Is This A Bad Dream? escrita por Bluny


Capítulo 7
Eu vou lutar


Notas iniciais do capítulo

Anne: Tchu, Tchu, Tchu! Yaaaaaaaaaaaaaaaaaay! A autora lerda e folgada finalmente decidiu postar! o/
[¬¬ Você não me dá uma folga, né?]
Anne: Não mesmo ;3 Você foi inventar de estar nas minhas notas, então aguente :P
[Ainda tá com isso de "suas notas"? Ai ai]
Anne: Hum... Ah! Tive uma ideia! *entrega uma espada pra ela*
[Nhóów! Que espada bonitinha. Mas... Pra que você tá me dando isso?]
Anne: Vamos lutar pra decidir de quem é essas notas! *pega outra espada*
[Haha... Acho que não tem necessid-]
Anne: *tenta acertar ela*
[TA DOIDA MULHER? Tá querendo me matar?]
Anne: Ah...
[AH?? Você tá mesmo querendo mesmo me matar????]
Anne: Eu não disse isso Hehe...
[O.O Ãhn... Entã- *desvia da espada* DÁ PRÁ PARAR???]
Anne: Enton gente! Boa Leitura >...> Hehehe
[At- *desvia* Até lá embaixo, se eu sobreviver]



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Ao invés do maldito cair sozinho, ele me puxou, fazendo com que eu caísse em cima dele. A nossa posição estava: ele caído no chão, de barriga pra cima, e eu caída no peito dele. Olhe, eu sei que ele é meio que mais velho, mas Henry é muito bonito. Um silêncio mortal reinou na sala enquanto eu encarava os hipnotizantes olhos brancos, e foi drasticamente cortado por uma almofada voando na minha cabeça e uma voz gritando acusadoramente.

—Onee-chan... Sua tarada!

—O QUEEEEEEEE? –Gritamos eu e Henry, ao mesmo tempo, vermelhos como tomates.

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Após um momento realmente constrangedor, eu e Henry nos separamos rapidamente e sentamos no chão, enquanto Josh nos encarava com um olhar de censura. Um silêncio incômodo tomou a sala, mas como eu não consigo ficar muito tempo quieta, tive que quebra-lo.

—Bom... Quando é que eu vou voltar pra minha casa? –Perguntei. Tanta coisa pra dizer, e é isso que eu pergunto...

Com uma cara de descrença, Henry me respondeu:

—Hã... Sinceramente, acho melhor você ficar aqui por um tempo. Não sei se é seguro para você sair por aí.

—O que? Por quê?

—Como eu disse no dia em que nos conhecemos, é uma longa história.

—Hunf! –Ah! É uma longa história. Ótimo. Muito obrigado pela explicação, você esclareceu tudo. –Você podia pelo menos me contar porque eu nã- Eu estava a ponto de reclamar, mas fui interrompida por um ronco fofo.

—Onee-chan... Tô com fome - Disse Colin, suplicante. Henry pareceu muito aliviado com a interrupção. - Faz alguma coisa pra eu comer? –Como alguém tão fofo pode ser tão folgado? Mesmo assim não dá pra dizer não.

Suspirei e respondi:

—Tudo bem, mas eu não sei onde fica sua cozinha. –Na verdade nem sei onde fica minha própria casa direito...

—Yay! - Colin exclamou. –Eu te levo.

Depois de dizer isso, segurou minhas mãos para me ajudar a levantar. Henry, que estava nos observando, continuou sentado. No momento em que me levantei, ouvi uma exclamação e uma mão agarrou minha perna direita. Henry segurava minha perna com uma cara de espanto quase horrorizada.

—Henry? Solte-me! Está me machucando!

—Solte-a! –Exclamou Josh

O que é isso? –Perguntou Henry, com a voz estranhamente fria.

—Isso o que? –Perguntei intrigada com a expressão que estampava seu rosto.

—Essas marcas na sua perna. Onde você as fez? –Perguntou ele, com um leve resquício de raiva na voz. Seus dedos enterrados em minha pele.

—Que marcas, Henry? Solte-me. –Respondi. Ele estava começando a me assustar.

Tire suas mãos dela ou eu mesmo vou tirá-las pra você – Disse Josh, perigosamente.

Com relutância, Henry soltou minha perna, mas continuou encarando-a.

—Será que você poderia me dizer o que é isso? –Perguntou Henry novamente.

—Isso o q- Ah! –Exclamei quando vi ao que ele se referia. Ele encarava fixamente os dois pontos em minha perna direita - É só uma cicatriz antiga.

—Onde é que você a conseguiu?

Olhei para Josh, que ainda encarava Henry com os olhos semicerrados. Essa era uma memória dolorosa, mas ao mesmo tempo feliz.

—Isso é... –Minha voz falhou, pois nunca me recuperei do ocorrido.

—Isso é? –Incitou Henry.

—É onde uma c- cobra me mordeu. –Completei.

Sua expressão se tornou lívida e seus olhos se arregalaram levemente.

—Uma cobra? Por acaso era uma cobra negra?

Franzi a testa.

—Sim, mas... Como você sabe?

Ele encarou o vazio por um longo tempo, com uma expressão indecifrável. Seus olhos brancos se voltaram para mim, com um olhar de pena? Hã... Não estou gostando disso. Ele respirou fundo lentamente duas vezes e perguntou com calma:

—Há quanto tempo foi isso?

—Há uns dois anos... –Ele pareceu levemente surpreso, o que me deixou ainda mais intrigada - Henry?

—Sim?

—Será que você poderia me contar o porquê disso te preocupar? Você sabe de algo que nós não sabemos e gostaríamos de saber? –Perguntou Josh, com certa desconfiança na voz. Ele perguntou exatamente o que eu ia perguntar.

Ele suspirou e olhando no fundo dos meus olhos respondeu:

—Acho que não tem jeito. Vou te contar uma história, mas é melhor você se sentar.

Todos nos sentamos novamente nos mesmos lugares, dessa vez, Colin se sentou no meu colo.

—Vou começar, então prestem muita atenção... –Disse Henry, incrivelmente sério.

“Há muitos séculos, em um planeta chamado Dítryus, que era dividido entre o bem e o mal, existiam duas raças de bem, que conviviam em harmonia. Os humanos, que obtinham seu poder através da magia, e os deuses, que eram os seres mais magníficos, com poderes vindos da própria natureza. A vida era pacífica, e as raças possuíam uma confiança mútua, e conviviam em uma perfeita paz. Os deuses, que tinham todo tipo de poder, decidiram criar uma cidade nos céus, onde apenas deuses morariam. Assim, Dítryus foi dividido em dois reinos, o Reino das Estrelas, onde viviam os deuses, e o Reino Verde, que era onde habitavam os humanos. Mesmo com toda a magia que os humanos conseguiram, eles perceberam que nunca se igualariam aos deuses, e isso fez com que a raça desenvolvesse certo rancor em relação aos deuses.”

Alguns dias após a criação dos reinos, o Oráculo dos deuses anunciou uma profecia. Suas palavras eram as seguintes:

‘Em sobreaviso, pois fiquem, ó divindades a quem falo.

Pois a Raça terrena tentará partir o halo.

Em busca de poder, ela só trará destruição.

A harmonia se quebrará, apenas por uma traição.

Para se tornar forte,

Ela invocará a própria morte.

A guerra virá

E a vida deste planeta ela irá devastar. ’

“Ao ouvirem essa profecia, os deuses ficaram chocados, e se sentiram traídos. Eles então condenaram a raça humana, mesmo sem saber por quê. Os humanos ficaram perplexos com a injustiça, e encheram-se de raiva, pois haviam sido punidos sem razão. A tensão entre as duas raças foi se intensificando, mas os deuses nada temiam, pois os poderes humanos não eram nada comparados aos seus.”

“Os magos terrestres começaram a criar rituais, para fortalecer sua magia. Mas não pararam por aí. Eles descobriram uma magia, que permitia a eles que invocassem um ser das trevas. Os seres das trevas eram incrivelmente poderosos, e os humanos pensaram que, com eles, poderiam vencer os deuses. Mas eles foram longe demais. Em uma noite, os humanos se reuniram e começaram o ritual. Usando toda sua magia, evocaram mais do que queriam, eles evocaram o rei de todas as criaturas das trevas. Tentaram negociar, mas o rei se enfureceu, pois viu que foram os humanos que o invocaram. Percebendo a destruição que viria, uma mulher que cuidava de duas crianças fez um ato que decidiu o futuro da humanidade. Ela usou toda a magia que tinha em seu corpo para mandar as duas crianças para outro planeta.”

“Toda a vida de bem, humana e divina, do planeta de Dítryus foi extinta, e apenas um deus e as duas crianças se salvaram. O deus, percebendo que uma magia de transporte fora usada, seguiu para o mesmo planeta das duas criancinhas. Ele foi parar em um planeta desabitado, que já fora explorado pelos deuses antes. Ele estava no planeta Terra. Ele encontrou as duas criancinhas, um garotinho e uma garotinha, em uma floresta. O deus cuidou deles e os ensinou até que eles cresceram, e os disse para dar continuidade à raça humana. Eles são conhecidos até hoje como Adão e Eva.”

“Enquanto o deus e os dois humanos viviam em paz na Terra, Dítryus fora completamente tomado pelo mal. Uma criatura das trevas, não satisfeita com o caos completo desse planeta, decidiu ir para outro, onde o mal ainda não tivesse se estabelecido. Ela se transportou para um planeta muito calmo, sim, era o planeta Terra. Logo avistou os humanos e o deus, mas lembrou de que não conseguiria derrotar o deus sozinho. Observando alguns animais, assumiu a forma de uma cobra, e seguiu Eva, que tinha se separado dos demais. Há muitos registros do que aconteceu após isso.”

“Agora, milhares de anos depois, a criatura ainda habita a Terra. Ela aprendeu a tomar a forma humana, mas ainda assombra o mundo na forma de uma cobra. Dizem que, quando encontra uma pessoa que tem um destino feliz, marca-a com uma mordida. Desse momento em diante, a criatura passará a assombrar essa pessoa. A marca faz com que a pessoa atraia todos os tipos de desgraças, e a criatura procura matar todas as pessoas importantes para ela, e transforma sua vida em um jogo de tragédias. Os relatos contam que todas as pessoas que foram marcadas morreram de uma morte brutal, se suicidaram, ou morreram de tristeza. Nenhum relato conta sobre uma única pessoa marcada que teve uma vida ou um final nem remotamente feliz.”

Henry terminou sua história com um tom muito sombrio, e um silêncio agourento se infiltrou no local. Demorei alguns segundos para processar todas essas informações. Então era isso. Os sonhos, os acidentes, tudo por causa de uma cobra. O silêncio foi surpreendentemente quebrado pela pessoa que menos esperávamos.

—Então você acha que a Onee-chan foi marcada? –Perguntou Colin, com preocupação.

—Temo que sim. –Respondeu Henry, sério.

Josh, que tinha estado em silêncio refletindo, perguntou:

—Você tem certeza de que é isso?

—As marcas na perna dela indicam que sim.

Todos os olhares se voltaram para minha perna direita, onde estava a antiga cicatriz. Olhei-a com mais atenção e percebi algo que nunca tinha notado antes. Os pontos da mordida tinham uma forma muito estranha, o ponto de cima lembrava uma estrela, e o debaixo, uma lágrima. Não sei como nunca havia visto isso antes, deve ser porque olhar para ela sempre me deu calafrios.

—E... Ninguém sabe como se livrar disso? –Perguntei insegura.

—Infelizmente, nunca se soube de ninguém que conseguiu se livrar dessa marca maldita.

A verdade me atingiu como uma bomba. Eu vou morrer? Simples assim? Ah não. Não vou deixar uma mera criatura acabar com a minha vida. Não mesmo.

—Bom. Porque ainda estamos aqui? Vamos procurar respostas para nossas perguntas. –Falei, decidida.

Henry esboçou um sorriso.

—Hum. Você parece bastante animada para alguém que está marcado.

—Não vou simplesmente desistir da minha vida por causa disso. Eu vou lutar.


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Notas finais do capítulo

Anne: Aaaaaah! O capítulo acabou D:
[...]
Anne: AIMEUDEUS! Autora? Autora? Tá viva?
[Vo....]
Anne: Vo? Fala comigo Autora! Você consegue!
[Você... é uma idiota]
Anne: '-' O que?
[Hunf! Você tenta me matar e depois vem toda inocente?]
Anne: M-mas eu não fiz nada!
[Como assim não fez nada?]
Anne: Você tropeçou.
['-' Eu não-]
Anne: Você devia ter visto o rola que você levou AUSHAHSUAHSUA Foi demais UAHSUAHUS
[u-ú Nada a declarar sobre isso]
Anne: UASHUASUA Aí v-você UHAUHSSUAUH
[Já deu né? u-ú]
Anne: Ai ai... Então tá gente!
[Gostaram :D? Odiaram D:? Me acham idiota por continuar perguntando isso :|? Comentem!]
Anne: Ah :c eu queria falar...
[Háhá Bobeou danç-]
Anne: Bjon *3*
[¬¬']



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