Is This A Bad Dream? escrita por Bluny


Capítulo 8
Anne Frederick?


Notas iniciais do capítulo

[Ãhn... Y-YOO MINNA!]
Anne: Nem adianta disfarçar. Você demorou demais.
[Unhé! Não me enche! Eu tive alguns motivos pra demorar tanto u.ú]
Anne: Que motivos? Sono? Preguiça? Enrolação?
[Também, mas não é só isso tá? Ç-Ç]
Anne: Claro que não é... Mãããs... Tem mais um cap! E melhor ainda, eu tô fazendo um curso de culinária!
[Você? Fazendo comida? #Medo]
Anne: Eu cozinho muito bem! *mais ou menos* E você vai ser minha cobaia de teste!
[EU O QUE??]
Anne: Calma, calma... Você só vai provar o que eu fizer Heheheheh
[Isso não me deixa nem um pouco mais calma...]
Anne: Ai ai... Hum... Boa leitura povo doce!
[Vou ser envenenada, eu sei disso.]



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A garotinha saltitava feliz, de mãos dadas com sua mãe. As duas tinham tido uma ótima tarde, o que era difícil, pois raramente a mãe encontrava tempo para fazer algo junto de sua filha. O sol brilhava intensamente, fazendo com que os cabelos brancos das duas reluzissem como pérolas. Enquanto passeavam pelo movimentado centro da cidade, a mãe levou a garotinha para dentro de uma loja de brinquedos, dizendo que iria deixa-la escolher o brinquedo que quisesse. A garotinha ficou maravilhada com a imensa quantidade de brinquedos que havia dentro da loja, e sua atenção logo foi atraída para um brinquedo misterioso. Ela mostrou o brinquedo que queria para a mãe, que pagou pelo mesmo logo em seguida, embora o vendedor tenha feito uma cara estranha quando viu qual era. O brinquedo escolhido pela garotinha foi um coelho branco de pelúcia, cujos olhos eram completamente negros e ele não tinha uma boca.

Abraçada com o bichinho e novamente segurando as mãos de sua mãe, a garotinha pensava que esse fora o dia mais feliz de sua vida. As duas foram para uma praça levemente arborizada e florida, onde sentaram em um banco ao sol. A mulher também estava muito feliz, pois conseguira passar um dia inteiro com sua filha. Ela pegou a filha no colo e olhou em seus olhos. Nesse momento, uma nuvem encobriu o sol, e uma brisa fria começou a soprar. O sorriso da mulher desapareceu. Pesadas sombras cobriram a praça, fazendo com que ela assumisse um tom sombrio. A mulher se levantou e, segurando firmemente sua filha, se dirigiu a saída do local.

Tudo o que ela conseguiu ver, foi sua filha sendo arrancada de seus braços. A garotinha gritava desesperada, enquanto as sombras a envolviam e a sufocavam. Seu coelho escorregou de seus braços no momento em que as sombras a encobriram completamente. Ela desapareceu com um grito agoniado, e as sombras que a haviam engolido pareceram dissipar-se. A mãe observou a cena horrorizada, e ainda em choque, se dirigiu a onde sua filha tinha estado. A única coisa que conseguiu encontrar foi um coelho de pelúcia, cujo olhar parecia estar voltado para ela. As lágrimas escorriam incessantes, quando a mãe se ajoelhou para pegar a pelúcia, que havia antes pertencido a sua filha. Ela sentiu como se um pedaço de seu coração tivesse sido arrancado, e tudo o que conseguiu fazer foi dar um grito agonizante e doloroso, que ecoou até morrer sob as copas das árvores.

Infelizmente, ela sabia que isso poderia acontecer, mas no fundo não acreditava. Só tinha uma coisa que podia explicar o que havia acontecido: a marca. A mordida que ela levou no braço, era sua maldição. Ela sabia que nunca poderia ser feliz. Seus pais, seus amigos, seu amado e agora sua filha, todos morreram por sua culpa. Sozinha, com o coração despedaçado, disse o que a muito pensava:

“Eu não tenho o direito de viver.”

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Anne

—Pare de enrolar, senhorita.

—Você não pode me obrigar a fazer isso! –Exclamei.

—Vai cogumelo! A ideia foi sua, agora não pode voltar atrás. –Disse Josh.

Bom, o plano fora mesmo meu, mas olhando assim, parece uma péssima ideia.

—O que tem de mais nisso Onee-chan? Vai ser legal. –Incentivou Colin.

—Não adianta! Eu desisto dessa ideia. Prefiro morrer dolorosamente. –Afirmei, me jogando no sofá.

—Pare de ser tão melodramática, senhorita. –Disse Henry, revirando os olhos. –Se você não colocar isso agora, eu vou arrancar suas roupas e enfiar essa coisa em você.

—HÃÃÃ? –Gritamos eu e Josh ao mesmo tempo.

—Ande logo. –Disse ele, indiferente ao nosso espanto.

Bom, resumindo, eu tive uma ideia. Aí você pensa “Se a ideia foi da Anne, deve ter sido genial” eu também pensei isso. Todo mês - isso mesmo, todo mês– meus pais fazem um baile na mansão principal, e como sou brilhante, pensei que essa seria a perfeita oportunidade para usar a biblioteca da mansão sem parecer suspeito. Então você diz “Incrível! Mas qual é o problema?”, o problema é que eu vou ter que usar um vestido de gala e saltos altos, e Anne + Vestidos de gala + Salto alto = Desastre.

—Veja pelo lado bom, cogumelo. –Disse Josh com um sorrisinho - Você vai parecer menos minúscula.

Eu quase joguei o salto na cara de alguém. Mas fui interrompida por Henry.

—Chega disso! Você vai colocar esse vestido agora. –Disse ele, ao mesmo tempo em que me segurava pela cintura, me carregando como uma mala. –Nem que eu tenha que colocar ele em você.

—AAAAAAAH! Me põe no CHÃÃÃÃÃO! –Gritei.

—O que você pensa que está fazendo?! –Exclamou Josh, indignado.

—Onde fica o quarto mais próximo? -Perguntou Henry a Colin, nos ignorando completamente.

—Hum... A terceira porta a direita. –Respondeu Colin, como se tudo estivesse normal.

Henry simplesmente caminhou em direção ao quarto indicado, me carregando com um braço só, e deixando um Colin curioso e um Josh indignado na sala. Ele abriu a porta, me jogou para dentro, entrou e trancou a mesma. Virando-se devagar e assustadoramente em minha direção, e me lançou um olhar que me fez pensar “Ferrou!”.

—Você vai colocar esse vestido por bem ou por mal?

—Hum... Por bem é melhor né? Hehe... Hehe.

—Então venha. –Disse ele, com um sorriso cativante, enquanto segurava o vestido.

—Hã... O que?

—Eu vou colocar esse vestido em você. –Disse Henry, como se fosse óbvio.

—Eu acho que posso fazer isso sozinha, Henry. –Retruquei, corando.

Henry pareceu profundamente chocado, e fez uma cara de tristeza que me deixou de coração partido.

—Você não precisa de mim? –Perguntou tristonho.

—N- não é que eu... E- eu não... E-e-eu... –Seu rosto era tão triste, que quase me fez chorar. –Tá! Eu deixo você me ajudar! Mas pare de me olhar assim!

Automaticamente, ele desfez a expressão de tristeza, que foi substituída por um sorriso triunfante.

—Coloque isso primeiro. –Disse ele, alegremente enquanto me entregava umas peças finas de roupa.

—Hum... Tá. –Respondi. Pensando nisso, sou muito fácil de manipular...

Peguei as roupas que ele me deu e entrei no banheiro da suíte em que estávamos. As roupas eram algo como uma regata e um calção de seda branca, digamos que eram "roupas íntimas da realeza". Vesti as peças e saí do banheiro.

—Ótimo! –Exclamou Henry. –Agora venha aqui.

Ele sentou na cama e eu fiquei de pé em frente a ele. Ele colocou a mão no meu queixo, me fazendo olhar nos olhos dele. É claro que eu não consegui evitar corar, o que fez dar um sorriso incrivelmente hipnotizante.

—Você é tão fofinha, senhorita. –Disse ele docemente, me fazendo corar mais ainda e desviar o rosto. –Bom, agora se vire, vou colocar o espartilho em você.

Virei-me e ele colocou em mim um negócio que parecia estar esmagando minhas costelas, depois me ajudou a colocar e fechar o vestido. Sentei-me na cama, e ele pôs gentilmente os sapatos em meus pés.

—Só falta uma coisa.

Ele pegou uma escova e penteou os meus cabelos numa velocidade incrível. Depois, arrumou minhas madeixas em uma longa trança e colocou alguns enfeites. Não sei por que, mas Henry faz eu me sentir... Estranha.

—Pronto. –Disse ele finalmente.

Ele estendeu a mão e eu a segurei, enquanto ele abria a porta e me guiava de volta para a sala. Assim que entramos no cômodo, Josh se levantou com uma expressão de absoluta raiva, que se desfez assim que ele olhou para mim. Agora eu tinha um Josh e um Colin me olhando boquiabertos.

—Então... Vamos? –Perguntei.

Time Break

...?

Ah, bailes! Tão triviais. Tão entediantes. Mas sou obrigado a comparecer, pois faz parte dos “deveres de um herdeiro”. Este baile estava sendo a mesma coisa de sempre, famílias ricas tentando se mostrar superiores, um toque de falsidade no ar... Típico. É claro que eu estava dando o meu melhor sorriso, as aparências são tudo meus amigos.

Um conde estava tentando empurrar a filha dele pra cima de mim, mas eu já estou acostumado com isso. Sempre dou a mesma resposta “Desculpe-me, mas só pretendo me casar com a moça que conquistar meu coração.” Se encontrar algo mais trivial, me avise, pois eu não consigo.

Enquanto estava vagando pelo salão, ouvi um rumorejo vindo da entrada, e escutei algumas pessoas dizendo “Vocês viram? Ela veio!”, “A filha do Sr. Frederick!”. Ora, ora... A filha do anfitrião? Isso eu quero ver. Atravessei as grandes portas de mármore folheadas a ouro, e me deparei com uma enorme limusine preta parada em frente às escadarias da entrada. Dois mordomos, um de cabelos pretos e o outro de cabelos ruivos saíram da mesma e pararam em frente à porta de trás do carro, que foi aberta pelo moreno.

Olhe só, eu sou muito crítico quando a questão é garotas, mas não consigo descrever aquela garota com palavras muito diferentes de: Deslumbrante. Maravilhosa. Quase completamente sedutora. Ela tinha cabelos loiros que, trançados com fios de ouro, batiam no quadril. Seus olhos azuis brilhavam como duas grandes safiras, e ela usava um longo e elegante vestido vermelho-sangue, que a deixava com certo ar de luxúria aos meus olhos. Ela aparentava estar consciente de que tinha vários lordes e duques a observando, mas não pareceu se importar em ser simpática. Nó fim ela é só mais uma garotinha mimada.

Ela começou a seguir em direção as portas de mármore, seguida de perto por seus dois mordomos. Adentrei no salão, para não parecer mais um nobre intrometido. Parece que finalmente tenho como atingir meu objetivo, e o que eu quero, eu consigo. Esse baile acaba de se tornar mais... Interessante.

Anne

Por quê? Por que meu pai tem que ser o dono dessa mansão e dessa festa? As pessoas não param de me olhar como se eu fosse algum tipo de “ticket premiado” e isso definitivamente não é legal. Ao menos eu tinha Henry e Josh junto comigo, o que fazia eu me sentir mais calma. Mesmo assim, de onde foi que Henry tirou aquela limusine? Vai saber. Entramos pelo enorme portal de mármore dourado, e eu vi centenas, CENTENAS, de ricos com olhares de superioridade me encarando. Acho que eu me arrependi de ter tido essa ideia.

—Ainda acho que isso foi uma péssima ideia, Henry. –Murmurei em tom baixo.

—Não diga isso. Todos estão achando que você é uma herdeira incrível. –Respondeu ele.

—Como assim “achando”? –Exclamei um pouco mais alto, fazendo alguns nobres se virarem com olhares de estranhamento.

—Acho que foi exatamente por isso que ele disse “achando”, cogumelo. –Disse Josh.

—Senhorita para você. Só lembrando que você é apenas um mordomo. –Retruquei sorrindo.

—Sim, senhorita. –Respondeu ele, com uma total ironia na voz.

Sorri triunfante. Mas logo uma dúvida apareceu em minha mente.

—Como é que nós vamos ir discretamente para a biblioteca, se todos no salão estão me observando? –Cochichei exasperada.

—Eu não tinha pensado nisso. –Cochichou Henry.

—Como assim você não tinha pensado nisso?! –Exclamei.

—Cogu- Senhorita, você podia tentar ser menos histérica, ao menos por hoje? –Perguntou Josh.

Simplesmente o ignorei, e continuei a andar pelo salão. Perdi a conta de quantas pessoas vieram me cumprimentar e dizer coisas como “Você se tornou uma mulher incrível!” ou “Meu filho tem a sua idade, acho que vocês se dariam muito bem.” Eu mereço? Depois de alguns minutos eu me dei conta de uma coisa, eu não faço a mínima ideia de onde estão Henry e Josh. Droga! Eles me abandonaram!

Continuei vagando pelo salão, tentando manter uma expressão de “Eu sei onde estou indo, não estou perdida”, mas não sei se estava indo muito bem. Distraída, dei um encontrão com alguém, e caí pra trás. Ao invés de bater com a cabeça no chão, o alguém me segurou pelo pulso e pela cintura, nos fazendo ficar cara a cara. O garoto que me segurou, tinha cabelos brancos até a nuca mais longos na frente, e seus olhos eram de um intenso vermelho. Ele sorriu gentilmente e me colocou de pé com cuidado. Porque cria pessoas tão bonitas ó Deus?

—Me desculpe. Eu deveria olhar por onde eu ando. –Disse ele, dando mais um sorriso hipnotizante.

—Ah! N- não tem problema, eu é que deveria pedir des-.

—Não desperdice essas doces palavras comigo. –Disse ele, interrompendo-me. –Você deve ser a fabulosa filha dos Frederick, sim?

—Ãhn... Sim. Meu nome é Anne. É um prazer te conhecer...?

—Meu nome é Christopher Mason, e o prazer é todo meu.

Mason? Onde foi que eu já ouvi esse nome? Deve ser uma das famílias influentes das redondezas. Christopher estava vestido elegantemente, com um terno preto, que destacava o seu... Hã... Incrível físico. E ele era sem sombra de dúvida um gat- cara maravilhoso. Pude perceber certa movimentação vinda do meio do salão, seguida de uma música que tocava levemente.

—Ouça! Essa melodia é incrível não é? –Perguntou ele.

Parei um instante para ouvir. A melodia era suave, como se fosse tocada por anjos.

—Realmente, é uma música muito bonita. –Respondi.

Ele estendeu uma das mãos para mim e disse:

—Você me acompanharia nesta dança, bela Anne?

—Hum, mas é claro.

Ele segurou minha mão e me conduziu levemente ao centro do salão. Ele me puxou para perto dele, segurou uma das minhas mãos e colocou a sua mão livre em minha cintura, e eu coloquei a minha em seu ombro. Ele me conduzia no ritmo da melodia que tocava ao fundo. A música foi ficando mais rápida, e nossa dança também. Começamos a girar pelo salão, numa sincronia surpreendente.

—Acho que já é a hora. –Murmurou ele.

—Hora do que? –Perguntei curiosa.

Ele não me respondeu, ao invés disso, começou a girar mais rápido. Isso já estava me fazendo ficar tonta, e não só nós, mas o mundo a minha volta também parecia girar. Eu nunca gostei muito de dançar. Tentei me desvencilhar dele, mas suas mãos pareciam feitas de aço. Desabei em cima do garoto, pois já não conseguia me manter em pé, mas ele só me segurou mais forte e continuou com a confusa dança. Comecei a respirar pesadamente e ficar com a visão embaçada. Sem parar a dança, ele chegou perto do meu ouvido e sussurrou:

—Já é a hora de você ser minha, bela Anne.

Depois disso, caí na inconsciência.


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Notas finais do capítulo

Anne: Viram só? Eu tenho ideias geniais. Esse cap comprovou isso.
[Mas você provavelmente foi sequestrada...]
Anne: COMO É QUE É??
[Você não leu o cap todo?]
Anne: Só li até a parte eu que eu sou genial.
[Ah... Tá... O que é essa meleca aí?]
Anne: Que mele- Ah! Isso? É a minha receita secreta de fondue!
[Era pra isso ser fondue? Credo, eu é que não como isso aí!]
Anne: Porque não? Tá com uma cara ótima.
[Esse é o problema, ele realmente parece ter uma cara. Tá até se mexendo]
Anne: Como assi- AAAAAAAAAAAAAAAHHHHHH TÁ VIVOOOOOO *joga longe*
[QUE PORCARIA É ESSA QUE VOCÊ FEZ ANNE??]
Anne: Era só um fondue :c
[Argh! Bom... Ignorem o fondue zumbi da Anne... G-]
Anne: Gostaram :D ? Odiaram D: ? Estão em dúvida e querem um bolinho :/? Comentem! Eu faço um bolinho pra vocês!
[Eu acho que ninguém vai querer esses seus bolinhos...]
Anne: Por que não?
[Por nada... Por nada... Hã... Bjon *3*]
Anne: Não entendi...



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