Destination Unknown escrita por reallybarbara


Capítulo 3
I got a good feeling, yeah


Notas iniciais do capítulo

capítulo novinho com parte delena pra vocês;
esclarecimentos:
1. a história NÃO conta com a presença de seres sobrenaturais
2. nos próximos capítulos ocorrerá uma passagem de tempo.



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O despertador soou alto. Droga, tá na hora de acordar. Meu sub-inconsciente apareceu. Dei um pulo da cama, porque se ficasse ali mais um minuto eu ia dormir de novo. Fui direto pro banheiro fazer minha higiene matinal. Sai do banheiro e peguei um short rasgadinho, uma blusa vermelha de combro caído e meus tenis pretos no armário. Vesti a roupa escolhida e passei um rímel para dar uma vida naquele rosto sonolento, afinal, pra mim, era meu primeiro dia de aula na Mystic High esse ano. Eu voltei e já havia 1 mês que as aulas tinham começado. Desci e fui pra cozinha onde havia um café em cima da mesa. Comi minhas panquecas e tomei um café.

– Já está indo, Jer? - perguntei pro meu irmão que ainda estava sentado na mesa.

Ele fez que não com a cabeça. Eu só peguei a chave que estava na minha de centro e fui pra escola. A caminhada era tranquila até lá e o caminho era curto também. Em um instante já tinha chegado no colégio e me deparei com Caroline chegando também.

– Ei, amiga! - ela me avistou me cumprimentando.

– Ei. - dei um sorrisinho

– Já pegou seu horário? - perguntou

– Sim, Car. - tirei a pequena folha do bolso da frente da mochila. Ela tentava sem sucesso olhar qual era minha primeira aula. - E antes que gaste sua saliva me perguntando qual é meu primeiro período é história. - ela sorri. Provavelmente o dela também era história.

– Ai, com todo respeito Elena, mas o Alaric é um gostoso, viu. - eu ri

– Ai Car, você tem razão, mas pode ir tirando o olho, okay? - ela riu junto comigo

– Não tenho segunda intenções com ele, Eleninha. - ela sorriu e jogou o cabelo do jeito que ela sempre faz quando fica corada.

Entramos no colégio e assistimos as primeiras aulas. Estava tudo tão tediante. Não queria que o meu último ano fosse assim. O sinal bateu e eu não havia percebido que já tinha passado 50 minutos. Juntei meus materiais e conferi o horário novamente. E assim foi o dia inteiro. Algumas matérias eu fui aprendendo e pedindo ajuda. Outras nem me dei o trabalho de aprender novamente.

O restante da semana foi a mesma coisa. Acordar, escola, ficar em casa e dormir. Nada de mais aconteceu.

Na sexta, a escola estava numa agitação. Os últimos horários foram todos zuados porque o pessoal não via logo a hora de ir embora. Enfim, bateu o sinal e estavamos livres.

Ao fim da aula, Caroline me avistou e foi logo me gritando.

– ELENA, PERAI, TENHO QUE FALAR COM VOCÊ. - ela veio até mim em passos pequenos porque ela estava usando salto.

– Que foi? - fui direto ao ponto

– Nossa, grossa - revirei os olhos - É só pra dizer que hoje vai ter uma socialzinha lá na casa do Tyler se você estiver a fim de ir - ela tombou a cabeça de leve.

– Se as sociais na casa do Tyler forem como era antigamente é claro que eu quero ir. - sorri

– Elas estão melhores - Caroline mordeu o lábio. Eu apenas ri do jeito que ela falou - Então eu passo na sua casa as sete pra gente chegar juntas. Até mais, E. - ela se despediu com um tchauzinho

– Até, C.

Peguei meu fone de ouvido, conectei no meu celular, deixei no último volume e fui pra casa. Abri a porta e retirei um dos fones do meu ouvido

– JENNA, RIC, JER? - gritei mas ninguém respondeu

Coloquei o fone novamente no ouvido e fui subindo as escadas dançando ao ritmo da batida da música. Fui até meu quarto. Joguei a mochila em cima da cama. Coloquei um blusão que era do meu pai que batia até no meio das minha coxas então tirei o short e não vesti mais anda. Ainda ouvindo a música no volume máximo, desci as escadas. Fui até a cozinha. Peguei um copo d'água e continuei dançando como se não houvesse o amanhã. Quando me viro encontro uma figura parada e encostada na parede com os braços musculosos cruzados e com um sorriso de leve no rosto. Na mesma hora, parei de dançar, tirei os fones e levei a mão no coração.

– Mas que susto - suspirei - Você quase me mata do coração - sorri

– Não é pra tanto, menina! - ele saiu da posição que ele estava antes. Peraí, ele te chamou de menina? Meu sub, já estamos íntimos. Ele agora não parava de se intrometer. Cala boca! pensei. Tava ficando louca já.

O clima estava ficando tenso. Eu não parava de desviar o meu olhar dos seus olhos penetrantes. Dos olhos ia até aquela boca perfeita. Parava. Depois voltava para os olhos novamente. Foi quando ele pingarreou e quebrou a tensão entre nós. Dei dois passos e diminui a distância entre nós.

– Como você entrou aqui? - perguntei. Não havia ninguém em casa além de mim.

– Bem, precisava de uns livros do Ric emprestado e ele me passou a chave. - ele balançou a chave - Só não contava que haveria alguém em casa. - ele sorriu

– Hm. - levantei sem querer o blusão e ele ficou mais curto. Notei que ele na hora olhou para minhas pernas. Interessante. Ignorei o sub. Dei mais um passo em direção ao Damon. O blusão voltou ao seu tamanho original e eu enrolei a barra dele no meu dedo pra tentar provocar. Ele desviou o olhar para as escadas.

– Então - pingarreou novamente - Onde que fica o escritório do Ric, preciso muito dos livros.

– Acho que deve ficar por aqui - passei na frente dele, mostrando o caminho. Imaginei que seria a pequena sala que tinha perto da escada. Era o único lugar mais propício a ser um escritório. Abri a porta e era o lugar certo. Entrei e abri a cortina. Damon entrou logo em seguida.

– Precisa de ajuda? - perguntei

– Acho que não. - ele já estava agachado passando a mãos pelos títulos dos livros - Deve estar aqui em algum lugar.

– Ok - dei de ombros e me sentei na mesa de Alaric. Se não queria minha ajuda, eu não iria atrapalhar.

Ele logo encontrou dois livro, mas parecia estar procurando outro. Ele pegou o celular e olhou pra mim. Assenti.

– Ric, onde está o livro de direito internacional público? - Ric lhe deu as informações ele logo olhou para cima. - OK, vou dar um jeito aqui. Valeu. - desligou o celular e ficou observando a parte mais alta da estante.

– Elena - ele se dirigiu a mim que imediatamente soltei um 'aham' - tem como você me arrumar uma escada? - ele pediu

– Olha - continuei no mesmo lugar - lamento, mas aqui em casa não tem escada grande. A única que tem só tem dois degraus. - falei

Ele olhou na minha direção.

– Pega essa cadeira ai, Elena - olhei pra trás, desci da mesa e levei a cadeira até ele. - Agora - ele colocou a mão no queixo. Meu Deus. - Me ajuda com a mesa. Vamos colocar ela aqui - ele mostrou o lugar.

A mesa era um pouco pesada mas conseguimos levar ela até o 'pé' da estante. Ele colocou a cadeira em cima da mesa e ameaçou subir.

– Espera - ele colocou o pé no chão - É perigoso. E se você cair? - ele olhou pra mim concordando comigo. A queda poderia mesmo ser fatal.

– Então, você sobe - ele estendeu a mão pra mim. Olhei meio medrosa para ele. - Vamos, eu te seguro. Não vou deixar você cair.

– Vou confiar hein - suspirei e peguei na sua mão. Subi na mesa e depois na cadeira.

– Vou segurar a cadeira. Tente não fazer movimentos bruscos.

– Ok. Qual o nome do livro mesmo? Olhei para baixo - ele não olhava para mim

– Direito Internacional Público. É um grosso da capa vermelha. - ele ainda olhava para para o chão. Queridinha, você esqueceu que você está apenas de blusão e roupa intima? Meu deus, e não era verdade.

– Achei - gritei - Só mais um pouquinho - Tentei pegar um pouco de altura.

– Elena - ele me alertou.

– Só mais um pouquinho. - Fiquei na ponta dos pés - Peguei! - no mesmo instante sinto a cadeira tombar para trás. Pronto ferrou! Soltei um grito de desespero. Já estava prevendo a minha queda. Fechei os olhos. Mas em vez de cair em um chão duro, dois braços fortes amorteceram minha queda. Abri os olhos devagar e encontrei seu rosto a poucos centimetros do meu. Soltei um suspiro de alívio e sorri. Sentia suas mãos firmes em meu corpo. Agarra ele. Um braço estava nas minhas costas perto dos meus ombros. O outro, bem, estava nas minha pernas perto da minha bunda desprovida de tecido. Fiquei encarando-o. Ele então me colocou no chão.

– Aqui - Me recompus e entreguei o livro para ele.

– Obrigado. - Ele pegou os três e os colocou em cima da mesa - Vamos arrumar essa bagunça aqui.

Fiz que 'sim' com a cabeça e deixamos a sala como tinhamos encontrado mais cedo. Ele pegou os livros e foi até a porta.

– Direito, huh? - arqueei a sobrancelha

– É. Preciso destes para o meu projeto de final de curso. - ele sorriu

– Ah sim. - ficamos em silêncio.

Ele então olhou para baixo. A situação já estava ficando desconfortável ali.

– Então, até mais, Elena. - ele se despediu de mim. Eu dei um beijo na bochecha dele.

– Até - sorri e abri a porta para o bonitão.

Ele desceu os degraus da varanda e cortou caminho pelo jardim. Mas que belo traseiro. Desta vez eu sorri e tive que concordar com o sub. Realmente ele tinha um belo traseiro.

Fechei a porta e quando me dei conta já era seis horas e eu tinha exatamente uma hora para me arrumar antes que Caroline aparecesse aqui. Subi correndo as escadas fui logo tirando o blusão e deixando-o no chão do meu quarto. Entrei para o banho.

Meia hora depois sai do banho enrolada na toalha e atravessei meu quarto até o armário. Peguei um vestidinho preto meio curto de manguinhas. Vesti e fui fazer uma maquiagem bacana. Sequei o meu cabelo com o secador e amassei com as mãos para deixa-lo mais natural. Peguei uma sandália de salto médio preta que tinha um tornozeleira com correntes penduradas. Dei uma ultima checado no espelho. Ta gata. Vai arrasar corações hoje. Sub se manifestou. Obrigada. Agradeci a mim mesma. Maluca. Você que me deixa, pensei. Depois dessa "conversa" com o sub escutei a campainha tocar.

– Aposto que é a Caroline. - desci e fui atender a porta que como já previra era Caroline.

– Uau - ela me disse quando me viu. Dei uma voltinha e agradeci.

– Uau pra você também. - ela fez o mesmo movimento que eu

– Pronta pra causar? - ela me perguntou.

– É claro! - respondi e fui até o carro dela.

Chegamos até a mansão de Tyler e a música alta já estava rolando. Entrando na casa participamos de uma rodinha de tequila. E lá se foram uma, duas, três doses. Puxei Car para a pista mas a danada logo foi agarrar o Tyler. Bonnie apareceu e a puxei para a dança. Não havia nada de interessante ali. Fiquei com um menino que nem sabia ao menos quem era. O nome dele começa com, acho que F, não sei. A gente ficou dançando mas ele não era interessante a ponto de termos um encontro normal. Afinal, estavamos bebados ali.

Sinto alguém me cutucar no ombro. Era a Bonnie me chamando para ir embora. Despedi do rapaz que eu estava dançando e fui com Bonnie até seu carro. Ela me deixou salva em casa. Porque sã eu não estava.

– Tem certeza que não quer ajuda? - ela me perguntou quando abri a porta do carro.

– Agora eu consigo ir sozinha. - Bonnie sumiu.

Na casa ao lado um casalzinho vinha em direção ao carro vermelho que estava estacionado na frente. Era Damon e uma loira. Outra loira, não era a mesma daquele dia. Me escondi atrás de um arbusto. Ela se despediu dele com um selinho e ele sorriu. Ela saiu de carro e eu sai de trás do arbusto. Pisei em um galho. Creck.

– Droga! - murmurei. Damon olhou diretamente pra mim

– Elena? - ele perguntou com as mãos nos bolços da calça

– Oi - dei um sorrisinho timido.

– O que faz aqui fora uma hora dessa? - perguntou.

– Chegando - sorri novamente - Só não conta pro Ric, ok? Já passei do horario que tia Jenna estipulou e digamos - pausei - não estou no meu estado bom.

– Fica tranquila - ele riu - não contarei a ninguém.

– Obrigada - agradeci dando as costas para ele.

– Boa noite - ele se despediu

– Boa noite - virei de frente para ele e acenei

Ele entrou em casa e fiz o mesmo. Caminhei bem lentamente sem fazer nenhum barulho até o meu quarto. Estava morta. Tirei o salto e deitei na cama do jeito que tava. Desmaiei ali.


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Notas finais do capítulo

e ai? mereço reviews?? com mais de três eu posto o próximo.