738291 vez. Isso me deixaria mais triste e/ou confusa do que eu já estou. Não perdendo minha essência de espiã eu entro quase sem ser notada e vou para o corredor que eu sei que tem um dos sorvetes que Dianna e os pestinhas gostam. Escondo meu rosto com o cabelo enquanto procuro pelo refrigerador, tremendo um pouco. 

Eles passam por mim, mas ela não parece notar porque continua falando de algo que eu não entendo com o marido (e andando de mãos dadas, fato que eu percebo meio revoltada).

Vou para o caixa e pago o mais rápido possível. A mulher me dá o troco e me olha entendiada, como se fizesse isso o dia todo. Sorte a dela que não trabalha em um café, nem tem Holly como chefe. Ouço um ruído que é mais como um gritinho e encaro assustada quem fez o som. Minha mãe está apoiada na parede, fazendo a maior careta de todos os tempos e segurando a barriga, com as pernas afastadas. Grudada no lugar, eu vejo o marido ou o que quer que ele seja deixar o pote em cima do balcão, correndo ao socorro dela. Ele tira o celular do bolso enquanto murmura coisas pra ela e tenta ligar para a ambulância. 

O.K. não entre em pâNICO SUA MÃE ESTA TENDO UM FILHO NUMA SORVETERIA VAZIA. SOCORRO. Meu sangue pulsa mais forte enquanto uma onda de medo/confusão/adrenalina toma conta de mim. Sem pensar, eu chego mais perto. Ele olha para mim.

-Chame uma ambulância, por favor. -Assim que ele fala, joga o celular para mim e ela me olha surpresa, com os olhos arregalados, mas quando abre a boca para falar comigo, o que sai é um grito de dor. 

Eu disco o número de emergência enquanto ando de um lado para o outro. Eu não sei o motivo de eu fazer isso, mas eu tomei coragem então vamos de cabeça.

- Eu preciso de uma ambulância - quase grito no telefone

- O que está acontecendo? 

-Minha m...uma mulher está tendo o bebê!

-Endereço. -Ela diz rápido e eu respondo. 

-Chegaram em alguns minutos, agora, fique comigo, o bebê está saindo? -Corro até eles.

-O bebê já está saindo? 

-Não. -Ela diz, com a voz controlada. 

-Não. -Respondo a mulher. 

-Escute atentamente, tudo bem? Quero que você passe o telefone para ela. 

-Mas... -Quis explicar que ela estava quase morrendo ali, mas a mulher me interrompeu. 

-A ambulância já está a caminho, só preciso passar instruções para ela. -A voz treinada, calma, dela, surti o efeito esperado e eu me sinto mais relaxada e habilitada a dar o telefone para ela. Ela segura e o momento que nossas mãos se tocam, quero chorar. Só não faço porque não acho que seja a melhor reação no meio disso tudo.

Ela respira fundo e se controla, levando o celular até a orelha e falando "sim" e "não" com a voz rouca, cansada e contida. 

Depois do que parecem horas, a ambulância chega, saindo duas mulheres vestidas de verde, e correndo até onde ela está. O marido de minha mãe, nunca saindo do seu lado, a guia junto com as mulheres até o interior da ambulância. 

- Você é da família? 

Eu encaro a mulher por alguns segundos. - N...

- Sim - minha mãe fala na minha frente, logo após  e eu fico constrangida. A mulher me leva para dentro da ambulância e o que acontece depois é só um borrão na minha cabeça. Demora milésimos de segundos para chegarmos ao hospital da cidade, e eles saírem em uma velocidade incrível de lá. O caminho é barulhento e a ambulância se mexe bastante e não consigo falar com minha mãe, por causa do tanto de gente nos rodeando. Quando eles saem, me deixando sozinha para fazer meu próprio caminho até o hospital, eu vou, tomando golfadas de ar, me acalmando e me perguntando se eu posso estar aqui. 

Então uma coisa me atinge. 

MEU PAI VAI ME MATAR.

Eu estou morta. Se esses dias ele já estava irritado comigo, ele vai me matar. Com certeza. Estou ferrada. Afundo na cadeira de plastico do hospital, encostada à parede e enterro meu rosto em minhas mãos. O tempo parece passar bem, bem devagar. Ouço choros várias vezes e de vários quartos diferentes. Mas quando levanto a cabeça, vejo o marido de minha mãe vir ao meu encontro. Me pergunto se ele sabe que eu sou filha dela. Nós não somos bem parecidas, então não o culparia se ele ficasse completamente surpreso se eu falasse. Não que eu vou falar. Eu acho. Eu não sei. Ele senta do meu lado. 

-Muito obrigado por nos ajudar. -Ele diz. Mexe na carteira e me oferece dinheiro. Sério? DINHEIRO?

De qualquer forma, preciso de tudo que eu tenho em mim para não aceitar. Minha educação fala mais alto. 

-Não, obrigada, foi só sorte eu estar lá para ajudar. -Mordo o lábio, pensando em o que mais dizer. A situação em si já é esquisita, preciso tomar cuidado para não falar besteira e acabar com tudo. 

-De qualquer forma, muito obrigado. E você se controlou bem na ambulância. 

-Você também. -Respondo, amigável. Apesar de eu e ele sabermos que ele pirou que nem uma mulherzinha. Mas não comento. Ele ri. 

-Como é o seu nome, garota? 

-Axl. 

-Engraçado, -Ele diz, e eu lembro que preciso perguntar sobre o bebê, mas antes que eu diga, ele responde primeiro: -Minha filha se chama Rose. Rose Axl. 

E ele continua a falar, mas eu não presto mais atenção. Não estou só paralisada outra vez pelo fato de essa menina ter o nome mais legal do mundo (Axl é ruim, agora Rose Axl? Isso é a coisa mais engraçada e única do mundo), mas porque ela tem meu nome também. Ela é minha irmã. E minha mãe não esqueceu de mim, afinal. Lentamente, sabendo que isso pode ser um mal entendido, eu começo a sorrir pensando nisso. 


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Notas finais do capítulo

hayo d novo

fiz uMA NOVA PLAYLIST PQ N TENHO NADA ´PRA FAZER DA VIDA. SE VCS QUISEREM SÓ PEDE NO COMENTARIO Q EU MANDO PQ TO TERMINANDO E PEÇO PRA LETI POSTAR NO PROXIMO CAPITULO JUNTO COM O LINK PRA DOWNLOAD
ASDUGÚADSG

bayo