Enquanto eu passava minha maquiagem, Caroline chegou com seu desespero na porta do meu banheiro:

            -Elena, me ajuda, qual dos dois? – ela me mostrava dois vestidos, um preto e um também preto, mas todo trabalhado na pedraria.

            - O de pedras – escolhi e ela sorriu – coloca um saltão que você vai arrasar! – ela saiu do meu quarto e foi se trocar.

            Eu não estava muito sofisticada, mas estava me sentindo confortável no meu vestido . Terminei a maquiagem: apenas um olho bronze esfumado com um delineador e bastante rímel. Passei um blush, e terminei com um batom rosinha. Estava pronta. Calcei uma sandália com tornozeleira preta com detalhes dourados, passei um babyliss nos cabelos pra deixar com um pouco de movimento,  peguei minha carteira que tinha já meu convite e fui até a sala esperar  pelas meninas. Bonnie já estava sentada no sofá, esperando Caroline pra variar.

            - Uau – disse chegando perto de Bonnie que se levantou e deu uma voltinha – Você está linda! – sorri. Ela vestia um vestido cereja lindo e arrematou com um scarpin preto e uma maquiagem levinha. O cabelo estava solto com uns cachos que emoldurava seu rosto.

            - Você também está linda – Bonnie devolveu o elogio e eu dei uma voltinha pra mostrar todo o look.

            - Eu também recebo elogios? – Caroline chegou na sala e deu uma voltinha. Ela estava com o vestido que eu tinha escolhido, um olho bem marcado, uma sandália preta bem discreta e seu cabelo estava em um coque todo desarrumado.

            - Uau – eu e Bonnie dissemos em coro

            - Você está linda, Car – sorri – Nós estamos lindas! – elas assentiram e fui em direção a porta. – Agora vamos parar de nos elogiarmos e deixar isso para os homens – abri a porta – estamos atrasadas – olhei para o relógio da cozinha que já marcava quinze para dez.

            Descemos e já estava resolvido que iríamos pegar um taxi, afinal queríamos nos divertir muito e não é legal ficar privando alguém de beber. Passou um taxi e por sorte estava vazio, entramos e dei o nome da boate para o motorista.

            - Se me permitem dizer – ele olhou para nós três pelo retrovisor e fiz sinal para que continuasse – Vocês três estão lindas – sorrimos agradecidas pelo elogio e ele voltou a olhar a rua – E já levei bastante gente para a Evolution hoje, está bem cheio lá. Dia de inauguração de boate aqui é sempre assim – ele terminou e ficou em silêncio o resto do caminho.

            Passados alguns minutos, o motorista nos deixou em frente de uma boate que parecia enorme. Havia várias pessoas no lado de fora fazendo uma mega fila. Bonnie pagou a corrida e saímos do carro. Tinha dois seguranças bem bonitos e grandes e ao lado de um deles havia uma morena com um tablet na mão onde devia conferir quem estaria na área VIP. As meninas deixaram com que eu fosse na frente e eu me aproximei da morena.

            - Boa noite – ela sorriu simpaticamente

            - Boa noite – sorri de volta e entreguei o meu convite para ela

            - Vocês estão com quem? – ela me perguntou enquanto pegava o meu convite e os das meninas.

            - Klaus Mikaelson – respondi

            - Certo – ela passou os dedos pela tela do tablet – Vocês, então, devem ser, Elena, Caroline e Bonnie – ela olhou para nós três.

            - Isso! – respondi. Anda logo, eu quero entrar

            - Podem entrar, eles já estão todos na área VIP. É só pegar a escada logo a direita que vocês chegam ao segundo andar.  – eu assenti – E sejam bem-vindas ao EVOLUTION CLUB. Divirtam-se – ela sorriu,  eu agradeci em um sussurro e o segurança deu passagem para nós.

            Fizemos como ela disse e pegamos a escada. Subindo os degraus tínhamos uma imagem panorâmica de toda a boate. A parte de baixo estava lotada e o pessoal estava muito a vontade. A música eletrônica tocando, as luzes coloridas piscando sem parar agitavam o povo na pista de dança. Eu olhava para baixo encantada com o ambiente. Fazia tempo que eu não estava em lugar como este, e eu tinha certeza que era lugares assim que eu queria freqüentar. Meus olhos correram, agora pelo segundo andar, e encontrei uma cabeça loira cercada por homens. Ela se virou levemente para o lado me dando certeza que era Rebekah. Fomos nos aproximando lentamente. Coloquei um sorriso no rosto que logo se desfez ao olhar quem estava na mesa com Rebekah.

            - Elena... – Bonnie colocou a mão no meu ombro – Você quer.. voltar? – ela disse encarando a mesma pessoa que eu. Bonnie e Caroline sabiam de tudo que tinha acontecido.

            - De jeito nenhum – respirei fundo – Não vou deixar que Damon Salvatore estrague minha noite. Não daqui pra frente. Vamos – fui me aproximando devagar da mesa e Rebekah logo nos avistou e se levantou para receber a gente.

            - ELENA! – ela correu e me abraçou e depois deu dois beijinhos em Caroline e Bonnie.

            Ficamos esperando que ela nos apresentasse. Meus olhos teimosamente queria olhar para ele, mas eu forçava para que eles focasse em outras pessoas na mesa.

            - Gente – ela chamou a atenção dos rapazes para nós – Essas são Elena, Bonnie e Caroline – ela apontou para cada uma de nós nos aprensentando. – e esses são: Klaus – um loiro muito bonito que não parava de olhar para Caroline – Mason – outro rapaz meio loiro dos olhos verdes lindos que não parava de olhar para mim – Josh – um moreno com os olhos verdes bem profundos – Stefan – que sorriu amigavelmente para nós – e Damon – que estava cochichando com a garçonete. Tarado. – DAMON! – Rebekah deu um grito ao ver que ele não estava prestando atenção

            - Que fo... – ele olhou para mim incrédulo e eu me sentei ignorando-o.

            Os amigos de Klaus realmente eram muito bonitos e mais velhos. Stefan parecia ser o mais novo entre eles. Rebekah se sentou ao lado de Josh que logo colocou a mão na coxa dela. Deveriam ter alguma coisa. Caroline se sentou ao meu lado , que acabou ficando entre mim e Klaus que logo veio puxar conversa com ela. Bonnie se sentou do outro lado e logo pediu uma bebida para o garçom. Mason que estava a minha frente, não tirava os olhos de mim. Eu sorri timidamente para ele que acabou dando um sorriso largo. Stefan saiu do lado de Damon e veio até mim e Bonnie.

            - Mas que mundo pequeno – ele abriu os braços e eu me levantei e dei um abraço nele seguida por Bonnie. Ele puxou uma cadeira e se sentou entre nós duas. Ele chegou a cumprimentar Caroline, mas sem sucesso, porque Klaus tinha ganhado a atenção da loira.

Stefan ficou conversando com a gente e explicamos que estávamos estudando ali mesmo.  Stefan contou que estava fazendo faculdade de fotografia e que estava gostando muito. E acabou nos repreendendo por não termos entrado em contato com ele. Após algum tempo de conversa, Rebekah convocou todos para irem à pista de dança.  Todos se levantaram. Eu acabei dançando com Bonnie, já que Stefan tinha dado um perdido, Caroline estava na companhia de Klaus e Rebekah dançava com Josh. Porém, não demorou muito para que Mason se aproximasse de mim. E foi pelo ombro de Mason, que vi Damon dançando com uma morena. Pelo jeito, mais um casinho de uma noite, pensei. Mason se aproximou de mim e voltei minha atenção para ele.

- Oi – ele chegou todo simpático e eu sorri – Podemos dançar? Não tive a oportunidade de conversar com você até agora – ele riu

- Claro – ele colocou as mãos na minha cintura e eu coloquei a minha em seu ombro. Ele vestia uma camisa social branca que estava com as mangas arregaçadas, uma calça jeans escura e um tênis preto. A gente dançava e conversava ao mesmo tempo.

- Então a senhorita está fazendo arquitetura? – ele olhou nos meus olhos.

- Sim – eu respondi – como você sabe? – perguntei. Eu não tinha dito isso.

- Rebekah. Ela não para de falar de você. Estava doido para te conhecer – dei um sorriso amarelo – e adorei te conhecer – ele definitivamente estava flertando comigo

- Ah que isso – sorri tímida – e você, o que faz? – dei continuidade a conversa e notei que Damon se aproximava.  

- ... Klaus, na empresa dele. – ele respondeu – Elena? – ele me chamou a atenção e olhei para ele

- Oi? –eu sorri. Droga! – desculpa, não ouvi o que disse.           

- Percebi. Eu estava dizendo que trabalho com Klaus, na empresa dele. – fiz um ‘ah’ com a boca e olhei novamente para Damon que agora se encontrava quase colado nas costas de Mason. – O que tanto te tira a atenção? – ele olhou para trás e se deparou com Damon. Ele se voltou para mim – Damon?

- O que? Não. Nem conheço esse cara – respondi mentindo.

- Conhece sim – O quê? arqueei a sobrancelha – Vi você conversando com Stefan e parecia que vocês eram amigos. E se você conhece Stefan, com certeza, conhece o Damon. Eles não se desgrudam – ele terminou

- É, eu o conheço sim. Mas só de vista – menti novamente

- Não parece – ele olhou para mim

- Vamos deixar Damon de lado, e vamos dançar – ele assentiu e eu me soltei dele. Eu tinha gostado muito de Mason e ele parece ser um cara muito gente fina. E o melhor? Ele não tinha razões como um certo babaca tinha. Ele estava ciente sobre mim, mas mesmo assim não deixou de dar em cima de mim. Eu, então, decidi que ele valeria à pena. Passou um garçom ao meu lado e pedi duas doses de tequila. Não demorou e ele chegou. Peguei uma dose, Mason pegou a outra, brindamos e bebemos em um gole só. Devolvi o copinho à bandeja do garçom e Mason fez o mesmo. A música bem agitada e um pouco sensual tocava e comecei a dançar com Mason e me esfregando em seu corpo aos poucos. Eu sentia seu peitoral bem definidos e seus braços másculos. Ele me acompanhava na dança e passava as mãos pela minha cintura. Estava muito bom ali com ele, eu estava me sentindo bem e ele também. Mason me puxou pela cintura colando nossos corpos. Ele tentou um beijo, mas eu me desviei colocando o meu queixo sobre seu sombro e dei uma risada.  Avistei Damon com a morena e ele me fuzilava. Vamos mostrar para ele como que é o esquema.

            ­­- Danadinho – voltei a ficar cara a cara com Mason e repentinamente depositei um selinho demorado em seus lábios e me afastei. Ele continuava de olhos fechado esperando que eu continuasse, mas fiquei quieta em seus braços. Ele abriu os olhos e me viu rindo.

            - Danadinha é você – ele tentou me beijar e eu me curvei sobre seus braços rindo.

            - Na-não – fiz sinal de não com o dedo indicador e o coloquei em seus lábios molhados

            - Si- sim – ele me olhou com um sorriso maroto. Eu sorri e ele avançou com um beijo. Sua língua pedia ligeiramente uma passagem e eu logo cedi. O beijo começou meio devagar e foi ganhando velocidade. Eu passava uma mão em seus cabelos e a outra estava sobre seu peito. Enquanto ele passava as duas mãos fervorosamente em toda a extensão do meu corpo que ele conseguia alcançar. Nossas línguas exploravam cada canto da boca de cada um. Me afastei pedindo ar e dei um selinho demorado em sua boca. Respirei  e mordi meu lábio inferior e ele sorriu meio malicioso.

            - Preciso de uma bebida – ele soltou minha cintura.

            -  E eu preciso ir ao banheiro – ele olhou para mim que desviei o olhar para baixo e vi que ele estava ficando excitado. Dei um sorrisinho, e fui até o bar.

            - Me dá uma vodca pura, por favor? – Pedi ao garçom e me sentei no bar. Mason iria demorar no banheiro. Enquanto esperava a minha bebida, percebi que alguém tinha sentado ao meu lado. Me virei levemente para conferir quem era e me deparo com dois olhos azuis me encarando.

            - Perdeu alguma coisa aqui, Damon? – perguntei com desdém.

            - Não – e se virou para a garçonete que correu para atendê-lo – Então, linda, me vê uma dose do seu melhor whiskey? – ele correu o olho por todo o corpo da garçonete e deu um sorrisinho malicioso. Eu revirei os olhos e ele notou – Sabe, Elena – ele olhou sério para mim – não imaginaria que te encontraria em uma balada. E imagino que nem Ric e  Jenna. – o que ele pensava que estava fazendo?

            - Por que, Damon? Eu já tenho idade suficiente para freqüentar esse tipo de lugar. Aliás, tia Jenna e o Ric não tem nada a ver com isso. – Cadê essa bendita vodca que nuca chegava.

            - Bem, você não faz esse tipo de garota que sai pra baladas sem compromisso – a bebida dele chegou e ele deu uma piscadinha para a garçonete que se derreteu toda.

            - Você não me conhece, Salvatore.  – falei sério para ele

            - Realmente, Elena, eu não te conheço. – minha vodca chegou e dei uma golada – E você sabia que o Mason trabalha comigo?

            - Sabia – menti. Então, Damon trabalhava na empresa do Klaus também. – E o que tem de errado? – perguntei apoiando o cotovelo no balcão e olhando seriamente para ele.

            - E ele sabe que você é..– ele pausou – bem, nova, caloura da faculdade? – ele deu uma golada no whiskey dele

            - Sim, e ele não se importa com isso. – Me levantei ficando bem próxima de Damon – Aliás, não há nada para se importar. Somos bem crescidinhos. E você, Salvatore – coloquei o dedo indicador sobre seu peito e ele olhou pra onde eu tinha tocado nele – deveria não se importar igualmente. Não existe esse lance de idade nesse mundo moderno. Damon, se os dois querem, não vejo razão para que não aconteça – Vi que Mason me procurava na pista. Voltei para Damon e  terminei – Agora, deixa eu voltar para Mason e fique você ai sozinho – passei a mão pelo seu peitoral descendo até perto do umbigo.

Sorri e me virei. Porém, meu braço foi segurado abruptamente por ele que me puxou e sussurrou:

- E se três quiserem? – ele sorriu no meu ouvido e eu arregalei o olho de leve. O que ele pensa que está fazendo?

- O terceiro apenas sai perdendo por causa de suas razões  anteriores – sussurrei e depositei um beijo em sua bochecha. Ele me soltou

- Você quer brincar, Elena? Então vamos brincar! – ele sorriu malicioso para mim.

Fingi que nem ouvi e não acreditei no que tinha ouvido. Depois de tudo aquilo que ele me falou e me fez passar em Mystic Falls agora ele queria “brincar”? New York mudou tanto esse homem? Eu iria entrar na brincadeira. Eu queria que ele visse o que tinha perdido. Damon iria implorar para ter algo meu, ah se iria. Eu iria fazer com que ele comesse na minha mão, para que ele aprendesse do que eu seria capaz.  Cheguei mais perto de Mason e continuei a dançar com ele. Olhava para Damon sobre o ombro de Mason e ele continuava na mesma posição que eu o tinha deixado. Eu passava a minha mão por todo o corpo de Mason e explorava cada parte daquele corpo másculo. Rebolava, ia até o chão, em um jeito que eu julgava sensual. Aos poucos, eu já sentia a bebida afetar minha cabeça. Eu era fraca pra bebida, principalmente quando se tratava de tequila. Mason me agarrou pela cintura e selou nossos lábios. O beijo foi calmo e longo. Eu passava a minha mão pelos seus cabelos e sentia seu toque quente em minha cintura. Eu precisava de ar. Terminei o beijo e o puxei até a mesa onde estávamos antes. Ele agarrou na minha mão e me  sentou em seu colo. Caroline e Klaus estavam na maior conversa ali na mesa. Eu comecei a observá-los e sentia Mason fazer carinhos em minha coxa. Klaus tentava de todo jeito beijar Caroline, mas ela sempre fazia um charme e desviava. Depois de várias tentativas frustradas, consegui ouvir um pouco da conversa deles.

- Klaus, não vamos forçar, ok? – ela dizia timidamente enquanto Klaus fazia carinho em sua bochechas

- Por que, Caroline? – Klaus dizia com o seu sotaque irresistivelmente britânico

- Eu já disse, eu tenho uma pessoa. – ela disse desviando os olhos para o chão

- E tem certeza que ele te espera? – Klaus perguntou agora entrelaçando suas mãos nas de Caroline e colocando sobre o colo dela.

- Bem .. certeza eu não sei, porque a gente não terminou, mas ele raramente fala comigo e está fazendo faculdade na California. – ela agora olhava para Klaus

- Então, o que que tem de mais a gente tentar algo aqui? – ele perguntou e ela olhou para as mãos entrelaçadas.

- Não, Klaus, eu quero ter certeza que está tudo acabado para poder me envolver de novo – ela soltou as mãos – Me desculpa – ela disse baixando a cabeça e fitando o chão

- Sem problemas, Caroline. Faça o que bem entender – ele pegou o queixo dela e levantando a sua cabeça – Agora, vamos dançar – ele levantou e estendeu a mão convidando-a. Ela levantou e eles voltaram para a pista.

- Elena? – Mason me chamou a atenção

            - Diga – disse e dei um selinho em sua boca – tenho que ir – eu me levantei e ele ficou de pé – Mas a gente se vê novamente, né? – ele perguntou e tirou o iPhone do bolso.

            - Claro – sorri

            - Grava seu número aqui para eu poder ligar para você pra marcar algo pra gente fazer – peguei o iPhone dele e passei o meu celular para ele. Gravei meu número e tirei uma foto nossa para gravar no contato. Ele fez o mesmo. Eu entreguei o iPhone dele e eu peguei o meu.

            - Quer carona para casa? – ele perguntou me olhando

            - Não, obrigada, eu volto com as meninas – sorri

            - Até mais, então – ele me deu um beijo terno

            - Até! – Sorri e fiz tchau para ele.

            Me sentei e pedi para o garçom outra dose de vodca. Eu iria ficar quietinha ali na mesa. Eu já tinha aproveitado bastante a noite. Agora era só esperar as meninas me chamarem para ir para casa. O garçom veio com a bebida, agradeci e beberiquei. Continuei ali sentada só olhando o pessoal na pista. Caroline e Klaus dançando, Rebekah e Josh dançando e se pegando, Stefan com uma loirinha no cantinho conversando e Bonnie com um moreno no bar. Dei outro gole na bebida e senti uma voz em meu pescoço.

            - Mason te abandonou? Coitadinha da Elena – ele disse em meu ouvido e um arrepio subiu até minha nuca.

            - Primeiro – ele se sentou ao meu lado – ele não me abandonou. Segundo – ele colocou a mão sobre minha perna o que fez com que eu instintivamente olhasse para a mão dele – Me divertir muito hoje para me passar de coitadinha – sorri ironicamente para ele – E terceiro, não enche, Damon! – me virei de costas para ele o ignorando

            - Sério mesmo que você vai me ignorar, Elena? – ele passava de leve a mão sobre o meu ombro – Por que antes, você fazia de tudo para ter minha atenção, não era? – percebi que um sorriso brotava em seus lábios.

            - Não vou negar, Damon, eu queria ter sua atenção sim, mas até descobrir quem você realmente é. Mas isso é passado – disse rispidamente para ele ainda de costas

            - E o que você descobriu que eu sou? – ele perguntou colocando o queixo sobre meu ombro

            - Precisa mesmo falar? – me virei rapidamente e encontrei seus lábios. Ele colocou sua mão na minha nuca e prensou nossos lábios. Ele pedia passagem, e eu queria ceder, mas Damon não ia conseguir assim tão fácil. Me soltei dele e percebi que ele tinha um sorriso vitorioso nos lábios

            - Descobriu que eu tenho um ótimo beijo, não é, Elena? – ele disse

            - Ótimo beijo porcaria nenhuma – menti. Na verdade, agora meu corpo pedia desesperadamente por um beijo dele, pelo seu toque macio em meu corpo.

            - Quando quiser é só pedir - ele deu um sorriso de canto que abala a minha estrutura e pegou o meu celular que estava em cima da mesa – Alias, se quiser é só ligar – ele gravou o celular dele em minha agenda – Agora, vamos, tira uma fotinha comigo. – ele se aproximou de mim para tirar a foto e fiquei de cara fechada – Um sorrisinho , Elena – ele continuava com a câmera na minha frente e com o rosto colado no meu. Dei um sorrisinho meio falso e ele bateu a foto – Pronto, se quiser qualquer coisa – ele se aproximou do meu ouvido – Qualquer coisa mesmo, se é que você me entende – ele se afastou – é só ligar, ok? – deixou o celular em cima da mesa – A gente se fala. – ele deu uma piscada para mim e partiu.

Que cara mais convencido!, pensei. Convencido mas que mexe com você todinha, sub deu o ar de sua graça. Era verdade, eu ainda gostava dele, mesmo depois de tudo aquilo que ele me disse. Mas parecia que aqui ele era um outro Damon. Um Damon sedutor, que não se importa com nada e com ninguém. Um Damon cafajeste e que honrava o que era dito sobre ele. Um Damon que eu não conhecia. Mas que agora eu adoraria conhecer. Mordi o lábio inferior me repreendendo do que tinha acabado de pensar. Bebi outro gole da vodca e voltei a fitar a pista de dança agora mais vazia que antes.