As Crônicas Do Oráculo - O Filho De Gaia escrita por NathaliaMarianaCaio


Capítulo 8
Cap8 - O caminho mais curto para o fracasso/Ravena


Notas iniciais do capítulo

Escrito por Mariana Lopes.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/354577/chapter/8

Seria bem mais fácil e tranquilo se eu te falasse que foi tudo bem porque não foi. Faz semanas que estou aqui e quase todas as noites eu tenho o mesmo sonho. Deuses morrendo, como se a imortalidade não restasse e escutava as risadas de Gaia ecoando em meus ouvidos. Eu via meu próprio pai enfraquecendo e a medida que aparecia uma ruga em seu rosto e sinais de velhice apareciam, mais almas eram libertas. Mais monstros. Eu sentia cada alma. Um era Vincent Ruy, suicídio. Esther Ryan, velhice. Tyler Long, homicídio. Eu via cada alma, como cada um havia partido. Era simplesmente horrível. Eu me sentia parte de cada pessoa que morria.
Pus minhas vestes do acampamento, e logo quando trancava a porta do Chalé que compartilhava com Fletcher, um companheiro ronronante e mais bilhões de discos antigos de bandas de rock, eu escuto algo como um chamado de emergência já treinado antes por Quíron. Um barulho como uma vaca urrante. Olhei para os meio-sangues que conversavam perto dos chalés, dentre eles Charlie e Nicholas, que olharam pra mim com um olhar preocupado.

– Ravena, eu tenho tido sonhos horríveis - e ele me contou o sonho.

Tudo aquilo aprecia um aviso. Alguma coisa está prestes a acontecer.

– Então você também tem sonhos Nicholas? Eu tenho sempre o mesmo sonho... - e contei-lhes o sonho.

Charlie parecia bem prestativa, olhava em meus olhos como se estivesse pensando em alguma forma de alguma coisa dar certo. Já Nicholas em cada palavra ele tremia ou suspirava e fala baixinho algo como "ferrou".

– Gente, eu estou com medo. Isso pode ser um sinal, Quíron tem que saber. - disse Charlie.

Corremos juntos em direção a sala de Quíron enquanto os outros campistas corriam em direção aos refeitórios. Chegando lá, Quíron estava com Rupert e Noah, que pareciam seriamente preocupados.

– O QUE HOUVE QUÍRON? - perguntou afobadamente Nicholas.

– A profecia. - Quíron disse calmamente. - Está prestes a acontecer... E tudo indica que vocês fazem parte dela...

– Mas o que? Por quê ? - perguntei.

– É o que Rachel diz... - neste momento, uma garota ruiva, e cheia de sardas entrou, aparentemente tonta como se estivesse com náuseas.

– Quíron, são eles, eu nunca tive tanta certeza, o espírito de Delfos despertou em mim quando os vi passeando pelos bosques depois da caça aos diamantes que houve faz um tempo. Eu tinha me escondido. E é como se cada um fosse um quebra-cabeça...


– Quem exatamente? - perguntou Quíron.

– Ravena, Charlie, Nicholas, Rupert, Dianna, Noah, Annie e Plínius. Alguns são do acampamento a mais tempo mas sabe, quando eu vi todos finalmente no Acampamento foi como se um ciclo tivesse se completado. - ela disse trêmula.

– Fique calma Rachel, você tem certeza que foi isso? - perguntou Charlie, acolhendo-a para um abraço.

– Nunca tive tanta certeza. Isto me lembra muito Percy - ela corou ao dizer o nome dele - Annabeth, Hazel, Frank, Leo, Piper e Jason.

Nunca vi Noah e Rupert, tão sérios. Rupert olhou para Quíron que acenou com o olhar para ele, então ele se retirou da sala sem dizer uma palavra.

– O que houve Quíron? - perguntou Nicholas. - Aonde ele vai?

– Foi chamar Annie, Plínius e Dianna. Se tem uma coisa que vocês precisam é de treino intensivo. Ou morrerão sem escolha. Vocês tem muita sorte, ou muita falta dela. - ele disse misteriosamente. - Se alcançarem os objetivos será glória eterna, mas antes de tudo é melhor rezarem para todos os deuses, vamos precisar de toda a experiência possível. Tudo indica que só temos uma semana.

Logo Rupert adentrou a sala com Annie, Plínius e Dianna. Plínius olhava para Quíron que explicava detalhadamente o que acontecia. Era um menino ruivo, muito bonito a não ser pelos olhos cheios de fúria. Ele escutava cada palavra com atenção, em seus olhos eu via o desespero para matar os monstros que ele tinha. Annie parecia estar reunindo coragem, era muito fofinha, delicadinha, mas em seus olhos eu via a dureza, a esperteza e habilidade. Provavelmente ela não era tão delicadinha assim. Dianna parecia ser a mais velha, e mais sábia, não parecia surpresa. Enigmática e inteligente, parecia do tipo que matava o monstro apenas com um peteleco. Todos os três estava entusiasmados.

– Quando começam os treinos? - perguntou Plínius.

– Agora. - disse Quíron se retirando da sala. - é melhor me acompanharem.

Ele nos levou até a sala que se dizia por meio de uma placa que pertencia ao Sr. D.
E lá estava ele, com uma camisa extremamente larga e colorida, shorts de onça e tênis laranja-berrante. Um verdadeiro querubim emburrado. Ele olhou para nós com desdém e disse:

– Ah Quíron não me diga que esses fulaninhos são os meio-sangues? Ah eu esperava mais... - ele disse estalando os dedos e imediatamente em sua taça, o vinho preenchia até a metade.

– Legal - disse Nicholas.

– Então meio-sangues - começou ele abrindo os braços - preparem-se para morrerem!

– Me desculpe senhor, mas isto não está nos meus planos - disse Plínius.

– Se estivessem mais seis de você Plâncton, garanto que a coisa seria diferente.

– É Plinius, senhor. - disse ele educadamente.

– E qual é a diferença? - Sr. D disse aparentemente inocentemente.

– N-nada - disse Plinius.

– Então. Eu e Quíron treinaremos vocês em uma semana para um combate que provavelmente vai durar mais tempo do que dezenas de semanas. Sugiro que se esforcem o máximo. O que está acontecendo é que existem cinco caixas, que formarão a profecia real. Nessas caixas vão achar partes delas, cada frase está em cada caixa. E vocês terão que achá-las, sendo que cada caixa está impossível de achar. Pelo que sei essas caixas tem parte de um espírito do passado. Elas estão em qualquer lugar e qualquer coisa poderiam ser elas. - como horcruxes, eu pensei. - Não é um monstro, não é um titã. São exércitos que estão atrás delas, cada caixa foi gerada de um modo diferente. As caixas tem um aspectos diferentes, e nem todas tem coisas boas. Não esperem achar uma caixinha linda na sua frente. Ela pode tentar comer você. Os espíritos não são necessariamente amigos.

Depois desse discurso reconfortante, eu suspirei e pensei "Já era".

E quando Quíron falou em começar agora ele estava falando sério mesmo. Ele nos levou para o campo de batalha aonde começou a falar:

– Todo o acampamento está protegido, mas com o treinamento de vocês essa parte não estará mais e nem a floresta. Qualquer coisa pode matar vocês, mas sugiro que se acostumem pois tudo que ver vocês vai tentar matá-los, mutilá-los ou só atrasá-los. Primeiro façam uma luta entre si. Rupert, Noah, Annie e Dianna versus Charlie, Nicholas, Ravena e Plínius. É por eliminação, quem cair no chão sai da luta. Isto é só para ver o nível de vocês. Boa sorte!

A luta começou devagar, mas Noah e Rupert com suas artimanhas e objetos de distração logo botaram Nicholas no chão. Então ele saiu tristonho e Charlie deu-lhe uns tapinhas nas costas e murmurou algo do tipo "é só um treino". Eu tentei fazer o máximo para derrubar Noah, ele lutava muito bem, mas sua guarda não estava protegida. Derrubei-lhe na sorte. Restava eu, Charlie, Dianna, Rupert, Annie e Plínius. Logo Rupert tirou de seu colete uns macaquinhos que vaziam cócegas para Charlie, que saiu rolando e gargalhando do campo de batalha, e acidentalmente derrubou Annie no meio das risadas. Foi preciso ajuda de Quíron para que parasse de rir, estava ficando roxa. Eu estava lutando contra Dianna que conseguiu me desarmar então eu caí no chão. Ela esgrimia muito bem, tive que admitir. Rupert conseguiu fazer uma rasteira e ela caiu no chão lindamente, e saiu rolando no chão e ficou com o rosto cheio de terra. Logo Rupert e Plínius estavam lutando, Plínius dava ataques de arrancar o fôlego, mas Rupert era muito ágil e conseguia se desviar com dificuldade. Logo, quando Rupert foi atacá-lo ele se desviou e pôs ele no chão, agarrou-lhe o pescoço e quase o enforcou. Foi preciso que nós tirássemos ele de cima de Rupert.

– Calma cara, é só um treino - disse Rupert massageando o pescoço dolorido.

– Me desculpe, eu me excedi. - disse Plínius secamente.

Depois de sete longas horas de treino com monstros e criaturas Quíron disse:

– Basta por hoje, podem descansar.

– Ufa, eu pensei que nunca iria parar - disse Rupert.

Amanhã, às cinco e meia da manhã eu quero vocês aqui. Charlotte, iremos ver o que você consegue com o seu Arco.

– Pode deixar Quíron! Até !

Saindo de lá Annie disse:

– Caramba, eu pensei que ele iria fazer a gente morrer de cansaço.

– Se quisermos nos sair bem nessa tal de profecia vamos ter que fazer mais do que isso. - eu disse reunindo coragem.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "As Crônicas Do Oráculo - O Filho De Gaia" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.