Is This A Bad Dream? escrita por Bluny


Capítulo 11
Lágrimas das estrelas


Notas iniciais do capítulo

Anne: Caham...
[...]
Anne: Pode começar. Estamos todos esperando pra ouvir alguma desculpa.
[Eu posso explicar!]
Anne: Claro que pode. Vai em frente.
[*medo*]
Anne: Fala, não vou te criticar C:
[Hã... Tá. Então... EU FIQUEI SEM INTERNET POR UMA MALDITA SEMANA INTEIRA!!!]
Anne: Veeesh! To vendo que você não tá de bom humor
[Bom humor? BOM HUMOR? É CLARO QUE EU ESTOU DE BOM HUMOR. HAHAHAHAHAHAHAHAH VIU SÓ? ESTOU ME DIVERTINDO ]
Anne: O-O *pega o celular*
[O QUE- Cof O que você está fazendo?]
Anne: Ligando prum psiquiatra.
[Pra que? Ninguém aqui está com problema nenhum C: E meu facão concorda comigo ºuº]
Anne: Hah... Hahah... Acho que não precisamos de um psicólogo afinal... Hahah... Boa leitura povo...
[Sim, leiam c: até lá em baixo.]



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Ela foi interrompida pelo rapaz, que a beijou forçadamente, fazendo com que ela engolisse uma pílula no momento exato em que Josh estancou na porta. A pílula estava fazendo efeito, mas a loira conseguiu focalizar o garoto.

—Josh? Eu... –Ela não terminou a frase, pois acabou adormecendo por causa do que o rapaz a fizera engolir.

O olhar do ruivo se voltou para Christopher com um ódio incalculável, que foi expresso em apenas uma palavra:

Você...

–------------------------------------------

O ruivo lançou-se para frente, prestes a atingir o rosto de Christopher com um murro. O rapaz dos cabelos brancos se desviou, segurando o punho de Josh, que chutou a perna do outro, o fazendo desviar a atenção. Os olhos verdes do ruivo estavam insanos e sem brilho, ele parecia totalmente fora de si. Ele conseguiu acertar vários socos seguidos no rosto do rapaz, que parecia não ter nenhuma vontade de reagir. Josh segurou Christopher pelo colarinho, jogando-o no chão e mirando um soco.

Você vai se arrepender de ter tocado na Anne! –Exclamou, com uma raiva descomunal.

Christopher apenas o encarou. Havia se decidido. Ele não iria lutar contra ele. Então, o ruivo desceu o punho.

—Espere! –Exclamou Henry, que antes estivera apenas observando. O garoto errou o soco, acertando o chão a milímetros de distância do rosto do outro, e fazendo com que rachaduras aparecessem.

O que é? –Perguntou Josh, perigosamente.

O mordomo apenas caminhou calmamente até onde o ruivo estava, e o forçou a sair de cima do outro rapaz, puxando-o pelo terno. Josh tentou se soltar, mas não conseguiu.

Tire suas mãos de mim! Eu vou-

—O que você vai fazer? Mata-lo? Pare com isso, Josh.

Eu... Eu vou... – Aos poucos, o ruivo pareceu recobrar a consciência do que estava fazendo.

O mordomo o soltou e suspirou. Se dirigiu até onde a pequena estava caída, e a levantou em seus braços. Ele se virou, então, para o rapaz dos cabelos brancos, que já havia levantado.

—E você... O que pretendia fazer com a senhorita? –Perguntou, estreitando os olhos com desconfiança.

—Eu tinha um trabalho a fazer. –Respondeu, seriamente.

Que trabalho? –Grunhiu Josh, rapidamente.

O outro baixou os olhos, um tanto culpado.

—Não posso responder a essa pergunta. –Disse ele, sem emoção alguma.

—Não pode responder? Não pode responder? Você não vai poder responder quando eu-

—Josh. –Interrompeu Henry. –Você pode tentar ser um pouco mais paciente?

O ruivo apenas bufou, pois paciência não era bem seu forte. Voltando-se novamente para Christopher, Henry falou:

—Creio que você nos deva ao menos uma explicação. Senão, vou ser forçado a deixar Josh fazer a justiça que ele considerar correta.

Josh estalou as juntas dos dedos, deixando claro qual era o seu tipo de justiça. Então, Christopher assentiu e começou a explicar mais uma vez os seus atos. Quando terminou, Henry apenas suspirou, e a expressão de raiva de Josh não se alterou em nenhum ponto. O mordomo começou:

—Se esses são seus motivos, tenho uma proposta a lhe fazer...

Time Break

Anne

Tic Tac... Tic Tac...

Abri os olhos, só para contemplar as trevas novamente. O cômodo deveria ser amplo, pois minha respiração ecoava nas paredes.

Tic Tac...

Um estranho som de relógio antigo soava insistentemente. E eu estava com a inquieta sensação de estar sendo observada. Onde-

O tempo corre, pequena. Você deveria correr também, já que o seu tempo está se esgotando... A cada segundo que passa, sua alma chega mais perto de ser tomada pelas trevas que a rodeiam. Ecoou uma voz feminina que eu tinha certeza de nunca ter ouvido antes, mas ainda sim era familiar.

Tentei perguntar-lhe o que ela quis dizer, mas minha voz não saía.

Tic Tac...

Você deve desde já ficar sabendo que ela levará o que você tem de mais precioso, a não ser que você a impeça. Mas temo não poder te ajudar em mais nada. Peço perdão a você, pois esse contato deve ter consumido muita da sua energia vital e espiritual.

Ela? Ela quem? Como assim minha energia vital? Novamente, minhas falas não proferiram nenhum som. Senti uma mão fria passar pelo meu rosto, mas não era hostil, e sim gentil.

Acorde, pequena. Você tem amigos que lutarão com você e por você. Obrigada por ajudar minha alma a se libertar. Agora é sua vez. Liberte-se.

A única visão que tive, foi a de uma mulher de cabelos brancos e brilhantes olhos da cor púrpura, mas ela não parecia real. Ela era como um fantasma, e brilhava levemente.

Tic Tac... Tic-

Abri meus olhos, e reconheci o quarto de Josh. A claridade do luar passava pelas cortinas, dando um tom aconchegante ao cômodo. Ouvi respirações lentas perto de mim, e ao me mover, me deparei com Colin, o pequeno ruivinho, ressonando calmamente, deitado em minha barriga. Sorri. Ao levantar o olhar, avistei Josh, com as sobrancelhas levemente franzidas, dormindo em minhas pernas. Meu coração pesou. Eu sempre estava fazendo-os se preocupar comigo. Uma batida leve na porta me fez desviar-me de meus pensamentos.

—Senhorita? Acordou? –Perguntou a voz de Henry.

—Sim, entre.

Ele adentrou o quarto, com o rosto sério. De repente, lembrei-me do rapaz de cabelos brancos, Christopher. O que havia acontecido? Nós não estávamos em minha casa? Antes de eu sequer abrir minha boca para perguntar, Henry já respondeu.

—Se você quer saber de Christopher, digamos que eu e Josh já resolvemos essa questão.

Estreitei os olhos.

—Vocês não machucaram, não é? Quero que saiba que eu não guardo nenhum ressentimento dele.

Ele revirou os olhos, como se já tivesse chegado a essa conclusão.

—Eu já imaginava que não guardaria, então fizemos um pequeno acordo com ele.

Eu conhecia o lado nervoso de Josh, e digamos, ele não era nem um pouco de negociar.

—Acordo? Que tipo de acordo? –Perguntei curiosa.

—Você não precisa saber sobre isso agora. –Respondeu ele.

Decidi não insistir, confiando no bom senso de Henry. Meu olhar se voltou para o ruivo, que ainda dormia.

—Desculpe Henry. Eu sempre me coloco em problemas e preocupo vocês. Me de-

—Pare com isso... –Murmurou Josh, levantando a cabeça momentaneamente, e depois caiu de novo em minhas pernas, adormecido.

—Sim. Pare com isso. –Concordou Henry. –A culpa não é sua. A culpa é disso. –Completou, segurando minha perna e passando o indicador por cima de minha cicatriz, me causando suaves arrepios. –Se ao menos eu pudesse... –Parou, com a voz falhando.

Olhando-o se preocupar tanto, me veio em mente uma pergunta.

—Henry... Porque você se importa tanto comigo?

Ele me encarou, seus misteriosos olhos brancos voltados aos meus orbes de safira.

—Eu sou seu mordomo. Seu servo. Eu tenho o dever de te proteger.

—Não foi isso que eu quis dizer. Nenhum mordomo iria tão longe. Porque você faz isso?

Ele baixou o olhar.

—Digamos que você... Salvou minha vida.

Franzi a testa. Como eu poderia ter feito isso se eu havia o conhecido a tão pouco tempo?

—Mas como eu-

—Você não precisa saber mais do que isso. –Seu tom severo fez me fez estremecer, e ele percebeu. –Eu quis dizer que não é algo com o que se preocupar agora. Um dia, talvez em um momento mais oportuno, eu lhe contarei essa história.

Assenti, refletindo. Sentei-me, pousando Colin em meu colo. Ouvi um murmúrio desconhecido, e olhei para Josh, que parecia estar acordando. O ruivo se apoiou em seus braços para levantar. Ele me olhou como se não me visse, mas quando me focalizou, seus olhos se arregalaram e seu rosto se abriu em um sorriso.

—Anne! Você está bem! –Exclamou, me surpreendendo com um abraço carinhoso.

Sorri, retribuindo o abraço.

—É claro que estou! Não tinha porque ficar tão preocupado.

Seu sorriso se desfez, e ele olhou em meus olhos.

—Você não percebeu certo?

—Percebi o que? –Perguntei confusa.

Seu olhar ficou triste, e me deu vontade de conforta-lo.

—Você ficou desacordada por cinco dias. Mas... Não foi como da outra vez, desta vez você quase não respirava, e seu coração estava batendo muito devagar. Você parecia poder morrer a qualquer momento. –Explicou, com a voz fraca.

Foi minha vez de baixar os olhos. Será que isso tinha sido em consequência daquela mulher de meus sonhos? Mas... Aquilo tinham sido só sonhos... Não tinham?

—Onee-chan...? –murmurou Colin, levantando-se devagar. –Onee-chan! Você acordou!

Ele abraçou minha cintura. Sorri docemente para aquele pequeno fofinho.

—Você deve estar com fome, senhorita. Vou preparar algo para comermos. –Disse Henry, se retirando do quarto.

Quando me virei novamente, percebi que Josh estava me observando atentamente.

—O que foi? –Perguntei.

O olhar dele entristeceu, parecendo um cãozinho abandonado. Meu coração se apertou.

—O que foi Josh? Diga-me qual é o problema. –Coloquei minha mão em sua face. Ele não respondeu. –Por favor... Sua cara de tristeza está me matando.

Ele desmanchou a expressão imediatamente, sorrindo de repente.

—Pelo jeito, você continua com o mesmo coração mole de sempre.

Bufei. Eu sempre caio nessa.

—Hunf! Acho melhor nós irmos comer. Você vem com a gente Colin?

—Sim! –Exclamou o garotinho.

Coloquei meus pés para fora da cama, e tentei me levantar. Imediatamente, senti uma vertigem, e me vi ir de encontro ao chão. Josh me segurou antes que eu caísse.

—Você é idiota cogumelo? Está fraca demais para andar! Vou te ajudar.

Tentei protestar, mas ele me levantou facilmente.

—Como você é leve! Tem que comer mais proteínas.

Revirei os olhos. Ele me carregou até a sala, sentando-me no sofá. Como sempre fazia, Colin sentou no meu colo. Lembrei-me de uma coisa, que não tinha pensado antes.

—Colin, onde você ficou enquanto nós estávamos no baile?

—Ah! Eu fiquei na casa da minha amiga, a Nicole. Ela mora numa cidade aqui perto, então Henry me deixou lá.

Assenti, sentindo-me um pouco culpada por não ter me lembrado dele antes. Henry adentrou a sala, trazendo uma enorme bandeja cheia de lanches e com alguns copos de suco. Meus pensamentos se direcionaram a uma linha mais urgente.

—Vocês conseguiram encontrar alguma coisa sobre a maldição?

Henry sorriu.

—Conseguimos pegar uns sete livros que faziam alguma referência ao assunto, mas ainda temos que ler.

—Você pode trazê-los para mim? Por favor?

—Nem precisava pedir. –Concordou, colocando a bandeja na mesa e saindo novamente.

Peguei um sanduíche, e mal tinha terminado quando Henry voltou com uma pilha de livros equilibrada em seu braço. Ele pousou os livros no chão ao meu lado com um baque suave.

Gemi. Os livros eram enormes.

—Quando tivermos terminado de ler eu já vou estar morta. –Peguei um dos livros menores, abrindo na última página. –Olhem isso! Mil quinhentas e quarenta páginas?! Quem consegue ler um livro desses em uma vida?

Josh revirou os olhos.

—Não é só porque você não lê, que ninguém mais leia também.

Fiz um biquinho.

—Eu leio sim. Livros, não bíblias! –Resmunguei. Eu posso não ter nada contra nenhuma bíblia, mas, sério, eu nunca vou conseguir ler nenhuma.

Um dos livros se destacava na grande pilha, mas ele estava debaixo de outros, então tive que puxa-lo. Sua capa era negra como pesadelos, com um escrito prateado que parecia estar em outra língua. Reconheci o símbolo que havia logo abaixo do título, era exatamente igual a minha cicatriz. Estremeci.

—Acho que esse é o livro. –Murmurei, mostrando-o a Henry.

—Estranho... O título não está em nenhuma língua que eu reconheça. –Disse ele, sombrio.

Colin pegou o livro de minhas mãos, e observou atentamente a capa.

—Essa escrita é muito antiga, mas é simples. Aqui parece estar escrito algo como... Hum... Acho que o título é “Lágrimas das estrelas”.

Eu, Henry e Josh o olhamos, boquiabertos. Cantar uma musiquinha em uma língua desconhecida, tudo bem. Mas ler é diferente.

—O que foi? Foi a mamãe quem me ensinou isso. Ela disse que... Viu que eu precisaria disso num futuro próximo.

Josh suspirou.

—Então era por isso que ela te trancava no quarto?

Colin se encolheu.

—Ela me obrigava a estudar por horas e horas, todos os dias. E me fazia ficar lendo de madrugada.

Franzi a testa. Ao ver minha expressão, Josh explicou.

—Nossa mãe se dizia uma vidente. Ela fazia vários rituais estranhos, e usava Colin como bonequinho quando eu não estava por perto. Sempre achei que ela fosse apenas uma maluca.

Peguei o livro de volta, observando-o. Lágrimas das estrelas, certo? Sinistramente promissor. Abri-o, e percebi que ele tinha imagens gravadas nas primeiras folhas. Ao passar o dedo pelas gravuras, um calafrio percorreu minha coluna. Eram imagens de pessoas mortas. Acho que imagens não é o termo certo, pois pareciam mais fotos. Pessoas com os olhos sangrando, mutiladas e até sucumbindo ao terror de serem enterradas vivas. A última imagem foi a que me chocou mais, pois ela pareceu que surgiu no momento em que meus dedos tocaram a folha. Era a mulher de cabelos brancos, exatamente a mesma de meus sonhos. No mesmo instante, percebi quem era. A irmã de Christopher. A imagem era de uma beleza sombria, pois ela parecia apenas dormindo. Dormindo num sono eterno e profundo.

Passei a folha, e meu coração falhou uma batida. A imagem que ocupava a folha inteira era minha. Na imagem, meu rosto estava sem expressão, e um de meus olhos estava completamente negro. Enquanto eu observava, a imagem começou a ficar borrada, como se estivessem derrubando água nela. Uma onda de choque perpassou meu corpo, meus pensamentos começaram a ficar desconexos e parecia que algo estava controlando meu corpo. Levantei-me de repente, não que eu quisesse, e ergui o livro em frente ao meu rosto. Com surpresa, percebi que lágrimas começaram a escorrer pela minha face.

Anne? Você está bem? –Será que está falando comigo? Parece tão distante.

Onee-chan? –Meus pensamentos começaram vir em ondas. Mas... Eram meus pensamentos?

Alguém me segurou, mas eu o lancei ao chão com um golpe. Não os machuque! Não? Porque não? São meus amigos! São seus amigos, eu não tenho nada a ver com isso. A consciência da garotinha ainda luta? Estranho. Aquele que me libertasse do livro deveria ter sua alma destruída. A não ser que...

Senhorita?

Virei-me para os mortais que estavam encarando-me com uma expressão de choque. Quando falei, minha voz soou fria, e parecendo triplicada.

Quem é esta a quem você chama de senhorita? Espero que não esteja falando comigo.


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Notas finais do capítulo

Anne: MY GLOB! QUE TIPO DE FIM FOI ESSE? O QUE ACONTECEU COMIGO? EU... EU...
[Aquieta o faxo! Hohohohohoho De uns caps pra cá, eu fui me apaixonando por tretas. Treta ♥ ]
Anne: Tretas são legais e tals, MAS TINHA QUE FERRAR COM A MINHA VIDA?
[e-e Foi mal. Ao menos sua vida é movimentada]
Anne: MINHA VIDA É TÃO MOVIMENTADA QUE LER UM LIVRO PODE ME MATAR!
[Viu só? Emoção a cada passo]
Anne: Emoção? Eu digo perigo.
[Hohohoh! É assim que se vive ºuº]
Anne: Hunf! Então... Gostaram :D ? Odiaram D: ? Querem saber porque a autora não me deixa ter uma vida normal :/ ? Comentem!
[Se você tivesse uma vida normal, essa fic seria muito chata u-u]
Anne: ò-ó
[Hoh! Bjon *3*]
Anne: *resmunga* minha vida tinha que ser uma história? *chuta uma pedrinha*
[Ei! Não culpe as pedras por sua vida ser uma tragédia!]
Anne: Verdade. Vou chutar você! *chuta*
[Ai! NOOOOOOOOO! PARE! EU NÃO FIZ POR QUERER! A TRETA VEM NATURALMENTE!]
Anne: HÁÁÁÁ! *chutachutachutachuta!
[Mamããããããããããeeee TT^TT]



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