Conspiracy escrita por Alasca


Capítulo 2
Capítulo 01 - Conspirações Contra o Baiacu Manco


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas (:
Pirmeiramente, muito obrigada pelas 34 leitoras!
Ã, 34 leitoras, 9 favoritos (muito obrigada! â¥), 3 recomendações (Caroles, Candy e Brisht, amo vocês suas panquecas â¥333) e apenas 19 comentários.
Obrigada mesmo á todas vocês, e quero dedicar esse cápitulo á Caroles, Candy e Brisht.
Boa leitura.



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Depois de ser - basicamente - largada no aeroporto, ficar perdida lá por... sei lá, seis horas, e não conseguir achar a porcaria de um táxi em menos de uma hora e meia, finalmente o táxi abençoado que teve que ficar quarenta minutos ouvindo minhas reclamações sobre o quanto o mundo conspira contra minha vida e o quanto eu amo All Time Low, me deixou ''em casa''.

Fiquei encarando a casa do lado de fora, onde tinha uma cerquinha de madeira. Por dentro da cerquinha, havia grama bem cortada e cheirosa, com exceção da direção à porta e à garagem, que tinham uma ''trilha'' de pedras da cor de cimento com algumas outras pedras de várias cores.

Eu até poderia averiguar melhor as cores... SE EU NÃO FOSSE DALTÔNICA PARA QUASE DOZE ABENÇOADAS CORES.

A casa era de um verde diferente, era escuro com um azul mais claro, até que... Bonito. Eu gostava de verde. Um pouquinho, mas gostava.

Havia cinco janelas de madeira no segundo andar da casa, e estavam todas abertas.

Parei de observar a casa e me abaixei - uns dois centímetros, vida de baixinha não é mole não - para abrir a cerquinha.

Comecei a andar pela trilha que cimento com pedras que me levariam até a porta.

O quê eu não esperava era que o jardim tão feio e receptivo - sinta a ironia - tivesse ''torneirinhas'' de água no chão, que rodavam com a intenção de molhar todo o jardim - e isso me incluía no pacote.

Respirei fundo. Um, dois, três, quatro... Vinte. Marchei até a porta de madeira decorada e apertei a campainha branca seguidamente do lado direito da porta.

Uma mulher de cabelos ruivos, olhos azuis mar e face velha e enrugada abriu a porta.

Deduzi que a miss universo 2013 - só que não - fosse a empregada.

Mentira, é que ela estava usando uma roupa típica de faxineiras, com direito a avental de babadinho e tudo.

– A senhorita deve ser a senhorita Vaughn. - Ela disse simpática, com uma careta que deduzi que talvez fosse apenas um... sorriso.

– Nah, eu sou a senhorita Obama, ajoelhe-se em meus pés e faça-me massagem, ou meu querido e super sexy marido Barack vai cortar seu salário. - Falei debochada, gesticulando rapidamente e ela me encarou confusa, como se não tivesse entendido uma sequer palavra do quê eu falei. Girei os olhos e continuei: - Senhorita não; Scarlet. - Eu disse, corrigindo-a. - E, se não se importa, eu posso entrar na porcaria da casa logo? Eu estou ensopada, se ainda não percebeu, e com fome. - Eu já disse que eu não sou lá muito simpática ás vezes? Pois é.

Ser amigável não é lá meu forte, ao contrário de comer nutella, que eu posso fazer até vinte e cinco horas por dia.

All day, all night, nu-nutella, nu-nutella!

Eu também não sou boa com piadas, mas isso é irrelevante.

– Desculpe-me. - Ela abaixou a cabeça e chegou para trás, abrindo mais a porta para que eu pudesse entrar.

Entrei e comecei a reparar na casa - eu sou meio detalhista.

Na minha esquerda eu via uma mesinha para telefones toda de vidro, e seus pés eram de madeira, da mesma cor e parecia até projetado para combinar com o chão, que era todo de madeira corrida de cor marfim escuro.

Na minha frente havia uma escada de madeira daquelas de novelas mexicanas - eu assistia, oras! - que os degraus são separados um dos outros e todos de madeira grossa.

Para a minha direita havia um corredor enorme, onde eu podia ver algumas portas e no final da mesma havia uma porta de madeira com uma janela de vidro de mais ou menos dez centímetros de altura e largura, onde havia uma cortininha com decorações, possivelmente apenas para ''tampar'' o vidro.

– Onde fica meu quarto? - Perguntei com a sobrancelha arqueada olhando para a miss Universo dos idosos - ui que chique -, poderia me dar um autógrafo, gatona?

Segundo andar, vire a direita, a quarta porta. - Ela disse ainda com a cabeça baixa e com a voz do mesmo jeito. Assenti e fui subindo as escadas, tropeçando no último ''degrau'' e caindo de - como dizem - ''boca no trombone'', e, nossa, isso foi muito estúpido.

Comecei a sentir gosto de sangue na minha boca e bufei, me levantando.

Olhei de relance para a miss universo e vi que ela tinha um sorriso maroto brincando em seus lábios - isso devia ser um pecado, rir da desgraça alheia.

Não, eu seria pecadora de primeira categoria.

É como dizem: pecador é aquele que pesca.

Pesca? Eu quis dizer peca... Ou não, vai saber.

Voltando...

Comecei a andar pelo corredor, também espaçoso e largo.

''Primeira, segunda, terceira, quarta porta, finalmente!'' pensei.

Parecia que eu tinha corrido uma maratona daquelas que ultrapassam milhares e milhares de quilômetros.

Abri a porta e abri a boca como se dissesse ''Mas o quê?!''.

Tinham duas camas de madeira escura - na verdade, era uma beliche - uma janela aberta, mas com a parte de vidro de dentro fechada, dando um cheiro horrível de mofo ao quarto, a parede era bege e o carpete de veludo claro estava encardido e muito - muito - sujo me fez arregalar os olhos, e dava para ver mesmo que eu estivesse há milhões de quilômetros que o chão estava com - no mínimo - quilos de poeira.

Espirrei. E de novo. E, mais uma vez. Sem nem ao menos um intervalo de alguns segundos para separá-los. Ótimo, hein.

''Ótimo. Agora além do quarto mais sujo que um lixão e a boca com gosto de sangue, eu ainda fiquei com asma novamente.'' pensei.

Voltei andando calmamente para a escada, parando no meio dela quando avistei a miss universo - só que não - limpar com um espanador o lustre da sala de visitas, diga-se de passagem.

– Ei, por acaso você sabe aonde tem um quarto decente nessa casa? - Perguntei mal-humorada. Ela deu um sorriso maroto.

– A senhorita vai ter que limpar. - Não, ela não disse isso. Quer dizer, ela disse! Arg. Girei os olhos, voltando pelo mesmo corredor e abrindo todas as portas, afim de encontrar pelo menos um banheiro onde eu pudesse tentar ter um ''descanso'', porque estava realmente difícil.

A primeira porta abria um quarto de casal - que, com certeza eu não iria visitar o banheiro.

A segunda abria um escritório e - enfim - a terceira abria um banheiro todo decorado em preto e branco e algumas outras cores não-identificadas.

Entrei, fechando a porta, trancando-a e me arrastando até o chão.

Fiquei alguns segundos no chão, fazendo de tudo - mentalmente - para me acalmar.

Aquela velha metida à miss universo me irritou.

Comecei a tossir, e então percebi que eu esqueci a porcaria da minha bombinha para asma.

''Droga!'' praguejei mentalmente.

Me levantei e levantei os braços, tentando respirar melhor.

Olhei-me no espelho. Os cabelos castanhos levemente encaracolados nas pontas e grandes caindo abaixo de meus ombros, olhos azuis claros esbugalhados e avermelhados, bochechas coradas e minhas narinas balançando, por eu estar fazendo tanto esforço apenas por uma respiração melhor.

Apoiei os dois braços na pia branca que ficava ao lado direito da porta e esquerda ao chuveiro, que tinha um vidro que eu nem ao menos soube diferenciar; preto, cinza ou transparente.

Respirei fundo mais algumas vezes e - aos poucos - fui me acalmando.

Mordi meu lábio inferior e fiz um coque mal feito no meu cabelo, abrindo a torneira e lavando meu rosto com a água fria da pia.

Olhei melhor para o banheiro.

Atrás do vidro havia uma banheira cor de porcelana antiga e eu entreabri a boca, sibilando 'uau'.

''Um banho não iria matar alguém, certo?'' pensei e comecei a tirar minha roupa e a deixar no chão mesmo.

Abri o registro certo que ligava a banheira de água quente de primeira, e coloquei o dedo indicador direito para ver se a água estava boa e me arrepiei até o pescoço, a água estava ótima.

Esperei uns segundos até a banheira encher mais um pouco e entrei, sentindo-me bem pela água quente tocando meu corpo.

Estava quase dormindo quando...

– Scarlet?! Scarlet, você está bem?! - Ouvi uma voz desesperada do outro lado da porta do banheiro e comemorei internamente, ''mamãe'' havia chegado em casa, que legal.

Sinta a ironia, babe.

– Eu estou bem, Juliet. - Falei alto o suficiente para que ela escutasse e ouvi um suspiro de alívio da parte dela.

Saí da banheira e me vesti rapidamente, saindo do banheiro e vendo Juliet, ou como eu devia chamá-la, mãe.

– Eu estou com fome. - Disse simplesmente, comigo era assim, sem cerimônias. Eu nem estava feliz de estar ali, também não fingiria estar ou estar ao menos animada em conhecer outro continente ou algo do tipo.

– O jantar está quase pronto. - Sibilou de cabeça baixa e eu assenti.

***

A mesa de jantar estava arrumada e eu estava sentada na cadeira da ponta, na outra ponta estava Juliet e nas outras cadeiras estavam Bob - meu lindo e perfeito novo padrasto, que eu queria que morresse logo, ''ops'' -, um amigo do trabalho dele e uma cadeira vaga, que era para o filho dele que segundo ele ''já estava chegando''.

Eu comia com tanta vontade aquela gororoba que até a pessoa que come mais rápido no mundo ficaria com inveja de mim... Só que não.

Ouvi alguém bater na porta e a miss universo foi atendê-la, e em seguida ouvi passos vindo em direção a sala de jantar.

– Desculpem-me o atraso, estava muito trânsito. - Ouvi uma voz meio que... Conhecida, então resolvi me virar.

Não foi a minha melhor opção, sinceramente.

Eu comecei a me engasgar desesperadamente.

Eu sentia minhas bochechas muito vermelhas e parecia que eu estava prestes a cuspir todo o meu esôfago fora.

O garoto era lindo.

Não, eu não estou sendo irônica.

Ele era realmente bonito.

Eu quero dizer que, esse garoto nem é lá tão bonito assim, mas eu chegaria nele e perguntaria ''Ei, gato, você vem sempre aqui?'' sem nenhuma vergonha na cara.

Não, isso foi estúpido.

– Quem é a garota do cabelo estranho? - Ele me olhou confuso, apontando para mim. Dei um sorriso irônico e, sinceramente, ele precisava mesmo falar do meu cabelo? Quer dizer, eu sei que é estranho, não precisa jogar na cara!

– Sua nova irmãzinha. – Dei ênfase no ''irmãzinha''.


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Notas finais do capítulo

Vamos lá:
Acho - só acho - que vocês deviam comentar logo, pois eu já estou escrevendo o cápitulo OITO e só vou postar o dois com 50 comentários na fanfic. Eu tenho leitores suficientemente capazes de escrever pelo menos um ''gostei'' naquela caixinha onde escrevemos um review, certo? CERTO.
Vamos lá, meninas! (meninos também).
Bem, vamos fazer assim:
~Quem comentar vai ganhar um abraço virtual e um spoiler por comentário (se for um comentário que mereça, claro).
Espero que tenham gostado e comentem, 50 comentários não vai matar ninguém!