Conspiracy escrita por Alasca


Capítulo 14
Capítulo 12 - Desconhecida Escandalosa


Notas iniciais do capítulo

Olá!! Eu estou tão legal que tô postando hoje logo



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Despertei com gritos femininos. Grunhi e tentei voltar a dormir. Virei para todos os lados possíveis, coloquei o travesseiro na cabeça, nada adiantou. Me irritei finalmente, levantei e andei em direção ao primeiro andar, prestes a iniciar a Terceira Guerra Mundial.
— O QUÊ ESTÁ ACONTECENDO AQUI? — Eu estava com cara de sono, cabelo todo bagunçado e apontando para todas as direções, só vestia uma blusa maior que eu do Sleeping with Sirens e um mini-short, juntamente com um par de pantufas.
— Pantufa legal. — Hunter falou, risonho.
— Vá se foder! — Exclamei, raivosa.
— Ei! — A menina exclamou. Arqueei a sobrancelha.
— Essa é a Darcy. — A garota tinha olhos azuis conhecidos, cílios extremamente grandes, boca e bochechas rosas, cabelo negro com cachos.
— HUNTER, VOCÊ TEM UMA FILHA! — Arregalei os olhos e o sorriso debochado de seu rosto sumiu, dando lugar a um Hunter com os olhos arregalados.
— NÃO! — A menina só observava, risonha. Se divertindo ás minhas custas, vê se pode?! Tenho cara de reality show barato?!
— Então, quem seria? — Arqueei a sobrancelha.
— Minha irmãzinha. Como eu já disse, ela se chama Darcy. — Falou, orgulhoso.
— Essa é a suposta visita feminina de hoje? — Semicerrei os olhos, raivosa.
— Claro. Quem você esperava? — Ele arqueou a sobrancelha.
— De você? No mínimo uma prostituta barata. — Respondi, cínica.
— Acho que está na hora, Darcy. — A garota de uns setenta centímetros de altura assentiu e pegou um pote com algumas libras e se levantou, parando na minha frente.
— O quê é isso? — Olhei para Hunter enquanto apontava para a jarra.
— Lhe apresento a nova regra da casa: a Jarra do Palavrão.
— E qual a finalidade disso? — Semicerrei os olhos.
— Pagar minha guitarra! — Hunter sorriu orgulhoso enquanto os olhos da pequena Darcy brilhavam. Arqueei uma sobrancelha — E fazer a tia Scar parar de falar palavras feias!
— Se ela continuar desse jeito, vamos comprar sua guitarra mais cedo do que pensávamos, Da! — Hunter e Darcy fizeram um hi-five e, por mais que eu nunca fosse admitir, aquela cena foi meiga. Que foi? 'Tá me encarando assim por quê? Qual foi, a mão dele deve ser três vezes maior que a dela, quem não derretiria?
— Mas eu xingo porque eu quero! E você também xinga! E eu nem tenho dinheiro! — Exclamei, incrédula.
— Pois você vai parar. Eu posso xingar. E eu sei da sua mesada de trinta dólares por semana, Scarlet. — Abri a boca em increduilidade e Hunter revirou os olhos. — Além do mais, ouvi lá na casa de Juliet que seu pai vai passar a mandar mais dinheiro, enquanto você está aqui vivendo ás minhas custas.
— Por que você pode e eu não? — Semicerrei os olhos.
— Eu sou homem. — Ele levantava um dedo a cada novo argumento. — A casa é minha. Tenho uma banda de rock e uma imagem de bad boy a zelar.
— Ainda não entendi.
— Você é menina e é feio xingar, então, esperançosamente, essa jarra vai ajudá-la a limpar essa boquinha suja.
— Boquinha suja. — Darcy falou e gargalhou, e eu esqueci de conter o sorrisinho que apareceu no canto da minha boca.
— Tanto faz. — Girei os olhos.
–x-
Ainda era final de tarde e eu estava extremamente entediada, então mandei uma iMessage para Luke, o convidando para assistir Teen Wolf comigo, ao que ele respondeu rapidamente, dizendo que estava vindo e que era para eu tirar todos os objetos cortantes da vista de Hunter.
Fui tomar banho enquanto ele não chegava, coloquei uma calça de moletom confortável e uma blusa da Marvel de algodão.
— Meus pézinhos estão com frio. — Ouvi a voz infantil falar do primeiro andar.
— Vamos buscar uma meia para você, então? — Hunter falou e eu pensei ser outra pessoa, a voz dele estava muito doce para ser do babaca que eu conheço.
Terminei de descer os degrais e vi Hunter pegar a garotinha no colo e passar por mim, ignorando completamente minha presença, enquanto eu encarava-os.
Me joguei de qualquer jeito no sofá grande e peguei o controle do xbox, ligando no Netflix, deixando tudo pronto para quando Luke chegasse. Ouvi a campainha tocar e gritei um ''Tô indo!", saltando do sofá e indo em direção à porta.
Abri a mesma e dei de cara com um Luke sorridente e meigo, com suas covinhas aparecendo e uma beanie cinza. E deixei o melhor por último: ele estava com sacolas de mercado. Ponto para Scarlet!
— São pra mim? — Arregalei levemente os olhos, em uma expressão ansiosa e a risada de Luke preencheu o lugar, enquanto ele entrava.
— Olá para você também, Scarlet. São para nós, sua fominha. — Dei de ombros.
— Coloca lá na cozinha e trás alguma coisa pra comer enquanto assistimos. — Falei e o vi assentir. — Ah, e trás suco de laranja pra mim. — Ele assentiu novamente. — Ah! última coisa.
Ele já caminhava em direção à cozinha, então virou para mim e arqueou a sobrancelha.
— Se eu te ofereço meu suco por educação, você tem que recusar por educação, entende? — Fiz uma cara mais próxima da meiguisse que eu consegui, enquanto ele ria.
— Eu trouxe mais duas caixas de suco. — Ele tinha um sorriso de canto.
— Sendo assim, podemos re-pensar no seu caso. — Dei de ombros e ele assentiu, seguindo seu caminho.
Pulei no sofá e o esperei, enquanto batucava todos os meus dedos no meu polegar.
— Você parece uma psicopata fazendo isso. — Girei os olhos e cruzei as pernas.
— ME DÊ A COMIDA! — Abri um imenso sorriso e Luke girou os olhos, me estendendo dois pacotes de Oreo, meu copo de suco de laranja e uma barra de chocolate branco. Olhei para o chocolate e dirigi o olhar até Luke, arqueando uma sobrancelha.
— Fiquei sabendo que você tem alergia a cacau, e essa barra tem apenas poucos porcentos, você não vai morrer. — Sorri envergonhada.
Envergonhada? Eu? O quê?! Enfim...
— Você é um príncipe, Luke! Caso eu tenha uma crise alérgica com esse chocolate, venha com sua carruagem real e me lasque um beijo real! — Coloquei as costas da mão na minha testa, os olhos olhando pro teto, encenando.
— Oh, deixe comigo, princesa Scarlet! Eu e minha cabra real cuidaremos direitinho de ti. — Ele sorriu de lado, um sorriso galanteador, e eu não consegui conter a risada.
Parei de rir de súbito quando ouvi uma risada infantil ao meu lado.
— MAIS! MAIS! — Darcy estava com uma calça legging florida, uma blusa branca com as mangas dobradas algumas vezes e meias brancas nos pés e batia palmas, o sorriso gigante.
— Darcy?! — Luke parecia confuso.
— Tio! — Darcy pareceu notá-lo e correu para o abraçar. Ela batia um pouco acima de seu joelho, devido a altura anormalmente gigante de Luke.
— Onde o Hunter está, Darcy? — Perguntei. Ela lascou um beijo na bochecha de Luke, que fazia caretas, provocando risadas escandalosas dela.
— Ele foi andar de skai. — Ela falou.
— Skai? — Franzi o cenho.
— Skate. — Luke corrigiu. Sibilei um ''oh''.
— Ele te deixou aqui sozinha?
Ela não respondeu.
— Posso comer Oreo? — Os olhos dela pareciam os do gatinho do filme do Shrek. Assenti e ela estendeu os bracinhos. Peguei-a no colo e a sentei no mesmo sofá que eu.
Comemos enquanto assistíamos Teen Wolf e Darcy e Luke caíam na gargalhada quando Dylan - ou Stiles, como preferirem - aparecia e eu tinha ataques.
Point of view Hunter
Eu estou ficando doido. Só pode ser isso, nenhuma outra palavra é cabível para a minha situação.
A minha situação está tão, tão crítica que eu não conseguia olhar para Scarlet sem olhar para a boca dela e a imaginar colada na minha. Eu bati uma no chuveiro. Eu sei o que você está pensando ''O Hunter é um necessitado.'' e, de fato, eu sou mesmo.
Ah, se eu te pego, Scarlet.
Decidi deixar Darcy com Scarlet e ir dar uma volta de skate, fumar um pouco e tentar esquecer ela. Eu sei o que qualquer pessoa por aí está falando: ''Que irresponsável, sai deixando a criança em casa sob cuidados e alguém que não pode nem pegar um suco na geladeira sem fazer parecer que um furacão passou por ali.'' mas veja bem: eu mal consigo olhar para a Scarlet, se eu fosse pedir algo a ela, seria o fim — o fim —, do meu orgulho, que está bastante ferido atualmente, se querem saber.
Peguei o long cheio de adesivos gastos no shape dentro da área de serviço — onde, por acaso eu achei várias comidas instantâneas, aquelas cuja Scarlet disse que tinham acabado quando eu perguntei porque o armário estava cheio de coisas dela e não cheio do que estava ali antes — e coloquei um Vans que eu usava especialmente para andar de skate — estava bem sujo e ameaçando rasgar.
Entrei no banheiro da parte de trás da casa — Scarlet não sabia da existência do mesmo, amém — e me olhei no espelho. Passei os dedos pelos fios de cabelo rebelde, colocando para cima. Ontem eu tinha raspado as laterais novamente com a máquina zero alta, e deixei somente o topete. Coloquei um snapback da Obey vermelho e saí pela porta de trás.
Liguei o fone no iPhone e guardei o mesmo no bolso. Passei os fones por baixo da camisa e conectei-os nos ouvidos, clicando na primeira playlist que vi.
Love can hurt, love can hurt sometime, but it's the only thing I know...
— Mas que porra! — Praguejei baixinho e passei a música, admito que é uma música foda, mas não é porque 'tô curtindo alguém além da conta que vou começar a ouvir música de viadinho, pelo amor de Deus.
The drink you spilt all over me, lover's spit left on repeat, my mom and dad let me stay home, it drives me crazy getting old...
Sorri. Gostava da Lorde e Ribs era uma música foda, então coloquei o long no chão, o pé direito em cima, o esquerdo tomei impulso e comecei a andar pela rua agora vazia.
O vento gelado batia em meu rosto e eu me sentia contente.
Só que eu acho que, juntamente com a praga que me lançaram um tempo atrás, ganhei a sorte de um espelho quebrado. Digo isso porque algumas horas depois de eu começar a andar de skate, um carro veio na minha direção e ele só acelerava, e eu fiz a coisa mais sensata no momento: me joguei pro lado.
Sendo que no lado direito tinha um lago, e eu não queria tomar um banho gelado àquela hora ou queimar outro celular. E no lado esquerdo tinha nada mais, nada menos do que sacos de lixo. Adivinhem para o lado que eu fui?
Para os sacos de lixo, obviamente. Da Ásia dava pra sentir o meu cheiro. Grunhi e me levantei, vendo que eu estava todo ralado, e eu sentia uma ardência terrível no rosto.
Tirei o celular do bolso e fiquei com vontade de jogá-lo no chão quando vi a tela rachada. Ótimo, realmente. Disquei o primeiro número que veio na minha cabeça.
''Alô?'' a voz falou, sonolenta.
— Me busca aqui na Avenida 3? Caí de skate e não tô mais com disposição pra voltar.
''Beleza, tô saindo daqui."


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Notas finais do capítulo

Desculpem pelo capítulo ser curto, mas eu estou escrevendo uma yaoi larry (http://www.wattpad.com/story/18572148-how-to-save-a-life) e traduzindo fanfics então não sobra muito tempo para escrever, já que estou no ensino médio, passo a tarde toda na escola e quando chego ainda sirvo de doméstica pessoal da minha querida mãe e tenho que estudar, fazer lição e atualizar todas as redes sociais. Espero que tenham gostado do capítulo! Eu amo seus reviews e sempre respondo TODOS, então me façam extremamente feliz e comentem, por favorzinho? Amo vocês *-*
Wendy (@larrybrisa)



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