Doce Veneno escrita por Makiyenn


Capítulo 12
Missão Apollo


Notas iniciais do capítulo

Aviso: Capítulo sem revisão.



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“Inacreditável o quão patético me tornei...”, amaldiçoava-se sentado no banco de uma praça.

 “Ela está me tornando humano...”.

[...]

Quando Ren entrou no hospital e viu Kyoko na sala de espera, teve a sensação de um “déjà vu”. Kyoko estava sentada do mesmo modo que estava no hospital de Kyoto. Aquilo fez Ren ter vontade de abraça-la. Aproximou-se com cuidado, movimentando-se de uma maneira que a garota percebesse sua chegada.

O sorriso fraco que a garota direcionou à Ren, o deixou ainda mais aflito.

- O que aconteceu? – perguntou enquanto segurava a mão de Kyoko, transmitindo segurança para ela.

- Minha mãe... Ela... Acordou. – Ren pareceu surpreso. Pela maneira que a garota se encontrava, pensara que algo tinha acontecido com Chieko. – Ah! Não estou triste por causa disso. Na verdade não estou triste...

- Então, por que está com essa cara? – Ren suspirou. - Você gosta mesmo de me deixar preocupado, Kyoko. – Kyoko corou levemente.

- N-Não me chame pelo nome assim! – puxou a mão e virou o rosto tentando conter o embaraço. Ren arqueou a sobrancelha.

- Está dizendo que outros caras podem te chamar assim, mas eu não? – Kyoko surpreendeu-se com a pergunta, deixando o rubor transparecer enquanto tentava responder àquele ataque.

- É que... Quando você fala assim... Me sinto estranha. É embaraçoso! – Ren sorriu e puxou novamente a mão da garota, dando um beijo suave na palma esquerda dela. Kyoko ficou petrificada. Não estava acostumada com esses ataques repentinos.

- Já disse que adoro te provocar, não é? Acostume-se com isso. – Kyoko virou o rosto tentando não encontrar a expressão de “imperador da noite”.

- Como soube que eu estaria aqui?

Ren lembrou-se da irritação que sentira com a ligação de Reino. Irritação que ele escondeu assim que olhou para Kyoko. Tinha que se controlar, caso contrário, acabaria descontando toda sua raiva na garota. Ela estava muito frágil. – Hm... Não importa. De qualquer forma, o que te deixou desse jeito?

Kyoko saiu de seu transe. Encarou-o por alguns segundos tentando buscar respostas. Desviou o olhar novamente e ficou encarando o chão por certo tempo. Ren apenas continuou segurando a mão dela firmemente. Não queria pressioná-la ainda mais.

- Não sei o que dizer. – Kyoko suspirou e colocou a mão na testa. – Sou uma covarde. – Ren não conseguia entender onde ela queria chegar. – Não sei o que dizer a ela. Não sei se ela vai me aceitar. – Kyoko suspirou e novamente abaixou a cabeça.

- Não vai saber até tentar. – Ren tentava parecer calmo. – Você deveria saber disso melhor que eu, não é mesmo? – Kyoko assentiu como se entendo o que ele quis dizer perfeitamente.

Chegaram à porta do quarto de Chieko. Kyoko segurava firmemente as mãos de Ren. Ele percebera que as mãos frágeis e os dedos finos entrelaçados nos seus tremiam e transpiravam levemente, mas ela não desistiria.

- Quer que eu entre com você? – Perguntou já sabendo a resposta.

- Obrigada, mas eu tenho que fazer isso sozinha. – Kyoko sorriu.

“Não vou mais fugir...”, pensava já segurando a maçaneta da porta. Soltou timidamente a mão de Ren, porém, ele segurou o ombro dela fazendo-a prestar atenção em Ren novamente. Seguro o rosto dela com as duas mãos e encostou sua testa carinhosamente na testa da garota.

- Vou sempre estar aqui para você, Kyoko. – A garota sorriu e Ren viu que os olhos dela brilhavam de alegria e alívio, um alívio que só ele poderia proporcionar.

Pela primeira vez, Kyoko tomou a iniciativa do beijo. Colocou as mãos sobre as de Ren e o beijou com timidez, um beijo curto, mas cheio de significado.

- Eu sei, obrigada... R-ren. – Foi a vez de Ren sorrir. Estava tão surpreso com a atitude dela que não a percebeu entrar no quarto. Sozinho no corredor, encostou-se a porta e colocou as duas mãos sobre ela, como se tentando transmitir força para a garota. Agora era com ela.

[...]

Enquanto isso, do outro lado da cidade, Fuwa Sho encarava o troféu que recebera anos atrás. Jogado no sofá, encarando pelo canto do olho, aquele troféu, que deveria representar sua maior conquista, não representava nada para ele. Sentia-se derrotado por mais que pensasse, por mais que tentasse reverter toda a situação em que se meteu.

Ainda se lembrava de quando recebeu aquele prêmio. Kyoko estava com ele na cerimônia. Era sua acompanhante. Naquele tempo ele a tinha nas mãos e mesmo assim conseguiu perde-la novamente. Por um tempo pensou que ela não deveria pertencer a ele, que não era para que eles ficassem juntos, mas essa ideia nunca se fixara em sua cabeça. Ele não conseguia distanciar-se dela.

A volta de Ren não o afetou, ele tinha confiança de que Kyoko manter-se-ia longe do homem que a abandonou, assim como fizera com ele. Mas, ao ver a maneira que a garota olhava para o Ren e a forma como ela se demonstrava dependente dele, percebeu que os sentimentos que ela tivera por ele não passavam de um amor infantil. O que ela sentia por Tsuruga Ren era muito mais intenso, muito mais do que paixão. Era algo que ele nunca conseguiu dela.

Sua agente entrou em seu apartamento, proferindo palavras que ele não fazia questão de escutar. Naquele momento ele estava em outro mundo.

- Maldita Kyoko! – pigarreou alto o suficiente para que Shoko escutasse.

- Você não está ouvindo nada, não é mesmo? – Sho demonstrou nenhuma reação. – Então não vai querer saber sobre o seu próximo trabalho. – deu um sorrisinho. – Envolve a Kyoko.

O rapaz arregalou os olhos e pôs-se de pé. A agente riu novamente e bagunçou os cabelos loiros de Fuwa.

- Com relação a isso você não mudou. – Fuwa corou levemente, de maneira que apenas quem procurasse por seu sinal de timidez conseguisse enxergar. – Vamos, tenho muito a te dizer.

Fuwa deu apenas uma última olhada no troféu, antes de começar a se concentrar em seu trabalho.

[...]


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Notas finais do capítulo

Desculpem o atraso, sério, semana de provas -.-
A boa notícia é que semana que vem eu entro de férias o///
Enfim, espero que tenham gostado.


Comentem ^^



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