–Tá vendo, mais uma vez você tá imitando os outros. E para mim, quem imita é xerox. - falei, secando as mãos em um pano.

–Onde que eu te copiei agora ? - perguntou ele, se fazendo de inocente.

–Você tanto sabe aonde quanto sabe que copiou à mim. - respondi, deixando ele com uma cara de "Como eu sou idiota". Não consegui segurar uma risadinha.

–Pois é. - disse ele derrotado.

Olhei na cara dele e fui para o meu quarto. Peguei uma camisa de meia manga, pois estava um pouco frio (mais não tão frio). Esqueci de falar que depois que vim para cá eles me levaram para comprar umas roupas, já que eu não tive chance de pegar minhas roupas no Brasil. Até que as lojas por aqui são boas.

Enfim. Sai do quarto e fui em direção à porta que dá para rua, que fica na cozinha, aonde Minato ainda estava.

Assim que eu coloquei a mão na maçaneta ele falou:

–Aonde o senhor pensa que vai ??? - falou olhando, de novo, uns papéis.

–Eu vou sair ué. - falei na maior naturalidade.

–Não vai mesmo. - disse ele, agora me encarando.

–Por que não ? - perguntei inocentemente.

–Porque a partir de hoje você está de castigo. - disse ele.

–Ha ! - ri debochadamente - Como se alguém mandasse em mim. - completei ainda debochado.

–Não me faça perder a paciência. - disse ele se levantando.

–Senão ? - adoro provocar com um sonoro 'senão'.

–Senão eu irei aumentar o seu castigo. - disse ele vindo na minha direção.

–Para de ficar bancando o meu pai. - falei irritado.

–Você não tem responsabilidade então alguém tem que tomar conta de você. - disse ele parando na minha frente.

–Pode deixar que eu peço pro Jiraya fazer isso. - falei novamente debochado.

–O Jiraya não cuida nem do filho dele, vai cuidar de você. - falou ele já estressado.

–Por que você acha que eu prefiro a ele ? - perguntei em um tom óbvio.

–Eu te transformei. O meu poder está em você e isso nos liga. Ou seja, eu tenho a responsabilidade de te proteger. O que me faz responsável por você. E eu exijo satisfações suas. - disse ele, ou melhor, gritou.