Sozokujin escrita por An Imaginary Angel


Capítulo 35
So sorry but... Eu não fazia ideia...


Notas iniciais do capítulo

Bem, agradeçam o meu "bom humor" de me conformar com apenas 2 comentários...



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TOC, TOC, TOC

Mas, pelo visto, não vai ser agora.

–Quem é ??? - perguntei meio irritado. A gente não pode nem mais pensar em paz, meu Deus ???

–Sou eu, o Sasuke. - respondeu do outro lado da porta. - Posso entrar ??? - perguntou abrindo uma brecha da porta.

–Pode, pode. - respondi desinteressado e fazendo um sinal com a mão para que ele entrasse.

–Queria conversar com você. - revelou Sasuke.

–Sobre ??? - perguntei.

–Sobre o que você conversou com Minato. - respondeu sentando na cama e me encarando sério.

–O que ??? Agora todo mundo vai ficar me interrogando para ver se eu falo alguma coisa ??? Eu não vou falar já disse. - explodi de raiva. Não sei se era raiva exatamente... Eu só não quero falar ! Para que falar sobre uma coisa ruim sendo que não vai mudar nada ???

–Por que isso tudo ??? Naruto, ‘cê tá falando comigo. Sou eu, o Sasuke ! O cara que sabe que o Minato é seu pai e que te entende por ter passado tanto tempo sem ver o pai e ainda ser enganado por ele ! Eu também fui ! Eu sei como é e...

–Sabe ??? - o interrompi. - Como eu vou saber que isso não é mais uma mentira sua ???

–O que ??? Eu nunca menti para você !!! - berrou meio irritado se levantando.

–Não ??? E aquela história de que seus pais morreram quando ‘cê tinha 7 ??? Aquilo era verdade e de repente o Jiraya voltou do quinto dos infernos para te assombrar ??? - perguntei ironicamente.

–Não. - admitiu. - Não era verdade.

–Então, você já mentiu para mim. - falei.

–Não era exatamente uma mentira, tá legal ??? Eu só distorci as coisas. - falou abanando as mãos de forma desesperada, em minha opinião.

–É mesmo ??? Então, se é assim, me conte a verdade ! - meio que mandei.

–Claro ! - exclamou para minha surpresa. - Se é assim que você quer, eu conto.

–Então, senta ai e conta. - falei ainda meio atordoado.

–Tudo bem. - respondeu se sentando. - Bom, tudo começou quando eu tinha 6 anos. - começou. - Eu morava na Califórnia com meus pais. A gente vivia uma vida normal. Sempre nos demos bem e tal's. Isso, até que minha mãe descobriu que tinha uma doença chamada leucemia. Eu não entendo muito bem, mas, pelo que eu pesquisei na época, o tipo que ela tinha era crônico, ou seja, sem cura. Ela estava fazendo tratamento para amenizar mas ela não estava reagindo muito ao tratamento. O meu pai começou a ficar estranho e isso não tinha começado com a doença. Desde antes ele vinha chegando em casa tarde, vivia saindo e não falava direito para onde ia, saia num dia de manhã e só chegava no outro a noite... Isso só piorava a situação da minha mãe. - ele falava olhando para o chão e com uma cara de quem se lembrava de uma coisa que não lhe agradava. - Ela parecia não querer melhorar. O meu pai nunca tratou minha mãe com muito amor, mas também nunca tinha sido assim. Depois de um tempo, eu comecei a me incomodar com a situação. Um dia, um dos poucos dias que meu pai tinha voltado para casa, eu entrei na mala do carro dele. Queria saber para onde ele tanto ia. Quando o carro parou, eu esperei um tempo e abri a porta. Eu tinha dado um jeito de ela não fechar totalmente e eu poder sair a hora que quisesse. Eu sai a tempo de o ver entrando em um elevador. Esperei para ver pelo indicador em que andar ele tinha parado e vi que era no 12° andar. Peguei o elevador ao lado e cliquei para o mesmo andar. Quando o elevador parou eu vi um corredor amarelo cheio de portas marrons. Eu não fazia ideia de onde estava. Vi uma camareira virar uma curva que havia mais a frente e me escondi. Eu sabia que ela tinha a chave de todos os quartos e, como sabia que o meu pai estava em algum deles, quando ela parou para entrar em um dos quartos, peguei a chave que estava em cima do carrinho que ela tinha deixado no corredor. Escutei uma risada e identifiquei como sendo do meu pai. Escutei de novo e percebi que vinha de uma porta que tinha o número 165 na frente. E... quando eu entrei... - ele cerrou os punhos com raiva. - vi meu pai beijando uma loira. Naquela hora, descobri que meu pai era, na verdade, Jiraya. Ele nunca foi meu pai, só Jiraya. Ele tentou me acalmar mas eu não o escutava. Ele falou que ela era só uma amiga íntima. - ele deu uma risada debochada. - Acho que ele achava que eu ainda tinha 5 anos. Provavelmente ele nem estava lembrado que, naquele dia, eu fazia 7 anos... - Sasuke ficou um tempo sem falar enquanto eu não me atrevia a falar uma palavra. - Ele me levou para casa e tentou explicar a situação. Foi ai que eu descobri que o nome da loira era Tsunade. - eu fiquei muito surpreso naquela hora. Tsunade não é a mulher que Sasuke mencionou na discussão com Jiraya ??? Acho que Sasuke percebeu meu espanto. - É, ela era a Tsunade. Meu pai abandonou minha mãe e eu para ficar com ela. Se não fosse por ela, "Jiraya" ainda seria "meu pai". Eu me revoltei e falei com minha mãe sobre "a loira chamada Tsunade". Ela me falou que já sabia de tudo e que só não tinha se separado do meu pai por não ter dinheiro para pagar as despesas da casa e o tratamento. Por isso, ela nunca falou nada. Eu não me conformava com aquilo mas tive que aceitar. Ou, pelo menos, conviver com aquilo. Naquele dia, o meu pai morreu pra mim. Eu queria ir embora mas não podia sair de perto da minha mãe. Mas isso foi por pouco tempo. No dia seguinte minha mãe acordou pior e levamos ela para o hospital. Ela passou 3 semanas internada e depois morreu. - pude perceber uma lágrima saindo dos seus olhos naquela hora. Era tão duro ver meu único amigo chorando... - No dia seguinte, eu fugi do Jiraya. Passei todos esses anos fugindo dele. Ele me encontrou ano passado em Curitiba e me "prendeu" - fez aspas com os dedos - com ele até um tempo atrás quando eu consegui fugir de novo. Eu só não sabia que ele tinha botado seguranças para me vigiar então, assim que eu consegui sair da casa que ele comprou para me botar, eu fui levado de volta por 4 armários. Depois disso, ele me chamou para conversar e bem... Eu não sei bem o que aconteceu mas... Eu acordei aqui. Hoje, depois que você saiu, ele veio falar comigo e disse que fez isso para manter uma conexão comigo. E disse que, enquanto ele ainda tiver metade do poder que ele me deu, ele pode saber a qualquer hora onde eu estou... Eu não entendi muito bem porque essa preocupação toda comigo mas... Bem, é isso. - finalizou.

–Eu... Eu não sei o que dizer... - revelei.

–Eu sei que é estranho mas...

–Não, sério. Me desculpa.

–O que ???

–Me desculpa. Desculpa por ter pensado que ‘cê era um menino mimado e imaturo. Por ter te chamado de idiota e mentiroso e pensar que você não tinha sofrido tanto quanto eu... - falei rápido. Dei uma pausa e continuei.- So sorry but... Eu não fazia ideia.

–Tudo bem, você não teve culpa. Eu que devia ter percebido que você era confiável e te contado tudo. - respondeu meio que sorrindo.

O silêncio tomou conta do lugar até que...

–Mas e você ??? - perguntou me surpreendendo. - Eu já contei a minha história, me conte a sua. - pediu.

–Bem, tudo começou quando...


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Notas finais do capítulo

Um dos maiores cap's da fic até agora... Acho que está ótimo depois de uma crise dessas not ???



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