Ela É Minha escrita por Novacullen


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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PV EDWARD

Eu ainda não sabia bem o que decidir e me aproximei da casa só o bastante para ouvir as mentes deles, eu queria saber o que estavam pensando de mim e principalmente ver se por acaso a Alice já tinha visto o que eu decidiria quando os pensamentos de meu pai me chamaram atenção.

— Me devolva para o orfanato, daqui a dez meses eu completarei 18 anos e sairei de lá mesmo.— disse Bella a ele usando a linguagem dos sinais.

Ela é muda! Nossa! Agora fiquei mais curioso ainda para saber sua história, perguntarei ao papai depois.

Mas porque Bella queria ser devolvida? Será que se arrependeu de viver com vampiros? Bom até que eu a entendo, que humano em sã consciência cogita viver sob o mesmo teto que vampiros? Ela só podia ter tido um pequeno surto quando aceitou isso.

— Não, você não é uma coisa para ser devolvida, você é minha filha e ficará com sua família.

— Edward já era seu filho antes de mim. Ele tem mais direito de estar aqui do que eu.

Era por minha causa que ela queria ser devolvida e não porque se arrependeu. Isso me fez sentir totalmente culpado, se não fosse por minha atitude ontem ela não estaria pedindo para ser devolvida hoje. Eu só trago tristeza para minha família mesmo.

— Vocês são igualmente meus filhos.

Eu não vou abrir mão de nenhum dos dois. — pensou Carlisle decidido.

— Não é justo com Edward e nem com vocês, ele decidiu voltar para vocês, mas eu estou empatando isso.

— Bella não é bem assim.

— É sim.

— Filha me escuta. - pediu papai quando ela saí do escritório indo até a sala.

Corri rapidamente em direção a casa e entrei na sala.

— Você fica! - digo de maneira firme a Bella que me olhou surpresa.

E o cheiro dela me atingiu em cheio, mas ignorei a queimação na minha garganta, eu a faria ficar nem que para isso eu tenha que lutar cada segundo para ficar no mesmo ambiente que ela sem ceder ao desejo de seu sangue até convencê-la de ficar. Bella não iria embora dessa casa, não por minha causa.

— Filho! - Carlisle fala feliz por me ver. 

E toda a nossa família veio para a sala também.

— Não posso ficar.

Vi na mente de papai o que ela quis dizer.

— Eu já disse que você fica.

Bella se virou totalmente para mim e começou a fazer sinais com as mãos, mas eu não entendo a linguagem dos sinais.

— Fale ao papai o que quer me dizer só assim vou entendê-la, eu não sei a linguagem dos sinais, e não sei por que, mas eu não consigo ler sua mente também.

E todos me olharam surpresos, até hoje isso não havia acontecido comigo. Como essa garota consegue me impedir de ler a mente dela? Questionei-me impressionado.

— Você ler mentes! – diz Bella surpresa usando o papai como eu havia sugerido para que eu entendesse o que ela queria dizer.

— Depois de tudo o que sabe deles você ainda fica surpresa com algo sobre nossa espécie. – e dessa vez foi eu que fiquei surpreso.

— Essas coisas não se veem toda hora, não é algo que dá para se acostumar rapidamente, mas porque não consegui ler minha mente?

— Tem razão, mas não sei por que, você me bloqueia eu não sei explicar como. Mas voltando ao assunto você fica. – soou mais uma vez firme.

— E você?

— Eu... - eu ainda não tinha essa resposta. Mas provavelmente será não, o cheiro dela estava me tentando demais.

— Só um de nós pode ficar e como eu cheguei depois nada mais justo que eu vá embora.

— Quantas vezes eu tenho de repetir que você fica.

— Eu já estou acostumada a não ter família Edward.

Bella falou como se isso não fosse nada demais, sendo que isso é tudo demais.

— O que aconteceu a você? – perguntei querendo saber sua história.

— Em resumo minha mãe teve depressão pós-parto, meu pai contratou uma babá para cuidar de mim durante o dia enquanto ele estava no trabalho, já que minha mãe devido à depressão não conseguia nem chegar perto de mim, quando eu tinha seis meses à noite papai ao chegar do trabalho me deu a mamadeira antes de eu dormir como sempre fazia, mas nesse dia eu ao tomar a mamadeira comecei a chorar como se sentisse dor. Meu pai me levou ao hospital e descobriram que eu havia ingerido soda cáustica.

Arfei chocado com a monstruosidade que fizeram com ela.

Céus! Isso não se faz com ninguém muito menos com um bebê indefeso.

— Meu pai chamou a polícia e descobriram que minha mãe colocou soda cáustica na mamadeira depois que a babá havia ido embora. - foi a própria mãe dela, mas que coisa horrível —Ela disse que fez isso porque não suportava mais ouvir meu choro e ela foi internada numa clínica psiquiátrica e cinco meses depois me deram alta do hospital, me curei de quase todos os danos, com exceção das minhas cordas vocais que foram extremamente prejudicadas, e não há jeito de reverter isso.

— Eu sinto muito.

—Não sinta, já me conformei com isso. E terminando á história dois meses depois minha mãe fugiu da clínica e matou meu pai e em seguida se matou.

Nossa! A história dela é triste demais!

— Eu não tinha mais família então me mandaram para o orfanato de onde só sai agora quando sua família me adotou.

— Nossa família. – a corrigi- Eles acham que eu sou capaz de conviver com você, então eu ficarei também.

Eu não sei por que, mas algo me dizia que eu tinha de fazer de tudo para que Bella permanecesse conosco. Mesmo que para isso eu tenha que lutar bravamente contra o desejo que tenho por seu sangue para conseguir conviver com ela na mesma casa.

— Não importa o que eles acham, isso só vai dar certo se você acreditar que pode conviver comigo. 

A olhei incrédulo pelo seu modo de pensar. Era o mesmo de papai e Jasper, e eles três estão completamente certos.

— Eu posso fazer isso. - soou convicto olhando em seus olhos.

Eu tinha de conseguir fazer isso, acrescentei mentalmente.

— Você pode me dar um voto de confiança e ficar conosco?

— Sim eu posso Edward. – e vi ali em seus olhos que ela realmente confiava em mim. E nesse momento jurei a mim mesmo que nunca iria quebrar essa confiança que ela depositou em mim.

E todos ficaram felizes com a minha decisão de ficar.

— Obrigada maninha.

E ela sorriu de forma sapeca para mim. E não entendo por que.

— Você por caso se deu conta de que oficialmente acabou de perder seu posto de caçula da família, não é?

Ah! Agora entendi o seu sorriso.

— Mas eu não posso continuar com os privilégios, não?

— Nem pensar que eu vou abrir mão deles.

— Ah! Sua interesseira. - brinco com ela.

— Não achou que eu o convenci de ficar por você, achou?— Bella soa brincalhona também.

E nossos pais e irmãos estavam se “acabando” de rir da nossa conversa sobre privilégios.

— Você é uma pestinha!

— Costumam dizer que eu sou adorável. — Bella disse de forma brincalhona, mas tinha um fundo de verdade, papai havia dito que ela era adorável para mim.

— Isso você também é. – concordo de maneira sincera.

E Bella ficou corada com o que falei.

— Er... mãe onde fica meu quarto? – digo querendo sair sutilmente de perto de Bella, o pequeno acúmulo de sangue que deixou as bochechas delas coradas fez a queimação na minha garganta aumentar consideravelmente. Apenas Jasper percebeu meu incômodo, mas não disse nada, já que apesar do incomodo eu ainda estava tendo controle sobre minha sede.

— Venha eu vou te mostrar filho, o decorei pensando em você espero que tenha acertado. - diz mamãe enquanto subíamos as escadas.

Eles estavam tão eufóricos com minha decisão de ficar, mas eles não têm ideia de que eu conviver com Bella será mais difícil do que pensam, o sangue dela me tenta de uma forma que nenhum outro sangue me tentou de forma igual, mas apesar disso, nunca mais cederia ao desejo de sangue humano, eu faria isso por minha nova irmã, pelos demais de minha família e principalmente por mim. Eu vou conseguir ter domínio sobre minha sede ou eu não me chamo Edward Cullen.


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Notas finais do capítulo

até sábado!