My Dragon Tale escrita por Amy Baskervilly, Lady


Capítulo 6
Desfigurada.


Notas iniciais do capítulo

Oies >


Serio, estou com preguiça de responder os reviews de vocês, lindas.

Mas prometo que farei o melhor possivel, ainda essa noite se possível.

Aproveitem o cap, ok?




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“Eu não queria que nada disso tivesse acontecido. Não queria que nossa história tivesse dois lados. Não queria também que tivesse um fim. Mas aconteceu.”







Eu sei que ele me viu.







Estou tão confusamente surpreso de tê-lo visto que ignoro o fato de estar sentado na cama da Lucy.





Ela dorme profundamente.

Eu fiz novamente. A fiz chorar.

Algo surgiu dentro de mim quando pensei em Rogue. Algumas lembranças nossas juntos, rindo ou se estapeando e me perguntei se não eram apenas mais um pouco do passado.

Será que consegui estragar tudo dessa vez?


(...)




Minha missão era idiota e ao mesmo tempo perigosa.




Pelo menos para mim.


Ainda estou em Magnólia e a missão é aqui, justamente aqui.

As ruas movimentadas são calmas e as pessoas não me notam, ou notam Fro. Ele continua quieto desde que desci da janela e corri para longe da casa da Lucy.

Este se apegou demais a ela e eu, em hipótese alguma, poderei desfazer tal laço com tanta facilidade.

— Rogue-kun, Fro quer saber aonde vamos. – Sua voz é calma, mas a minha própria se torna fria.

— Vamos para Fairy Tail. – Revelo, causando-lhe espanto.

— Rogue-kun vai machucar Natsu-san? – Pergunta ele, distraidamente. Voou para o meu colo e ficou depositado em meus braços.

— De acordo com o trabalho devo entregar intimações a Makarov. Mesmo que eu queria, só poderei revidar se algum deles tentar nós machucar.

— Hum, Fro entendeu. – Acariciando meu pescoço com sua cabeça ele diz-me. Passo a mão em sua fantasia e vejo-o ronronar.

Talvez ele saiba que preciso de carinho.

Ou apenas... Esteja fazendo a sua parte como meu melhor amigo.

— Fro... Você acha que eu fiz certo em terminar com a Lucy? – Pergunto, quase gaguejando. Minha voz agora é dolorida e tento demonstrar a minha dor apenas por ela. Estamos a alguns quarteirões da dita guilda.

— Fro gosta da fada. – Murmura ele baixinho. – E Rogue-kun sabe que ela também gosta de você. Fro não entende como você está se sentindo agora, mas acha que Rogue-kun poderia perdoar ela.

— Quando eu estava vendo a Lucy pela janela eu vi-a beijando o Sting. – Revelo e ele ronrona tristonho:

— Sting-kun gosta da Fada Lucy? – Sua voz é um ínfimo sussurro.

— Eu não sei, mas... – Deixo que as palavras sumam quando vejo o novo prédio da Fairy Tail. É maior do que era antes e agora também tem muito mais gente ali.

— Uau! – Também estou surpreso, mas ignoro isso contando com o fato da Sabertooth ter sido completamente destruída nesses meses do ápice da Fairy Tail. Todos os membros se dividiram em diversas guildas e nunca mais nós falamos.

A equipe principal, pelo menos eu acho, jurou que nunca mais entraria em uma guilda.

Eu e Sting cumprimos a nossa parte e acredito que Minerva também cumpra.

Mas e os outros?

Yukino ainda continuará trabalhando para o castelo?

Rufus não vive sem uma guilda, assim como Orga.

Engulo o que me resta de orgulho quando me dirijo aquele lugar.

As minhas emoções ali se tornam mais fortes. Os meus sentimentos borbulham por respostas.

A lembrança da Lucy implorando para não voltar aqui, ela chorando por causa do Natsu. Quando a encontrei na casa no mesmo dia que pedi que fosse para a cidade sozinha.

Tudo borbulha em minha mente quando afasto a porta com a mão e miro a guilda bagunceira em seu ápice. Cadeiras e muitas outras coisas voavam pelo ar.

Eles não me notaram, em meio a sua confusão.

— Eu venho... – Começo e a uma musica alta me interrompe:

— O amor é de ferro, Xubidabido. – Canta Gazille e eu respiro fundo novamente, prestes a continuar:

— Eu estou aqui para...

— Natsu! Olha para onde você anda! Imbecil! – Grita o mago de gelo que derrotou Rufus. Seria honroso a memória dele prender esse infeliz?

— Silêncio! – Grito o mais alto que posso, elevando meus poderes e deixando a todos surpresos. – Será que vocês não sabem fazer a droga de dois minutos de silêncio?! – Esbravejo, ainda acima do meu tom.

Fro não sabe se ri ou se fica com medo.

— Tsc. O que você pensa que está fazendo aqui? – O moreno que se vestia com um terno branco, e ridículo no caso, pergunta com a ajuda de um microfone.

— Eu tenho algo a vocês. – Respondo.

Eles não têm idéia da autoridade que eu tenho agora.

E as risadas deles começaram ai.

— Você? Algo para nós?! – Um mago que não reconheci riu, juntamente com um grande grupo dos magos da guilda.

Eu não fiquei irritado com isso, sou superior a essas pessoas, mas o que realmente me deixou profundamente furioso foi o fato do Dragneel estar com a tal Lisanna Strauss em seu colo enquanto ria também.

— Fro, saia da guilda.

— Mas Rogue-kun, Fro quer...

— Se você se machucar eu não vou me perdoar. – Explico o mais calmamente possível no me estado. – Vá para a sede do conselho. – Peço, com os olhos fixos nos magos risonhos.

— Fro quer ficar.

— Vá. Isso vai ficar feio. – Revelo e ele me olha pidão, mas nego-lhe novamente e ele sai vagarosamente da guilda. Nesse instante sinto minha ira se tornar profundamente poderosa.

Eu vou matar o começo dos meus piores problemas.

— Levante-se, Natsu Dragneel. – Ordeno, descendo os degraus da guilda com uma majestade digna de Sting. Não poderei enfrentar a todos sozinho, mas arrebentarei a cara dele antes de me pararem.

— Quem é você para mandar que eu faça isso? – Ele responde, colocando a garota sentada ao seu lado:

— Eu sou um oficial do conselho de magia de Fiore. – Respondo, com tal convicção que os deixa surpresos. – E se me desacatar novamente, você vai ficar preso tanto tempo que nem seus melhores amigos te reconheceram. – Ameaço e ele fica branco como um papel.

— O que um oficial do conselho faz aqui? – Pergunta o mestre da guilda, Makarov.

— Eu venho entregar isso. – Tiro os papeis do bolso, calmamente. – Natsu Dragneel, Erza Scarllet, Gray Fullbuster, Wendy Marvel, Laxus Dreyar, Gazille RedFox. – Leio os nomes com um misto de felicidade e desprezo. – Todos os chamados devem comparecer imediatamente a sede do conselho de magia em Magnólia. Serão interrogados e, se assim for decidido, serão liberados.

Coloco as folhas nas mãos de uma pessoa qualquer e depois me dirijo para fora:

— Eu não sou mais o mesmo que vocês encontraram nos jogos, fadas. – É a última coisa que falo, batendo a porta trás de mim.


(...)




Eu tive de voltar à sede do conselho de qualquer maneira.




E por sorte, encontrei-me com Lahar rapidamente, dessa vez.


— E ai, quatro olhos. Algum trabalho pra mim? – Pergunto, calmamente.

— Rogue-san pegou um trabalho agora a pouco. Pensei que tivessem pegado juntos. – Ele revela, curiosamente.

— Eu estava resolvendo alguns assuntos pessoais e isso não te interessa na verdade. – Continuo. – O que Rogue foi fazer?

— Eu fui entregar intimações na Fairy Tail enquanto você estava com ela. – O próprio responde-me, furioso.

— Você sabe que não podemos discutir isso aqui. – Contraponho e ele grunhiu em resposta.

— Seu traidor. – Ele murmura antes de se afastar e bater a porta da sua sala aqui.

— O que você fez dessa vez? – Lahar pergunta notavelmente surpreso.

— Não é da sua conta.

— Espero que isso não atrapalhe o desempenho de vocês. – Este aponta para a porta onde os magos da Fairy Tail calmamente cruzavam. Estreitei os olhos e encarei-os.

— Não vai atrapalhar, Lahar. – Respondo seriamente, indo até a porta que Rogue estava. Bati uma vez e logo escutei um livro sendo arremessado contra ela. – Desconte a sua raiva em mim depois, temos um julgamento para participar. – A porta se abre e ficamos frente a frente.

O moreno me encara com olhos furiosos e traídos e sei que nada poderei fazer para reverter isso. Mas, por fim, digo:

— Eu arrebentei Natsu Dragnell mais cedo. – Revelo, entre sussurros.

É a primeira vez que vejo que ele sorrir de ódio:

— Foi tentar ganhar pontos com ela, foi? – Sua voz me atinge de uma maneira que ele não conhece.

Apesar de tudo, Rogue é o melhor amigo.

Dividimos coisas.

Ele sabe dos meus segredos mais profundos e terríveis como eu sei da sua dor e da sua angustia.

Não acredito que...

— Não fez mais que a sua obrigação. – Algo em sua voz dói em mim.

— Eu sei. – Minha voz murcha e entramos no gabinete em silêncio, lado a lado, sem nos encararmos. – Proponho uma trégua para acabarmos com o Dragnerl.

— E como você quer fazer isso, gênio?

— Com isso. – Mostro um papel que achei na casa da Lucy e que me pegou desprevenido na hora.

É um pedido que nunca foi entregue ao conselho de magia, em que ela pede a mínima distancia de quatrocentos metros dele. Está assinado e prescrito contra o dito Dragneel e a sua namorada vadia.

— Como conseguiu isso? – Ele pergunta no mínimo incrédulo.

— Estava numa das gavetas dela. – Respondo, e ele não fica irritado comigo pelo fato de eu estar mexendo nas coisas dela. Mas eu juro, estava procurando alguma coberta ou algo do tipo quando encontrei isso. – E também, tem mais uma coisa para você. – Eu tiro do bolso do casaco o diário que Lucy tinha escrito até a missão.

Tem quase um mês escrito e sei que isso pode ajudar a junta-los novamente.

Rogue e ela nunca poderão me perdoar novamente, mas tentarei, mesmo que com o coração quebrado, fazê-los feliz.

Até que a minha mente não tenha uma recaída e a ataque novamente sem querer.

— O que é isso?

— O diário que ela tinha escrito até a missão. – Sussurro, notando que as fadas entraram no recinto com o seu mestre a tiracolo.

— E porque você está me dando isso? – Ele indaga também baixo.

— Você é quem ela ama. – Consigo dizer, ignorando os gritos do meu próprio orgulho dentro do meu ser.

— Como você...

— Peço a atenção de todos, por favor. – Lahar fala e aceno para o moreno indicando que devemos nos aproximar.

— O conselho de magia está em sessão, novamente. – O líder do conselho fala e encaro o moreno de óculos, pedindo um segundo para me pronunciar. Ele acena um sim com a cabeça:

— Peço a permissão de fazer um pronunciamento, ou melhor, um pedido, senhor. – Minha voz ecoa sobe o teto do lugar quando dou um passo à frente de Rogue e me ponho entre os acusados e os juízes.

— Como queira, Eucliffe-san. – Dizem.

— Eu tenho um pedido de uma maga conhecida de todos nós. – Começo, percebendo como os olhares pairam em mim. – É um pedido de Lucy Hearthphilia. – Informo-lhes e vejo uma súbita onda de estranheza aos magos a minha frente.

— Um pedido de uma maga da Fairy Tail? – Lahar pronuncia-se e miro-o com um olhar calmo.

— Sim, Lucy pediu que eu entregasse isso mais cedo. – Menti.

— O que diz? – Rogue quis saber, como se não tivesse passado os olhos no papel antes.

— É uma medida cautelar contra Natsu Dragnell e Lisanna Strauss.

— É o que?! – Os magos estavam admirados e sinto um sorriso frio nos lábios de Rogue. Ele está adorando isso.

— De acordo com isso, Lucy está pedindo que, nem um dos citados fique a menos de quinhentos metros dela.

— Saberia dizer os motivos, Sting-san? – O moreno pergunta, ao invés dos conselheiros.

— Ela apenas me pediu para entregar isso. Pelo que sei, faz tempos que isso estava guardado em suas coisas. – Ponderei e vendo que de nada tinha adiantado a minha explicação continuei: – Devem ser motivos pessoais, senhores. Não sou tão intimo a ela.

O silêncio prevaleceu por uns instantes até que o conselheiro-chefe se pronunciasse:

— A medida será aceita, desde que a senhorita venha a esta sede acompanhada por você e assine os devidos documentos.

Faço uma vênia sorrindo:

— Será como diz, senhor. – Falo evidentemente animado por tal medida.

— Agora as acusações contra os magos da Fairy Tail. – O mago de óculos se pronuncia e ao seu lado vejo Dranbolt.

— As acusações são: Vandalismo, atentado ao pudor. – Todos os magos olham Gray Fullbuster por alguma razão que desconheço – Uso indevido de força. – Os olhares pairam em Gazille dessa vez. – Destruição de patrimônio público. Uso indevido de magia. Extorsão. – Lahar parou para respirar de tão rápido e alto que falava, olhou, então, acusadoramente os magos a sua frente. – Preciso continuar?

Nesse meio tempo eu comecei a rir.

Realmente a rir.

— Do que você ri, Eucliffe? – O conselheiro chefe pergunta.

— Cara, é serio isso? – Olho Rogue e ele dá de ombros, mas sei que seu humor é como o meu. – Faça-me o favor. – Rio histericamente e vejo um sorriso contido se espalhar nos lábios dos dois oficiais mais velhos.

— Como é?!

— Eles vão ser julgados por serem uns imbecis também, ou isso não está na lista? – Alfineto e Rogue sorri, tentando esconder.

— Sting... – Lahar ameaça, mas não consigo parar:

— Não! Espere! A baixinha ali vai ser acusada de ter o cabelo longo demais pelos padrões da lei? Eu vou ser condenado por ser sexy demais?! – Rogue está rindo agora e Lahar mal consegue se conter.

Os magos da Fairy Tail estão perplexos.

— Faça-me o favor! – Peço novamente. – Atentado ao pudor? Cara, você só pode estar tirando uma onda com a minha cara. De verdade

— Já chega Sting... – mandou-o segurando o riso.

Cara isso é impagável demais.

— Sting... – novamente Lahar.

— Fala serio, atentado ao pudor... – murmurei segurando as lágrimas, tamanha vontade de rir que tinha. – Nunca mais me esqueço disso.

Ouvi um pigarreio vindo de Rogue, logo depois senti-me ser puxado pela gola da camisa.

— Chega disso! – agora ele estava serio. Vixe... Acho que me ferrei... – Sinto por termos interrompido... – e assim ele saiu me arrastando pela roupa até a saída.

Logo quando nos vimos fora, fiz menção de retrucar, mas fora impossível não gargalhar quando nos olhamos.

— Condenado por ser “Sexy demais” é? – indagou-o entre gargalhadas.

Os guardas que estavam do lado de fora da sala nos olhavam interrogativos, e também surpresos por verem o caladão do Rogue rindo... Ou melhor, gargalhando.

— Não, mas... Atentado ao pudor é inesquecível demais cara... – murmurei apoiando-me na parede enquanto ria compulsivamente.

Continuei rindo e ao meu lado Rogue esforçava-se para manter-se com a pose de serio.

Isso demorou quase uma hora.


(...)




Comecei a abrir os olhos calmamente.




Estava escuro e eu não me lembrava de como havia ido parar na cama.


Nem como estava coberta e com um pano molhado na testa.

Sentei-me devagar observando – ou ao menos tentando – os arredores.

A última coisa que me recordo é de chorar e de ver... Alguém... Loiro... Sting... No meu apartamento.

Sting...

— Por que ele estava aqui? – murmurei ao vento retirando o pano úmido de minha testa.

Virando um pouco a cabeça pude contemplar o céu noturno através da janela entreaberta.

Sequer havia uma nuvem dando-me o privilegio do brilho das estrelas.

Elas me lembravam... Alguém...

Voltei o olhar para o pano em minhas mãos.

Será que... O Sting me pôs na cama?

Minha mente está confusa quando tento sair da cama.

Meus pés chegam calmamente ao chão de madeira frio e suspiro, quase derrotada.

Um dia e tantas coisas mudadas.

Emoções em choque, relacionamentos e amizades aos pedaços

— Ah, Sting... Por quê? – Sussurro, sem mais lagrimas para chorar.

Talvez eu também não tenha mais forças para derramá-las.

Dirijo-me a mesa e vejo uma carta ali.

Tinha o meu nome e a caligrafia cursiva não era de Rogue.

Com os lábios trêmulos dei as costas para a mesa e segui para qualquer outro lugar longe daquilo.

Era certo que aquilo não passava de um papel com algumas palavras, mas o significado parecia ser maior ao saber – ou ao menos cogitar – que havia sido escrito por Sting.

Ele destruiu minha felicidade...

Fora Rogue quem partira meu coração, mas fora por culpa de Sting. Apenas dele...?

Ou será que... Minha fraqueza também faz de mim uma cúmplice?

Parei entre um passo e outro, virando lentamente e voltando a fitar o envelope sobre a mesa.

Ele destacava-se sobre a madeira meio escura, e a tentação de lê-lo subia por minhas mãos fracas e tremulas.

Retornei as passadas tomando o papel em mãos.

Eu não havia mais nada o que perder mesmo... Certo?


“Lucy.



Sei que nem deveria ousar me dirigir a você.


Mas venho apenas te pedir o meu humilde e suplico perdão.

Eu realmente... Realmente gosto de você e também gosto demais do Rogue, sendo que ele é mais que um irmão para mim.

Sou um monstro por fazer a ambos sofrerem e juro a ti que arranjarei um meio de consertar as coisas, Lu.

Talvez algum dia até sejamos amigos.

E até lá eu vou aguardar.


Do seu,



Sting”



Fora algo inevitável.



As lágrimas retornaram como se houvesse uma fonte infinita dentro de mim.


Eu podia ver o tremular de minhas mãos enquanto as lágrimas pingavam de novo e de novo sobre a caligrafia.

— Sting... – gemi sentindo a dor retornar a meu peito.

Uma dor que nem eu mesma sabia que existia.

Compaixão? Tristeza? Dor?

Sentimentos difusos unidos num único e indivisível.

Incompreensível e atônito.

Desfigurado pelo clamor das lagrimas e pela intensidade dos meus ínfimos gemidos.

Confusão.

Nada é mais triste que isso.

A própria dor pode ficar perdida na confusão, mas esse mesmo não deixa de dor.

E doer pelo que? Perder um amor? Um amigo? Ter compaixão por quem não merece?

Talvez eu estivesse errada em ter compaixão por ele... Talvez.

Mas isso não me impede de o sentir.

Essas palavras que ele me deu, eu podia ouvir a agonia de suas palavras, era quase palpável a dor dele.

Dor que se tornava minha.

Dor que deveria ser meu ódio por ele.

Então por quê? Por que não consigo sentir ódio? Por que sinto pena dele?

Ele não merece... Sting não merece isso.

Foi ele quem me quebrou.

Foi ele quem me machucou.

Ele pisou nos meus sentimentos e nos do Rogue.

Passou por cima de tudo o que sentíamos apenas por um capricho?

Mas mesmo assim... Mesmo tendo consciência da extensão dos erros dele... Mesmo tendo a dor que ele plantou proliferando-se em meu peito... Eu não consigo deixar de não sentir remorso por isso.

Deixando-me cair de joelhos, permiti-me desabar ante mais e mais lágrimas, mas – ao menos dessa vez – eram lágrimas que caiam por alguém que talvez não as mereça.

Mas espero que um dia Sting faça-se verdadeiramente merecedor de algumas – mesmo que poucas – lágrimas.




Continua...














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Notas finais do capítulo

Merecemos reviews e recomendações?


E então? Surpresas?

#Amy.



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