Is This A Bad Dream? escrita por Bluny


Capítulo 10
Seus olhos não mentem. Parte II


Notas iniciais do capítulo

[Cheguei minna!]
Anne: Sim, nós chegamos!
[Nhé! Mais um capítulo para você apreciarem!]
Anne: Um capítulo? Jura? Achei que estivéssemos vendendo marionetes holandesas. :/
[Marionetes holandesas? Não sei porque não fico mais surpresa com as idiotices que você fala...]
Anne: É porque você me ama :3
[Aham... Enton povo! Bo- Hum... Anne?]
Anne: Sim?
[Você não tem nenhuma ideia ou planos para as notas de hoje? Seilá... Você faz isso sempre]
Anne: Bom... Já que perguntou... Eu tenho!
[Espero que não seja nada perigoso...]
Anne: Feche os olhos!
[*Fecha os olhos*]
Anne: *Joga ela dentro do carrinho de uma montanha russa, entra junto e liga* Pode abrir!
[*abre* . . . DKJASHJASHDFILASHFYASOIFY O QUE É QUE EU TO FAZENDO NESSE BENDITO CARRINHO??????]
Anne: Estamos nos divertindo! Yaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaay!
[NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOO]
Anne: Boa leeeeeeeituuuuuraaaaa!



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Anne

O sangue escorria sem parar, caindo em gotas e se acumulando no chão. Fechei minha mão com alguma esperança de que o sangramento parasse, mas meu coração disparou quando eu ouvi passos apressados vindo em direção à porta. O que eu faço? Comecei a pensar em um modo rápido de sair dali, mas fui tirada de meus devaneios pela porta sendo aberta com violência, e acabei derrubando o retrato, que se partiu em milhares de pedaços.

–--

Narrador

Na porta recém-escancarada, estava Christopher, o rapaz dos cabelos brancos, encarando a mão da pequena com raiva. Ele adentrou o quarto tempestuosamente, indo em direção à Anne, que recuou até bater na parede. Ele parou a poucos centímetros dela, pegando a mão machucada dela e arrancando a corda de seu pulso, para poder examinar melhor. Ele percebeu que ela estava com medo dele, então a soltou.

—Você está bem? –Ela não respondeu. –Achei que tivessem te machucado.

—Porque está fazendo isso? O que você quer? –Perguntou Anne, com a voz fraca.

—Eu... Eu preciso fazer isso. –Respondeu ele, com o olhar cheio de dor.

Mesmo sendo esse o rapaz que a sequestrou, ela não pode deixar de sentir certa compaixão por ele. Ela via em seus olhos que ele estava arrependido. Maldito coração mole. Pensou.

—Por quê? Você pode me dizer, não pode? –Disse ela, mais docemente.

Ele a encarou com um olhar estranho, como se não acreditasse que ela não estava mais com raiva ou medo. Seus olhos se encheram de tristeza, pois ela não era apenas mais uma riquinha mimada, e ela tinha um coração muito bom. Bom demais. Como ela conseguia ter dó da pessoa que a sequestrou?

—Porque você quer saber? E além disso, não tenho razões pra te dizer nada. –Disse ele, com seu cabelo branco cobrindo seus olhos, e tornando sua expressão indecifrável.

—Porque deve ter um motivo para você me prender e se sentir culpado por isso. E você pode não ter razões para me dizer, mas acho que me deve ao menos uma explicação, já que está me sequestrando.

Ele respirou fundo, se dando por vencido.

—Esteja preparada para uma longa história.

Ela deu um sorriso triste.

—Já estou acostumada com coisas desse tipo.

Eles se sentaram frente a frente, e ele começou:

Brincando à beira do lago de sua mansão, estava um garotinho de cabelos brancos, que parecia realmente feliz.

—O que está fazendo, Chris? –Perguntou uma voz doce à suas costas.

Ele se virou surpreso, e deu de cara com uma bela moça de longos cabelos também brancos, com olhos de uma cor púrpura reluzente. Esta usava um vestido longo e azul, com um laço mais claro na cintura.

—Onee-san! –Exclamou o garoto, correndo em direção à irmã e abraçando as pernas da mesma. –Eu estava atirando pedras no rio!

—É mesmo? –Perguntou ela, sorrindo.

Entusiasmado, o garotinho começou a contar como tinha jogado uma pedra bem longe, enquanto a moça ia conduzindo-o até a grande mansão. Quando os dois entraram na casa, foram à cozinha para preparar lanches, depois voltaram para os fundos, onde se sentaram debaixo da sombra de uma grande cerejeira.

—Onee-san... Posso te perguntar uma coisa? –Disse o garoto, inseguro.

—Claro que pode Chris. –Respondeu ela, com um sorriso caloroso.

—Porque o papai nunca brinca com a gente?

Ela baixou os olhos e seu sorriso se desfez, surpreendida pela pergunta, mas logo respondeu como seu pai a mandava responder.

—O papai é um homem ocupado, ele precisa sair para fazer seu trabalho.

Os olhos vermelhos do garotinho se voltaram para a moça, cheios de tristeza.

—Onee-san...

—Sim? –Respondeu ela, olhando-o nos olhos.

—O trabalho do papai tem algo a ver com a morte da mamãe?

Ela congelou. Como uma criança podia relacionar as coisas tão bem? O pior era que ele estava certo. O pai deles era o líder da máfia mais poderosa de todo o país. Sua mãe tinha sido assassinada durante uma invasão feita por uma corporação inimiga da mesma. Sua mãe não era apenas uma mulher doce, era uma atiradora profissional. Ela só tinha sido acertada por que... Sua filha saiu do quarto. Numa tentativa de protegê-la, ela se jogou na frente da garotinha, abraçando-a. A moça dos longos cabelos brancos nunca iria se perdoar. Nunca. Observando a expressão da irmã, os olhos o pequeno Christopher encheram-se de lágrimas. Ele se levantou e abraçou o pescoço da moça.

—N- não chore Onee-san... –Disse ele, com a voz fraca.

Ela não tinha percebido que lágrimas escorriam silenciosamente pela sua face. Sim, ele sabia, ele sempre soube. Todos esses anos ele sabia que ela estava protegendo-o desse mundo onde seu pai vivia, tentando fazer com que ele vivesse uma vida feliz e normal. Ele a amava por isso, a amava incondicionalmente.

—Obrigado, Onee-san.

Tudo que ela pôde fazer foi abraça-lo de volta, tentando conforta-lo com tudo o que podia.

Anos depois

—Mama, quando vamos visitar o tio Chris outra vez?

—No final de semana, porque hoje nós duas vamos passear!

—Yay! –Exclamou a garotinha, pois havia tempos que não saía com sua mama.

Ela pretendia passar o dia inteiro com a filha, o que era raro, pois tinha arranjado um emprego no qual tinha de viajar muito. Na maioria do tempo, sua ficava com Christopher, que já não era um garotinho. Seu marido havia morrido num acidente de carro, e seu pai tinha ficado sem as pernas, devido a mais um de seus trabalhos. Mesmo que nenhuma dessas coisas tivesse sido sua culpa, ela não podia deixar de sentir que ela era o motivo dos acidentes acontecerem. Christopher, agora um rapaz crescido, tentava desobedecer ao máximo às ordens de seu pai.

Elas tinham ido à cidade, onde ela comprara um coelhinho de pelúcia para sua filha, que estava se divertindo muito. Mas tudo deu errado. As sombras levaram sua filha. Levaram um pedaço de seu coração. Sua maior felicidade. Porque isso tudo acontece com ela? Porque ela não podia ser feliz? Tudo isso era sua culpa. Tudo isso.

–--

O garoto de cabelos brancos corria em direção à casa de sua amada irmã. Algo estava errado. Muito errado. A porta da frente estava trancada, mas foi fácil abri-la com um chute. Ele correu para o quarto de sua sobrinha, mas o berço dela estava vazio, e nem sinal de sua risada alegre de sempre. Correu então para o quarto da irmã, que estava igualmente vazio. Algum pressentimento o fez olhar bem em volta, e ele avistou o que não desejava ver em hipótese alguma. Havia sangue saindo de debaixo da porta do banheiro. Não, não. Por favor, não. Ele girou a maçaneta e a porta se abriu.

Assim que ultrapassou a soleira, ele viu o corpo de sua amada irmã caído no chão, com os pulsos sangrando e de olhos abertos.

—NÃO! –Gritou ele, recusando-se a acreditar.

Ele rasgou a própria camisa, usando os pedaços para tentar estancar o sangramento. A cabeça da sua irmã se moveu levemente, como se ela estivesse tentando localiza-lo.

—C- Chris...? –Perguntou ela, forçando-se a falar.

—Não se esforce! –Exclamou ele, com raiva.

—É... Tudo culpa minha... Chris... –Afirmou, desfalecendo.

—Não! NÃO! Acorde Amélia! ACORDE! –Gritou ele inutilmente.

Ele pegou o corpo inerte dela em seus braços, e correu em direção do hospital mais próximo. Chegando lá, vários médicos correram para ver o que estava acontecendo, e levaram-na direto para uma sala de emergência. Eles conseguiram fazer com que seus pulsos parassem de sangrar, e com que seu coração voltasse a bater, mas ela não acordou. Nem no dia, nem meses depois. Mas o rapaz de cabelos brancos nunca desistiu. Todos os dias, sem falta, ele levava para ela uma rosa branca, pois era sua flor favorita.

Seu coma era profundo, e ela só continuava viva por causa das máquinas. Se fosse por Christopher, as máquinas nunca seriam desligadas, mas elas estavam no nome de seu pai, o mafioso sem coração Stephen Mason. O pai concordou em não desligar as máquinas da filha, com uma condição: Christopher teria que trabalhar para ele, até Amélia acordar... Ou morrer. O rapaz não teve outra opção senão aceitar, pois não queria em hipótese alguma ter de ver sua irmã morrer pelas mãos humanas.

Em uma de suas visitas à irmã, ele percebeu algo que nunca havia antes notado. Ela tinha uma cicatriz estranha em seu braço, como uma mordida de cobra, mas era como se fosse uma estrela acima de uma lágrima. A cicatriz estava com um estranho tom avermelhado, como um ferimento reaberto. Levemente intrigado, ele buscou saber algo mais sobre a marca, e um informante lhe trouxe a notícia de que um homem chamado Henry, que circulava nas partes sombrias de Vyeen, poderia esclarecer-lhe sobre tudo o que ele gostaria de saber.

Usando um capuz para não ser reconhecido, ele foi tentar saber o que aquela marca podia significar. Andando em meio às ruas do bairro mais perigoso da cidade, ele viu uma garotinha com cabelos loiros até os joelhos, parecendo perdida. Uma coisa que ele sabia sobre esse bairro era que, uma vez dentro, você não sai. Ele observou-a por mais alguns minutos, E decidiu que era melhor seguir seu caminho. Depois de dar umas voltas, e não encontrar nenhum Henry, ele voltou, pensando que deveria estrangular certo informante. Em seu caminho, ele viu a pequena garotinha sendo espancada por uma gangue qualquer. Ele não podia só observar. Bem no momento em que o homem que parecia ser o líder da gangue estava para dar um chute no meio do estômago da pequena, o rapaz pegou o guarda-chuva que carregava consigo e fincou-o nas costas do homem, que caiu com um baque.

—Se gostam de suas vidas, saiam de perto dela agora. –Ele disse, friamente.

Os outros homens saíram correndo desesperados, como o bando de covardes que eram, e o rapaz virou a pequena cuidadosamente. Ele sabia que ela ia acabar se machucando, pura demais para um lugar tão sujo, mas ele não fez nada. Ele podia ao menos ter perguntado se ela estava bem. O remorso o atingiu inevitavelmente. Os olhos dela estavam sem foco, e ela parecia incapaz de falar.

—Como pude deixar isso acontecer? –Disse ele, para si mesmo. –Pequena dama? Está consciente?

Seus olhos ficaram vazios e se fecharam em seguida. Ela havia desmaiado. Pegando-a no colo, ele percebeu que ela tinha um tipo de... Perfume? Não, parecia mais uma intuição. Era como se ela emanasse uma aura, e que a mesma deixasse um rastro, como uma trilha. Mesmo que isso pudesse ser apenas imaginação, ele decidiu seguir o caminho. Parecia que algo em sua mente o conduzia para o lugar certo, como um guia o dizendo que caminho tomar. Ele seguiu essa intuição até chegar a uma grande casa, com um jardim em frente. Sem saber o que fazer, ele escolheu tocar a campainha. Ele esperou alguns minutos, até que porta se abriu lentamente, e um garoto de reluzentes cabelos ruivos saiu com uma cara de quem estava dormindo.

—Eu não quero comprar na- Ele se interrompeu, encarando a garota nos braços do rapaz.

—Você a conhece? –Perguntou o rapaz dos cabelos brancos, com o rosto ainda oculto pelo capuz.

—O que foi que você fez? –Perguntou o ruivo, perigosamente.

Christopher não respondeu, ele apenas estendeu os braços, e o ruivo pegou a garotinha. Depois disso o rapaz, saiu andando.

—Cuide dela.

—Ei! Aonde pensa que está indo?! Você me deve explicações! Ei! Volte aqui! –O ruivo exclamava, sendo ignorado até o rapaz sumir de vista.

Lágrimas tristes escorriam no rosto da pequena, não, ela não conseguiria odiá-lo nem ao menos sentir raiva dele.

—Era você... Eu me lembro. Meu salvador. –A garotinha colocou a mão que não estava machucada no rosto do rapaz. –Obrigada.

—Você sabe... Eu ainda tenho que fazer isso. Eu...

—Eu entendo. Saiba que eu não posso te odiar, e você tem o meu perdão.

O rapaz não podia acreditar no que ouvira. Sim, ela tinha um coração puro. Como ele podia fazer o que estava fazendo com uma pessoa tão boa? Mas Amélia estava... Ele precisava salvar sua irmã, e ele faria tudo o que precisasse fazer por ela. Os dois se levantaram em um salto, pois ouviram passos correndo na direção do quarto.

—Anne? –Gritou a voz conhecida do ruivo.

Christopher olhou nos olhos da pequena, pegou algo no bolso e colocou na própria boca e disse:

—Me desculpe pequena dama.

Ele segurou os pulsos dela, e a prendeu contra a parede.

—O que você-

Ela foi interrompida pelo rapaz, que a beijou forçadamente, fazendo com que ela engolisse uma pílula no momento exato em que Josh estancou na porta. A pílula estava fazendo efeito, mas a loira conseguiu focalizar o garoto.

—Josh? Eu... –Ela não terminou a frase, escorregando pela parede por causa do que o rapaz a fizera engolir.

O olhar do ruivo se voltou para Christopher com um ódio incalculável, que foi expresso em apenas uma palavra:

Você...


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Notas finais do capítulo

[A minha primeira reação de quando eu terminei esse cap foi: CARA, COMO EU AMO UMA TRETA!]
Anne: Eu acho que vou vomitar...
[Hã?]
Anne: Barcos *urgh!* Vikings me deixam *argh!* enjoada...
[*se afasta a alguns bancos de distância*]
Anne: Eu to tooontaa...
[Tonta você já é, você só tá desorientada fia.]
Anne: *tenta socar ela e acerta o banco* AI! SUA CABEÇA É MUITO DURA!
[Na verdade isso... Esquece... Enton gente! Gostaram :D ? Odiaram D: ? Estão achando que essas perguntas enchem o saco :/ ? COMENTEM!]
Anne: Eu... Nunca... Mais... Compro ingressos pra ir num parque... *blergh!*
[Hohohohoh! Bjon *3*]



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