Acredita Em Nárnia? escrita por Perfil Inativo


Capítulo 19
Verdade.


Notas iniciais do capítulo

ESTOU DE PARABÉNS, COMO EU DISSE TRÊS CAPÍTULOS SEGUIDOS!!
ATÉ MEREÇO REVIEWS E TALS...

ENJOY!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/355037/chapter/19

Na próxima semana Lúcia não sabia o que era pior: Molly a ignorando ou Jake tentando ser seu amigo. Preferia ficar quieta e ter Molly com raiva dela. Isso era estranho para ela, mas nada podia de fato falar. Conseguiu fazer certa amizade com Rita, uma garota ruiva de sua classe bem bonita. Ás vezes tiravam sarro dela por usar óculos, que ainda por cima eram de um vermelho berrante, mas era muito inteligente, ou talvez conseguisse prestar mais atenção na aula. Em uma atividade que valia uma grande nota, Molly e Lúcia tiveram de fazer par. Lúcia tentou muito trocar, mas não conseguiu. Se aproximou cuidadosamente da garota.

–Eu sei que me odeia, e o sentimento é recíproco, mas isso vale nota e é importante. Vamos esquecer esse ódio pelo trabalho.

Molly assentiu com a cabeça. E por incrível que pareça, ganharam nota máxima. Quando não estava falando nem de roupas nem de sapatos nem de fofocas, quando estava focada, Molly conseguia entender bem as coisas. Isso impressionou Lúcia, porém nada disse a respeito. Um dia quando precisou sair para fazer compras, encontrou a garota no shopping ao lado de um homem alto e forte. Poderia ser seu pai, mas não parecia. Ele tinha uma calma evidente, mas ela estava nervosa procurando alguém desesperadamente. Talvez Lúcia estivesse no campo de visão, pois quando Molly a viu seu rosto era de puro alívio. Algo impulsionou-a para perto de Molly, estava curiosa. O homem que vestia roupas pretas a encarou.

–Quem é a Srta?

–Essa é Lúcia uma amiga minha. - disse Molly o mais rápido que pode. - Eu convidei que íamos passar o dia aqui, mas aí... - ela não terminou. - Você disse que ele estaria aqui em meia-hora, eu quero ficar com minha amiga, marque isso para outro dia. Vamos Lu.

Molly segurou Lúcia pelo braço e saíram dali quase correndo. Depois entraram em uma livraria onde Molly suspirou aliviada e caiu sentada em uma cadeira.

–Eu sei que está confusa, a história é longa, mas você me salvou de algo que eu temia. Posso ir á sua casa?

–Ele vai nos seguir?

–Espero que não. Quanto mais cedo formos melhor.

–E seu primo? Pode ir na casa dele.

–É lá que ele vai procurar, não sabe de ti, preciso de um esconderijo por um tempinho. Por favor...

E Lúcia não podia dizer não. As duas voltaram para casa de Lúcia e Edmundo devia ter saído com os amigos. Molly caiu sentada no sofá. Lúcia lhe ofereceu água que a mesma aceitou.

–Meu pai vai se casar com uma mulher qualquer que eu não gosto. Eu estava com a filha de 3 anos chata dela no shopping semana passada, e ela se perdeu de mim. Ele e a mulher dele ficaram uma fera comigo, mas eu não tive culpa, não mesmo, mas é isso que eles acham. Pai mandou um guarda-costas me seguir desde ontem, e disse que hoje iria ter uma conversa séria comigo. Ele é um homem poderoso, não digo que vai me bater ou matar ou nem nada, mas tipo, ele está esgotado comigo. Talvez aquela mulher louca o convença de me colocar em um colégio interno, cortar minha mesada e tudo... eu sei que deve estar me achando louca, mas eu estou agradecida por ter aparecido lá.

–Uma hora vai ter de conversar com ele. Jake pode te ajudar.

–Nem ele pode. Sua mãe o proibiu de me ajudar, e ele me odeia. Tô ferrada. - disse abraçando as pernas.

–Você quer... que eu vá contigo para sua casa?

–Hã?

–Eu duvido que seu pai vai brigar contigo com uma visita. Podia ir Jake e eu, ou outra de suas amigas e tal.

–Nenhuma delas sabe e eu prefiro que não saibam. Você iria comigo hoje? Meu pai chega á noite. Me ajudaria? Depois de tudo? - perguntou duvidosa e esperançosa.

Iria mesmo fazer isso pela garota que odiava? Parando para pensar, não a odiava, só não a conhecia. Assentiu. Ouviu uma vez alguém dizer, talvez fosse Aslan "existe bem dentro do mau, e mau dentro do bem". Talvez Molly não fosse má como pensava. Ela deixou um bilhete para Edmundo e as duas se foram.

A casa de Molly era um sobrado de luxo em um condomínio de luxo. Apenas pessoas ricas moravam ali. Pararam em uma casa enorme toda branca. Deixando o nervosismo de lado as duas entraram. Na sala enorme com dois sofás um de frente para o outro e uma lareira e uma TV gigantesca se encontrava uma mulher bronzeada de cabelos morenos até os ombros com uma garotinha no colo. Um homem apareceu perto delas e olhou para Molly.

–Eu disse para ter me esperado hoje.

–Desculpe. Eu tinha marcado com Lu.

O homem pela primeira vez notou Lúcia.

–Olá Senhor, sou Lúcia. Mo ( disse dando um apelido á Molly como esta tinha feito) me convidou para dormir aqui, mas acho que só vou incomodar. Posso ir se quiser...

–Não Lu! - Molly disse fingindo tristeza ou algo assim. - Papai não tem problema dela dormir aqui, né?

O pai dela olhou duvidoso para as duas. Parecia estar tendo uma batalha silenciosa entre brigar com a filha e ter a falta de educação de expulsar uma visita. Bem o que Molly queria.

–Nenhum problema. - respondeu com amargura. - Já jantaram?

–Ainda não Senhor.

–A empregada está servindo agora. É bem vinda a se juntar á nós. Sou Benjamin.

–O prazer seria meu. - respondeu Lúcia.

A mulher morena se levantou com a criança que era morena de olhos azuis.

–Eu sou Brianne, a noiva dele. Esta daqui é Giovani.

–É um prazer conhece-las. Como vai fofurinha? - perguntou Lúcia perto da garotinha.

–Bem. - ela respondeu sorrindo.

–Que criança linda você é.

–Bigadu.

Lúcia riu um pouco e se virou para Molly que travava uma luta com seu pai pelo olhar. Todos foram para uma sala com uma mesa e uma porta para o quintal. Jantaram enquanto Lúcia tentava conversar e saber sobre a vida deles. Depois as duas subiram um lance de escadas e Molly pegou um colchão e colocou no quarto grandioso dela. Suspirou algumas vezes.

–Não sabe como me ajudou Lúcia. Posso te recompensar?

–Acho que não.

–Por que está me ajudando na realidade?

–Eu sou justa, e você precisava de ajuda.

Molly pareceu querer ouvir algo mais, porém se calou. No dia seguinte Jake apareceu ali, e os três foram levar Lúcia de volta. Os pais de Molly disseram que ela podia voltar e seria bem vinda, e Lúcia disse que iria voltar sim. Quando chegaram na porta da casa desta, Molly perguntou se podia ficar na casa de Jake até á noite. Ele abraçou Lúcia em despedida - fazendo seu coração pular novamente - e por estranho que pareça ganhou um abraço de Molly. Talvez tivesse sentido o coração disparado, pois deu um sorriso de canto para Lúcia e depois foram embora.

–Achei que a odiasse. - disse Edmundo atrás dela.

–Talvez não a compreendesse antes. Estava apenas sendo justa e a ajudando.

–Como disser.

E por mais que Lúcia não quisesse, ficou preocupada com Molly quando ela não foi na semana seguinte para aula. Algo lhe dizia que tinha alguma coisa errada.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Acredita Em Nárnia?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.