As Crônicas Do Oráculo - O Filho De Gaia escrita por NathaliaMarianaCaio
Notas iniciais do capítulo
Escrito por Nathália Brandão.
Personagem Narrador: Charlie.
Sai do meu chalé com fones de ouvido e meu celular no bolso, tão distraída que esqueci que é proibido.
– Charlie me dê isso aqui! – disse Quíron.
– Ah não – respondo, mas dou pra ele.
Quíron coloca o fone no ouvido e parece apreciar a música.
– Que música é essa, Collins? – pergunta.
– 505 do Arctic Monkeys.
–Hm, eu fico com isso.
Eu juro que eu vi Quíron dando uma dançadinha enquanto andava.
– Quíron a aula de arco e flecha é com você? – gritei.
Ele fez que não com o dedo e sumiu com meu celular. Fui andando bem devagar para a orla da floresta.
– Bom dia Charlie. – diz Ravena.
– Dia, Rav! – respondo.
–Oi meninas – diz Noah com um sorriso nada mais nada menos do que conquistador, e claro, como se fosse me assustar, saiu Rupert do nada de um lugar qualquer e abstrato falando:
– Passou o protetor solar? - disse sorrindo.
–Olá sereia – digo para Noah. - e você Aladdin? - disse olhando para Rupert.
– O rei dos ladrões? Ei, eu sou sensível - disse ele fingindo choro e abrindo um enorme sorriso logo depois.
– Oi Ravena. - disse Plínius, dando-lhe um beijo na bochecha.
– Ahm... Oi. - ela disse baixinho (Rupert fingia vômito num arbusto próximo).
Todos estavam esperando (na orla da floresta) e estavam com cara de dúvida, já que o professor não era o Quíron. De repente, um homem alto, de olhos pretos e cabelos quase louros aparece e com uma cicatriz horrível no queixo, talvez ele tenha feito isso ao se barbear, eu não sei.
– Meu nome é Jones e vou ser professor de vocês por um tempo e sim, eu sou um semideus, filho de Apolo.
– O que vamos fazer hoje? – pergunto.
–Preparei uns alvos pra vocês na floresta... E você é? – perguntou Jones.
–Charlotte Collins, sua meia-irmã.
–Hm, ótimo, então você começa... Façam uma fila atrás dela!
O primeiro alvo estava escondido nas folhas, nada muito difícil, acertei de primeira. A mão que segurava o arco estava bem firme e a outra com a mão levemente apoiada no lábio inferior. Meus olhos estavam fixos no alvo. Uma respiração profunda e arremesso a flecha. Bem no alvo. O próximo era Nicholas, acho que ele nunca usou um arco porque quando ele preparou a flecha e puxou pra trás ele acabou batendo o cotovelo no rosto e a flecha percorreu uns 10 centímetros.
Cada vez o alvo fica mais longe e uns chegam a se mexer, Noah não conseguia nem por a flecha no lugar certo e muito menos acertar o alvo.
Ravena, Noah, Annie e Rupert eram tão ruins quanto Nicholas e a Dianna, sinceramente, é até melhor do que eu.
– Você é uma espécie de ninja ou algo assim? - indignou-se Noah.
– Todos nós temos habilidade em alguma coisa, não é mesmo? - eu disse.
Jones foi andando pra acompanhar o progresso dos outros campistas, na verdade ele nem parecia se importar.
Rupert passou do lado de Noah e apertou a bunda dele, como isso se isso fosse a coisa mais normal do mundo. Eu olhei pra ele, esperando uma explicação.
–Ele é meio possessivo – disse ele, rindo.
–Precisamos treinar mais, você é tão ruim que me dá náuseas – digo, tentando não rir.
– Eu nasci para ser espadachim não arqueiro! - irritou-se.
Fiquei vermelha. O mundo girou. Lembrei-me de tudo que me faz gostar dele. Tudo o que aconteceu antes disso. Vários Noah's apareceram sorrindo. Ele me beijou. Ouvi risos. Senti alguém me puxando, era Jones. Cai de volta no mundo real, droga.
–Charlie o que você está fazendo? – perguntou Noah, olhando pra mim, eu estava de olhos fechados fazendo biquinho. Nunca houve beijo nenhum, apenas a minha fértil imaginação me enganando.
–O quê? Nada! – respondo.
– Parem de conversa paralela! Já para a fila! - gritou Jones.
Virei e sai andando, voltei pra fila e treinei arduamente, o que importa agora é sucesso na missão, aquela profecia me assusta. Eu não quero falhar e parece que os meus amigos também não.
O treinamento acabou e Jones congratulou à a mim e à Dianna. Enquanto aos outros, todos precisam melhorar. Ravena, Noah e Annie conseguiram acertar duas vezes e Rupert encantou suas flechas para perseguirem Plínius e não acertou nenhuma flecha.
A caminho do chalé, encontramos Quíron que dizia:
– Boa tarde! Ás sete quero vocês no pavillhão! Temos novidades!
– Pode deixar! - eu disse.
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