Meu celular tocava freneticamente e eu não estava nem um pouco com vontade de levantar da cama e atendê-lo. A noite passada foi longa e cansativa naquela boate. Meus pés estavam me matando de tanta dor. O telefone parou de tocar. Ótimo! Enfiei a cabeça debaixo do travesseiro tentando me esconder da claridade que já invadia meu quarto. Meus olhos pesavam e quando estava prestes a pegar no sono novamente, o celular voltou a tocar. Droga! Eu sabia que a pessoa não ia desistir, então levantei com os olhos entreabertos e fui pegar meu celular que estava na mesinha em frente a cama. Atendi sem ao menos olhar no visor quem era.

– Quem é o filho da puta que me acordou? - disse com um tom mal-humorada

– Calma, princesa. Acordou nervosinha, é? - não acredito que era o Damon.

– O que que você quer, Damon?

– Eu queria saber se você tem planos para mais tarde. – ele falou em um tom tão sexy que algo mexeu dentro de mim

– Errr... eu tenho sim - respirei fundo

– Mas a noite você está disponível? – o que ele estava querendo afinal?

– O que você quer, Damon? Fala logo!

– Tem como eu te pegar ai as oito para a gente dar uma saidinha? - ele perguntou

– Não, tenho um compromisso e me parece que vai durar a noite inteira. Melhor, a noite, a madrugada e talvez a manhã seguinte toda também - falei com uma voz meio sedutora. Eu já tinha acordado e eu queria ver a reação dele.

– Ah que isso, Elena, não acredito que você vai sair pra transar com o Mason. – ele estava com ciúmes?

– Quem disse que é com o Mason?

– Gilbert, tu tá maluca é? - ele definitivamente estava com ciumes

– O que? Não estou fazendo nada de mais, Damon.

– Nada demais né?

– Duvido que se fosse com você, você não estaria dando esse piti todo.

– Por que, você está a fim de que fosse comigo? Continua sonhando comigo, Gilbert? - argh, como ele podia ser tão sedutor assim. A voz dele invadia meu corpo me fazendo remexer por dentro.

– Obvio que não!– menti. Claro que eu tinha acabado de sonhar com aquele par de olhos azuis - Me esquece, Salvatore! - desliguei o celular e o joguei sobre a cama.

Resolvi tomar um banho para me acordar de vez. Depois troquei de roupa e fui procurar algo para comer. Como não havia ninguém em casa, peguei minha bolsa e fui dar uma volta para encontrar algum lugar para almoçar. Havia um restaurante simples perto de casa, entrei e o cheiro me parecia bem caseiro. Resolvi fazer minha refeição ali mesmo.

O almoço caiu muito bem, a comida era bastante apetitosa e o lugar bem aconchegante. Paguei a minha conta e fui dar uma volta no Central Park. O dia estava ensolarado e com o clima bem agradável. Fui passeando pelo Central Park que estava bem movimentado por ser sábado. Sentei em um banquinho onde me dava uma visão privilegiada do lago. Me bateu uma saudade de casa, da Jenna, do Jer e até do Ric. Fitei meu pés que passavam levemente pela grama e senti então uma presença ao meu lado. Levantei devagar a cabeçar para saber quem era e me deparo com o par de olhos para penetrantes que já vi. Damon me estendia uma casquinha de sorvete. Olhei para o sorvete e voltei meu olhar para ele que assentiu para que eu pegasse.

– Como me encontrou aqui? - dei uma lambida no sorvete

– Tenho meus contatos - ele sorriu debochado. Eu bufei e continuei olhando para o lago. - O que tanto pensa? - ele se aproximou de mim - Em mim? - ele deu um sorriso de lado

– HA HA HA, como você é engraçado, Damon. Você acha que o mundo gira ao seu redor, é? - perguntei olhando firme para ele.

– Talvez - bufei novamente. - Agora sério, Elena, em que você estava pensando? - olhei sério para ele e resolvi responder.

– Na Jenna, no Jer e até no Ric. - voltei meus olhos para o lago

– O quê? Como ousa, Elena? Pensar no meu melhor amigo e não pensar em mim?

– Nossa, Damon, como você é engraçado. - olhei para ele séria. - Você sabe o que eu quis dizer - ele se aproximou mais de mim e nossas pernas agora se encostavam. Ele passou o braço pelo meu ombro e eu encostei minha cabeça em seu ombro - O que pensa que você está fazendo? - sussurrei em seu pescoço e vi sua pele arrepiar com o meu toque quente em seu pescoço.

Ele olhou para baixo encontrando meu rosto o olhando. Estavamos muito proximos, a poucos centimetros um do outro. Olhei para sua boca. Seus lábios estavam sendo molhados por sua língua. Olhei novamente para seus olhos que me fitavam e voltei para sua boca que se aproximava lentamente da minha. Ele iria me beijar. Eu tinha certeza disso. Minha boca pedia desesperadamente pelo seu beijo, mas ele não iria conseguir assim tão fácil. Olhei para minha mão que tinha o sorvete e resolvi dar um gelo nele. Peguei o sorvete e quando ele estava prestes a me beijar, coloquei o sorvete no meio de nossas faces

– Gilbert!! - me afastei e comecei a rir da cara toda lambuzada que ele tinha agora.

– Oops - fingi de inocente - Me deixa limpar para você - me aproximei dele e coloquei minha mão em sua coxa - Pobre Damon, está todo lambuzado de sorvete - fiz um biquinho e passei o indicador em sua boca limpando o sorvete e lambendo meu dedo em seguida. Eu olhei brincalhona para ele que soltou um sorriso malicioso. - Espera aqui tem mais - desta vez usei minha boca e suguei um pouco do sorvete que estava no canto de sua boca. Lambi meus lábios e ele me olhava muito sério. Repeti o mesmo gesto do outro lado de sua boca e desta vez apertei firme sua coxa. Ele se retraiu instantaneamente - O que foi? - olhei inocente para ele que retirou minha mão de sua coxa e se afastou

– Deixa que eu limpo isso aqui, você está muito lenta e não quero ficar com a cara toda suja de sorvete - ele retirou um lenço do bolso e começou a se limpar.

– Poxa, Damon, eu só estava te ajudando. - fiz carinha triste e olhei para o chão

– Ah, Gilbert, ajudar desse jeito não dá. Estamos no meio de um parque rodeados de crianças, adolescentes e adultos, em um lugar público, e se você continuasse a me limpar daquele jeito, eu não sei se seria capaz de me segurar. - olhei para ele e sorri maliciosamente. - Mas, talvez, se você quisesse repetir isso lá na minha casa eu deixaria você continuar sem medo - ele sorriu e eu sorri de novo.

– Ok então - dei de ombros e ele arregalou os olhos para mim. - Vamos? - estendi a mão e ele olhou novamente para mim. Ele soltou um sorriso sapeca e agarrou minha mão.

– Sério? - ele ainda estava incrédulo comigo

– Sim. Mas vamos antes que eu mude de ideia - ele me puxou pela mão e me direcionou até seu carro.

No caminho para casa, ele parou em uma sorveteria e comprou um pote de sorvete de morango como tinha me perguntando qual sabor que eu mais gostava. Chegando em seu apartamento, Damon fez sinal de silêncio para mim e me levou até onde parecia ser seu quarto. Me sentei na cama dele e ele trancou a porta. Ele caminhou até a sua cama deixando seus sapatos no meio do caminho e jogando sua jaqueta no chão ficando apenas de camiseta e calça jeans.

– Bem, por onde começamos? - eu perguntei olhando para ele que deixava o pote em cima de sua cama.

– Eu começo - ele abriu o pote, pegou um pouco de sorvete e lambuzou minha boca. Ou sorvete escorre e caiu sobre o decote. Damon olhou onde o sorvete tinha caido e deu um sorriso maroto.

– Espera - o parei quando ele já vinha em minha direção me "limpar" - não vai sujar sua cama e seu quarto todo?

– Não me importo. Depois eu mando lavar. Sujar não é problema - ele respondeu e voltou a se aproximar

– Tudo bem - assenti e logo já sentia sua lingua quente limpar o sorvete que estava em minha boca.

O contraste de temperatura do sorvete e da boca de Damon me dava arrepios e uns choques percorriam meu corpo todo. Ele foi me deitando em sua cama e ficando por cima de mim começou a descer pelo meu pescoço depositando beijos onde não havia resquício de sorvete. Ao chegar no colo, ele olhou para mim e sorriu. Começou a passar a língua rapidamente pela região e senti sua mão apertar meu seio direito me fazendo contorcer. Ao limpar toda aquela região, Damon tirou minha blusa, me deixando de sutiã, e pegou mais um pouco de sorvete e espalhou sobre minha barriga e voltou a lamber e beijar toda a extensão agora a mostra. Ao passar pelo umbigo, ele abriu o botão do meu short e começou a descer até o cós da minha calcinha. Ele estava me deixando louca. Peguei seu rosto e subi com ele até a região do meu colo novamente. Ele não teria o prazer de chegar ali tão fácil assim.

Deixei ele continuar limpando o pouco do sorvete agora derretido ali e peguei sua boca e levei até a minha dando um beijo longo nele. Separei nossos lábios e me virei deixando ele agora em baixo de mim.

– Minha vez! - sorri maliciosa para ele que soltou outro de seus sorrisos irresistíveis.

Damon queria logo se livrar de sua camisa e com sucesso o ajudei. Peguei o sorvete e passei em sua boca levando até a região de seu umbigo e olhei para ele. Comecei a limpar sua boca fervorosamente e fui descendo devagar pelo seu pescoço deixando beijos e chupões por ali. Minha mão esquerda segurava forte em seu braço másculo, enquanto a outra já se encontrava no cós de sua calça e foi quando notei que ele já estava explodindo de tanta excitação. Fui descendo com pequenas lambidas até chegar ao cós de sua calça abrindo o botão e descendo o zíper. Realmente ele estava explodindo por dentro. Olhei para ele que estava de olhos fechados.

– Tic-toc, hora de ir - sai de cima dele e peguei minha blusa vestindo-a e fechando meu short

– O quê? - ele abriu os olhos e se sentou rapidamente na cama - Como assim, mocinha, venha terminar seu trabalho. Eu ainda estou todo sujo de sorvete - na verdade ele não estava todo sujo de sorvete, mas ainda tinha sorvete e ele tinha me deixado limpinha.

– Não posso, Salvatore, eu te disse que tinha um compromisso hoje. Não posso faltar - o olhei que ainda me olhava estático na cama.

– Mas, mas .. - ele não conseguia falar nada

– Beijinhos, Damon - fui até a porta, a destranquei e fui embora. Damon ficaria uma fera comigo, mas bem que ele estava merecendo ficar sozinho assim para ver com quem ele estava se metendo.