Little Things escrita por BiaSiqueira, ThansyS


Capítulo 8
Filme de "Terror"


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.Em especial a dona Thaisi que estava louca por esse capitulo! Espero não te decepcionar fofa :)Obrigada por todos os adoraveis comentarios de vocês nos ultimos capitulos!Sejam bem vindas leitoras novas!



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“Vai ser surpresa”. Quando o Edward disse isso eu confesso que achei bem legal. Tipo, o cara estava mesmo tentando parecer agradável. Fiquei um tanto assustada também. Não era bem como se a idéia de assistir a um filme de terror pudesse me deixar animada de qualquer forma. Mas cá estou eu. Sentada no sofá grande da sala embolada entre um edredom e algumas almofadas bem fofas. De pijama, só pra constar. O pijama do ruivo.

– Edward, se você demorar mais um minuto, eu juro que vou estar no décimo sono quando você chegar aqui. – Eu gritei em uma altura audível e avistei sua cabeleira ruiva se aproximando devagar.

– Desculpe a demora. Não sabia que estava tão ansiosa assim para ver o filme. – Ele falou sorrindo sarcástico e eu revirei os olhos. – Eu estava tentando me lembrar onde eu havia escondido, digo, guardado esse filme.

Assenti o encarando um tanto medrosa. Não dava para saber que filme era, mas provavelmente seria um onde as pessoas fazem coisas absurdamente nojentas e morrem sem nem saber o porquê. Como um bom e velho clássico filme clichê de terror. Quem não gosta de ver tripas voando livremente?

Me concentrei no visor da razoavelmente grande TV da sala e quando notei que filme era aquele eu juro que implorei para ele estar brincando e ir buscar o “Exorcista” no quarto. Talvez não fosse assim tão ruim. Tripas voando são de longe mais legais do que projetos de vampiro fazendo a mesma coisa.

– Você só pode estar brincando comigo. – Eu resmunguei e ele riu divertido.

– Eu te prometi um filme de terror. Não a nada mais aterrorizante para um homem do que assistir “Crepúsculo”. – Ele falou dramático e eu me joguei ainda mais sobre o edredom que agora tinha parte de si sobre o próprio Edward. – Além do mais, esse é um momento depressão e você deve apenas assistir tudinho e chorar como as garotas fazem.

– Não dá pra chorar assistindo isso. – Eu protestei e ele voltou a rir. Canalha safado. - Por que não vemos o Exorcista ? – Perguntei na minha ultima tentativa falha de o fazer mudar de idéia.

– Aquilo lá é comédia. Eu quero ver filme te terror. – Ele falou me encarando como se alguma palavra naquela nossa pequena interação fizesse realmente algum sentido.

Eu desisti e me condenei a assistir ao filme. Vejamos, não é como se eu odiasse Crepúsculo, a autora os atores ou seus fãs. Eu até achei romântico na primeira vez que assisti. Enjoei depois de ver pela 15º vez em que assisti e depois de umas duas semanas seguida assistindo aquilo que eu chamo de vampiros de verdade em The Vampire Diaries. Tempo bom.

– Eu não acredito que esse bando de imbecis correu só por causa da cara feia desse palhaço! – Edward bradou indignado contra o outro "Edward" e eu ri. Como em cada grito de horror que ele dava.

– Pare de gritar seu imbecil. Daqui a pouco os vizinhos virão aqui para ver se você está me matando. – Eu falei e rolei os olhos. Ele riu sacana.

– Nada que você vestindo minhas roupas e com os cabelos bagunçados não resolva. – Ele falou sacana e eu revirei os olhos imaginando aquela cena épica de Srº. e Srª. Smith onde o cara vai ver se está tudo bem e a Angelina Jolie sai com as roupas do Brad Pitt toda descabelada de dentro de casa. Isso tudo depois de um tiroteio e tentativas de assassinato recíprocas. O amor é lindo.

– Vá se ferrar. – Eu falei e ele riu mais alto.

– Mais? Assistir Crepúsculo já é uma ótima forma de se ferrar. – Ele resmungou e eu ri da careta infantil dele.

A pipoca estava acabando, o refrigerante acabou a séculos e com eles estava indo a minha paciência. O filme estava nos últimos dez minutos. A cena mais patética e a que o Edward parecia mais vidrado. A garota se debatia em um quase ataque epilético no chão enquanto o pseudo-futuro-namorado-fada -vampiro ironicamente chamado de "Edward" sugava o braço dela sem cerimônias. O suposto pai vampiro sexy do cara observava a cena como se fosse a coisa mais linda de se ver e os “irmãos” adoráveis dele dançavam como índios em volta de uma fogueira enquanto faziam o ritual de queimar uma fada-vampiro, chamado James da sua mesma espécie. Alguns deles pareciam em êxtase. Assim como o ruivo ao meu lado. A cena tosca de possível violência ativou o lado macho do meu amigo ruivo. E eu fui obrigada a conter uma risadinha debochada quando a macumba toda acabou. A careta do James que não estava morto, e estava sentado do meu lado foi incrível.

Depois disso nada de mais interessante aconteceu. O filme acabou e já eram nove da noite praticamente. A minha preguiça somada ao calor confortável daquele emaranhado de cobertas e almofadas me fariam pegar no sono ali mesmo. Sem escovar os dentes. Acho que a convivência com o Edward porquinho estava me afetando.

– Vou buscar um pouco de chá, você aceita? – Ele perguntou me chamando a atenção para si. O que eu poderia fazer, se não assentir? Não tomar chá na Inglaterra deve ser até algum tipo de ofensa. Vai que da cadeia... Melhor aceitar.

– Claro. – Eu falei e ele assentiu se distanciando em seguida.

Não demorou pra que o mesmo ruivo safado voltasse calmamente equilibrando duas adoráveis xícaras de chá. Uma era para ele e a outra obviamente para mim. Pedi a Deus para que não fosse uma coisa intragável.

– Desfaça a careta de medo. Nem é assim tão ruim. – Ele falou e eu me xinguei mentalmente por ter deixado ele notar meu pequeno desespero. – Se não gostar, pode falar, Não é como se fosse um crime na realidade. – Ele falou e eu ri por ele ter respondido minhas perguntas imaginarias.

Ainda um tanto quanto desconfiada, levei a pequena xícara aos lábios copiando mediocremente o jeito do Edward de fazer isso. E ele estava certo. Não era assim tão ruim. De fato, era bom.

– E então? – Ele perguntou sorrindo e eu retribuí ao gesto.

– É bom. – Eu falei e ele se limitou a sorrir mais.

– Se não fosse o seu sorriso eu diria que estava mentindo. – Ele falou e deu de ombros. Eu ri com o comentário infundado e estranhamente fofo.

Ele largou a xícara no chão, perto de onde estavam a vasilha de pipoca e os copos de refrigerante. Por um momento ele pareceu tentado a guardar tudo, mas se limitou a dar de ombros. O sofá estava mesmo aconchegante.

– Eu quero deitar. – Eu falei resmungando e ele riu da minha cara.

– Faça isso. – Ele deu de ombros e eu revirei os olhos.

– Você é grande e ocupa o sofá quase todo. – Eu falei e ele revirou os olhos. Indignado.

– Isso não é verdade. –Ele falou e em um movimento meio desengonçado se deitou espremido no canto do sofá e deu um jeito de me puxar para deitar também. – Cabe nós dois.

Não protestei. Estava mesmo com sono. Não é como se fosse constrangedor ou algo assim. O tanto de pano que nos separava tornava impossível qualquer aproximação imprópria. Senti ele respirar calmo sobre a minha cabeça. Parecia tão ou mais sonolento do que eu. Fechei os olhos, e acho que ele fez o mesmo. E a inconsciência se tornou bem vinda outra vez.


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Notas finais do capítulo

Mil beijos e fiquem com Deus!Love u ♥Ps: Nada contra crepusculo, foi tudo só pra fazer graça ok?!