Two Kinds Of Hope escrita por lsuzi, loliveira


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

NOSSA EU DEMORI MAS TERMINEI ESSE CAPITULO FINALMENTE. VOCÊS NÃO TEM NOÇÃO DE COMO FOI DIFICIL ISSO PQ ONTEM EU PERDI TODO O CAPITULO QUE EU TINHA EDITADO CREDO MAS AGORA UHU ESSE CAPITULO FICOU LINDO E BEM... OTP



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Eu não esperava que esse alguém fosse Adam. Eu esperava qualquer um, até mesmo o Papai Noel, mas Adam definitivamente em hipótese alguma. 

- Garota, começa a... - Ele então me encara sério,  e eu percebo que ainda estou chorando e como desejava que a chuva ajudasse a ninguém perceber isso, porém ele nota e fica me encarando esperando por alguma resposta, e eu fico ali deixando-me ficar encharcada, sem poder pensar em nada... Isso é quando eu o abraço desesperada, eu não tenho consciência do que estou fazendo, porque parece que tudo dentro de mim desmoronou e Luke não está aqui e meu pai não pode saber, já Adam está bem em minha frente e quase 30 centímetros mais alto que eu molhado e parado, tentando achar algum nexo no que eu acabei de fazer.

- Axl, por que você está me abraçando e o mais importante por quê esta chorando? - Ele puxa meu rosto com as mãos. Eu quero tirar as mãos de perto de mim, mas não consigo, eu não consigo nem ver os olhos dele direito; suas mãos são quentes e macias e apalpam minhas bochechas tentando cegar as lágrimas e os pingos de chuva que ainda caiam em cima de nós dois.

- Meu/seu carro quebrou ou alguma coisa desse tipo. - Eu digo ainda sem conseguir soltá-lo. 

Ugh, ele era quentinho e ali estava frio.

- Vamos sair da chuva.

- Se você não notou, continuo brava com você, na verdade, eu ainda te odeio. - Fungo, tentando me acalmar.

- Você me abraçou e estava chorando então não ligo pra isso, vamos, meu apartamento é daqui a uma quadra.

Mas será que ele não aquieta o pênis nem por um segundo? Eu o encaro, tirando os cabelos molhados do meu olho.

- Eu não vou tentar nada, se quiser pode ficar ai pegando uma pneumonia e morrer ou ir no meu apartamento parar de chorar e me explicar o porquê disso tudo e talvez ganhar umas roupas menos molhadas - Ele me estende o braço e eu desvio do mesmo, tentando parar de fungar enquanto o seguia para o tal apartamento, eu já podia até imaginar como era: a mesma coisa de sempre, uma coisa gigante cheia de móveis caros e quem sabe uma prostituta o esperando... eu estava exagerando, mas tinha meus direitos. Quando subi para o apartamento, com ele pingando água e e eu sentindo muito desconfortável com todo o silêncio, me surpreendi, o lugar era branco e dava a sensação de estar no céu ou flutuando numa nuvem fofa. Era pequeno, e praticamente tudo junto, uma cozinha com sala e um quarto impecável feito com divisórias de vidro, tudo simples e calmo. Nada parecia com Adam ali, a não ser uma enorme coisa de socos que eu havia esquecido o nome que Luke costumava bater durante os treinos dele.

- Não babe. - Ele sorri fraco me estendendo uma toalha.

- Por que você esta sendo legal comigo? - Pego a toalha, a pergunta sai do nada da minha boca, eu não havia permitido isso.

- Por mais que eu adoraria ver você tendo pneumonia quem mais ia ficar limpando comigo durante a detenção?

- Uma de suas namoradas - Falei, tirando o casaco de couro e me arrependi, minha camiseta era branca e agora estava grudada na minha pele.

Ele encarou por alguns segundos na cara de pau e eu estalei os dedos em frente ao seu rosto. 

- Não. -Ele começou a secar os cabelos dele sentando no sofá em seguida - Hora de me explicar o que foi o "abraço, choro, meu carro quebrou".

Eu o encarei por alguns segundos, poderia falar com ele sobre isso? Eu mal falava com meu pai quando o assunto era minha mãe, eu nem mesmo falava com ela ou ao contrário, ela não ligava, havia seguido em frente e tinha uma família nova aonde eu nunca iria me encaixar ou existir, como ela sempre quis desde que foi embora, desde que me deixou para trás. Estou chorando de novo e ele me encara inexpressivo.

- Axl, não. Para. Eu não sei o que fazer quando as pessoas começam a chorar na minha frente e você não tá explicando a história e - Ele para e pensa.- E esta molhando meu carpete com essa roupa encharcada.

- Nada - Murmuro e ele franze a testa, o que ele espera de mim? Que eu comece a falar sobre tudo só porque ele me ajudou a sair da chuva e pela segunda vez (eu conto mesmo não querendo) sendo quase um perfeito "cavalheiro" comigo? Eu não havia me esquecido que ele era o garoto que atormentava Luke a quase 2 anos e tentou me beijar do nada e acima de tudo eu não havia esquecido que ele era um merda. Passo minhas mãos nos bolsos da calça molhada procurando meu celular em algum lugar, eu preciso ligar para Luke ou até meu pai. Me pergunto o que eu falaria para ele quando atendesse "Ei pai, eu roubei um papel com o endereço onde a mamãe está hospedada e fui lá ver ela sem sua permissão, e calma o melhor de tudo, ela esta grávida e pronta para ter uma família substituta" não podia fazer isso. Bufo irritada, perdi meu celular. 

Esse dia ta mais que maravilhoso.

- Acho que alguém esté sem celular- Ele abre o maior e melhor sorriso perverso da face da terra e me mostra o celular dele - Que tal parar com o "nada" e começar a falar e ai, quem sabe, eu te empreste o celular?

- O que você acha de me dar o celular ou eu te dou um chute no saco e perderá a chance de ser pai? - Levantei um sobrancelha.

- Não é uma negociação.

- Não estou negociando, estou alegando um futuro próximo

Ele anda até parar atrás de mim, eu paro de respirar (Afinal o que é tudo isso?!) ele passa as mãos ainda quentes em meu pescoço e fala: - Faça, eu duvido.

Eu não duvido, mas preciso desse celular.

Esse garoto é frustante. Quando você acha que ele vai ser legal ele começa com as condições dele. Ugh. Axl, se concentre no celular. Eu preciso daquele celular e para isso eu preciso começar a falar tudo que estava rodando em minha mente.

- Minha mãe - Limpei minha garganta e continuei. - Ela... Ela... É complicado - Eu não consigo.

- Já entendi, você é uma daquelas garotas rebeldes totalmente contra tudo e todos, sua mãe te deixou de castigo e você, sei lá. Fugiu de casa.

- Chute errado... celular. - Estendi minha mão esperando pelo celular e ele desistiu passando para mim, eu tentei lembrar o número de Luke e depois disquei o mais rápido possível querendo que ele ainda não estivesse dormindo, ele era nerd, mas dormia mais que uma preguiça.

- Aqui é o Luke. - Obrigada senhor ele esté... - Deixe um recado após o...

- AXL É LINDA. - Ouvi minha voz gritando no fundo. Eu lembro dele gravando essa mensagem ano passado. Ele tinha tampado minha boca com fita para poder fazer a mensagem, mas eu consegui tirar e comecei a gritar perto dele, na minha defesa, eu tinha tomado quatro energéticos e aquilo me deixa meio agitada de mais.

Merda Luke, por que você não ficou acordado jogando video-game com o seu irmão? Eu me viro para entregar o celular para Adam, mas a imagem que eu vejo me paralisa, ele está de boxe azul escura vestindo uma camiseta seca no meio do quarto e eu fico vermelha dando novamente as costas para ele.

- Eu acho que a chuva não vai parar tão cedo - ele anda agora vestindo uma calça preta, mas a imagem não sai da minha cabeça e eu não consigo, credo. Adam anda até a cozinha e pega uma garrafa de água bebendo dela em seguida - Conseguiu falar com o seu amigo?

- Não - eu entrego o celular para ele, estou morrendo de frio internamente e externamente. Olho para o relógio pendurado em uma das paredes do lugar, já eram quase meia noite, como eu vou para casa sem um carro funcionando?

- Bem, então eu acho que você fica com a cama

- O-O que? Seu perver...

- Calma - ele colocou as mãos pra frente tentando me parar - Estou falando que você dorme na cama e eu fico aqui no sofá

Eu abaixo meu dedo que estava quase enfiado na cara dele - Ah

Ele ri e me joga uma camiseta enorme na minha cara, ela cheira a perfume masculino e cerveja, isso não me surpreende.

- Melhor vestir isso porque eu não quero uma cama molhada

- Banheiro?

- A porta dentro do quarto - ele apontou - Se quiser é só se trocar ali no quarto - ele sorriu

- Não, obrigada

Ando até o banheiro e tranco a porta, amanhã eu sabia que ficaria de castigo, de novo, indiretamente por causa de Adam. Olhei em volta, uma banheira, uma pia cheia de coisas desorganizadas e uma cueca jogada no meio do comodo. Eu tiro minhas roupas molhadas e as dobro colocando em cima da pia, coloco aquela camiseta que mais parece um vestido mal cheiroso e respiro funda, eu não sei porque, para sair do banheiro.

Adam esta arrumando a cama, ele afofa um travesseiro antes de me encarar eu o encaro de volta apertando os olhos, ele não é confiável. ele não é confiável, ele não é confiável.

- Boa noite - ele pega um dos travesseiros na cama e sai deitando na sala, eu conseguia ver tudo dali, era estranho, porque sinceramente todo mundo precisava de espaço e esses vidros não eram muito bem um espaço. Eu deito na cama, tudo naquele lugar é impregnado de perfume masculino e me faz espirrar, eu ouço o barulho dos carros do lado de fora acompanado com trovões e raios, quando eu era menor não conseguia dormir com chuva e meu pai cantava Love Me Tender até que eu conseguisse fechar os olhos e relaxar, hoje em dia eu tenho que fazer isso por mim mesma.

Eu amava minha mãe no final de tudo, mesmo ela ter me abandonado, mesmo ela nunca querer me ver e ter falado que era melhor se eu não tivesse nascido em uma das primeiras cartas que ela me enviou, mesmo ela nunca ter pedido desculpas ou falado "eu te amo". Isso me deixava puta comigo mesma, eu deveria odia-la certo? eu não deveria ter ido atrás dela e principalmente eu não deveria ter colocado em minha cabeça que dessa vez seria diferente, que dessa vez ela iria sorrir e me abraçar como qualquer outra mãe faria. Ela nunca fez isso e nunca vai fazer, eu tenho e vou lidar com isso, se passaram 15 anos afinal, é hora de deixar isso para trás.

O pior de tudo é que eu voltei a chorar, dessa vez eu não conseguia nem respirar e eu soluçava tentando colocar ar dentro dos meus pulmões, era a pior sensação que alguém poderia sentir.

- Axl - Adam estava sentado na cama passando as mãos nos cabelos tentando acordar ou se manter acordado, ele chega mais perto e eu tento puxar mais ar para dentro do meu pulmão, quando percebo ele esta com os braços em volta de meu corpo e eu tento socar ele e o afastar, ele me aperta mais e mais e quase me sufoca eu desisto de espernear e bancar a criança depois de um tempo, os braços dele são quentes e me dão a sensação de proteção. Eu sei, isso não deveria ser uma boa coisa


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Notas finais do capítulo

o que vcs acharam? mds comentem pq ubfeugefugefjgefugefugfeguefgfgufe eu sei q eu faço vcs sofrerem mas é por uma boa causa

AMO VCS ETC AFINS